Capitães da Areia

Capitães da Areia Jorge Amado




Resenhas - Capitães da Areia


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Isabella2540 10/06/2024

A revolução chama Pedro Bala.
Eu simplesmente não tenho palavras pra descrever o quanto que me apaixonei na visceralidade do Jorge Amado, na empatia dele e na sensibilidade ao escrever o livro com um mar de detalhes sobre cada criança dos Capitães Da Areia. Demonstrou com tanta criticismo a situação dos meninos abandonados, negligenciados e submetidos à uma situação em que devem pecar para viver. Simplesmente sem palavras, Jorge Amado conseguiu me prender na história, na critica, me fez sentir a sensação ruim de pensar que é tão real tudo que se passa no livro. Incrível. ?
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Machado46 10/06/2024

Relata o descaso da sociedade e do Estado com os jovens infratores (uma realidade ainda atual), estes que por sua vez roubam para sobreviver em meio a vida caótica e o pouco/inexistente auxílio prestados a elas. O livro conta a história de cada integrante do grupo (Capitães da Areia), seus desejos, características e os torna únicos, cada qual com suas espeficidades. A história é linda e aborda diversos temas como: luta de classes, relações humanas e etc.
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girlafraid 10/06/2024

Tão homens, mas tão crianças
O tempo todo, enquanto lia capitães da areia, a única coisa que eu queria fazer era entrar nessa história e abraçar cada um deles. oferecer todo o amor que eles precisavam, mesmo que não soubessem.

em cada furto, cada assalto, cada tragada de cigarro, cada vez que cresciam mais sendo tão crianças, só conseguia pensar em tudo que eles não tinham, o que mais queriam: mãe, pai, família.
nenhum material que tivessem, desejo que saciassem, iria mudar o sentimento de que faltava alguma coisa. a necessidade de pertencer à algo. e isso se espelhava em cada um deles.

me enche de tristeza e assombro saber o quanto essa história se repete. o quão atemporal é. todos os dias crianças têm suas infâncias roubadas; são colocadas à margem, filhas do abandono, rejeitadas e humilhadas.

é uma leitura muito forte. não são poucos os temas abordados aqui. realmente dói, ver tudo o que eles enfrentaram e enfrentam ? sendo apenas crianças! ver a fome deles por liberdade, por amor, por luta. não tem como não ter empatia por eles, sofrer com eles, rir com eles. lutar com(o) os capitães da areia.

vou levar esse livro comigo por toda vida
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Eduardoow 10/06/2024

Capitães da areia
Comecei sem saber do que se tratava. Tive uns probleminhas para entender a escrita e o uso de alguns termos (o que é comum em clássicos), mas no geral, tive uma ótima leitura.

Gostei de como no decorrer do livro são apresentadas várias histórias, que exploram todos os personagens, aprofundando muito bem cada um deles. Pedro bala, Sem pernas, Professor, Gato, Dora, Volta seca, Pirulito, todos eles eram tão parecidos e diferentes uns dos outros, senti um misto de emoções com cada um e amei isso.

É um clássico muito envolvente, que retrata de um jeito tão nu e cru a realidade. As críticas sociais estão por toda parte e são tão visíveis, nem precisa de esforço para entender. Foi uma ótima leitura, super recomendo.
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Mari F. Coelho 10/06/2024

Ótimo para mostrar a realidade
Esse eu li para a escola mesmo para as aulas de modernismo. E sinceramente, também achei que ia ser insuportável. E novamente me surpreendi. A história dos Capitães da Areia, com Pedro Bala, Pirulito, Sem-Pernas, Professor, Dora, João Grande,..., é muito envolvente. O livro desenha que eles não estão ali roubando, furtando, agredindo porque querem e sim porque a vida os colocou assim. E é isso que acontece na vida real, uma luta para a sobrevivência. E há quem diga que bandido bom é bandido morto....
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Francisca 09/06/2024

