O Cortiço

O Cortiço Aluísio Azevedo




Resenhas - O Cortiço


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Hector 20/05/2021

O Cortiço: grande obra do naturalismo.
O Cortiço é um ótimo livro. Por meio dele, a gente consegue fazer uma viagem para essas habitações muito populares no Rio de Janeiro do final do século XIX. O autor retrata de forma muito precisa as emoções, desejos, problemas e condições das personagens.
Conseguimos observar o contraste selvagem entre a burguesia em ascensão e o povo desumanizado e marginalizado pelo Estado e pela classe alta. Ao longo de todo o livro nos lembramos das atuais favelas.
Enfim, é uma obra-prima!
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Dani 13/03/2024

Sustenta a realidade na qual critica.
É difícil compreender quem recomenda esse livro para dar início aos clássicos brasileiros e principalmente como ainda é uma leitura obrigatória nas escolas. É um livro pesado, predominantemente racista que me incomodou do início ao fim e estragou a minha experiência do vínculo que se deve aflorar da história com o leitor.
O racismo é extremo não só pelos personagens, mas pelo autor que descreve todas as mulheres pretas com palavras excessivamente repulsivas e segue os estereótipos da ''mãe preta'' ou a ''mulata''. O autor parece não saber descrever uma mulher preta que estivesse dentro do padrão de beleza estético sem a sensualizar, acrescentar alguma espécie de lascívia e que a própria fosse culpada de sua própria beleza ou essa tal ''sensualidade'' que a carregava, como se fosse proposital por qualquer assédio sexual que viesse a sofrer em algum futuro.
A mão pesava sobretudo para falar de mulheres negras, mas seguindo o machismo temporal, as descrições das mulheres brancas eram igualmente desprezíveis, por uma fixação de características ruins, apequenando-as, não possuindo uma significação, e até mesmo as que estivessem dentro do padrão de beleza do auge da branquitude, não era reconhecida declaradamente. Em contrapartida os homens tinham descrições amenas, flácidas, que massageavam o ego de sua espécie, recebendo até elogios que auxiliavam os traços estruturais da misoginia da época.
Para não se largar o livro por desgosto e tentar embarcar na história em si, é preciso relembrar a todo momento o tempo em que o livro fora escrito e, tentar separar a história do autor; mas também recomendo verificar a lista de gatilhos antes de lê-lo, pois há a romantização do relacionamento abusivo, ciúmes extremos, normalização da violência contra a mulher, homofobia, assédio sexual, estupro, morte a sangue frio, entre outros.
A depender do leitor, ele terá um choque de realidade pela identificação com as favelas do Rio de Janeiro, não só pela estética, mas o entendimento para com a polícia, a obediência ao dono do cortiço, o enfretamento com os cabeças de gato e todo o partido tomado pelos dois lados e até mesmo pelos policiais etc. E daí partimos para a empatia com os personagens pelo arco de cada história e até nos divertimos em certas situações.
O autor sabia no íntimo, detalhadamente, as dores que algumas pessoas sofriam e outras nem sequer desenvolveu o lado psicológico, como por exemplo o caso de Piedade e a Bertoleza, onde é possível identificar mais uma vez o racismo estrutural. Ele tipifica de jeito intenso o que Piedade sentiu aquela noite quando o marido não voltou para a casa, e essa parte da leitura dará aflição a qualquer pessoa que já teve a experiencia de um relacionamento que lhe fez mal, entendendo que ali não há exageros, mas o caso de Bertoleza foi extremamente angustiante, uma vez que o autor esquece da existência da personagem, apenas discursou brevemente no início e durante todo o corrido arco da personagem ao final da história, que o leitor já conseguiria entender que o fim de Bertoleza estava próximo, é descrito de forma crua e rasa, como se a mulher não tivesse sentimentos profundos e íntimos, concluindo ao final ridículo.
Então, ao total do livro, se passa uma mensagem sobre uma realidade concreta, e no desfecho agonizante isso é afirmado, porém, ao mesmo tempo, o autor faz parte desse contexto, ele contribui para a realidade ser como é, e consequentemente faz soar esse livro ser uma tremenda hipocrisia.
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13marcioricardo 08/01/2022

Sem palavras!!
Que livro!!! Entra diretamente pra primeiro lugar da literatura brasileira dos que li até hoje, na frente de A morte e a morte de Quincas Berro d'água de Jorge Amado, Água Viva de Clarice Lispector e Senhora de José de Alencar. Já tinha ouvido falar bem, mas não pensei que fosse tão bom.
Carolina.Gomes 08/01/2022minha estante
???????




