Entrelivros_efilho 28/05/2024Perdi as contas de quantas vezes peguei esse livro pra ler e passei outro na frente, mas dessa vez foi🙌🏻🤣
Filha de uma mãe dependente química e um pai ausente, Beyah precisou aprender a se virar sozinha desde pequena. Prestes a ir para universidade graças a uma bolsa de estudos que ela batalhou sozinha e conseguiu, sua mãe morre e ela é obrigada a passar o verão na casa do pai, que agora tem uma nova esposa e uma filha que ela nunca ouvira falar. O plano de Beyah é tentar se manter invisível, mas ao conhecer Samson, o vizinho rico, popular e misterioso, eles se sentem atraídos um pelo outro e decidem curtir juntos até o verão terminar.
Apesar de ter esperado bem mais do final, curti muito a leitura, CoHo sabe como envolver o leitor e prendê-lo até o fim. Fiquei com o coração apertadinho em acompanhar a jornada de Beyah que foi tão negligenciada, mas admirada com a sua força e coragem para fazer o que precisava para sobreviver e seguir em frente guardando suas dores só para si, a aproximação aos poucos dela com o pai me cativou, acredito que se tivesse tido um pouquinho mais de conversas francas entre eles, seria o desenvolvimento perfeito.
Já Samson e seu passado foram o que mais me intrigaram, criei várias teorias, mas nenhuma delas passou perto do que ele realmente viveu, fiquei muito surpresa e com o coração apertadinho também com o seu passado, mas apesar das dores de cada um, juntos eles são muito cativantes e é inevitável não torcer por eles até o fim.
O final para mim deixou um gostinho agridoce, a meu ver o leitor merecia umas páginas a mais contando como tudo ficou depois, porque além de ter ficado com essa pergunta na cabeça, fiquei também com a sensação de que faltou algo para fechar melhor a história deles, mas ainda assim, isso não diminui em nada o quanto curti a leitura.
CoHo sempre nos faz mergulhar com intensidade nas complexidades das relações humanas entregando uma narrativa fluida e um enredo reflexivo e com esse não foi diferente, mas o livro tem muitos gatilhos, se atentem antes de começar a leitura.
É uma leitura rápida, reflexiva e cativante, não se tornou favorito, mas valeu a pena conhecer a Beyah e o Samson.