Um dos melhores livros que já li. É difícil transformar em palavras os sentimentos que esse livro transmite. O aperto no coração em ler sobre crianças sem um amparo, um amor, um carinho. Pensar que, apesar da época em que foi publicado, ainda ser tão atual. O descaso das autoridades em pensar no bem estar desses seres. As maneiras que eles encontram para sobreviver. A tristeza. A esperança de felicidade que às vezes aparecia. Jorge Amado foi sensacional, conseguiu me tocar no fundo do coração. QUE LIVRO ??
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Rafaela.Moura 09/06/2024

Triste, realista e belo
Esse livro me impressionou demais. No começo você já percebe que vai chorar em algum momento (se você é esse tipo de leitor). Acompanhar crianças de rua jogadas no mundo sem apoio, carinho e cuidado parte o coração, mas a história não fica presa somente a isso, é possível rir com as aventuras dos capitães da areia. Foi uma leitura maravilhosa.
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lu 08/06/2024

Incrível
Não existe nada que eu possa dizer, que vai expressar a imersão, e a perfeição desse livro.
tudo acontece muito rápido, mas o livro não é corrido(não sei como isso é possível), além de proporcionar uma imersão, que te deixa sentindo como se fosse um dos capitães, ou pelo menos um observador.
Sem sombra de dúvidas é um dos melhores livros que eu já li.
apenas leiam.
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Amanda3454 08/06/2024

Meu primeiro contato com a obra do Jorge Amado e posso dizer que é surpreendente. Sua escrita é envolvente e o tema do livro é muito relevante e inovador para aquela época.
É emocionante os conflitos externos e emocionais dos personagens. Além disso, reflete nas questões sociais de hoje em dia.
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De Amendola 07/06/2024

Eu não lembrava que este livro era tão impactante, talvez porque na época que eu o li, eu era uma adolescente de 17 anos e não compreendia tão bem os assuntos abordados. Agora já adulta, pude ter outra experiência de leitura e entender o quanto este livro trás consigo uma mensagem muito forte, uma crítica social gigantesca e o quanto Jorge Amado foi perfeito em sua escrita.
Um livro muito bom, que nos faz refletir muito e nos trazer diversas emoções. Chorei horrores com Pedro- Bala e Dora
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Andressa 07/06/2024

A pobreza dói demais
Que livro, senhora e senhores, não é a toa que tenha sido um clássico e por muito tempo uma leitura obrigatória. Todo mundo deveria fazer o exercício de ler esse livro por obrigação na adolescência e reler ele na vida adulta. São temas complexos que só nos atinge depois de certa maturidade.
É um livro chocante, angustiante, triste e infelizmente real.
Crianças abandonadas existem e por diversas vezes nos nossos próprios olhos são invisíveis, mas Jorge amado há pelo menos 100 anos fez com que essas crianças sejam vistas, ouvidas e sentidas.
Uma leitura pesada, difícil que faz derramar lágrimas em momentos sensíveis e rir de alegria com os personagens, um livro revolucionario.
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KeniaCandido 06/06/2024

Excelente!
Capitães da Areia de Jorge Amado é um clássico da literatura brasileira que foi publicado em 1937. Eu li uma edição bem velhinha de 1980 e já era a 49ª edição, que na ocasião, foi publicada pela editora Record. Essa edição pertence a minha avó Helena. Não tenho certeza, mas ela contém a coleção completa das obras de Jorge Amado na estante e outros escritores como Machado de Assis, Graciliano Ramos, Erico Veríssimo... Enfim, clássico da literatura nacional é com ela mesma. Atualmente as obras de Jorge Amado são publicadas pelo Grupo Companhias das Letras. No momento eu não tenho nenhuma edição recente das obras de Jorge Amado lançadas pela Companhia, mas futuramente quem sabe eu possa conquistar para uma nova leitura.

