Dudi 24/02/2020O primeiro livro das calças!Esse livro conta as histórias de Lena, Carmen, Tibby e Bee, quatro amigas de infância inseparáveis, que passarão o primeiro verão separadas. Lena vai para Grécia conhecer os avós, Carmen vai visitar o pai (seus pais são separados e ela nunca foi a cidade dele), Tibby não vai viajar e Bee vai para Baja, em um acampamento treinar futebol. Diante da inevitável separação elas encontram uma calça mágica, que serve em todas as amigas, de tamanhos diferentes, que deixa as quatro deslumbrantes. Uma lista de regras para o uso da calça é feita e um rodízio é planejado, a calça mágica irá passar o verão com as amigas, ligando umas às outras e prometendo magia nas férias de cada uma.
Assim que comecei a ler e pensei: por favor, não permita que o resto do livro seja tão ruim quanto o prólogo, infantil e forçado. Minhas preces foram atendidas. Eu tinha interesse nesse livro por já ter visto o filme que se chama “Quatro amigas e um jeans viajante” que achei bem bacana, o filme conta a história desse primeiro livro. No geral, o livro e o filme são bem parecidos, exceto pela história de Lena.
Lena vai para a Grécia conhecer os avós e isso é tudo que ambos têm de semelhante, no filme Lena é meiga, se apaixona e faz as coisas certas, no livro eu achei ela grossa, arrogante, extremamente estúpida com os meninos que não faz nada certo. Lá ela conhece Kostos, um menino muito bonito e adorado pelos avós de Lena, que demonstra interesse nela. Contudo, ela acha que todos os meninos são iguais e acaba sendo indelicada e fria. Para piorar eles passam por uma situação delicada em que ela entende tudo errado e acaba deixando os avós com raiva de Kostos, logo quando ela percebe que ele é um menino bom e que está evidentemente apaixonada por ele.
Tibby é a amiga que fica para trás na cidade, trabalhando no supermercado, cuidando dos irmãos mais novos. Certo dia no serviço uma menina desmaia, seu nome é Bailey e ela tem 12 anos. Depois desse incidente elas acabam se aproximando, uma sempre provocando a outra. Tibby descobre que Bailey possui leucemia, o que acaba às aproximando ainda mais e Bailey decide ajudar a amiga no filme que essa estava pensando em produzir. Tibby parecia ser a menina mais chata do mundo no filme, mas ela até que não é tão chata assim no livro, mas ainda é a que eu menos gosto – acho Lena muito irritante, mas tenho a impressão que no livro ela é a mais sem graça que fica de lado sempre.
Carmen vai visitar o pai e está ansiosa, esperando por todos os programas que fará ao seu lado, entretanto, ao chegar lá descobre que seu pai vai casar novamente com uma mulher que já tem dois filhos, todos lindos e louros, e ela, a menina com a bunda grande e morena, metade porto-riquenha, que não se encaixa na família perfeita. Acho que o final da história de Carmen e a parte da doença de Bailey são as mais comoventes. A conversa de Carmen ao telefone com o pai dela, falando sobre como ela sente a falta dele é muito triste. Dessa história também quero dar destaque para Paul, ele é um dos filhos da noiva de Al, pai de Carmen, e ele é extremamente na dele e calado, mas é alguém muito interesse, prestem atenção nele!
Bee é a menina loura, linda e esportiva que vai para um acampamento treinar futebol – ela é a melhor jogadora do lugar. Ela é espontânea, cheia de energia e adora desafios. Ela acaba se interessando por um dos treinadores do lugar e vai fazer de tudo para tê-lo. No filme a história de Bee fica bem superficial, mas ela tem uma série de traumas por conta da mãe e ela acaba ficando muito mau no final desse livro. Na verdade, o final das quatro histórias tem grande diferença do filme, o que é bom já que algo me surpreendeu no livro.
As calças vão passando entre as meninas. Na primeira rodada ela parece não funcionar de maneira tão efetiva para a maioria, mas na segunda ela parece realmente trazer coisas boas as meninas. Na troca das calças temos bilhetes além de algumas cartas em outros momentos, trocadas com as amigas. No geral um livro gostoso, conta a história de quatro amigas com personalidades muito diferentes, passando por situações diferentes, problemas com meninos, família, empregos, doenças. Em alguns pontos é uma história boba e infantil assim como as personagens, mas é preciso entender que elas têm 15 anos e eu era boba assim também aos quinze.