N'omi 20/04/2023
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"? Amo você, Cerejinha. O homem que não entendia nada sobre amor ama você."
Louvada seja a Deusa pela existência dessas leituras leves e descomplicadas, porém nem muito leves e um tanto quanto complicadas!
Neste livro, a gente tem o Felipe Alcântara. Um cafajeste de primeira linha, justificado pela infância traumática. Usa as mulheres para preencher um suposto vazio emocional e numa dessas, a mulher da vez é a irmãzinha caçula do melhor amigo.
Aurora Almeida é o nome dela.
Eles se conhecem desde que ela nasceu. Problemático?
E nunca a olhou com malícia, até o momento em que ela revela que é virgem. Problemático!?
A partir daí, ele desenvolve uma obsessão que consiste em afastar todos os homens que ousam se aproximar dela, além de tentar insistentemente seduzí-la. Problemático!
Como se isso não fosse o suficiente, ela a conquista e Aurora acaba por engravidar.
Nesse ponto, a leitura se tornar uma sucessão de erros por parte de Felipe e concessões por parte de Aurora.
Em romances com protagonistas cafajestes, o mínimo que se espera é uma rendenção digna. O que temos aqui é conformidade e resignação.
As passagens no livro são muito bruscas. Em certo momento, já com a gestação avançada, Aurora quase tem um parto prematuro.
Ela e o irmão nem se dão ao trabalho de avisar Felipe.
Ele simplesmente se afastou.
Por quê?
Ficou bolado com o o fato de Aurora não querer ficar com ele, não aceitar namorar e afirmar que não o ama.
Agora pergunta o que ele respondeu quando ela retrucou:
"E você, Felipe? Me ama?"
Bem, é isso.
Não é um livro todo ruim. Ele só não cumpre com tudo que é esperado desse tipo de história.