Resenhas - A Cachorra

georgia.akemi 18/03/2024

Ainda não desapeguei
Como o título sugere, ainda não desapeguei do cenário, mesmo fazendo algum tempo que terminei. A narrativa dele prende muito, eu gostei demaisssss. É muito angustiante também, tem gatilhos fortes. Não recomendo pra todo mundo, mas muito bom.

Virginia.Laurindo 17/03/2024

Uma história profunda sobre a relação de uma mulher com o seu animal de estimação. O final é surpreendente.

Sâmya 16/03/2024

"... era como se o tempo não passasse..."
É uma leitura que prende o leitor. Fala sobre frustações, perdas a luta de Damaris em ser mãe, essa carga emocional que ela joga em uma cachorra, que acaba levando a sofrimento ambas por não responder as expectativas. E o rancor que Damaris vai acumulando pela pobre cachorra que só que ser livre é ao extremo.

DéboraMP 15/03/2024

A cachorra
Apesar de ser uma leitura rápida, pois o livro é bem curtinho, foi um pouco cansativa.
Aqui acompanhamos a história de Damaris que desde pequena carrega grandes traumas. Ela cresce e casa com Rogelio, mas eles não conseguem ter filhos. O casamento esfria, o marido não é muito afetuoso e Damaris acaba ficando solitária.

Sentindo-se inútil por não poder gerar filhos, Damaris acaba adotando uma cachorrinha a quem chama de Chirli (o nome que ela daria a filha, caso tivesse uma). Damaris se apaixona pela cachorra e a trata como a filha. Acontece que a cachorra cresce e tem certos comportamentos que desagradam Damaris. Então, o amor vira ódio e Damaris quer se livrar de Chirli a todo custo.

Essa história não fez muito sentido para mim. O que entendi é que se a Damaris fosse mãe, seria uma mãe péssima, pois, provavelmente, adotaria com sua filha o mesmo comportamento que teve em relação a cachorra quando ela a desapontou.

Fica também a reflexão sobre os caminhos onde a solidão e traumas não resolvidos podem nos levar. O final fica subentendido. Houveram muitos devaneios em relação a alguns personagens, muitas coisas que ficaram no ar.

Não acho que a história seja ruim, mas definitivamente, não me alcançou e não é pra mim.

Brunna158 14/03/2024

Nada como uma metáfora para maternidade
Eu normalmente gosto de alegorias como veículo de desfecho. gosto mesmo. porém aqui nesse livro o desfecho não chegou.

a autora deixa muita coisa pra nossa imaginação, o que não é necessariamente ruim, mas pra mim a linguagem é tão literal que não inspirou nenhuma vontade minha de metaforizar em cima da história.

por isso fico com o óbvio: coisas ruins acontecem com pessoas que não lidam com suas questões traumáticas.

pontos bons que renderam 3 estrelas: a imersão do livro é muito boa, dá pra sentir o cheiro do mar, qualquer coisa sobre maternidade tóxica tem minha atenção. é legalzinho!

maiara.back 12/03/2024

Dentro de uma tristeza cotidiana e silenciosa, esse livro definitivamente não é sobre uma cachorro e sua dona.

Sam 10/03/2024

Dentro do homem bom também há um mar denso e monstruoso?
Literatura latino-americana, escrita fluida, história ?simples?. Aqui, conheceremos Damaris, uma mulher de classe pobre, trabalhadora que mostra um desejo de reconhecimento, um grande sonho pela maternidade e a exorbitante culpa que corrói suas emoções.

Em meio a muitas tentativas frustradas de engravidar, Damaris encontra uma ponta de esperança e consequentemente de alegria ao adotar uma filhote que nomeia Chirli. Nome esse que seria de sua biológica, caso tivesse engravidado. As pessoas ao seu redor estranham o modo de tratar dela para com a cachorro, pois a adota como filha de fato, a ensina o que considera o certo, alimenta, dá carinho e de certa forma espera dela o que se pode esperar de um filho humano.

