Nós havíamos nascido um para o outro. Afinal de contas, éramos Eduardo e Mônica, o casal mais famoso da música brasileira. Eu devia sentir-me realizada, certo? Mas então por que, quando ele me perguntou aquelas palavrinhas mágicas, uma voz dentro de mim gritou não, não, não?
Após anos de um namoro apático - e um noivado relâmpago -, finalmente criei coragem para terminar com o Edu, mas minha cabeça ainda estava cheia de interrogações. Eu, que sempre desejei um relacionamento certinho e careta, me perguntava como seria viver uma grande paixão, daquelas com declarações de amor e sexo cinematográficos - especialmente depois de flagrar Théo, o vizinho libertino do meu ex, aos beijos com uma loira misteriosa no elevador. Só naquele beijo a mulher deveria ter sentido mais prazer do que eu em toda a vida. Aos vinte e três anos, eu nem ao menos sabia o que era um orgasmo, caramba!
Para apimentar meus dias, sabia que precisava ingressar numa jornada de autoconhecimento, mas um empurrãozinho de um certo barbudo - depois de uma campainha tocada por engano, eu juro! - até que não calharia mal. Nesse caminho de novas descobertas, no entanto, teria ainda que fazer a mais importante: a do amor próprio.
• Livro registrado na Biblioteca Nacional;
• Capa: Mirella Santana (www.mirellasantana.com.br).
Chick-lit / Jovem adulto / Romance