Renata.Orlando 28/05/2024

Fantástico
Minha gente isso aqui é o puro suco do Brasil mesmo.
A meritocracia, a falácia, o preconceito colocam essa narrativa num lugar ímpar pra época e a torna ainda atual.
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Cristiane 26/10/2022

O cortiço
Resolvi ler esta obra, graças ao clube do livro do Chris Assunção. Leitura ágil, fluida, li em dois dias. O romance mostra o quanto a polícia (morcegos) nasceu truculenta contra os pobres. O quanto os homens exploram e sugam as mulheres. O quanto os patrões conservam a mentalidade de donos de escravos. O conceito de amor entre homens e mulheres é apenas uma desculpa para que os homens construam e reforçam o sistema capitalista.
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Miss..Sheridan 23/11/2022

Cortiço
Uma história que retrata a exploração e a diferença entre classes sociais.
O personagem João Romão na ânsia de acumular dinheiro, explora empregados, rouba, faz de tudo para alcançar seus objetivos a qualquer custo. Dono do cortiço, da taverna e da pedreira, trabalha sem descanso, junto a sua amante Bertoleza.
Muitas coisas acontecem no decorrer da história envolvendo vários personagens que compõem a trama.
Uma obra do brasileiro Aluísio Azevedo que vale muito a pena ser lido. Um clássico da literatura brasileira!
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Matheus.Henrique 27/05/2021

O CORTIÇO
Recomendo demais a leitura, muito fluída e impactante. Um dos melhores livros que já li, leiam!
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Heiwas 26/07/2023

Nada de ruim pode sair de um bom barraco...
Eu tenho a edição especial desse livro. Foi o primeiro livro que li desse autor e o que mais gostei também. Sua narração é perfeita, consegue trazer uma vivacidade na história, nos personagens, d e uma forma que você deixa de ser observador para realmente se sentir parte dele.
Eu havia lido no segundo ano do ensino médio, mas até hoje me lembro como foi uma leitura gostosa e instigante de fazer.
priscila.marques 26/07/2023minha estante
Esse livro está na minha lista de leitura já faz algum tempo, lendo a sua resenha deu uma vontade enorme de começar a ler ?




Bia 27/11/2020

QUE OBRA!!!!!
Ah não é atoa que é um Clássico. Rir muito e me fez passa raiva em vários momentos, nunca vi tanta confusão em um livro só kkkk .

Simplesmente amei esse leitura, foi tão prazerosa.

Eu não acredito que tinha abandonado esse leitura .
Tassio 28/11/2020minha estante
abandonei faz uns 3 meses e vou dar outra chance! Espero que eu goste ?


Bia 28/11/2020minha estante
As vezes não é o momento certo .




Stephanny.Manini 17/12/2021

diferente
A experiência de escutar um audiobook é bem diferente do que ler o livro físico mas gostei muito do livro.
Maisa @porqueleio 31/12/2021minha estante
Ainda não consegui usar o audiobook, fica difícil concentrar!




Abduzindolivros 21/06/2021

Atemporal
Não é à toa que é um clássico. Retrato fiel da exploração que os mais fracos sofrem na mão da burguesia, sempre arrebentados pelos seus caprichos e injustiças.

A ganância dos mais ricos sobre os mais pobres foi muito bem representados na figura do vendeiro João Romão, que cresceu na vida às custas de passar outras pessoas para trás, inclusive a escrava Bertoleza, que foi quem sofreu o pior engano na mão desse homem.

Além dele, o livro é cheio de personagens carismáticos, pessoas para quem torcemos e por quem lamentamos a má sorte. Se você ainda não leu, recomendo fortemente.
Bárbara Paradiso 23/06/2021minha estante
Livro maravilhoso!!


