Nasa 13/01/2019
Mago, Aprendiz
Vamos nós!
Felizmente eu escolho os livros que leio não pela capa, não pela opinião de outros leitores. Escolho pelo tema, isso deixa espaço para gostar ou me decepcionar. Depois que li toda série foi que me dei conta da quantidade de resenhas e críticas dirigidas ao livro. Sinceramente, achei todas sem fundamento, principalmente vindo de pessoas que só escrevem resenhas. Escrever um livro é algo complexo, cansativo e tem margem para erros. Na minha opinião pegaram pesado e não compreenderam que o autor estava mostrando o desenvolvimento de vários personagens ao longo de toda uma vida. Não achei a série infantil, e muito menos fiquei buscando um personagem principal. O livro tem vários e isso é muito bom porque me apaixonei por muitos deles.
Vamos a resenha.
O livro começa na cidade de Crydee, não tente achar no mapa, pode ser qualquer lugar, em qualquer tempo. Isso me agradou. O jovem Pug é órfão e criado pela família de seu melhor amigo Tomas, eles vivem no castelo do Duque do Reino das Ilhas. Ele e todos os jovens de sua idade aguardam ansiosos o dia que serão escolhidos como aprendiz. Ele quer ser escolhido pelo mestre de armas, mas acaba sendo escolhido pelo mago, Kulgan. Um homem cheio de mistérios e que conta com a confiança do duque.
Pug tenta aprender o que o mago lhe ensina, mas seus esforços são inúteis. A magia está dentro dele, mas contida. Sua magia só aparece quando bem entende ou quando está em perigo. Quando ele salva a princesa Caline, uma jovem voluntariosa e cheia de admiradores, Pug cai nas graças de duque e recebe alguns favores.
Aos poucos Pug vai orbitando próximo a eventos que vão mudar sua vida completamente. Como escudeiro ele cresce, e quando Crydee é invadida por um povo estranho vindo de uma terra longínqua por meio de um portal magico a vida de Pug e seu amigo Tomas mudam completamente.
Ao lado de Kulgan Pug inicia uma jornada de crescimento, seus valores, lealdade, coragem serão testados. A guerra, distancia Pug de amigos e amores e o faz crescer. Os invasores são estranhos, determinados, não temem a morte e se entregam ao combate numa sanha cega.
O livro se desenvolve de modo que o leitor acompanhe vários personagens e se interesse por todos. O autor consegue falar bem de guerra e jornadas e até mesmo de amor e desilusão. Pug, Tomas, Caline crescem e percebem que o mundo deles mudou e jamais será o mesmo.
Em vários momentos me senti completamente envolvida pela trama, torci, lamentei até pelos cavalos que morriam de exaustão no livro. A neve, os seres mágicos que foram aparecendo é tudo muito crível. O ritmo é envolvente e nos faz torcer muito por todos. Como já havia lido a série do mesmo autor A filha do Império, eu sabia muito bem quem eram os invasores. Elas se completam e fazem entender que todos os povos têm algo em comum, mesmo os invasores.
O livro talvez tenha decepcionado alguns leitores porque não mostrou Pug aprendendo magia. O que não entenderam na minha opinião, é que a aprendizagem era de vida, além da magia. Não adiantaria ter poder e não ter experiência. Kulgan não seria o mestre de Pug, ele e sua magia estavam além de seu mundo. Ele realmente precisava ser ensinado pelos magos chamados de “Mantos Negros”.
Havia muito a ser contado, personagens que precisavam aparecer porque seriam necessários nos demais livros da série como Tomas, Arutha, Martin do Arco. Gostei muito do livro e assim que terminei passei para o segundo livro da série. O final me surpreendeu e deixou maluca.
Minha nota? Quatro beijos mordidos!