Em meio a esse relacionamento maternal, conhecemos os monstros que a atormentam: a morte de Nicolasito, por exemplo. O mar e a selva são apresentados como densos e monstruosos e deles, principalmente do mar, aquilo tudo que vai, não volta. Ela se culpa pelas perdas que sofreu, pelo grande sonho que não realizou, e nos mostra frustração, melancolia, desejos por ser realizada mas que findam em desgraça.

No fim, ela descobre que embora tentasse ser boa, e era de fato, encontrou em si um monstro muito preciso como o mar: aquele que quando dá as caras, é violento, denso, perigoso, destruidor. O amor pela filha Chirli sucumbi ao monstro que dela tornar-se aparente.

Em dado momento do livro, já podemos imaginar que ela vá matar a cachorra na tentativa frustrada de matar em si suas emoções e psicológico ?danificador?, contudo, a autora vai dando umas ?enroladas? no enredo. Talvez não precisasse de páginas a mais pro findar da história que se torna previsível ao leitor.

De toda forma, é um livro bom. Mostra que dentro do homem bom também habita um denso e monstruoso mar que leva consigo o que é vivo, mas que devolve o que for sem fôlego de vida.

Mindyara 09/03/2024

Confesso que estou um tanto reflexiva a respeito da leitura, finalizei o livro sem saber o quanto gosto desta história. Com relação a escrita da autora, apenas elogios, ela consegue prender a atenção do leitor com uma narrativa que parecia simples, mas acaba surpreendo.

@admiravel_leitura 08/03/2024

Uma experiência de leitura forte, cruel e imensamente dolorosa.
Esse é um livro que nunca vou reler.

E esse meu posicionamento a respeito dessa narrativa se deve ao fato de que essa é uma história absurdamente amarga, cruel e dolorosa. Daquelas dotadas de um sabor agridoce em seu desfecho responsável por nos deixar estáticos e perplexos ao tentarmos compreender o propósito da obra; propósito muito bem definido.

Afinal, esse livro tem como intuito expor e estudar de forma informal a psiquê humana e como o nosso psicológico afeta a forma como agimos, nos fazendo tomar atitudes absurdas quando não estarmos com a saúde mental equilibrada. E essa exposição de como a nossa mente influência no nosso discernimento através de picos de raiva é um dos pontos altos da trama.

Afinal, Damaris é uma mulher depressiva e solitária que sofre com o fato de não poder ter filhos e essa dor atormenta sua mente por fazê-la se sentir inútil. Para além, essa mulher também presenciou um fato responsável por mexer com a sua consciência quando criança e por morar em um lugar sem respaldo psicológico, seus traumas permaneceram encarcerados dentro de si.

Ou seja, através de uma brave análise comportamental e psicológica, não é difícil compreender como a protagonista é uma mulher instável e aprisionada dentro de si mesma.

E claro que seu erro não possui justificativa e é condenável!

Eu, pelo menos, senti raiva da personagem e não consigo compreender como alguém pode ser capaz de atos horríveis, porém Pilar Quintana constrói a personalidade dessa mulher quebrada de uma forma impecável expondo como a sua mente está deturpada e deteriorada devido há anos de negligência.

Não é um livro para todo mundo.

É uma leitura forte capaz de evidenciar como a mente humana é frágil e sujeita a um colapso iminente a depender das circunstâncias ao qual é submetida.

Dito isso, tenho certeza que nunca mais lerei esse livro, afinal ele mexeu comigo de uma forma íntima e dolorosa. E se você tem sensibilidade a respeito de animais, sugiro não conhecer essa história.

siririk 08/03/2024

Eu adorei esse livro!! Me tocou muito a relação da Damaris com a Shirli e a forma que o amor dela vai mudando pra um "ódio", confesso que me choquei muito com oq a Damaris fez com a Shirli.
A única coisa que me impediu de dar 5 estrelas foi por conta do final, achei que terminou de uma forma muito abrupta, queria saber o que ia acontecer com a Damaris depois.

