O Cortiço

O Cortiço Aluísio Azevedo




Resenhas - O Cortiço


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Blackthorne 31/03/2023

Caras, esse livro é muito bom.

O Cortiço é um livro bem conhecido por nós, brasileiros, por se um dos clásicos da literatura nacional e ser muito associado às leituras obrigatórias do vestibular. Eu nunca li a maiorias dos livros da categoria pra fazer enem, mas por gostar muito de ler, e esse, em específico, eu sempre ouvi falar muito bem, então decidi começar esse ano e foi uma das melhores leituras que eu ja fiz.

Em O Cortiço, não temos protagonistas humanos, pois o cortiço em si que nomeia o livro, é o plano de fundo da maioria das ações e histórias que acompanhamos, e ele mesmo, o protagonista.

Vemos o cotidiano de uma gama de personagens vivendo suas vidas, lutando pela sobrevivência, se entregando a desejos, egoísmos e sensos de identidade; a gente vê a dialética da coisa e tudo o mais do livro é sobre isso: uma série de recortes no espaço-tempo em que vemos as pessoas que vivem ali e ao redor vivendo, e vivendo, e mudando, se relacionando entre si de diversas formas... e tudo isso de forma muito crua e palpável, de forma que do jeito que aconteceu no século XIX, aconteceu no século XX, e continua acontecendo agora. São diferentes agentes de opressão e diferentes dinâmicas sociais no espaço, mas a base é a mesma.

Tipo, o que a gente vive hoje, é fruto de relações e ações históricas e esse livro acaba sendo uma fonte de ver como construções sociais que a gente vê hoje foram estabelecidas lá atrás.

O passado é crucial pra entender o agora e esse livro é importante pro presente por possibilitar a visualização disso através da ficção.
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Francisco240 18/11/2022

Muito e
Um livro que retrata fielmente a época em que foi escrito e com fortes emoções de com final deveras triste.
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g_nascc 08/10/2023

O cortiço - Aluisio Azevedo
Primeiramente, essa leitura é obrigatória. Eu já tive contato com o cortiço pra uma peça da escola, em 2019. Resolvi ler novamente, com calma e sem pressão nenhuma. E minha segunda impressão é parecida com a primeira, que livro sensacional, a forma que o cortiço ganha vida, e com o passar do tempo vai crescendo. E uma critica magnifica do autor em cima de um personagem que é vivo até os dias de hoje. João Romão enriqueceu na base da avareza, cresceu financeiramente passando por cima dos outros, roubando e devendo o máximo que podia, explorando os moradores do cortiço, e sendo mais oportunista do que nunca. Nós vemos um personagem completamente ambicioso e ganancioso. Mas o cortiço vai muito além de João Romão, o autor vai detalhar diversos personagens nessa obra, e situações extravagantes que acontecem na estalagem. Recomendo bastante, pra qualquer pessoa, obra genial.
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Renatinha 18/12/2021

O começo
Fiz essa leitura hoje com outros olhos. Com esse livro conseguimos observar a ganância, hipocrisia e segregação da sociedade brasileira. Conseguimos observar quem movimenta a economia e quem se dá bem com esse movimento. Todo aquele começo de uma modesta vila de lavadeiras tomando seus nuances, suas vidas nos mostrando quem realmente trabalha quem realmente lucra quem é bonachão. E a cultura de desmerecer o negro? E a cultura de colocar a mulata como a mulher para os " desfrutes da carne"? Com livros assim podemos acompanhar a construção da sociedade machista, preconceituosa e hipócrita que vemos hoje em dia.
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Gabriela.Goebel 10/05/2020

O cortiço
Gostei muito. Uma leitura muito fluida e que me prendeu bastante. Gostei muito da escrita do autor também, que ao mesmo tempo que retrata a vida no cortiço, trazendo questões como desigualdade social, inveja, avareza, escravidão, essa realidade é contada de um jeito único, com muitos detalhes, sendo cada frase muito bem construída.
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Camila.Souza 15/11/2021

O Cortiço
Uma das maiores obras Naturalistas do Brasil, esse livro apresenta muitos personagens, em sua maioria indivíduos que moram no Cortiço, e são tratados pelo próprio narrador como animais. Além disso o livro trabalha diversas questões ao longo de sua narrativa como adultério, prostituição, desigualdade, ganância, e principalmente os defeitos de todos os personagens. Confesso que considerei uma obra bastante trágica que joga a realidade na cara do leitor. Um ótimo livro.
Flá 15/11/2021minha estante
Obras nacionais tem meu coração




Jaguatirica 06/09/2020

Queima quengaral
"E o fato é que aquelas três casinhas, tão engenhosamente construídas, foram o ponto de partida do grande cortiço de São Romão."

