Coruja 13/10/2010Como treinar o seu dragão é um livro bem leve, divertido, que me fez lembrar dos meus dias de criança (agora me senti velha...). Devorei ele todo de uma vez numa tarde de domingo, rindo sozinha, como sempre.
Dia desses, minha mãe (que já chegou à conclusão de que sua filha tem uns parafusos a menos) vai acabar mandando me internar, de tanto que eu rio e falo sozinha...
A linguagem é bem simples, os personagens têm umas excelentes tiradas e eu simpatizei particularmente com Soluço – aquele que se torna herói pelo caminho mais difícil. Eu só ainda não sei o que fazer de Banguela – acho que terei de ler os próximos livros para chegar a uma conclusão se o dragãozinho é um grande FDP ou um bom amigo...
Bem, para ser completamente sincera, a natureza egoísta, mesquinha e maquiavélica dos dragões foi uma das coisas que mais gostei na história. Eles não são criaturas quase angélicas (como já vi algumas séries retratá-los), têm seus defeitos de personalidade e suas qualidades.
Pensei até na possibilidade de dar o livro de presente para uma das minhas sobrinhas... mas não sei se elas apreciariam a quantidade de sangue, entranhas e outros fluidos que aparece na história...
Terminado o livro... fui assistir o filme. Afinal, a idéia do Desafio Literário desse mês era um filme que tivesse sido adaptado para as telinhas – e claro que comentar o filme seria um requisito da resenha desse mês.
A conclusão a que cheguei lendo o livro e assistindo o filme foi... são histórias completamente diferentes. Sério mesmo que o filme foi baseado no livro? Porque, exceto pelos nomes, eu não vi quase nada que batesse entre as duas narrativas.
Bem, seja como for... esse foi um dos raríssimos casos em que preferi o filme ao livro. Não porque um seja melhor do que o outro, porque, como já disse, ambos têm histórias praticamente díspares (ainda não entendi a lógica disso, mas tuuuuudo bem...); mas o filme tem uma abordagem mais crítica, mais madura.
Enquanto no livro, os jovens vikings devem domesticar um dragão, no filme, lutar com dragões é um verdadeiro estilo de vida. Soluço, que continua tão desastrado quanto sua contraparte literária, acaba conseguindo acertar por acaso um Fúria da Noite, mas, incapaz de matar a criatura, forja uma amizade com o dragão, a quem chama de Banguela.
E de matador, ele se transforma num... domador.
Eu adorei o filme, de verdade, especialmente aquele final. Fica a dica!
(resenha originalmente publicada em www.owlsroof.blogspot.com)