Asiáticos Podres de Ricos

Asiáticos Podres de Ricos Kevin Kwan
Kevin Kwan




Resenhas - Asiáticos Podres de Ricos


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Bruna 05/11/2018

Asiáticos podres de rico: ler ou não ler?
Aeroporto na véspera de feriado.
Voo atrasado.
Aglomerado de pessoas bravas.
Havia terminado o livro que levei na viagem.
O que mais eu podia fazer nesse dia a não ser me enfiar em uma livraria do salão de embarque?

Foi aí que uma capa me chamou a atenção, tanto pelo laranja vibrante quanto pela foto ao estilo Audrey Hepburn.
Eis meu primeiro contato com Asiáticos Podres de Ricos e…. Bingo! Acabei comprando e comecei a ler ali mesmo.
Fosse pela espera do voo atrasado, fosse pela obra em si, eu o devorei rapidamente.

Quando estava mais ou menos na metade da leitura, enxerguei quatro qualidades e um defeito.
Dada essa proporção, considerei que sou mais favorável ao livro do que contra e, por isso, vou compartilhar essas impressões com vocês para que alinhem as expectativas e saibam o que esperar dessa trama que recentemente ganhou espaço nas telinhas do cinema brasileiro. :)

1. Riqueza nos detalhes da cultura local
Os diálogos contém grande número de palavras escritas em mandarim e outros dialetos chineses, todos com tradução nas notas de rodapé, além de explicações sobre as comidas típicas e costumes locais. Isso fez com que essa leitura me levasse a imergir no ambiente de Cingapura, Hong Kong e afins, e até me motivou a buscar fotos e vídeos do locais públicos mencionados.
Como conhecia muito pouco dos costumes dessa cultura, acabou sendo bastante enriquecedor e fez com que Cingapura entrasse na minha wishlist de viagens.

2. Ótimo para esfriar a cabeça e divertir
Sabe quando você chega cansado em casa e liga a TV no programa mais leve possível, que te entretenha sem te fazer raciocinar demais? Assim é com esse livro.
Ele veio em boa hora, em um momento de diversos compromissos e entregas de trabalhos importantes, então pega-lo ao final do dia era meu descanso intelectual e fonte de entretenimento fácil.
Percebi que o item mais importante dessa leitura é alinhar as expectativas: ele não vai mudar a sua vida, não vai te contar uma história de amor arrebatadora, mas vai te divertir, vai te dar raiva em algumas situações e te mostrar alguns gestos fofos de pessoas incríveis (Rachel, Nick, Colin, Astrid, Peik Lin etc), sendo ótimo passatempo para férias e momentos propícios para esfriar a cabeça.

3. Divisão de capítulos favorável
Por ser escrito em 3a pessoa, revezando a história dos personagem em cada capítulo, eu acabei ficando mais ávida por continuar a leitura até voltar ao capítulo dos personagens favoritos.
Isso me motivava a ir em frente e evitar as partes mais “sem graça”, tipo quando estava nos capítulos da mãe do Nick e suas fúteis amigas.

4. Personagens bastante reais
Os personagens são descritos como pessoas comuns e não como seres humanos idealizados, sabe?
Mesmo aqueles de quem não gostei muito, pude entender suas atitudes, várias vezes pautadas por questões como medo, incerteza, pressão da sociedade, sonhos e frustrações.
Além disso, os detalhes minuciosos despertaram afinidade com os personagens.
A Astrid, por exemplo, é minha personagem favorita! Sua autenticidade — na forma de se vestir e no seu estilo de vida — me atraíram de forma que eu me senti envolvida com ela e com seus dilemas. Fiquei feliz com o final direcionado a ela, que não foi perfeito, mas deu a entender que tudo se encaixou e é isso que importa. Por sinal, estou super curiosa para ver como criaram essa personagem no filme (espero que não me decepcione).
A Rachel também é uma fofa, super madura, pé no chão, me passou a ideia de ser uma pessoa leve, compreensiva, de fácil convivência. Suas características são bastante diferentes daquele padrão de protagonista de chicklit boba e atrapalhada.
Outro personagem que me chamou a atenção foi o Colin. Me identifiquei com seus problemas emocionais de depressão/pânico: foram descrições simples e bastante realistas, mostrando que mesmo uma pessoa milionária que vai ter o casamento mais incrível do país com a modelo mais famosa do continente pode ter problemas emocionais e, independente de seus recursos financeiros, o que faz a diferença em suas crises é a companhia e ajuda de um grande amigo como o Nick.

