Mort. Ed Mort. Detetive Particular. Fiz o curso por correspondência. Tive que subornar o carteiro para passar. E a aula sobre como ganhar dinheiro na profissão ele nunca entregou. Tenho um escri numa galeria do centro. O tório eu subalugo. Divido o meu espaço com 117 baratas e um ratão albino. O rato se chama Voltaire, porque desaparece mas sempre volta. Meu escri fica entre uma pastelaria e uma loja de carimbos. Dá para distinguir as duas: os pasteis são os que deixam a mão preta. Minha história? Vim do nada: a cabeça do Veríssimo. Comecei como uma paródia de histórias de detetive americanas tipo as de Philip ("enrole a língua quando disser o meu nome, rapaz") Marlowe. Mas Veríssimo me colocou no Brasil. Nunca o perdoei por isso (...)
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