Capitães da Areia é uma obra literária que carrega uma bagagem riquíssima na história. Foi uma das obras da literatura brasileira afetada pela censura do governo Getúlio Vargas e teve sua primeira edição apreendida e queimada por causa da nova constituição do Vargas. Este ato não impediu que Capitães da Areia tornar-se uma das obras mais importantes da nossa literatura, pois além de mostrar a desigualdade social, Jorge Amado também mostrou os problemas existentes com as crianças abandonadas pelas ruas da Bahia e pelo Brasil. Não é a primeira vez que leio Capitães da Areia e também não é o primeiro livro que leio de Jorge Amado, mas é a primeira vez que deixou uma opinião sobre a obra e começo dizendo que Capitães da Areia é um livro surpreendente.

Resumindo um pouco a história, Capitães da Areia conta sobre um grupo de meninos de rua, que são aproximadamente cem crianças e adolescentes, entre oito aos dezesseis anos, que desde de cedo são abandonados à própria sorte. Eles moram no velho e abandonado trapiche localizado na praia da cidade baixa de Salvador, sobrevivendo de furtos, trambiques e contrariando as leis para conseguir dinheiro. Além de enfrentar diversas dificuldades, a maioria desses meninos acabou amadurecendo de maneira precoce, tendo atitudes de pessoas adultas. Eles falavam e tinham atitudes como adultos. Além de beber e fumar, também jogavam por dinheiro, planejavam roubos e outras coisas à mais.

O livro dá inicio expondo algumas cartas de um jornal da região que explicam a existência deste grupo denominado de Capitães da Areia. Nessas cartas, o leitor consegue ter uma noção como as autoridades, a população e até da imprensa enxergava esses meninos de rua. Após as cartas, Jorge Amado começa apresentando os principais personagens deste grupo. O chefe dos Capitães da Areia é conhecido como Pedro Bala, filho de um líder sindicalista morto durante uma greve no cais. João Grande era um menino que tinha porte físico forte e corajoso. O Professor é um menino que sabia ler entre os Capitães. Um leitor voraz e bastante talentoso, Professor passava as noites lendo noticias e contando histórias à luz de velas para os amigos. Também era grande amigo e conselheiro de Pedro Bala.

Já o Gato, era conhecido por ser malandro. Muito vaidoso e considerado um dos mais bonitos do grupo Capitães da Areia, no decorrer da história, Gato acaba envolvendo e apaixonando por uma prostituta chamada Dalva. Outro que merece destaque é Volta Seca. O garoto afirmava que era afilhado de Lampião e sonhava entrar e tornar-se cangaceiro do bando do seu padrinho. Boa-Vida era o sambista da turma e adorava as rodas de samba. Enquanto Querido-de-Deus, era um verdadeiro capoeirista, Pirulito era o menino que prestava atenção nas palavras do Padre José Pedro e tinha vocação religiosa. Além do Almiro e Barandão, que tiveram destinos diferentes, o Sem-Pernas, era o garoto que tinha uma pequena deficiência pelo corpo. Por ser manco ele servia de espião do grupo para infiltra-se nas casas para descobrir os objetos de valor e programar o melhor momento do bando entrar na casa para roubar.

A única menina do grupo, se chamava Dora. Depois que perdeu sua mãe por causa do surto de Varíola que contagiou a população e matou várias pessoas, principalmente um dos Capitães da Areia, Dora e seu irmão Zé-Fuinha acabam entrando para os Capitães da Areia através do Professor e João Grande. Juntamente com a proteção de Pedro Bala, o Professor e João Grande e os demais garotos do grupo foram impedidos de ter qualquer envolvimento sexual com Dora e com seu jeitinho extremamente cativante e confortante, a menina tornou-se querida por todos os membros do grupo. Especialmente pelo Professor, que nutria uma paixão por Dora, no entanto Dora era apaixonada pelo Pedro e dizia para todos, que seria esposa de Pedro Bala.

Dividido em três partes, o livro Capitães da Areia contém um enredo tão rico que torna-se impossível não torcer pelo bem de todos os membros do grupo. A escrita de Jorge Amado consegue envolver o leitor nas dores, preconceitos, injustiças e especialmente nos sonhos desses meninos. É fácil se solidarizar com eles em vários momentos por causa dos maus-tratos da vida e da sociedade. Uma realidade que as pessoas geralmente ignoram ou fechem os olhos, porque vivemos numa sociedade que é claramente divida por classes sociais com variáveis diferenças que ainda estão presentes na nossa atual sociedade. É difícil não se apegar em alguns personagens durante toda a trajetória, nos planos mirabolantes e nas aventuras deste grupo.