Mas nem tudo são flores…
É importante falar dos pontos negativos para não frustrar as expectativas de ninguém: o fim é bem sem graça e a minha sensação é de que faltou algo, mas não sei explicar o quê.
O desenrolar da trama, a grosso modo, até que me agrada, não gostaria que os acontecimentos fossem diferentes. O problema foi a forma como foi contada.
O ápice da trama aconteceu sem que eu percebesse que ali estava o clímax da história e, por isso, fiquei aguardando algo a mais.
Além disso, em um livro tão ostentador, esperava um fim marcante, abrangente, e não que ele acontecesse em um restaurante no estilo Skye do Unique Hotel de SP.
Fora isso, agora falta conferir o filme e checar se ele vai garantir boas risadas e diversão! :)

site: https://amzn.to/2qunUaw
Bruno.R 21/11/2018minha estante
Você sabia que é uma trilogia ? Adorei sua resenha mas acho que sua opinião pode mudar se você não sabia disso


Bruna 25/11/2018minha estante
Oi Bruno, não sabia! Isso muda tudo meeeesmo, vou procurar os outros. Obrigada por me avisar :)


Bruno.R 25/11/2018minha estante
quero muito ler os outros , infelizmente a tradução do livro 2 só chega aqui no Brasil em fevereiro de 2019


Bruna 30/11/2018minha estante
Assim que chegar vou comprar, já estou colocando na minha lista. :)


Bruno.R 30/11/2018minha estante
Sim , também já fiz isso :)


Natty Wainstein 20/05/2019minha estante
Achei a sua resenha incrível, eu cometi o grande erro de ver o filme primeiro, infelizmente eu não conhecia, então o que me chamou muito atenção foi muito a capa, depois que encontrei na livraria fui procurar o filme, assisti e me apaixonei.
Agora vou comprar o primeiro livro.




Sarah | @only_a_snowflake 05/06/2019

Abandonei! Amador ao extremo.
Esse livro foi a minha pior decepção desse primeiro semestre de 2019. Vi muito booktuber falando dele, um bafafá medonho e me deparei com um livro muito amador. Ok, ok, eu sei que esse é o livro de estréia do autor, então pode ser culpa do revisor? Pode ser culpa do editor? Pode. Mas continua sendo um livro bem fraco. Vamos lá:

Antes de mais nada, gostaria de dizer que entendi a proposta do livro. A sátira sobre a sociedade de aparências, de status, de poder é bem válida. A crítica sobre família e valores é interessante e é a realidade de muitas famílias abastadas que hoje existem. O problema é que a história foi escrita justamente para mostrar esses extremos: extrema riqueza, extrema extravagância, extremo luxo mas tudo ficou extremamente chato. Parágrafos intermináveis sobre descrição de marcas de grife, que não fazem parte da minha realidade, me deram a impressão de que o autor estava esfregando na minha cara: "olha só como eles são ricos, você viu como eles são ricos?". Eu já entendi que eles são podres de ricos, não precisa ficar enchendo as páginas com descrições inúteis que não tem nada a acrescentar na história.

Outra coisa: SENHOR AMADO, COMO O NICK É SEM CARISMAAAAA!!! Fazia tempo que eu não via um protagonista masculino tão genérico e sem sal como ele. Se tinha tanta certeza que a Rachel amava ele e ele amava ela, por quê ficar escondendo o jogo? Por quê não falar pra ela na confusão que ela estava se metendo ao ir pra Cingapura? Cacilda.

Mais outra coisa: Nesse livro tem uma quantidade EXACERBADA de personagens. Isso nem precisava ser um grande problema, acontece que essa horda de personagens (uns nada a ver pro andamento da história) tem capítulos enormes de narração desnecessária. Juntando o fato que o autor simplesmente muda o foco do personagem dentro do mesma página, o resultado é uma leitura arrastada e confusa.

Resumindo: muita futilidade, muita descrição, muita enrolação. muitos personagens chatos e sem carisma. Abandonei faltando 200 páginas para terminar. Disseram que era um livro engraçado, mas não dei nenhuma risada sequer. Forte candidato à pior leitura de 2019.

