A Ilha das Árvores Perdidas

A Ilha das Árvores Perdidas Elif Shafak




Resenhas - A ilha das árvores perdidas


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Danilo Barbosa Escritor 21/10/2022

Somos todos ilhéus
Um romance sobre memória, luto e renascimento. Da constante mudança dos seres na busca de alcançar voos e reescrever histórias.
Repleto de simbologias e textos poéticos para narrar cenas muitas vezes tristes e cruéis, A Ilha das Árvores Perdidas é um livro único e original. Atravessamos décadas, navegamos do Chipre a Inglaterra, entre gregos e turcos, para falar sobre divisões políticas e humanas, como o passado pode nos sufocar e como a história de nossos pais e antepassados estão entranhados em nossa pele, como um peso que ás vezes é impossível discernir... Pelo menos até que a verdade seja exposta.
Poderia ser até mais uma história coloquial de amor, de pessoas separadas e reunidas novamente em meio a um conflito bélico, mas é mais que isso. É sobre as mortes que levamos em nosso cotidiano, assim como o renascimento de nossos ideais e expectativas. Talvez não seja num sentido literal, como muitos podem deduzir ao ler o texto, mas é o de valorizar e celebrar o que temos e o quanto podemos aguentar, mesmo quando o mundo se despedaça.
Talvez o que tenha mais me atraído é o fato de ter como principal protagonista uma figueira que, conforme compartilha conosco o cotidiano das árvores – muito bem fundamentada em botânica – nos conduz com sabedoria e riqueza de palavras uma jornada sobre as emoções humanas, culpa, morte e redenção de um ponto de vista único. Foi impossível não me encantar como ela vai preenchendo a lacuna daquilo que os humanos não veem, perdidos em seus próprios dramas, e saciam questões de nós, como leitores, com as verdades que ás vezes não queríamos saber... Desde os donos do bar A figueira feliz, onde ela está belamente alojada no início – é um lugar que eu adoraria conhecer – até enterrada, no meio do inverno inglês, em um jardim, sob os olhares constantes de um homem coberto pelo luto e sua filha, cujo passado desconhecido sobre a história de seus pais parece consumi-la.
Desvendem esse livro, que para mim é uma verdadeira joia em tempos de tamanha ignorância e crueldade... Talvez você, assim como eles, descubra que existem mais coisas que nos unem que nos separam.
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Josana.Baltazar 18/10/2022

Estou apaixonada pelo livro, já quero ler outros da autora. História contada por uma árvore!!!!! Uma linda história de amor e tragédia. Contempla a dor de perdas, lutas mal resolvidos, marcas implacáveis de uma guerra. Botânica, filosofia, dedicação, ajuda, depressão, gregos, turcos, ilhéus. Muito bem escrito. Envolvente. E um final surpreendente.
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Talita Teles 18/10/2022

Um livro narrado por uma árvore será sempre surpreendente, não esperava o final? foi incrível, muito bem pensado e encantador!
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Elaine 18/10/2022

Histórico e chocante
Neste livro ouvimos a estória a partir de uma árvore, uma figueira, parece estranho mas isso é a parte legal da estória. Conhecer tudo de um ponto de vista diferente.
Conhecemos um pouco sobre os conflitos do Chipre e o amor proibido de Kostas e Defne. Não tem mto o que eu falar. Somente que amei a estória e estou chocada com o final. Uma leitura incrivel
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Gisele567 17/10/2022

A ilha das árvores perdidas
Um romance brilhantemente construído. A história de Ada é narrada, a história de uma figueira é narrada, histórias de amor que aconteceram na ilha de Chipre, são a base para a construção da personagem Ada. Emocionante, envolvente, delicado e sensível, uma obra muito bem escrita.
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LeonardoGS89 16/10/2022

