A Ilha das Árvores Perdidas

A Ilha das Árvores Perdidas Elif Shafak




Resenhas - A ilha das árvores perdidas


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Gláucia 25/09/2022

A Ilha das Árvores Perdidas - Elif Shafak
Livro do mês de setembro de 2022, indicado pela jornalista Adriana Ferreira Silva.
Trata-se de uma história de amor proibido (paralelamente temos outra) entre uma turca muçulmana e um grego cristão numa Chipre dividida, em guerra civil em meados dos anos setenta.
Narrada parte em terceira pessoa, parte por uma figueira centenária que tudo viu, não apenas o corriqueiro mas também como testemunha (ocular?) da História.
Ela morreu, não foram aceitos pela família e tiveram que imigrar para Londres onde o pai cuida de Ada, a filha adolescente do casal que tenta descobrir o passado dos pais num país que ela nunca conheceu.
O livro é bonitinho mas recheado de expressões e passagens muito bregas, onde se percebe uma pesada de mão que beira o melodrama.
giovanna 25/09/2022minha estante
feliz q n foi a única que não engoliu mt bem kkkkk o final?????


Tana 27/09/2022minha estante
Oi.. estava empolgada com esse livro! vou rever essa intenção de leitura!


Gláucia 27/09/2022minha estante
Tana, o livro não é ruim, mas achei meio piegas.




Malu 25/09/2022

Me sinto muito feliz e honrada pela minha primeira leitura da TAG curadoria ter sido esse livro. Mano, que livro maravilhoso, que escrita delicada, enredo descrito de uma forma muito sensível mas ao mesmo tempo forte e poderosa... Tal como as raízes de uma árvore (entendedores entenderão kkkk), esse livro foi se instalando no meu coração, se embrenhado e construindo uma base sólida para que construa uma morada eterna na minha memória. Porém, no processo de enraizamento nem tudo é só flores: as raízes podem apertar demais alguns pontos e sufocar outras plantinhas em volta. Pode doer.
Ler esse livro é, ao mesmo tempo, um carinho de uma mãozinha bem leve em uns momentos, e também um murro de mão fechada bem no meio da cara. É um exercício de empatia, de se permitir ser humano e sentir todo o poder, potência e conforto do amor, e toda a dor e devastação da falta do amor. E quando eu falo em amor, não é só no sentido romântico da coisa. É o amor na sua forma mais ampla possível. Sua falta não causa só desilusões amorosas, também pode causar guerras entre países e devastação ambiental. E esse livro mostra tudo isso.
No começo, estranhei um pouco a premissa da árvore ser uma das narradoras da história. Porém, a autora desenvolveu essa ideia de uma forma tão enriquecedora e competente que essa ideia ficou simplesmente brilhante. A figueira é a personagem mais sábia, com mais empatia, amorosidade e carinho nessa história toda. Cada capítulo dela é uma lição valiosíssima que ganhamos, são tantos que nem consigo enumerar. Mas, pra mim, o que mais ficou marcado foi o quanto que somos dependentes uns dos outros e da natureza. A natureza não está aqui para a gente, e sim com a gente, mas o ser humano teima em não aceitar isso. Não digo nem que a gente não sabe, a gente sabe sim, pois nunca estivemos imunes de catástrofes ambientais, não importa o quanto a tecnologia evolua. A gente só é orgulhoso demais e, numa ganância que não cabe em nós, teimamos em tentar superar algo insuperável.
E, com essa mesma ganância e orgulho, não destruímos só a natureza, mas uns aos outros, e a história da ancestralidade de Ada mostra isso. Quanto de sofrimento e sangue poderia ter sido evitado... É muito fácil se apegar a essa família, essas personagens, essa história... Foi tudo muito bem construído, eu só queria abraçar todo mundo nesse livro e dizer que tudo vai ficar bem.
Em suma, é uma leitura extremamente útil, reflexiva e, eu diria, necessária também. Mostra o quanto que o ser humano, ao tentar mostrar força e superioridade, acaba sendo cada vez mais fraco, egoísta e perverso com qualquer forma de vida em seu entorno.
Que voltemos a celebrar e vivenciar o amor, por tudo e por todos. Essa é a mensagem que essa leitura me deixa.
Adicionado com honras na minha listinha de livros favoritos da vida. Merecidíssimo.
Andréia 16/10/2022minha estante
Me deu até vontade de ler ????