P.S.: O filme é maravilhosoooooo, Astrid rainha, Michel nadinha
Gustavo Igor 05/06/2019minha estante
Hey, Sarah! Tente o filme, não li o livro, mas, como filme esta história deu muito certo! O filme é bem leve, encantador, divertido e com um fotografia bem bonita! ;D


Sarah | @only_a_snowflake 05/06/2019minha estante
Como eu coloquei no finalzinho da resenha, eu já assisti e amei o filme sim! Muito bom!


greicy 11/09/2019minha estante
essa resents descreve exatamente o que eu tava sentindo lendo o livro!! eu não aguentava mais ler descrição das coisas caras que eles tinham e diálogos sem conteúdo nenhum entre personagens completamente irrelevantes pra história, larguei na página 240 e sinceramente não sei como tive saco pra ler tudo isso (acho que porque o livro foi caro)


Sarah | @only_a_snowflake 12/09/2019minha estante
Putz, minha sorte foi que comprei ele na promoção kkkkkkkk E o pior que eu queria tanto ter gostado desse livro...




spoiler visualizar
BM02 04/03/2022minha estante
O livro fica legal em algum momento????
To na pagina 87 e ate agora só ta apresentando uma caralhada de personagens


juca 05/03/2022minha estante
cara no comeco eh insuportavel mesmo tanto q eu demorei uns 4 meses pra terminar, mas chegando na pg 200 as coisas comecam a esquentar MUITO


juca 05/03/2022minha estante
exagerei muito la pela pg 130, 150 as coisas comecam a dar errado


BM02 11/03/2022minha estante
Quem sabe eu de mais uma chance, pq nossa, que enrolação
Pior que novela mexicana




kikiarinha 20/07/2022

sou podre de pobre
Sério, esse livro serviu para eu perceber que eu realmente sou pobre (não que eu achasse que não fosse, sou literalmente bolsista ProUni). A quantidade de detalhes nesse livro sobre a vida desses ricassos não é brincadeira, chega até ser cansativo você tentar adivinhar todas as expressões, e comidas, e coisas, e roupas e tudo que esses "cremé de la cremé" usam ao longo do livro. Sério, no livro inteirinho não tinha UMA comida que eu conhecia. O livro em si é gostosinho, a leitura até que é bem fluída, porém às vezes ela sai muito fora dos trilhos, é apresentado a visão de um personagem e no meio do capítulo começa a visão de outro sem nenhum aviso. Outra coisa que me incomodou foi rumos da história diferente por capítulo, por exemplo, uma hora você está muito focado na parte da história com o Nick e a Rachel e simplesmente muda o capítulo para a parte focada na Astrid. Eu SEI que isso é usado para atiçar o leitor, porém nesse livro acabou ficando cansativo. Enfim, apesar de às vezes eu viajar completamente na maionese com esse livro, achei que foi uma leitura muito relaxante.

E uma última coisa: quem veio pela adaptação do filme que nem eu (culpada, gostei muito do filme), já aviso que o livro não é como o filme (pessoalmente eu gostei mais do filme).
Fabianne 21/07/2022minha estante
Tanta ostentação financeira numa época que pessoas morrem de fome chega doer. Essa é a vida de 1% da população.


kikiarinha 21/07/2022minha estante
Acho que 1% ainda é muito


Gabrielle 10/09/2022minha estante
Você não foi a única que gostou mais do filme... Estou lendo agora e to achando tão chatinho (e eu queria que fosse bom), mas vou continuar lendo com menos expectativa.




Mialle @mialleverso 16/06/2020

não
Rachel Chu viaja para Cingapura com o namorado Nick para o casamento de um amigo dele, mas chegando lá ela descobre que Nick falhou em mencionar umas coisas como o fato de ser rico pra caramba, mas rico mesmo, RICO PARA CARAMBA e que as famílias ricas são estranhas e vão fazer da vida dela um inferninho por namorar um cara que ela nem sabia que era rico enquanto o Nick finge que está tudo bem e apesar de conhecer a própria família.⁣

Asiáticos Podres de Ricos foi uma experiência que eu não planejo repetir. Não basta o desfile de gente insuportável e esnobe, o autor também sente necessidade de passar o livro inteiro explicando marcas, falando de roupas, de tipos de avião e jatinhos. O livro tem mais de 450 páginas e se tirar o tanto de descrição das mais diversas marcas e tipos de roupas e joias, acredito que não restariam mais de 250 páginas de personagens muito pouco agradáveis.⁣

