Cris Moraes 26/10/2018
É um bom livro...
Este livro conta a história de um jovem órfão, franzino e meio sem perspectiva, chamado Pug. Ele sonha ser um guerreiro destemido a serviço do rei, numa vila chamada Crydee. Mesmo contra todas as perspectivas, Pug é escolhido para se tornar o aprendiz de um misterioso Mago do Reino, Kulgan. No chamado Dia da Escolha, o destino de dois mundos se altera para sempre. Pug acaba se envolvendo em uma aventura, na qual ele salva a filha do Duque de Crydee e derrota um grupo de trols, usando de magia sem entender como. A partir desse fato, ele se torna o protegido do Duque e uma peça importante no desenrolar das várias aventuras que acontecerão, por causa de uma invasão dos tsurani, misteriosos inimigos que devastam cidade após cidade do Reino. Este primeiro livro conta a saga de Pug ao se tornar esse aprendiz de magia e o autor nos apresenta as paisagens do Reino, as ilhas, as batalhas iniciadas e, principalmente, as outras personagens que fazem parte da vida de Pug. Fiquei com a sensação de que a parte do aprendizado de Pug seria mais explorada pelo autor do que realmente foi. Porém, ao contrário de muitos, não achei que isso comprometesse muito o livro. Acho que ele é uma apresentação da história. No meio de todas as "histórias narradas", fica nítida a mensagem do valor da amizade, da justiça, da coragem dos guerreiros, das batalhas entre a ordem e o caos; entre o bem e o mal. O universo apresentado é bem tolkiano: dragões, magos, anões, elfos, duques, reis e rainhas, soldados; magia, poderes ocultos, grandes guerreiros, paisagens exóticas e grandes viagens... Achei bem parecido com a narração das viagens em O Senhor dos Anéis, embora não tão detalhista. As batalhas são descritas da mesma forma, com muitos detalhes.
A saga toda é composta em quatro volumes. Então, fica-se com a impressão de que a história está meio suspensa e inacabada. Na verdade, ela continua logo no segundo volume, como se o primeiro capítulo do segundo livro já fosse o próximo parágrafo em continuação da última parte do primeiro livro. A linguagem é mais simples do que a de Tolkien. Achei mais dinâmica também (para o meu gosto; sou muito traumatizada com Tolkien e O Senhor dos Anéis). Para quem gosta de fantasia, é uma boa leitura, mais leve. Recomendo. Não me deixou traumatizada... 😊😊