Sem perceber, estamos torcendo pelos foras da lei que praticam uma série de assaltos em Salvador e desejando um futuro melhor para cada um deles. Infelizmente, nem todos tiveram um destino agradável ou feliz, pois Jorge Amado mostra claramente, que apesar da malícia eles são meninos abandonados com futuros incertos. Destaco os trechos do carrossel e o desespero de Pedro Bala quando Dora adoeceu e precisou da ajuda da mãe de santo que assim como o Padre José Pedro, também é amiga dos Capitães da Areia. Foram partes que mesmo sendo uma releitura, deu aquele aperto no coração. O sentimento de união e lealdade entre eles é bem forte e consegue amenizar um pouco as cenas pesadas e violentas do livro, porque Jorge Amado não tapa os olhos do leitor em nenhum momento para os personagens, assuntos que mostram a fragilidade das instituições e reformatórios.

Enfim, Capitães da Areia é uma obra tocante para refletir e abrir os olhos do leitor para os problemas decorrentes a todas as regiões brasileiras. Contém o filme de 2011 dirigido pela Cecília Amado, que por sinal, é bem legal e gosto de assistir, porque deu vida aos personagens. Entretanto aconselho que leia e tenha a experiência literária dos Capitães da Areia antes ou após ao filme. A versão literária contém trechos que ficaram de fora do filme que faz toda diferença. Recomendo a leitura deste clássico da literatura brasileira para todos os leitores que gostam de histórias que mostram problemas sociais. Com certeza, Capitães da Areia é um livro que será relido futuramente ao longo da minha vida.

site: https://consumidoradehistorias.blogspot.com/2024/06/capitaes-da-areia-jorge-amado.html
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letAcia1172 06/06/2024

Denúncia e poesia
Esse foi o meu primeiro contato com a obra de Jorge Amado, e posso afirmar que, logo de cara, o que mais me surpreendeu foi o lirismo da sua escrita. A forma como ele narra é tão poética e eu acho que, somado ao uso do discurso indireto livre, isso provoca em quem o lê essa sensação de intimidade com os pensamentos, os anseios e as angústias dos personagens. Marquei muitos trechos que me fizeram sentir a obra e o que ela trata ? a vivência e a realidade de crianças abandonadas e relegadas à crueldade da miséria ? de maneira brutal (porque profunda) e profunda (porque brutal). Entre esses trechos, gostaria de deixar aqui destacado o seguinte:

?Então a luz da lua se estendeu sobre todos, as estrelas brilharam ainda mais no céu, o mar ficou todo manso (talvez que Iemanjá tivesse vindo também ouvir a música) e a cidade era como que um grande carrossel onde giravam em invisíveis cavalos os capitães da areia. Neste momento de música eles sentiram-se donos da cidade. E amaram-se uns aos outros, se sentiram irmãos porque eram todos eles sem carinho e sem conforto e agora tinham o carinho e o conforto da música?.

Esse capítulo, chamado ?as luzes do carrossel?, é muito significativo, pois dá conta de mostrar o peso da ausência na vida desses meninos. A ausência de pais, a ausência da infância que nunca puderam viver, a ausência da atenção, do amor, do acalento, do carinho que nunca tiveram e que, por isso, buscavam entre si.
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imohanna 05/06/2024

A greve é a festa dos pobres
Eu não tava dando muito pra esse livro, principalmente porque li ele obrigada e não por vontade própria, mas devorei ele em 2 dias. A história dos Capitães da Areia é de partir o coração, mas é lindo de se ver a resiliência dessas crianças que foram obrigadas a crescer antes do tempo, apesar de tudo, são apenas meninos se comportando como homens. É o retrato perfeito de uma realidade que perdura até hoje.

Não superei a morte da Dora e do Sem-Pernas
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