O livro se desdobra numa infinidade de pontos de vista de gente relacionada, numa coisa que ficaria bem em cena na televisão, mas na leitura é apenas confuso, uma rede de fofocas infinita entre os personagens que é exaustiva demais, muitos plots diferentes acompanhando vidas diferentes e convergindo no casamento do amigo de Nick.⁣

Nick é um namorado horroroso, ele joga Rachel no meio da família e círculo social sem preparação nenhuma, imaginando que tudo vai ficar bem, sem um pingo de bom senso causando todo tipo de desconforto para Rachel que também é uma personagem difícil de gostar já que ela simplesmente deixa acontecer e finge que tá tudo bem quando obviamente não está.⁣

Quase nenhum personagem é carismático e os que são aparecem por muito pouco tempo. Até os planos e intrigas criadas são fracos e dignos de muito pouca nota, umas ideias tiradas de vilãs de novela infantil. ⁣

PS. A minha opinião pode ter saído um pouco mais forte já que eu tendo não gostar de rico.

site: https://mialle.wordpress.com/
bela 16/06/2020minha estante
Bom, eu também não sou muito fã de rico não viu.... te entendo.


Jayne L. Oliveira 17/06/2020minha estante
"não" hahahahahahaha


Bia 26/06/2020minha estante
Eu tentei ler esse livro por um mês e não consegui passar muito além da página 100. Fui obrigada a largar ele e concordo com tudo que você disse super confuso e com vários pontos de vistas...




cadelinha do rhysand 01/02/2021

Adorei, mas fiquei me sentindo muito pobre.
Livro muito gostoso de ler, super divertido.
O começo é bem parecido com o filme (que eu já adorava), mas a riqueza de detalhes do livro é impressionante. O plot do livro é muito mais enriquecido do que o contado no filme, principalmente a história da mãe da Rachel.
O modo com que o livro foi escrito é diferente do que estou acostumada, mas foi muito divertido conhecer os demais personagens dessa maneira.
Astrid é minha favorita!
Ansiosa pra ler a continuação.
lliviasouza 01/02/2021minha estante
Eu AMO o filme, n sabia que tinha livro! Já vou colocar na minha lista


cadelinha do rhysand 01/02/2021minha estante
Aaaaah, é muito bom! ???


Isa 07/01/2022minha estante
É sem dúvidas um dos meus livros e filme favorito ??




Rosangela Max 28/09/2022

Para os fãs de doramas.
O que eu mais gostei é que a história não se limita a contar sobre vida do casal protagonista. Conta a história dos principais membros da família e de seus agregados.
Para criar esse clima de ?asiáticos podres de rico?, houve exagero em várias partes. Mas achei aceitável, levando em consideração o enredo.
É uma história com muitos personagens envolvidos e o casal principal ficou apagado em meio a tanta coisa acontecendo ao mesmo tempo. Quero ver se no segundo volume da trilogia eles assumirão o seu papel de protagonistas.
Achei que ficou faltando um final bombástico para dar mais vontade de iniciar a sequência.
A escrita é fluída é fluída e gostosa de ler.
Recomendo a leitura.
Vinicius 28/09/2022minha estante
Eu gostei do filme, mas não sei se gostaria do livro, dizem que passa tempo demais descrevendo coisas de luxo que fica chato


Rosangela Max 28/09/2022minha estante
Não assisti o filme, mas sou suspeita porque eu sempre prefiro ler do que assistir. Mesmo quando há muitos detalhes na história, como é o caso dessa. Sou ?time? livros! ?




Pam 27/05/2022

Ótimo, só passa um pouco do ponto em relação aos detalhes.
Ao ler Asiáticos Podres de Ricos eu me senti assistindo uma novela, pois são tantos personagens conectados de alguma forma que a impressão que tive foi que em algum momento eu ia perder o rumo da história e não conseguir entender mais quem era quem. Porém, isso não acontece, graças a maneira que a autora escreve e desenvolve a trama.
Aqui eu encontrei um pouco de tudo, romance, comédia e até drama, por isso foi uma leitura divertidíssima apesar de ser um livro extremamente detalhado e repetitivo em certos momentos.

P.S.: Tem adaptação e é ótima também!!!
Thayna.Victoria 30/06/2023minha estante
Qual a classificação do livro?


