O Farol

O Farol Emma Stonex




Resenhas - O Farol


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Thayna.Deretti 23/10/2023

Notas de Melancolia
No dia em que eu terminei esse livro, eu estava no litoral, com o tempo nublado e uma brisa gelada soprando. Mesmo assim, olhando para o mar, diversos indivíduos se divertiam nas águas frias. Um deles se afogou. Os guarda-vidas conseguiram salvá-lo à tempo, mas quando esse rapaz voltou pra areia, ficou um bom tempo sentado, apenas olhando pra imensa massa cinza que se estendia. E eu, ao longe, perdida em pensamentos observando seu silêncio.

Existem duas formas de se ver o mar: com alegria ou melancolia. Certo ou errado, depende do momento e do ponto de vista. No sábado, eu vi tanto a alegria quanto a melancolia.

Esse livro é melancolia. Pura e fúnebre melancolia.

Três faroleiros desapareceram sem deixar vestígios do farol em que trabalhavam. Vinte anos depois, ainda não há respostas para o caso. Faroleiros nunca abandonam seus faróis, então a população sabe que algo aconteceu, mas o que fazer quando o farol é o único com respostas, sendo essas inalcançáveis?

O livro vai retratar, então, a história das três esposas dos faroleiros intercaladas com a história do desaparecimento. A gente vai acompanhar como era a vida de cada um dos três principais, narradas pela voz das mulheres, e como foram seus últimos dias no farol, em uma espécie de flashback dos próprios.

Pra ser honesta, não sinto que houve um ?ponto? nesse livro, uma ?mensagem a ser passada?. É só um livro. A autora imaginou uma história, gostou e colocou no papel. Não sei desenvolver melhor, mas a sensação é a de estar lendo uma notícia, sabe? Ou melhor, é como pegar um livro de História e ler sobre determinado momento do passado, aquele capítulo que retratada com precisão os acontecimentos de determinado período histórico. É só isso, aconteceu e acabou.

O que me fez gostar tanto, porém, é justamente a melancolia envolvida. Eu sou o tipo de pessoa que olha pro mar com mais melancolia do que alegria, e o tempo todo enquanto eu lia, sentia essa brisa fresca soprando, o barulho vazio das ondas, uma gaivota solitária piando, mesmo que tudo na imaginação.

A escrita, também, é linda. São vários os trechos que te fazem parar e suspirar, porque eles realmente impactam você. Marquei várias frases ao longo da leitura. Mas é aquilo, tudo é recheado de melancolia. Se você não souber ver o lado poético da melancolia, você não vai apreciar esse livro.

Por outro lado, também consigo entender quem não gostou do livro. Focando no enredo, a motivação do personagem que causou tudo é tão ridícula que chega a causar ódio. Muita coisa também permanece aberta, sem que você saiba se era mistério ou alucinação. O final também foi um pouco corrido, e talvez o livro causa muita expectativa para o final ser tão básico.

Em suma: a estória não é lá grandes coisas, mas as sensações que o livro causa, os sentimentos envolvidos, isso foi o que me ganhou. Saí pensativa. Afinal, ?o mar tinha duas faces. É preciso aceitar as duas, a boa e a má, e nunca dar as costas a nenhuma delas?.

?O Farol? é um livro sobre solidão, perdas, injustiça e egoísmo. Não é todo mundo que vai conseguir apreciar a melancolia que escorre das páginas. Que bom que eu consegui.
Pedro 23/10/2023minha estante
Excelente resenha, Thayná!
Seu texto me lembrou da música Vento no Litoral, da Legião Urbana.
"De tarde quero descansar
Chegar até a praia e ver
Se o vento ainda está forte
Vai ser bom subir nas pedras
Sei que faço isso pra esquecer
Eu deixo a onda me acertar
E o vento vai levando tudo embora..."
????????


LivroAleatorio 24/10/2023minha estante
Gostei muito da sua resenha, Thay! Parabéns ?


Thayna.Deretti 26/10/2023minha estante
Que bom que vocês gostaram, fiquei feliz mesmo por saber ?

E a música eu não conheço, Pedro, apesar de conhecer a banda. Vou botar pra rodar, a letra é linda!


Núbia Cortinhas 14/12/2023minha estante
Uauuu! Que resenha linda! Parabéns! ?? ?? ??