Jessica Becker 24/09/2022

A Ilha das Árvores Perdidas
Livro de setembro da TAG Curadoria, "A Ilha das Árvores Perdidas" é uma fábula moderna que conta a história de um amor proibido.

Ter uma árvore como narradora me causou um certo estranhamento no início. Mas logo tal estranhamento foi dando lugar a um melhor entendimento do papel da figueira na história. E conforme essa narradora peculiar vai nos guiando desordenadamente entre passado e presente vamos conhecendo personagens emocionantes que tentam viver seu amor em meio aos conflitos cipriotas e ao preconceito.

Além do trauma transgeracional vivido pela filha do casal que, nascida e criada na Inglaterra, desconhece as histórias dos pais e sente uma tristeza cuja origem não consegue explicar, a autora traz outros temas como ciberbullying, conflitos religiosos, feminismo, machismo, ecofeminismo e homofobia. A obra aborda também um assunto sobre o qual nunca havia parado para pensar: o trabalho de recuperação de restos mortais de vítimas de guerras.

Assim, "A Ilha das Árvores Perdidas" é um livro emocionante recomendado principalmente para aqueles que, além de se interessar pelos temas abordados, querem saber um pouco mais sobre outras culturas.
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Zelinha.Rossi 23/09/2022

Certamente, um dos livros mais lindos que li esse ano. Uma história (na verdade, mais de uma) de amor em meio a uma guerra civil da qual eu nunca havia ouvido falar (entre gregos e turcos na ilha de Chipre), uma obra sobre as marcas e dores que os refugiados carregam consigo e transmitem, mesmo sem querer, às próximas gerações, um livro que nos traz como uma de suas narradoras uma figueira (que, de certa forma, também é uma refugiada), a qual nos vai lentamente revelando o passado das personagens enquanto tece belíssimos comentários sobre a vida e a natureza. É difícil interromper a leitura e é quase impossível não se apaixonar pelas personagens e pela beleza da narrativa. Sem falar na edição, para mim uma das mais bonitas enviadas pela Tag! Favoritada!

?O tempo é um pássaro canoro e, como qualquer pássaro canoro, pode ser capturado. Pode ser mantido prisioneiro em uma gaiola por muito mais tempo do que você é capaz de imaginar. Mas o tempo não pode ser detido eternamente.?

?As pessoas acham que é uma questão de personalidade, a diferença entre otimistas e pessimistas. Mas eu acredito que tudo se resume a uma incapacidade de esquecer. Quanto maior a capacidade de retenção, menores serão as chances de ser otimista.?

?Porque é isso que as migrações e os deslocamentos fazem conosco: quando deixa a casa rumo a terras desconhecidas, você não continua simplesmente vivendo como antes; uma parte de você morre por dentro para que outra parte possa começar tudo de novo.?

?O amor é uma afirmação ousada de esperança.?

??temos que lembrar para nos curar.?

?O que pensamos ser impossível muda a cada geração.?

?Será que cada geração começava inevitavelmente onde a anterior havia desistido, absorvendo todas as decepções e os sonhos não realizados? Seria o momento presente um mera continuação do passado, cada palavra um epílogo do que já havia sido dito ou do que se deixara de dizer??

?A crueldade da vida repousava não apenas nas injustiças dela, injúrias e atrocidades, mas também na aleatoriedade de tudo.?
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Marina 22/09/2022

Durante a guerra civil do Chipre, a turca Defne e o grego Kóstas vivem um amor proibido. Todas estas tensões são testemunhadas por uma figueira. Um dos livros mais sensíveis que li neste ano!
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Giulia29 21/09/2022

A ilha das árvores perdidas
"Temos medo da felicidade, sabe. Desde a mais tenra idade nos ensinaram que no ar, nos ventos etésios, há uma estranha troca em ação, de modo que para cada bocado de contentamento se seguirá um bocado de sofrimento, para cada gargalhada há uma lágrima pronta para rolar, porque é assim que funciona este mundo estranho, e por isso tentamos não aparentar estar muito felizes, mesmo nos dias que nos sentimos assim por dentro."
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Jacky 19/09/2022