"E naquela terra encharcada e fumegante, naquela umidade quente e lodosa, começou a minhocar, a esfervilhar, a crescer, um mundo, uma coisa viva, uma geração, que parecia brotar espontânea, ali mesmo, daquele lameiro, e multiplicar- se como larvas no esterco."

"Sentia- se naquela fermentação sanguínea, naquela gula viçosa de plantas rasteiras que mergulham os pés vigorosos na lama preta e nutriente da vida, o prazer animal de existir, a triunfante satisfação de respirar sobre a terra."

Acho muito interessante as descrições do naturalismo*, a forma seca, distante do emocional, de descrever as pessoas, como mera parte da natureza, precária, nada demais.

Resumo oficial: Obra-prima de Aluísio Azevedo, O cortiço (1890) é a principal referência da estética realista-naturalista na literatura brasileira. Narrado em terceira pessoa, o romance tem seu enredo montado não em função de uma personagem, mas em torno do conjunto humano. O cortiço de São Romão, meio em que se percebe a luta dos mais pobres pela sobrevivência e a exploração econômica destes desvalidos, é o laboratório em que as teses cientificistas da época buscam se comprovar. Aluísio recebeu influência dos escritores Eça de Queiroz e Émile Zola.

*Nota sobre o ciclo anti-romântico (Realismo e Naturalismo) na literatura brasileira: ocorre na segunda metade do séc. XIX, suas características destaques são a ruptura com os ideiais românticos, o subjetivismo e o idealismo amoroso. Neste sentido, a literatura realista/naturalista denuncia a hipocrisia das relações sociais e a formação do cenário burguês, prezando ainda um resgate ao Objetivismo, influenciada pelas revoltada liberais, o empirismo, as teorias de evolucionismo, determinismo social e positivismo.

Características Realismo: linguagem crua e direta, muito descritiva; cosmovisão racional e compromisso com o real; amor subordinado aos interesses; herói problemático; apresentação dos costumes da classe média; universalismo.
Características Naturalismo: visão determinista (nasce entre lobos logo é lobo, não há conserto, o homem é reflexo de onde habita); animalização dos personagens (cruéis, grosseiros, instintivos, capazes de tudo); sexualização do elemento feminino; despreocupação com a moral; valorização do aspecto biológico.

O Cortiço tem tudo isso e um fato interessantíssimo é a consciência social das personagens femininas do cortiço. Elas se apoiam e estão pouco de lixando pras "obrigatoriedades sociais" as quais são impostas. O pensamento liberal é bem forte aqui.

"Casar? protestou a Rita. Nessa não cai a filha de meu pai! Casar? Livra! Para quê? Para arranjar cativeiro? Um marido é pior que o diabo; pensa logo que a gente é escrava! Nada! Qual! Deus te livre! Não há como viver cada um senhor e dono do que é seu!"

"Por isso é que se vê tanta porcaria por esse mundo de Cristo! disse a Augusta. Filha minha só se casará com quem ela bem quiser; que isto de casamentos empurrados à força acabam sempre desgraçando tanto a mulher como o homem! Meu marido é pobre e é de cor, mas eu sou feliz, porque casei por meu gosto!"

"Ela saltou em meio da roda, com os braços na cintura, rebolando as ilhargas e bamboleando a cabeça, ora para a esquerda, ora para a direita, como numa sofreguidão de gozo carnal, num requebrado luxurioso que a punha ofegante; já correndo de barriga empinada; já recuando de braços estendidos, a tremer toda, como se se fosse afundando num prazer grosso que nem azeite, em que se não toma pé e nunca se encontra fundo. Depois, como se voltasse à vida, soltava um gemido prolongado, estalando os dedos no ar e vergando as pernas, descendo, subindo, sem nunca parar com os quadris, e em seguida sapateava, miúdo e cerrado, freneticamente, erguendo e abaixando os braços, que dobrava, ora um, ora outro, sobre a nuca, enquanto a carne lhe fervia toda, fibra por fibra, titilando."