Thayna.Deretti 15/12/2023minha estante
Ahhh obrigada, Núbia! Esse livro realmente me tocou, vez ou outra ainda me pego pensando nele. Uma grande leitura!




void_Indigo 31/07/2021

O mistério do quarto fechado
Uma interessante história do "crime do quarto fechado". Três faroleiros somem de um farol isolado, com a porta trancada por dentro. O mistério permanece por 20 anos, até que um escritor resolve investigar novamente e contatar as esposas dos faroleiros desaparecidos, descobrindo alguns esqueletos enterrados em armários.

O livro alterna as histórias entre 1972 (quando os faroleiros sumiram) e 1992, quando o escritor entrevista as esposas para tentar desvendar o mistério. As histórias são contadas a partir dos pontos de vista dos faroleiros e das esposas, num contraponto que mantém a trama bem interessante até o fim.

Gostei bastante.
costa 24/10/2021minha estante
Prfvr qual é a classificação indicativa??


void_Indigo 25/10/2021minha estante
Como assim? Impróprio para menores, jovens, etc.? Se for, tem algumas cenas de violência e de traição, acredito que jovens podem ler sem problema


costa 25/10/2021minha estante
A classificação indicativa é tipo a idade indicada, muito obrigada ?




Adriana1161 25/09/2021

Um mistério
É um suspense diferente, onde o escritor dá voz a vários personagens, cada qual com seu ponto de vista.
É inspirado em fatos reais.
Cheio de segredos e teorias.
Personagens complexos. Tem uma escrita rebuscada, mas é fácil e rápido de ler.
Eu gosto muito de histórias com farol, e gostei dessa também!
Personagens: Arthur, Bill, Vince, Helen, Jenny, Michelle, Jory, Dan
Local: Cornualha - 1972/1992
@driperini
costa 24/10/2021minha estante
Prfvrr qual é a classificação indicativa??


Adriana1161 24/10/2021minha estante
De idade? Acho que uns 14+


costa 25/10/2021minha estante
Obgg ??




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ogawajheniffer 23/10/2022minha estante
Oiê! Fiquei um pouco confusa sobre o barqueiro. Seria ele a morte ? E o Sid seria Deus? Pois ele lia os pensamentos e segundo o próprio as pessoas o buscavam para falar de seus problemas


Reiseane 14/12/2022minha estante
Oq eu tô lutando pra entender é a pasta que o Bill joga no mar. Eu tô até agora querendo saber oq era




Bel 16/11/2023

!!!!!
Em toda minha "carreira de leitora" (alarmantes 11 anos) eu nunca li, vi ou ouvi alguma coisa sobre esta obra, o que me deixa muito chocada já que eu vejo panfletagem de muita poluição em formato de livro.
O Farol te prende, te cativa de uma forma maravilhosa.
É complicado de entender, não é um livro para ser lido de forma corrida (eu mesma demorei mais de duas semanas), a forma como Emma te faz entrar na mente de CADA UM dos personagens é sublime.
Após o término, primeiramente achei o final horrível, depois pensei um pouco sobre o livro (sempre faço isso, fecho o livro e tento absorver a leitura) e achei simplesmente genial;
Na forma mais crua da palavra.
Nem todos precisavam de um final, e foi isso que a autora fez, deu um final para aqueles que precisavam de um final, leitores, e deu para as personagens aquilo que elas precisavam: paz.
Confesso que fiquei confusa, mas acho que em caso contrário a magia do livro seria quebrada.
Suh 16/11/2023minha estante
"Panfletagem de muita poluição em formato de livro" KKKKKKKKK HABLOU


Regis 16/11/2023minha estante
Adorei a resenha.???




aliciaaliciaaa 07/02/2023

Surpreendente
Esse é sem dúvidas um achado. Não me lembro nem onde o comprei, mas o livro é ótimo. Um dos melhores que já li. Recomendo muito pra quem gosta de mistério
Mano_jp 07/02/2023minha estante
Desculpe a pergunta, mas você saberia me dizer se este livro tem alguma relação com o filme de Eggers?


aliciaaliciaaa 07/02/2023minha estante
Naoo, a autora se baseia em um caso real do desaparecimento de 3 faroleiros em 1900 na Escócia




Ale 12/08/2022

A luz franzina de ?O Farol?
Em 1972, três faroleiros desapareceram de um farol sob circunstâncias extraordinárias e sem deixar nenhum registro. Vinte anos depois, um escritor quer contar essa história e para isso, busca os relatos das companheiras dos desaparecidos.

Em ?O Farol? acompanhamos ambas essas linhas temporais de maneira intercalada. É um livro que a primeira vista parece instigante. Mas não consegui gostar.
Na primeira metade do livro absolutamente nada acontece. Sabemos que eles sumiram, e acompanhamos um pouco sua rotina no farol, enquanto as mulheres só expõem coisas sobre o passado.