Livro maravilhoso! ??
Depois de um começo lento, fiquei completamente empolgado com este romance, é sobre humanidade, amor, história, perda, esperança, renovação, ecologia, interconexão, árvores, sobre a força feminina também, sobre o amor que rompe os limites da vida e da morte.
Há muitos temas que percorrem essa história, mas, em resumo, é sobre a ideia de que os seres humanos não são diferentes onde quer que estejam no mundo e não devem ser separados por fronteiras políticas. Os problemas no Chipre ilustram isso, quando os personagens centrais se apaixonam, embora Kostas seja grego e Defne seja turca, sem falar que todos os outros personagens são muito interessantes. Este livro oferece vislumbres da dor compartilhada dos ilhéus, este livro aborda temas de amor, tristeza e memória, a importância e o poder de todos os três.
A escrita é simultaneamente sublime, realista e conceitos difíceis são tratados com tanta sabedoria e leveza de toque.
Recomendo.
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Pê Reck 16/10/2022

Uma Figueira como narradora
Mais um livro que leio com um narrador fora do convencional. Nesse caso aqui é uma árvore, uma Figueira, transportada diretamente de Nicósia, Chipre, para Londres.
E essa narradora vai amarrar várias pontas da narrativa, ao ouvir e nos contar o relato de abelhas, ratos, de outras árvores e de formigas. É a figueira que vai nos contextualizando conforme a história se intercala entre o namoro dos pais da adolescente Ada, na década de 70, e os próprios conflitos e questionamentos de Ada em Londres na década de 2000.
De pano de fundo, temos algumas pinceladas da história da ilha de Chipre até culminar no conflito entre Gregos e Turcos, que levou a divisão da ilha e da sua capital, Nicósia, com muros e arames farpados.
Histórias de amor em meio violência...
E nao posso deixar de registrar que a edição da Tag está maravilhosa
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Victor Vale 15/10/2022

A adaptação é difícil, requer tempos e, muitas vezes, gerações. O precisar se adaptar pode ser um entrave. Ter que ir, fugir, aprender e reaprender a viver. Cultivar vida em solo estranho, preservar vida longe dos seus pode produzir grossas cascas, exterior espinhento para interior fragilizado. O buraco do "de onde eu vim?" é profundo nessa história, principalmente para Ada, isolada de sua própria história. O silêncio que protege também aflige dano.
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Gisele @li_trelando 14/10/2022

Inexplicável
É muito difícil descrever esse livro, é tão tocante, fala com a nossa alma. Fala das dores da humanidade, mas também das dores da natureza, das plantas ao menor dos animais.
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Cristian Monteiro 13/10/2022

Os livros enviados por clubes são sempre uma surpresa, geralmente obras que eu não escolheria por conta própria numa livraria, esse em especial, eu olharia com maus olhos se lesse na sinopse que é narrado por uma árvore.

Mas, que grata surpresa da Tag, o livro narra, sob a perspectiva de uma Figueira, a história de amor de um grego e uma turca, no auge dos conflitos étnicos na Ilha de Chipre, e também os dilemas da jovem Ada, filha do casal, que já nasceu quando os pais viviam em Londres e não entende o pq de não se falar o que aconteceu na Ilha.

Abraçando uma série de temas, desde luto, culpa, ancestralidade, tradições, homofobia, xenofobia, e outros, todos narrados com dor, mas também ternura e muito lirismo.
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Tuyl 13/10/2022

Maravilhoso! Uma escrita potente, poética. Personagens muito bem construídas e um enredo muito bem tecido.
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Rodolfo 12/10/2022

Ada é uma adolescente que vive com seu pai e há pouco tempo perdeu sua mãe. Seus pais vieram do Chipre quando ela ainda não era nascida, mas isso nunca a impediu de questionar suas origens e tentar enteder um pouco mais a história de sua família, já que seus pais nunca falaram sobre o passado.
Nesse contexto somos apresentados a história da família de Ada, que se confunde com a de tantas outras famílias que viveram no Chipre.
A narrativa é contada intercaladando passado e presente e assim surge o personagem mais fascinante e improvável do livro: uma Figueira.
Através dessa árvore bastante popular no Chipre somos ambientados em uma época de guerras e conflitos, de destruição pela qual o Chipre passou, bem como os desafios que a população passou para conseguir a sobrevivência.
Trata-se de uma história extremamente envolvendo, capaz de capturar o leitor de maneira incrível, muitas vezes se sentindo parte da história e com reflexões extremamente pertinentes por parte da Figueira. Sem dúvidas uma das leituras mais surpreendente.
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ekundera 12/10/2022

