Bruna C. 25/03/2013Alguém me explica por que não comecei a ler romances policiais antes!
"As melhores histórias de Sherlock Holmes" contém as melhores histórias, segundo fãs e especialistas, protagonizadas pelo detetive mais famoso de todos os tempos. Cujas deduções, vocês já sabem, beiram à genialidade; mas o que vocês não sabem é que não podem perder isso por nada nesse mundo!
Estupendo. Magnífico. Impressionante. Surpreendente. Realmente adorei o livro e virei mais uma fã dentre os milhares de Conan Doyle, foi amor à primeira vista. Ou melhor, à primeira história.
Eu poderia dizer ao primeiro parágrafo, mas, do mesmo jeito que encontrei em mim uma certa resistência inicial à forma de narrar da Agatha Christie, encontrei essa mesma ao me deparar com a ilustre obra de Sir Arthur Conan Doyle. Não foi, contudo, uma coisa ruim; tão rápida quanto veio, se desfez conforme eu me perdia nas linhas do primeiro mistério, já de cara intrigante e aparentemente insolúvel. É só que a princípio me senti momentaneamente meio perdida diante da forma nada convencional ou previsível de Doyle - e de Agatha - de começar um texto. Estou ficando mal acostumada com os autores atuais.
No entanto, uma vez adaptada ao estilo de escrita, me apaixonei perdidamente. As descrições do nosso querido Watson são precisas e invejáveis; tanto as da cena do crime, quanto suas tentativas de expor a personalidade de Holmes, as impressões deles sobre os casos, as próprias expressões faciais e a genialidade da figura alta, magra e peculiar em deliciosas palavras. Creio eu que, se Watson não conseguiu nos transmitir perfeitamente a realidade que Sir Arthur tinha em mente, chegou bem perto; eu devo ter feito esse magnífico autor se revirar no túmulo de tanto que o xinguei por ter sido tão irrevogavelmente brilhante.
E a obra está aí, para quem quiser ver, e não acredito que demorei tanto tempo, depois de roubar esse livro da prateleira do meu pai, para efetivamente lê-lo. Fiquei totalmente deslumbrada e fascinada com o talento de Doyle; fazia tempos que não lia algo tão bom. E devo confessar: acho que me encontro diante de uma nova paixão por mistérios, pois não pretendo parar por aqui ou deixar de comprar mais exemplares dele e da Agatha Christie. Mas eu devo admitir que, apesar de muito provavelmente ainda ser, nesse momento, um pouco mais fã da nossa também querida Agatha, já me sinto muito mais afeiçoada à dupla imbatível formada por Sherlock Holmes e James Watson do que pelo subestimado - porém astuto e respeitável - Hercule Poirot.
Ah, mas eles ainda terão muito tempo para disputar minha admiração, já que eu sou nova nesse lance de romances policiais e não pretendo parar nem tão cedo.
Então, por fim, caso não tenha ficado muito claro, o livro é fantástico, e eu apoio qualquer um com a intenção de lê-lo, pois garanto que você, quem quer que seja, não vai se decepcionar. É uma dessas obras únicas e maravilhosas com que só nos deparamos uma vez na vida.