Karin 26/01/201210 Dias com de Blasi e VenezaMil Dias em Veneza conta a verídica história de Marlena de Blasi, cozinheira e colunista gastronômica, que encontra o amor em Veneza. O livro fala como ela conheceu um estranho veneziano, se apaixonou e mudou toda a sua vida para ficar ao lado do seu amor. O texto narra a relação de duas pessoas totalmente estranhas e de culturas completamente diferentes, mostrando o dia-a-dia desse casal de meia idade apaixonado que parece estar vivendo uma eterna lua de mel.
Geralmente demoro a me inteirar sobre a história que estou lendo. “Sinto” o livro a partir do segundo capítulo, o que, na maioria das vezes, é quando a história começa a ter forma e ação. O antes disso é só para o leitor começar a se situar. Porém, em Mil Dias em Veneza, isso ocorre quase que nas primeiras páginas, o que me deixou um pouco atônita e sem entender com clareza o que estava acontecendo.
O gostoso de ler “Mil Dias em Veneza” são os momentos que, “literalmente”, saboreamos a narrativa. De Blasi descrevendo as refeições e os pratos que ela cozinha é de dar água na boca.
Ler livros que descrevem lugares e as impressões do narrador e/ou personagem, geralmente, me despertam a curiosidade em conhecer. E essa história me fez querer visitar Veneza, porém, acho que com um olhar diferente do que poderia ter antes de ler esse livro.
De Blasi descreve o povo e os costumes italianos de forma bem realista. Poderia dizer que até de forma um tanto quanto negativa. Ao mesmo tempo que encantada, ela é muito crítica em relação a cultura italiana.
Como uma futura bibliotecária, gostei muito da parte que ela fala sobre a Biblioteca Nacional de Veneza, mais conhecida como a Biblioteca Marciana, e a importância que esse espaço teve em seu vida. Foi lá que ela aprimorou o seu conhecimento na língua italiana e utilizou o material fornecido para entender os costumes e o povo veneziano, melhorando o seu relacionamento com a cidade.
Ao final do livro, você encontra as receitas dos pratos que Marlena de Blasi cozinhou ao longo da história e um Guia Romântico de Veneza que “foi publicado pela primeira vez na Revista The Algonkian, na primavera de 2002“
Não vejo a hora de poder comprar e ler “Mil Dias na Toscana” e saber da continuação da história de amor desse casal completamente diferente e completamente apaixonado.