Já na segunda metade, as coisas ficam mais interessantes e finalmente o livro ganha um pouco de ritmo. Emma Stonex começa a se utilizar da maneira Liane Moriarty de contar histórias e mistérios, mas de uma maneira inferior, não chegando nem perto da maestria da Liane (lenda).

Não consegui me importar (muito) com nenhum dos 6 personagens principais e a que mais gostei de acompanhar é a que tem menos ?tempo de tela?. Então o desfecho foi bem qualquer coisa já que não tô nem aí pra nada e as personagens com as quais mais me compadeci já sei que estão vivas de qualquer jeito.

Como um suspense, é um ótimo livro pra quem quer saber mais sobre como é a vida de faroleiros e essa temática, sobre a qual eu pessoalmente não conhecia basicamente nada.

No mais, para um farol, tem bem pouco brilho.
Fernanda 12/08/2022minha estante
foi com deus esse


Fernanda 12/08/2022minha estante
joga uma boia salva vidas pra esse livro




Má Powzum- @entrelinhaslivros 22/10/2021

Resenhas em @entrelinhaslivros
Preciso falar que eu adorei o estilo de narrativa da autora, com narrativas sob o ponto de vista dos 3 faroleiros e das 3 mulheres e em dois anos distintos: 1972 e 1992. Eu gostei muito de acompanhar o dia-a-dia destes homens naquele farol remoto, no meio do mar e praticamente sem contato com a sociedade externa. Ao mesmo tempo essa narrativa 20 anos depois nos mostra um pouco de como ficou a vida destas mulheres vivendo sob uma constante angústia de não saber onde seus maridos estão, se mortos ou vivos e o que realmente aconteceu naquele dia.

Sei que muitas pessoas podem se decepcionar com este livro pensando que ele é um suspense, mas já aviso que ele pende muito mais para o drama. Digamos que ele seja um drama, com um toque de mistério e sobrenatural. Como gosto muito do gênero eu amei a leitura, os capítulos curtos fizeram com que eu devorasse o livro para saber o que aconteceu com os faroleiros.

Esse livro foi baseado em uma história real e também em diversas pesquisas da autora sobre como era viver/trabalhar nestes faróis. Uma história que aborda luto, casamento, amizade, traição e perdão.

site: https://www.instagram.com/p/CU5KP0oJAk3/
costa 24/10/2021minha estante
Prfvr qual é a classificação indicativa??


Má Powzum- @entrelinhaslivros 25/10/2021minha estante
Olha eu não sei falar com certeza, mas acredito que uns 14/15 anos pois ele não tem nada que seja pesado ou gatilho




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Reiseane 14/12/2022minha estante
Eu fiquei encucada com a pasta que Bill joga no mar. Até hoje não sei oq tinha dentro. Fiquei curiosa




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Reiseane 14/12/2022minha estante
Nossa! Essa pasta que o Bill jogou no mar tá tirando meu sono!! Eu quero saber oq tinha nessa pasta. O homem boiando no mar tbm.. nossa! Eu quero crer que essas coisas foram fruto da imaginação deles.. ou elementos que a autora pôs pra aumentar o clima de mistério




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ogawajheniffer 23/10/2022minha estante
Amei sua resenha.




Aline 01/08/2021

A narrativa do livro te prende do início ao fim. Contado por vários pontos de vista a estória vai se desenvolvendo, alternando passado e presente. O mistério vai se esclarecendo e, ah! era isso? Nada surpreendente mas muito coerente e que faz desse livro uma leitura interessante.
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Joyce 23/08/2021

Talvez o melhor que li no ano
Uma história sensível, melancólica e triste de certa forma. Nos diz muito sobre a perda, seja de pessoas vivas quanto de pessoas que já se foram. As muitas versões de uma mesma história pode transformar determinada pessoa em vilão ou em mocinho, dependendo da perspectiva. Um livro sensacional.
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Rittes 30/08/2021

Mistério e suspense numa bela estreia
Emma Stonex promete. Seu primeiro livro a sair por aqui, "O farol", é um suspense psicológico onde as surpresas vão sendo apresentadas de maneira sutil e quase imperceptível. Ao contar a história de Arthur, Bill e Vince, os três faroleiros que desaparecem misteriosamente do farol Pedra da Donzela, na Cornualha, em 1972, ela cria um quebra-cabeças muito bem montado numa narrativa atrente e bem construída. Leitura fluida e que traz uma nova perspectiva para os thrillers. uma boa surpresa, mais que recomendada.
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