?O esquecimento é o remédio para as feridas?
De maneira não muito convencional, tendo uma árvore narrando parte da história, o livro vai intercalando presente e passado, com personagens refugiados do Chipre que tentam sobreviver aos conflitos étnicos da ilha. O casal protagonista vive uma relação proibida, na medida em que desafia se misturar em um ambiente que tem seus grupos de origens como inimigos. Ambientado em parte durante os conflitos entre gregos e turcos, o livro tem uma narrativa linda e tocante. As histórias paralelas são contadas de forma igualmente delicada, apesar do pano de fundo marcado por violências e sofrimentos. A escrita é muito sensível e faz a gente muitas vezes sentir os eventos que são narrados. No fim das contas, o estranhamento inicial vai perdendo lugar para tanta riqueza cultural contida na história.
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Adriana Scarpin 10/10/2022

Apesar de ter momentos em que a autora força no simbolismo arquetípico (a segunda metade do livro é basicamente o mesmo da segunda parte do Madres Paralelas do Almodovar que foi lançado na mesma época do livro), de modo geral é um livro bem bonito.
A narração do ponto de vista da árvore não é inédito e o fato da protagonista se chamar Defne já nos mostra onde vamos parar, mas a Shafak descreve os percalços do meio ambiente de uma forma tão empática e me identifiquei tanto como o Kostas se sensibiliza genuinamente com os animais e as plantas, da mesma forma que Defne sente o peso da história entranhando e envenenando sua consciência do ser humano, tanto que não tem como não sair desse livro transfigurada.
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Rick Shandler 10/10/2022

A Ilha das Árvores Perdidas - Elif Shafak
Quem diria que um dos melhores livros que leria este ano seria narrado por uma árvore? Bastam poucas páginas de ?A Ilha das árvores perdidas? para perceber que estamos lidando com algo diferente. Algo especial. Elif Shafak nos entrega uma verdadeira celebração da arte de contar histórias.

Costumamos atribuir aos anciões o dom de contar uma boa história. O que dizer de uma velha árvore, então? Com suas raizes fixadas no chão e seus galhos almejando o imensidão das estrelas, as árvores são testemunhas constantes da vida. Esse é o caso da incrível Ficus carica, a Figueira (nem sempre) Feliz, que divide a narração desta história. E que história. A Ilha das árvores perdidas fala de amor, de perda, de ancestralidade, e, acima de tudo, de perenidade.

O cenário não poderia ser mais instigante. O Chipre é um grande ponto de encontro da cultura ocidental e oriental. No entanto, um encontro nem sempre pacífico. As tensões entre turcos e gregos dividem a ilha há gerações, e é no meio desse caldo de cultura, mas também de hostilidade que se desenvolve a história de Kostas, Defne e também a de Ada. Tudo isso aos olhos (ou seriam às folhas) de uma figueira.

Diferentes gerações, diferentes culturas e diferentes personagens se cruzam, se misturam e se chocam. Vamos de silêncios a gritos sufocantes. Aprendemos a enterrar e a desenterrar uma árvore. Mais do que isso, em um Chipre dividido, aprendemos uma lição extremamente necessária (e incrivelmente atual) sobre ecossistema: todos são ilhéus. Todos somos ilhéus.

Este livro é daqueles que atingem um outro patamar. Literatura de ponta, de se maravilhar e tirar o chapéu para autora. Tem que ler.
Margô 30/12/2022minha estante
Concordo. Uma sábia Figueira, me fez largar tudo pra acompanhar a sua narrativa...esta é Raiz mesmo!! Ótima narrativa, e um roteiro rico, mobilizador...Amei!




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