Antônio Chimango (Poemeto campestre)

Antônio Chimango (Poemeto campestre) Amaro Juvenal (Ramiro Barcellos)


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Antônio Chimango (Poemeto campestre) (Obras Redivivas #Vol. 2)


Sátira Política




“Antônio Chimango, poema satírico engajado contra a tirania política do Partido Republicano Rio-grandense (PRR) e seu líder, Antônio Augusto Borges de Medeiros, Presidente do Estado por 5 períodos, compõe-se de 5 rondas em linguajar gauchesco, como as 5 etapas do tropeio de gado, e a ação decorre na estância de São Pedro, o próprio estado (antigamente Província de São Pedro), aparecendo, disfarçados em personagens, as principais figuras políticas da época: Júlio de Castilhos, Pinheiro Machado e Aurélio Bittencourt, além, é claro, do próprio Borges de Medeiros, o chimango do título. O poema nasceu de uma dissidência política e o autor aproveitou duas palavras de um irado telegrama de Borges de Medeiros a seu respeito para compor a oferta do poemeto, publicado sob pseudônimo. Fez enorme sucesso e, proibido e apreendido pela polícia, teve inúmeras edições clandestinas. Passado de mão em mão, memorizado, comentado durante anos, o poema hoje faz parte do imaginário do Rio Grande do Sul. Foi escrito em poucos dias, ao calor dos acontecimentos de 1915, nas costas de papéis impressos para as eleições, e conta Augusto Meyer que, segundo uma testemunha, o autor ria e escrevia. Era o riso da sátira que desopila o fígado e areja as indignações acumuladas.

Amaro Juvenal, pseudônimo de Ramiro Fortes de Barcellos, nasceu em Cachoeira do Sul, (RS), em 1851, e faleceu em Porto Alegre, 1916 (ou 1919, conforme a fonte). Médico e professor da Faculdade de Medicina de Porto Alegre, foi também poeta, jornalista e historiador. Político, foi Secretário da Fazenda do Estado, deputado federal, senador e embaixador do Brasil no Uruguai. Foi redator do jornal A Federação, órgão do Partido Republicano Rio-Grandense, de que era membro ativo e com o qual rompeu em rumorosa dissidência que originou o seu famoso poema Antônio Chimango em 1915. Pecuarista e estancieiro, conhecia bem as lides do campo e deu a sua sátira política o disfarce de poemeto campestre, história de um peão oportunista e ladino contada ao pé do fogo após as tropeiradas. Autor de crônicas combatidas na imprensa, sua bibliografia reúne algumas obras de Medicina, Política e História. (Fonte: Ari Martins, Escritores do Rio Grande do Sul, UFRGS / IEL, 1978; Pedro Leite Villas-Boas, Dicionário Bibliográfico Gaúcho, EST / Edigal, 1991; e Luís Augusto Fischer, Pequeno Dicionário da Literatura do Rio Grande do Sul, organizado por Regina Zilbermann e outros, Ed. Novo Século, 1999).
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http://darisimi.blogspot.com/2013/10/antonio-chimango-poemeto-campestre.html?m=1
https://pt.wikipedia.org/wiki/Província_de_São_Pedro_do_Rio_Grande_do_Sul

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