Rob 23/02/2024minha estante
Só um detalhe: é um autor




Mozinho 19/11/2020

Muito bom
No começo achei confuso, fiquei mais de mês sem ler, porém voltei a ler já tem dois dias, simplesmente ameiiiiiii. Porém gostaria que o final tivesse mais, será que tem outro livro?? Poxa, não pode ficar só com esse final :-/
vulgo_leitora 23/12/2020minha estante
Tem 3 volumes,mas o terceiro tá em inglês.


Mozinho 03/01/2021minha estante
Obrigada ?




Sah 21/04/2019

Alguém me mata pelo amor de Deus!
Que cha-ti-ceeeee.

Nunca vi um livro com tantos narradores em toda minha vida. Tem mais capítulos da prima e mãe do mocinho do que dos próprios mocinhos!!!! Como assim?

A história é própria revista Caras asiática. Fala de fofoca em todas as fucking-páginas!!!!

Nooooossa, muito chato, muito ruim. Mas sabe o que foi o pior? O final!!!! Que porcaria foi aquela?
LBL 29/04/2019minha estante
Assista ao filme que é bem divertido! Tá no Netflix ;)




Queria Estar Lendo 28/04/2018

Resenha: Asiáticos Podres de Ricos
Asiáticos Podres de Ricos, do autor Kevin Kwan, é a aposta do Grupo Editorial Record para o mês de Maio - e chegou para a gente na caixinha V.I.B. (Very Important Books). O livro é uma história satírica e muito divertida sobre os problemas de gente rica vividos por algumas famílias em Cingapura.

Rachel é convidada por seu namorado Nick para viajar até Cingapura para o casamento do melhor amigo dele; até aí tudo bem. É chegando lá que ela percebe que a vida simples e pacata de Nick nada tem a ver com a realidade na qual ele cresceu, cercado por famílias podres de ricas - incluindo a dele. Nessa desesperadora imersão em uma realidade com a qual não está acostumada, Rachel vai conhecer algumas pessoas maravilhosas e outras nem tanto assim - principalmente a mãe de Nick, que parece estranhamente determinada a livrar-se da futura nora, custe o que custar.

Este é um senhor livro, já começo dizendo isso. São 490 páginas e Kevin Kwan não economiza em descrições; eu diria que Asiáticos Podres de Ricos é quase um Crônicas de Gelo e Fogo do romance satírico. São dezenas de personagens e famílias e nomes e lugares e eu me perdi bastante por pelo menos cem páginas até me acostumar com todo o ambiente.

Acredito que tenha sido intenção do autor. O mundo de glamour e riquezas estratosféricas ao qual somos apresentados é de deixar qualquer pessoa deslumbrada e assustada. São futilidades atrás de futilidades, discussões acaloradas por causa do tom de um vestido de grife, brigas porque o filho de fulana está saindo com a filha de ciclana e ciclana vem de uma família que não tem 6 dígitos na conta bancária para gastar toda semana.

Sério. As preocupações das ricaças são cômicas de tão inúteis. É interessante ver como o autor humanizou todas as características das suas personagens, mesmo as mais bobas e desnecessárias, para equilibrar com a sátira.

E é engraçado como isso incrementa ainda mais a crítica bem fundada. O autor mostra as diferentes realidades entre asiáticos nascidos em diferentes cantos do mundo. O foco da narrativa está nisso; a protagonista é a única personagem que veio um lugar diferente e por isso é julgada e condenada. Dentro dos círculos dos ricaços, inclusive, tem muito julgamento. Uma chinesa que veio do norte não é bem-vista pelas que vieram do sul e por aí vai. É um choque de realidade muito interessante de acompanhar.

Uma coisa que foi negativa para mim é que depois de 200 páginas a quantidade de descrições, nomes de marcas famosas, números de saldos bancários e de veículos caríssimos e de cômodos nas mansões das personagens se tornou enfadonho. Kevin manteve o tom do começo do livro, mas acabou pesando. Sim, eu entendi que as inutilidades são a vida daquelas mulheres e homens, mas depois que ele estabeleceu isso, ficou chato de acompanhar. Eu me vi pulando algumas descrições porque os diálogos eram muito interessantes, mas se perdiam no meio delas.

"- Não faço a menor ideia de quem essas pessoas são. Mas uma coisa eu posso garantir: essa gente é mais rica do que Deus."

