Ally 22/10/2020
Depois daquela viagem
Eu não imaginaria que essa autobiografia poderia ser tão impactante na minha vida.
Essa é a história de Valéria Polizzi, que começou a ser contada em 1999, aos seus 23 anos de idade.
Valéria convive com o vírus da AIDS desde que teve sua primeira relação sexual, dentro de um relacionamento abusivo, aos 16 anos.
Sua história é uma fonte de grande inspiração, é um ensinamento pra vida.
Esse livro me trouxe questionamentos que me tiraram da minha zona de conforto - agradeço imensamente a minha madrinha querida por ter me apresentado - aqui nós conseguimos enxergar o preconceito, enxergamos a dor, os desafios, a difícil aceitação, enxergamos também a beleza do ser, do compartilhar, a amizade, a família, o valor da vida e a aceitação da morte como única certeza absoluta.
A princípio, vemos uma menina forte e também ingênua, que sempre encara de frente seus desafios, porém, não consegue acreditar que a vida pode ser boa carregando o vírus da AIDS, que na época era sinônimo de impureza e morte.
No entanto, sua percepção sobre si mesma vai se transformar, quando ela decide ir para os Estados Unidos estudar inglês.
Chegando lá, ela conhece pessoas e médicos incríveis que a ajudam a se encontrar e entender um pouco do sentido da vida - viver.
Com o passar do tempo, ela volta para o Brasil e chegando aqui, passa por situações muito difíceis, que nos emociona e nos faz refletir.
Então, após tanto aprender, ela resolve ensinar. Mostrando a todos os médicos, amigos, familiares e leitores que todas as pessoas são GENTE/HUMANAS e merecem respeito, e que mesmo com inúmeras dificuldades, ainda há tempo para se alegrar e dividir momentos bons com quem se ama.
Por fim, o livro nos mostra como as pessoas podem evoluir e mudar seus pensamentos de uma forma positiva, sempre procurando mostrar que o melhor da vida é o agora, pois o amanhã pode nem existir.
Palavras da autora: ?A vida é uma daquelas coisas tão presentes que passa despercebida. Às vezes nós precisamos quase perdê-la, ou achar que está por se perder, para lhe darmos o devido valor e dimensão. E, ainda assim, não conseguimos entendê-la direito".