"A Bruxa, indiferente, não interrompera sequer o seu trabalho; ao passo que a das Dores, de mãos nas cadeiras, a saia pelo meio das canelas, um cigarro no canto da boca, encarava desdenhosa a sanha daquele marido, tão brutal como o dela o fora. Sempre os mesmos pedaços de asno!... comentava franzindo o nariz. Se a tola da mulher só lhes procura agradar e fazer-lhes o gosto, ficam enjoados, e, se ela não toma a sério a borracheira do casamento, dão por paus e por pedras, como esta besta! Uma súcia, todos eles!"

A leitura deste clássico divertido, chocante e de escrita impecável vale muito a pena! É a primeira referência que penso quando alguém me pergunta exemplos de textos do Realismo e Naturalismo. Ou seja, referência boa pra quem deseja conhecer esse estilo.
Leitura e . 06/09/2020minha estante
Oii... Boa noiteee...Tudo bem?... Desculpa por interromper sua leitura, mas gostaria de te convidar a me seguir no Instagram para acompanhar minhas leituras... tem sorteio rolando lá... te espero ...?
Obrigado.
@leituraeponto




Luizoms 11/08/2021

Apenas o indispensável.
Esta obra é simplesmente incrível. Não acredite que lerá um conto de fadas pois não será. Prepare seu estômago para o fim do século XIX. Um Brasil pós-escravidão retratado no cortiço de São Romão. Deixo aqui minha admiração por Aluísio que conseguiu compactar tanto de um país num simples pedaço de terra.
Jefferson 11/08/2021minha estante
A melhor parte é na hora que a jovem menstrua e mãe sai pelas vielas mostrando a calcinha suja de sangue kkkk




Isa 12/05/2022

Clássico daqueles bons
A edição que ouvi não foi essa, foi do skeelo.

Eu gostei muito do livro, tem muitas reviravoltas e tretas hehehe
Talvez eu leia ele no físico para pegar mais detalhes, em audiobook as vezes deixo passar algumas coisas.
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Ana Claudia 31/12/2021

João Romão é português e dono de uma venda, uma pedreira e um cortiço e ele enriquece as custas do pessoal que vive no cortiço e que trabalha para ele. Essas pessoas também consomem o que ele vende. Todos vivem em função do que ele oferece.

O Comendador Miranda, que mora ao lado desse cortiço, é um homem rico e grande rival de Romão. 

João Romão quer se casar com Zulmira, filha do Comendador, mas precisa da autorização do pai dela. João Romão vive com uma amante, Bertoleza, uma escrava. Ela não aceita abandonar a relação para que Joao Romão se case, mas ele fará de tudo para conseguir se livrar dela. 

Uma história cheia de confusão e caos, principalmente depois do algo que acontece no cortiço.
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louis16 18/02/2023

3?
Clássico do naturalismo que é exatamente o que estamos estudando na escola. esse livro tem uma história muito boa, eu gostei bastante de como todos os personagens tiveram um bom desenvolvimento e um desfecho interessante também. claro que a leitura acaba sendo mais cansativa e chata por conta da linguagem antiga e até a forma de escrita do aluísio é bastante descritiva, o que acaba sendo exaustivo; mas é muito legal acompanhar essa história, que facilmente seria publicada e teria um retorno nos dias de hoje, mas aí vc vai ver e é um livro de 1890!!!!???? tipo ????? são tantos temas pomêmicos abordados (principalmente pra época) que vc até duvida um pouco se é realmente um livro de mais de 100 anos. os personagens são bastante estereotipados mas é interessante pra entender como a visão da época era exatamente dessa forma (e que algumas linhas de pensamento continuam até hoje...), o livro conta com várias reviravoltas que muitas vezes eu não estava esperando e foram ótimas surpresas! gostei da experiência de ler esse livro (mas não leria de novo kkkk)
Mariiah.Salvatore 18/02/2023minha estante
essa edição é fantástica ??




Natalia.Rocha 21/03/2021

Horrorizada com a história.
Claro que eu sei que é uma baita crítica social, estudei a narrativa na faculdade e tive oportunidade de lê-lo agora, mas me chocou demais toda a situação daquele povo sofrido, principalmente da Bortoleza.
Malditos portugueses!
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