Rachel é o que pode-se chamar de protagonista. Por ter tantas personagens e tantos pontos de vista, o livro acaba não estabelecendo uma personagem principal, mas a jornada da Rachel é que guia todos os outros, então vou colocá-la com destaque aqui.

Ela é uma mulher independente, professora simpática de uma universidade e "de boas" com a vida. Ama seu namorado e o que eles têm ali em Nova York. Quando confronta a verdade sobre Nick - uma vez que a família dele e o status lhe eram desconhecidos - acaba com a sensação de ter caído de paraquedas. O choque das culturas e das diferenças de vida é muito bem pautado na narrativa, como a Rachel encara todo aquele dinheiro gasto em coisas tão superficiais - e como essas coisas superficiais são importantíssimas para quem as tem.

"- Seja bem-vinda a Cingapura, Rachel, onde discutir por causa de comida é o passatempo nacional."

Seu relacionamento com o Nick é saudável e fofo porque o Nick é muito fofo. Ele ama a Rachel incondicionalmente e tem um pouco de ingenuidade quando a leva para conhecer sua família; para Nick, as problemáticas são menores porque ele está acostumado ao deslumbrante, ao exagero, à riqueza absurda. Para Rachel é aquele momento de "por que diabos uma pessoa colocaria uma fonte de água no meio da sala de estar?".

Eu me identifiquei com a Rachel nesse quesito, apesar de tê-la achado muito boazinha para alguns sapos que foi obrigada a engolir. E tudo isso porque a família do Nick é insuportável.

A mãe, Eleanor, é uma megera controladora; a avó, Su Yin, é quase a comandante de um exército de tão obcecada em manter a linhagem e a disciplina e principalmente o legado da família. Seu pai foi o único personagem distante de todo aquele cenário bizarro.

Eleanor, aliás, foi um esteriótipo desagradável. Eu entendo que a realidade explorada pelo livro é diferente e que exista toda a questão de nome de família, status e dinheiro, mas foi enfadonho ler uma personagem feminina tão vilã de novela das 9 em um livro tão atual. Eleanor é aquela mãe chata que quer controlar cada passo do filho e vê na namorada dele uma inimiga mortal, alguém que quer destruir tudo "pelo que lutou" - mas aqui, considere que Eleanor é uma mulher mimada e obsessiva, extremamente ligada à imagem e ao dinheiro. Ela é tóxica, do início ao fim, e meu lado feminista que me desculpe, mas eu queria ter visto ela cair num tanque de petróleo e sujado algum casaco de grife no fim de tudo.

A gama de personagens é até difícil de mesurar. Cada família tem seus membros detalhadamente apresentados ao leitor; alguns nunca voltam a aparecer, outros participam de momentos importantes da trama principal. Colin, por exemplo, melhor amigo de Nick, foi um dos coadjuvantes com cenas legais e um desenvolvimento rápido, mas interessante. E Peik Lin, amiga de longa data da Rachel, é a personagem mais gentil com a qual a protagonista cruza lá em Cingapura; quase um pilar para as loucuras que Rachel está vivendo ali.

"- Não fui criada para acreditar que o casamento deveria ser o objetivo da minha vida."

Outra personagem que tem bastante participação e uma trama paralela interessante é Astrid. Ela é casada e tem um filho e a vida ia muito bem, obrigada, até uma situação tensa aparecer em sua família. Os dramas e a maneira com que sua história foi trabalhada junto à principal me agradaram bastante; e Astrid, por si só, é carismática e simpática e uma ricaça bem menos fútil que as matronas das outras famílias. Ela é um amorzinho com a Rachel e com o Nick e merecia um final menos corrido que o que teve.

Aliás, final corrido. Para um livro desse tamanho, a trama avançou de tal maneira nas últimas 50 páginas que deu até dó. Muita coisa foi resolvida abruptamente e eu só fiquei "ué, mas já?" porque depois de tanta enrolação, esperei mais desenvolvimento. Não é ruim, só achei que merecia um pouco mais de páginas para manter o nível que a narrativa tinha trazido até então.

A edição da Record está maravilhosa; a diagramação é ótima para leitura, não tem erros de revisão e, mesmo com as falhas, o livro é extremamente divertido.

Ah, interessante ressaltar que a obra vai para os cinemas em breve! Já tem elenco e trailer. Eu tô louca pra assistir porque acho que vai enxugar bastante a história e, convenhamos, uma comédia romântica/satírica com um elenco 100% asiático é sempre bem-vinda nesse mercado sem representatividade.