Naluzvv 06/03/2024

"Ela queria fugir, se perder, não dizer nada a ninguém e ser engolida pela selva. Começou a correr, tropeçou, caiu, se levantou e correu de novo."

O livro é curto, a escrita é simples, e o enredo te prende. Muito mais profundo do que parece, foi além das minhas expectativas.

@letravermelha 05/03/2024

Surpreende!
Damaris é uma mulher que leva uma vida muito humilde, que está há 20 anos tentando ser mãe. Em meio a todas as tentativas frustradas, ela adota uma cachorrinha filhote no qual lhe dedica, inicialmente, todo tempo e amor. É entorno da motivação e da relação entre as duas que o leitor verá as profundezas obscurecidas que se tornou o coração de Damaris.

Pilar com descrições de casas e pessoas decadentes num ambiente hostil, cria um progressivo sentimento de tensão, desamparo e desesperança no leitor. Para preparar caminho para um final totalmente inesperado que deixará a todos sem chão, pois as qualidades emocionais de Damaris sofre uma mudança drástica de um ponto a outro na narrativa.

É a história de uma mulher, que tomou pra si a culpa de não poder engravidar. Uma culpa suscitada pelas pressões da sociedade na qual fecha os olhos para a possibilidade do homem ser estéril, e portanto, responsabilidade dele a impossibilidade dela não ser mãe. Porém, ainda que tomada de profunda tristeza, ela projeta na cachorra a chance de, enfim, ser mãe.

A narrativa trata do psicológico de uma mulher que se esforça para ser boa, ser amável, mas que carrega no peito um rancor, um profundo ressentimento que cresce lentamente ano a ano, e num momento propício essas mágoas emergem. Pois quando projeta na cachorra a filha que nunca teve e vê ela não corresponder todas as suas expectativas, e ainda ficar prenha duas vezes, uma condição para ela impossível, dentro dela explode um rancor tamanho, de esperanças frustadas, tornando o final inesperado.

Pilar descreve a maldade que está escondida no fundo do peito, só esperando um momento de estado psicológico crítico para aparecer. São escolhas ou renúncias que fazemos em um estado de extrema frustração que determina quem verdadeiramente somos. E com aquele final, Pilar Quintana nos mostrou quem Damaris realmente é, e quem não conseguiu mais ser.

É um romance psicológico realmente perturbador, que nunca tinha lido igual. Demorei a assimilar todos os fatos, mas quando a compreensão veio, a história cresceu imensamente. Recomendo demais.

Ju_allencar 05/03/2024

Cruel
Leitura muito boa, a escrita da autora muito fluida e fácil de entender, li em um dia. Confesso que eu gostaria que o final não tivesse sido tão aberto, mas entendo a decisão da autora. Fiquei em choque com o final, pois realmente não esperava que aconteceria o que aconteceu. Ótimo livro ?

Bea 04/03/2024

O que foi isso
Não sei o que dizer, realmente não é um livro pra qualquer um. Muito estranho e pesado ao mesmo tempo. Fiquei com dó da cachorra, não sei se era pra ter alguma mensagem por trás ??? mas de qualquer forma não amei. A escrita é boa e a história tinha tudo pra ter um outro rumo...

bebel 03/03/2024

Gostei mas não tanto
Não lembro de ter lido nenhum outro livro que se passasse na colômbia, então isso foi muito legal, mas achei que o livro se perdeu um pouco da premissa original do que a sinopse sugeria - ou, pelo menos, foi a impressão que eu tive a partir da sinopse -, de que seria uma história de completa obsessão e autoproteção insana com a cachorra, e não foi exatamente isso que o livro contou.
outra coisa que eu achei foi que o livro foca muito em descrição de cenários, aparência de personagens e histórias passadas dos personagens - algumas que não fazem a menor diferença e personagens que não são importantes -, e por ser um livro tão curtinho, acho que poderia ser mais reduzido esses trechos na revisão.
mas fora isso gostei muito da leitura e amei a escrita da pilar