É incrível o quanto se pode aprender com o contexto histórico dessa trama.
Baseado em fatos reais, a obra representa a rivalidade dos turcos e gregos em uma espécie de versão oriental de Romeo e Julieta (onde os personagens principais se encontram em lados opostos e lutam pela sobrevivência de um amor apesar de conflitos político religiosos).
Aqui há também traços da mitologia grega apontados pela própria autora como forma de comparação entre os personagens.
Porém, ao invés da investida na conquista amorosa descrita em Shakespeare, nessa obra temos uma narrativa que busca compreender as raízes da problemática de um povo que luta por sua sobrevivência. Uma comunidade de ilhéus que, anteriormente pacífica, se torna ameaçadora a todos que ali habitam independente de sua nacionalidade.
É um trabalho importante sobre o resgate das memórias de um povo e quão importante essas memórias são para as futuras gerações, para que essas compreendam sua verdadeira identidade.
A botânica acaba sendo tema paralelo à problematização da autora a partir do momento que é implementada a ideia de que as árvores tem memórias e as carregam consigo através de gerações. Por isso o nome da obra se torna tão específico.
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collour 19/09/2022

Uma ilha, uma Figueira e um casal
Comecei achando que seria só mais uma ficção com uma escolha de ter uma árvore como uma das narrador um tanto interessante e no fim foi uma grande lição de história, botânica e humanidade.

A única coisa que sabia sobre o Chipre, era que é uma ilha pequena e eu não imaginava que numa ilha pequena quase difícil de encontrar no mapa, teria tanta guerra e tristeza para humanos e animais.

Eu achei tão bem feito que espero poder ler os outros livros da autora
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Guilherme.Dabul 17/09/2022

Saga de um casal de amantes de etnias antagônicas, vista também sob o ponto de vista de uma árvore e do fruto do casal.
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Aline.Zancani 13/09/2022

Arrebatador
Este foi um dos melhores livros que li nos últimos anos, quando comecei a ler não consegui mais parar pois a forma como a autora conduz a história é tão intrigante e ao mesmo tempo sensível que você anseia a todo momento saber o que vai acontecer na próxima página.
É uma ficção que mistura romance, desencontros, questões climáticas, étnicas e história; e nunca imaginei que essa mistura poderia dar certo mas dá.
Apesar de ter como plano de fundo um romance proibido o livro não pende para o clichê fugindo dos contos de fadas onde tudo dá certo e há um final feliz.
O destaque fica por conta da narradora da história, que é bastante inusitada!
A parte final do livro é surpreendente onde diversas problemáticas se desdobram de uma forma que não se espera durante toda a leitura.
Vale o destaque para o cuidado da autora em se inspirar em diversas obras para contextualizar de maneira muito bem feita o conflito entre gregos e turcos no Chipre, que é o plano de fundo da obra.
É envolvente e comovente!
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Stephanie0 09/09/2022

Que livro incrível ??
Este foi o meu primeiro livro da Tag Curadoria e estou completamente apaixonada.
Este livro é simplesmente maravilhoso?
Todo mundo deveria ler este livro, uma lição para toda vida!!!
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Erica.Barone 30/08/2022

Confesso que a princípio estranhei a ideia de ter uma árvore, uma figueira, como narradora, mas me surpreendi positivamente. Além de dar aula sobre botânica e meio ambiente, ela é uma personagem agradável e envolvente. Testemunha ocular de um bonito romance. Para mim, foi uma leitura cheia de significados e aprendizados.
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João Vitor 23/08/2022

Uma história de amor
A história tem como pano de fundo a guerra na ilha de Chipre, entre turcos e gregos. O grande trunfo, para mim, foi a partes narradas por uma figueira, e toda a contextualização histórica. O livro fala sobre amor, família, perdas e pertencimento. Mesmo em alguns momentos a obra pendendo para o clichê, é uma leitura que me agradou, um livro muito bonito.

Escrevo sobre livros no meu insta: @jojoaaao
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