Resenhas - Deus, um Delírio

Evvy 01/09/2021

Deus não existe
Um livro muito bom que exemplifica com maestria a quantidade de inconsistências que cercam a religião e deus. Sempre usando da ciência para mostrar seu ponto de vista, Dawkins utiliza uma linguagem madura, que por muitas vezes pode se tornar mais complicada para leigos. Definitivamente não é uma leitura leve, e sinto que o autor divaga em alguns momentos quando entra em suas explicações/teorias mais robustas. Como é sua proposta analisar a religião sob uma perspectiva biológica darwinista, as perspectivas sociais ficam reservadas a determinados capítulos, que para mim foram os meus favoritos, já que prefiro esta abordagem. Esta obra é, indiscutivelmente, essencial para qualquer aspirante do ateísmo e agnosticismo por aí.

Deixo aqui uma de minhas citações favoritas, que também se encontra neste livro:

"Quando uma pessoa sofre de um delírio, isso se chama insanidade. Quando muitas pessoas sofrem de um delírio, isso se chama religião." Robert M. Pirsig

Heitor.Mattos 31/08/2021

Excelente, porém um pouco desatualizado.
O livro é ótimo para você que já é ateu, que já se identifica como tal ou que está em duvida quanto. Richard Dawkins faz críticas duras as religiões de todos os tipos e suas atividades muitas vezes criminosas visto assim por ele, mas sempre com foco na cristã que é a maior do mundo. Com tom engraçado e de deboche ele guia o leitor com um compilado de dados e referências enorme para comprovar tudo o que ele fala. Eu já era ateu quando li, algumas coisas já não se encaixam mais pros dias de hoje, mas é muito bom ler para saber como era ser ateu em 1990-2000 e notarmos que até que não mudou muito, mesmo 20 anos depois.

Vexvee 26/08/2021

Dawkins foca a sua atenção na religião em geral. Medita sobre as possíveis razões para a ubiqüidade da religião nas sociedades humanas e tenta explicar o sentido moral por meio do conceito darwiniano de seleção natural. Nos três capítulos seguintes, parte para a ofensiva: diz que os preceitos religiosos são imorais, que as crenças religiosas causaram a maioria dos problemas do mundo; chama de abuso mental a educação das crianças numa fé específica. O capítulo final traz a visão de Dawkins sobre o modo como a ciência pode ocupar o papel inspirativo que teria sido usurpado pela religião.

Se encarado como um trabalho sério, o livro tem poucos méritos. Há poucas referências diretas a textos de filosofia e teologia (ou mesmo de ciência, diga-se de passagem). Os argumentos mais ricos e conhecidos são os que menos atenção recebem: dedicam-se apenas três páginas a Tomás de Aquino. O tom de conversa confere ao texto clareza pelo preço da superficialidade; Dawkins esgrime abundantes metáforas, mas poucos argumentos. Atua como um franco-atirador. Se as pessoas acreditassem realmente em Deus, não se sentiriam tristes quando estão para morrer. O Deus do Antigo Testamento é ?ciumento, mesquinho, injusto, implacável, opressor; um genocida vingativo e sedento de sangue?? (esse epítetos continuam por várias linhas). A maior parte do livro é constituída por episódios pessoais, piadas engraçadinhas sobre fundamentalistas cristãos, terroristas islâmicos e devoções populares católicas, e há ainda histórias de terror sobre o fanatismo religioso.

Lala 19/08/2021

Diria que é um leitura essencial, mas levei oito meses pra terminar de ler esse livro! O livro escancara os problemas atrelados a religião. É uma ótima leitura pra quem não acredita em seres divinos, entretanto é chocante contrastar com a realidade do Brasil (2021) e do mundo, onde tudo é justificado por crenças.

Emanoel 02/08/2021

Um mundo além da Religião
Comprei esse livro numa época em que tinha dúvidas. Tinha largado a religião em que fui batizado há algum tempo e, numa tentativa de tentar entender o meu pensamento, fui recomendado - não lembro por quem - a ler "Deus, um delírio". Comprei, comecei e larguei. Por todos esse tempo esteve na minha estante, mas desde os meus 17 anos (hoje tenho 25) me considero Ateísta Convicto. Conclusão que não surpreendeu a família, pois foi me imposta a religião muito cedo, aos 6 meses de vida.

Richard Dawkins é direito e "pé na porta" em seus argumentos. Num ponto de vista científico, ele mostra o porquê a religião pode ser prejudicial e em certo ponto, convence (e muito) porque ela não deve ser ensinada desde o nascimento do indivíduo.

É um livro grande, mas a leitura é leve na maioria de seu conteúdo e, por vezes, pode ser que seja "muito técnica", mesmo que o autor se esforce ao máximo para deixa- la acessível.

Uma leitura para todos, não só para Ateus. Importante também para quem ainda encontra-se na dúvida e precisa de um "empurrazinho" para refletir.