Asiáticos Podres de Ricos é uma história engraçada e irreverente sobre todos os grandes problemas de pessoas milionárias; com o botão do sarcasmo ligado, deixa a nossa vida até mais leve, porque coitadinhos desses ricaços tendo que escolher entre um Land Rover ou um Lamborghini enquanto a gente fica aqui sofrendo pra pagar boletos, né?

site: http://www.queriaestarlendo.com.br/2018/04/resenha-asiaticos-podres-de-ricos.html
Helomf 25/08/2018minha estante
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ana paula 02/02/2021

Ler este livro foi uma experiência fascinante. As descrições foram na medida certa para mim, não achei maçante, estava tão entretida na história e devorei os capítulos. Eu consegui sentir todo o medo, ansiedade e as incertezas de Rachel, torci muito por ela e pelo Nick; eu senti como se estivesse fazendo parte de tudo aquilo, é essa a experiência que o autor nos proporciona, com suas descrições de lugares requintados, e um luxo que muitas vezes desafiava a minha imaginação, era tão difícil imaginar algumas coisas. Me revoltei bastante; ler este livro e pensar em toda a desigualdade que existe no mundo é inevitável. Achei uma ótima historia, me serviu de entretenimento, ri muito em algumas partes. Recomendo, mas já avisando que ele é bem descritivo, se vc procura uma historia mais agitada talvez não se agrade muito. Mas essa narrativa funcionou muito bem comigo.
ana paula 24/06/2021minha estante
skoob bugou, fiz essa resenha há um tempão e sumiu do meu feed, salvando aqui de novo pq n quero perder ela




Caroline.Amstalden 01/07/2020

Mês passado li Asiáticos Podres de Ricos, do Kevin Kwan, e confesso que comecei sem pretensões, mas me apaixonei pela história. Viajar por Singapura foi inesquecível.
O livro conta a história de Rachel e Nick. Eles são chineses, mas moram em Nova York, e namoram há mais de 2 anos. Tudo está bem, até Nick convidar Rachel pra ir a Singapura no casamento de Colin, seu melhor amigo e, consequentemente, conhecer sua família. O que Rachel não sabe, porém, é que Nick é rico. Ou melhor, podre de rico!
O livro é super detalhado. As casas, as roupas, os carros, a fofoca! Tudo é descrito em minúcias, e isso explica as quase 500 páginas.
Assim que acabei de ler, fui correndo ver o filme. Precisava ver com meus próprios olhos toda essa exuberância.
Eu adorei o filme! Fiquei muito feliz com a fidelidade, inclusive nos detalhes. Na medida certa, foi colocado tudo que era necessário. Teve algumas mudanças, mas nada que atrapalhasse.
Bom de ler o livro, é que você sabe exatamente o que todos os personagens estão pensando, o que no filme não é possível. Então, um acaba completando o outro.
Estou louca pra ler Namorada Podre de Rica, e tomara que lance logo o terceiro livro, Rich People Problems (problemas de gente rica, em tradução livre).
manias_de_leitora 04/07/2020minha estante
Adorei amiga! Foi ótima sua indicação




Juliana 26/02/2019

Meu problema com o livro são as marcas, comidas e descrições de coisas tão ricas que eu nunca nem ouvi falar. Me incomodava muito quando a descrição de algo só ficava no nome da coisa, ao invés de uma descrição física de, por exemplo, vestidos ou tipos de flores (o autor falou umas tantas espécies de orquídea mas só consegui imaginar a mesma)
Também enti falta de conhecer melhor a Rachel, achei a Astrid melhor desenvolvida.
Dandara Quadros 04/12/2019minha estante
Usei horrores o Google pra saber do que estavam falando kkkk na parte das varias espécies de orquídeas principalmente.




Gerliane 29/04/2021

Asiáticos poderes de ricos
Depois de mais de 400 páginas de futilidade a história real finalmente aparece e se torna envolvente, emocionante e comovente até. Uma pena que a maior parte do livro seja tão superficial no que tange a conhecer os personagens mais a fundo, no entanto isso também ajuda na composição da obra. O final é bom, mas o início é chato e cansativo.
Harmonia.literaria 29/04/2021minha estante
Também não gostei desse livro não, mas o filme é muito melhor




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