spoiler visualizarLeonardo1436 06/06/2024
(Texto apenas para recordação pessoal)
O livro apresenta uma civilização pós-fordista onde predomina a estabilidade e têm Ford como Deus. A civilização é toda baseada em propósitos específicos, nada parece ser por acaso ou de livre escolha.
No Centro de Incubação e Condicionamento são preparados os diferentes seres humanos, todos com a destinação já preestabelecida - seja para castas inferiores ou superiores. Lá no Centro já são preparados também, por meio do condicionamento e hipnopedia, todos os medos, vontades, preconceitos e predisposições a um tipo ou outro de função que o indivíduo irá exercer na sociedade.
O mundo estimula o consumismo e é extremamente produtivo. Ainda assim, há trabalhos ?inúteis? (em meio a tanta tecnologia) que ainda existem por ser importante para as castas inferiores.
A solidão é vista negativamente e todos são estimulados a praticar atividades esportivas juntos, ir ao cinema, manter diversos parceiros(as) sexuais, etc. Tudo é regado a um comprimido de droga, distribuído a todas as castas, que os mantém ?civilizados? e dopados o suficiente para tudo se manter estável.
Bernard, um personagem zombado por terem equivocadamente colocado ?álcool no sangue? durante sua preparação no Centro, apresenta características físicas dissonantes daqueles da mesma casta/categoria. Por esse motivo, além dos seus pensamentos próprios que enxergavam o vazio daquela vida preenchida com a droga, é visto como estranho perante a civilização. Sua situação muda momentaneamente quando Bernard visita a Reserva Selvagem (considerado como um ?safári? pela civilização) onde pessoas vivem como antigamente e são cercadas por muros eletrizados para evitar fugas. Bernard consegue autorização para trazer da Reserva um Selvagem e sua mãe (ex-moradora da civilização), tornando-se pela primeira vez respeitado e desejado pelas mulheres na civilização. Todos da civilização tinham enorme curiosidade em conhecer o Selvagem e, por isso, Bernard gozou de bons momentos sendo tratado como os demais de sua casta.
No fim do livro, um Administrador da civilização (Mustafá) e o Selvagem têm uma interessante conversa sobre Deus, felicidade e modo de vida na civilização e na antiguidade.
O livro permite-nos ter interessantes reflexões sobre a vida e o futuro da nossa civilização.