Felipe Mello 28/07/2021

Profundamente Crítico em sua Concepção, mas Infantilmente Maniqueísta em sua Essência
OBS: Por mais que eu seja fã das deusas do amor, devo deixar bem claro que este livro foi lido por um ateu convicto, mas que deixou há muito tempo a sua imatura militância.

Apesar de o ateísmo ser o fundamento intrínseco da obra, Dawkins debate(e aprofunda) o tema em três principais tópicos.

Deus: Por mais que Dawkins não afirme(100% falando) que o design inteligente panteísta ou einsteniano não exista, o próprio consegue passar com bastante sagacidade e veracidade todas as inverossimilhanças cientificas, apesar do inevitável tédio em relação às explicações evolutivas darwinianas em relação aos genes e memes(que capítulo chato!), que a figura divina conhecida genericamente como Deus foi fruto da invenção humana, visto que ficou bastante explicito as inúmeras tentativas do autor em tentar explicar para os seus leitores(com ou sem sucesso) que não há nenhuma evidência sólida e concreta que o deus pessoal possa sequer existir. Foi de longe a melhor parte do livro, apesar que nenhum teísta devotado será convertido e nisso não há nenhum problema.

Religião: “Por mais horrível que o abuso sexual sem dúvida seja, o prejuízo pode ser menor que o prejuízo infligido pela atitude de educar a criança dentro da religião católica.”

Este repugnante pensamento do autor é apenas um dos inúmeros exemplos de sua imatura militância, visto que apesar de algumas excelentes críticas construtivas em relação à doutrinação infantil religiosa(que eu já passei), a moralidade e o próprio fundamentalismo religioso, Dawkins tenta a todo custo nos convencer que o próprio não é um fundamentalista ateísta(ele usa a expressão apaixonado pela ciência, sei?!), pois, ao invés de tentar conscientizar o leitor que o extremismo religioso possar a levar boas pessoas a cometerem barbaridades, a sua obra cria pouquíssima distinção entre os religiosos moderados com os fundamentalistas(chegando até sugerir que a religião moderada permiti a fundamentalista existir), uma vez que a infantil visão maniqueísta de sua obra nega todas as pessoas que usaram as suas crenças para fazerem o bem, citando com muita sutileza em apenas um mísero parágrafo. Visto que foi impossível não notar uma exacerbada arrogância do autor no momento em que o próprio sugeri, e afirma, que os ateus são pessoas mais instruídas intelectualmente e tolerantemente. Uma tremenda bobagem, na minha opinião. Acredito que o seu livro poderia ter se aprofundado no tema com intuito de conscientização, mostrando tanto as partes boas como as ruins que a religião trouxe ao longo da história para a humanidade. Mas, julguei engraçado e irônico que Dawkins usou os movimentos progressistas e feministas, em várias ocasiões, como forma de progresso que deveríamos usar em relação à fé. Fico imaginando como Dawkins deve se sentir quando testemunha vários integrantes destes grupos espalhando mensagens de ódio, segregacionistas e cancelamento ao longo das redes sociais em nome do progressismo. Fica para pensar?

Agnosticismo: Apesar de ter sido uma passagem curta, é nela que Dawkins demonstra toda a sua soberba arrogância, visto que além de catalogar minuciosamente os pensamentos das pessoas(dos teístas decididos aos ateus convictos), o próprio chega a tirar zarro dos agnósticos em relação ao design inteligente, fazendo o leitor entender que o agnosticismo é somente uma mera fraqueza mental e intelectual, pois, o individuo possui medo de abraçar o seu ateísmo intrínseco em relação à sociedade. Julguei altamente desnecessário o seu desproporcionado ataque, que beirava a infantilidade em algumas passagens, pois, o próprio Dawkins defende o agnosticismo em diversas outras áreas cientificas, principalmente a vida inteligente extraterrestre.

Sendo assim, foi intrigante realizar este interessantíssimo experimento, comigo mesmo, em relação a esta segunda leitura, pois, lembro-me muito bem que quando a li pela primeira vez, tinha a achado perfeita para desconverter qualquer teísta de sua fé, mas após ter largado, a alguns anos atrás, a minha juvenil militância, percebo que não foi a obra que mudou, mas sim, eu. E posso facilmente dizer, que foi uma das grandes consciencializações que já tive.

Alice 28/07/2021

Resenha
DEUS UM DELÍRIO - - Grupo Companhia das Letras. O incendiário libelo pró-ateísmo Deus, um delírio, do renomado cientista Richard Dawkins, pretende combater os males causados pela religião. Num tempo de guerras e ataques terroristas com motivações religiosas, o movimento pró-ateísmo ganha força no mundo todo.

rcmonteiro 24/07/2021

Cansativo
Uma tentativa muito cansativa, várias vezes um tanto repetitiva de ilustrar o ateísmo e os males da religião.

Marcus 06/07/2021

Esse é brabo
Esse livro não me converteu ao ateísmo porque já sou ateu, talvez por isso eu tenha gostado tanto. Mas eu gostei não pelo fato de Dawkins ser hostil em relação a religião, e sim pelo fato de que ele usou exemplos que explicavam teorias complicadas em teorias simples, mesmo assim algumas vezes não entendi o que ele estava dizendo, porém no final tudo ficava muito claro.