Abduzindolivros 23/06/2021minha estante
Incrível demais, mesmo, não tem como não ser favorito




Ranya. 28/12/2021

Esse livro é de uma leitura um pouco complicada, algumas palavras do português de Portugal, o que dificulta e torna a leitura um pouco cansativa no começo, mas que ao desenrolar da história fica melhor.
Um livro que com toda certeza recomendo!!! Aqui você encontra temas como escravidão, a mulher vista na sociedade, a mulher brasileira vista pela sociedade, cultura da época, resumindo história do Brasil. E isso tudo apresentado no dia a dia da vida n'o cortiço, onde perpassa sobre a visão de alguns personagens, uns mais que outros, e principalmente a forma como João Romão "cresce na vida".
O que torna tudo mais interessante, a meu ver, é como tudo se entrelaça e o fim trágico de algumas coisas.

ps: é triste como a literatura nacional é imposta a nós, tudo o que é imposto perde o gosto, o prazer, e só a pouco venho descobrindo esse mundo literário intrínseco emagnífico.

Tiago Absolão. 28/12/2021minha estante
Compartilho do mesmo sentimento. Detestava ter esse tipo de literatura de forma obrigatória no ensino médio. Anos mais tarde, fui ler Vidas Secas, e entendi o quão rica era essa leitura, mesmo achando que adolescentes talvez não tenham tanta maturidade pra lê-la. Mas enfim, isso deve variar de pessoa pra pessoa, mas com certeza fazer de forma voluntária é melhor.




Alberto.Tisbita 30/07/2022

Sofreguidão lúbrica
O Cortiço é um romance sem protagonista, sem idealizações, sem papas na língua, porém com grande primor estético, com sensibilidade social, e com essência original ? digno, portanto, do lugar que conquistou na estante dos clássicos brasileiros.

A pluralidade de personagens constitui um único telhado narrativo, sob o qual há múltiplos cubículos, cujas paredes são o escravismo, a pobreza, o samba, a imigração, a prostituição, o alcoolismo, a solidariedade, a violência pessoal e estatal, e a fragilidade dos laços familiares.

Um viveiro de larvas sensuais, donde a vida brota brutalmente: é assim que, em seu viés naturalista, Aluísio Azevedo declama a vida suburbana oitocentista na capital do Império. Comprova-se, sem deixar brechas, que a crueza da vida não se opõe à beleza da arte.
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celithma 09/10/2023

Não é um clássico à toa
Foi bem satisfatório ler esse livro mais de 10 anos depois de ter sido obrigada a lê-lo por causa do vestibular. Foi como experimentar um prato conhecido, com um paladar mais apurado. Mesmo naquela época eu pude reconhecer a grandiosidade desse livro e minha opinião só foi reforçada durante essa leitura.
Apesar do saldo ser positivo, tenho que pontuar que a leitura por muitas vezes se torna arrastada pelo vocabulário, em primeiro lugar, e pelo estilo do autor que faz comparações intermináveis entre pessoas/animais/natureza. A edição que li é de 2018 e eu acho que eles poderiam ter adaptado a linguagem sem comprometer o entendimento e respeitando a escrita do autor.
Fora isso, o livro é super dinâmico, alterna entre os personagens na medida certa, sem se aprofundar demais nos personagens secundários mas ainda assim, dando a devida atenção a eles.
Uma menção especial pela forma genial como o autor retrata a sociedade e a realidade da época e apresenta muitas nuances entre a bondade e a maldade dos personagens.
Um clássico daqueles que você lê e desfruta mesmo quando a leitura não é obrigatória.
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Rbn 03/06/2020

O Cortiço é o Personagem
Este livro é uma das principais obras do Naturalismo brasileiro, vale a leitura para compreender esta corrente de pensamento. Os comportamentos humanos dos personagens por muitas vezes se comparam a instintos animais, mostrando que na maior parte do tempo não agimos racionalmente. As condições sociais mostram essa dinâmica de manada, deixando os lugares (como o cortiço) como protagonistas.
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