MARCIA MARIA 08/05/2024
O poder da superação está em nós...
O que era pra ser apenas um trabalho escolar, passou a ser uma autoterapia, principalmente com ênfase em pessoas que são bastante introspectivas. Pessoas reservadas que guardam pra si suas vivencias como: medos, frustrações, raivas, angústias etc, e que raramente tem coragem e/ou oportunidade de conversar abertamente sobre o que vive e o que lhe angustia. Dificilmente se abre com alguém para expor seus sentimentos, principalmente no que se refere a morte da irmã, e seus sentimentos que com uma intensidade, é o que a faz viver em uma redoma, que algumas pessoas chamam de mundo interior.
A tarefa escolar resume-se em escrever uma carta para alguém falecido. Diante da tarefa, talvez inconscientemente a personagem transforma esta função escolar em um refúgio, nele, são escritas cartas para uma diversidade de pessoas famosas e importantes (tipo celebridades), como: Kurt Cobain, Janis Joplin, Amy Winehouse, Heath Ledger, Judy Garland, Elizabeth Bishop, todos eles, donos de histórias complicadas e difíceis. E é a partir daí, neste compartilhar que ela dá início a exteriorização do seu mundo particular, dando início ao seu processo de auto cura, quando começa a dividir com eles tudo que sente, é o que lhe propicia a confiança necessária para iniciar uma conquista de novos amigos, o que pra ela será o mesmo que se adaptar a uma vida que até o momento ela desconhecia.
Perseguida pelo de seu passado de ”perca”, somente quando consegue descrever na escrita a verdade sobre o que se passou (a morte da irmã) é que ela começa a aceitar o que aconteceu e dar início a um processo de perdão e auto perdão. A partir daí consegue ver a irmã como um ser humano real cheia de erros, desafios, defeitos, qualidades... um SER HUMANO como todos, imperfeita e sempre em crescimento e aprendizado, o que lhe dá sentido pra seguir em frente com sua própria vida descobrindo seu caminhar.
Não sei da autora, menos ainda da personagem, mas no meu ponto de vista, temos que encarar a morte como uma volta e devolução. Pessoalmente (em relação a cada ser em particular, neste caso EU) uma volta pra casa, independente de crença ou religião de cada um, UMA VOLTA seja pra casa do Pai, para preparação para um novo retorno, pra vida eterna ou simplesmente para o pó de onde viemos. Em relação aos outros (que vão) uma despedida, pois temos que devolver oque não nos pertence. A morte pra mim, tem em seu real sentindo uma devolução de alguém de amamos, queremos bem, ou simplesmente admiramos..., mas uma devolução. Não somos donos nem propriedades de ninguém, somo filhos de um mesmo PAI, e retornamos pra ele. Se existe um reencontro, eu não sei, o que sei, que temos de dá conta do que nos foi proporcionado por amor e confiança. Ele nos confiou pessoas para estar ou passar por nossa vida (seja como pai, mãe, filhos, cônjuges, parentes e amigos, para que pudéssemos cumprir nossas tarefas como seres humanos, junto a essas pessoas de cumprir sua lei maior AMAR UNS AOS OUTROS. E amar a Deus sobre todas as coisas, trabalhando em nós o apego e trabalhando em nós o amor sublime.
“Poderia resumir dizendo que, o grande lance da vida é juntarmos o nosso quebra cabeças peça a peça, sem transferir para os outros a nossa responsabilidade”. Somos capazes e responsáveis, muitas vezes temos a resposta em nós mesmo. Somos A IMAGEM E SEMELHANÇA de quem nos fez.