Concordei com 90% do que ele diz no livro, seja sobre a alienação que a religião provoca, ou os lados bons que o ateísmo traz.

Estou aberto a recomendações de livros que dêem um contra ponto. Acho muito importante ouvir o outro lado da história também.

Isis 22/06/2021

Meh
Dawkins é um porre, elitista, condescendente e, em muitos aspectos, estúpido. Aparentemente não existe outras formas de ciência que são válidas para ele, somente biologia e exatas. O autor não consegue compreender a abrangência da existência humana e fica criticando o que não busca compreender.
Dawkins equivale a experiência religiosa com a instituição e esse é o primeiro problema com esse livro e torna os argumentos mesquinhos e simplistas, como se somente a crença em deus fosse culpada pelas mazelas do mundo.
Outro ponto é o elitismo e academicismo do cientista que busca explicar a não existência de deus com argumentos que não fazem parte da experiência de pessoas religiosas. Isso ocorre pois o autor leva somente certos tipos de ciência em consideração. A crença em deus não é algo que possa ser considerada um delírio, é um fenômeno humano que nos atravessa por milênios, não é "doença", mesmo porque as crenças em deus se modificam pelo tempo e hoje temos uma relação diferente tanto com religião quanto com deus.
Um livro de ateu para ateu. Entendo que ele tenha feito uma classificação diferente, mas no fundo é isso, sejamos sinceros. Eu sou ateia, mas esse livro me mostrou como ateu é chato e com argumentos tão infantis e mesquinhos quanto qualquer religioso feroz. Não tem nenhum argumento novo, já repeti essas coisas, mas eu tinha 15 anos, hoje em dia compreendo que essa atitude para com pessoas que creem em deus só faz mal, só afasta do pensamento científico e é bem desrespeitoso.
Dawkins precisava mergulhar na antropologia, psicologia, filosofia e ciências sociais para então tentar falar sobre a experiência de pessoas que crêem em deus, pois de forma biológica não há como compreender essa experiência, é somente "explicação" e o viver humano vai além de explicações lógicas, causa e efeito.

Nalu 29/05/2021

Um empurrãozinho que falta na gente
O autor não mede palavras pra dizer exatamente o que pensa sobre religião em geral. Apesar de ser um pouco bruto, consegue ser coeso e objetivo com seus argumentos sobre a não existência de Deus e o quão importante é que a humanidade se liberte das limitações que a religião nos da desde o nascimento. De certa forma, um livro que mudou bastante minha vida e meu jeito de enxergar o mundo.

Rafael.Dardes 20/05/2021

Obra importante.
Com afirmações contundentes, Richard Dawkins percorre diversos âmbitos da existência da religião e do pensamento de "Deus", trazendo, com diversas evidências, o quanto a preservação de tais conceitos são nocivos à humanidade.
Uma obra moderna, com pensamento antenado, escrita por um respeitável cientista atual, preparado para argumentar com evidências qualquer tipo de paradoxo torpe ou justificativa para a eternização do mau religioso.
Tenho apenas uma crítica: o autor se utiliza majoritariamente do cristianismo e de religiões islâmicas para basear seus discursos. Apesar de entender que essas origens religiosas regem a maior parte da humanidade, creio que seja importante incluir outros tipos de manifestações religiosas e de crenças. Algo que inclusive enriqueceria seus argumentos.
No mais: Deus não existe.

Bruno236 14/05/2021

Pessoas sensíveis talvez tenham dificuldades na leitura...
Tenho que começar dizendo que essa é uma leitura que recomendaria para todo mundo. Independentemente se você tem alguma crença ou não ? se você for muito sensível a religião, talvez se sinta um pouco incomodado com a leitura.

Enfim, no livro Dawkins distribuí as suas convicções, argumentos e fatos contra a religião em dez capítulos, cada capítulo com tópicos muito bem organizados. Talvez eu tenha demorado um pouco para lê-lo, pois várias visões de mundo que eu já tinha foi reforçada com essa leitura.

É bom dizer que existem partes no livro que o autor utiliza termos mais técnicos e estudos científicos para enfatizar a sua opinião sobre a religião. Talvez isso possa tornar a leitura um pouco cansativa, mas pra mim não foi um problema.

Uma coisa bem explícita no livro é o incômodo de Dawkins na questão da doutrinação religiosa infantil, e ele bate muito forte nessa questão.

Gostei bastante e na minha opinião, entre os livros do autor que já li, esse só fica atrás do "O Maior Espetáculo da Terra".

lucasamtaylor01 29/03/2021

Impactante
Bem, é um livro que abre horizontes e promove reflexões sobre as religiões em nossa sociedade.

Me vi muito nele, a linguagem é fluida e o livro impactante. E dps dele, eu sei que nunca vou ver nosso mundo da mesma forma.