Uma mulher não é um homem

Uma mulher não é um homem Etaf Rum




Resenhas - Uma mulher não é um homem


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Suzana 10/05/2024

Gostei muito do livro. Achei maravilhoso o equilíbrio entre fatos da cultura Palestina e as mudanças sofridas pelos imigrantes. Uma grande tristeza pela maneira como as mulheres são tratadas nessa cultura.
A leitura vale muito a pena.
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Larakel 03/04/2024

Um livro tocante, intenso e emocional
Absurdo o peso que ser mulher traz para as personagens desse livro, peso que todas as outras mulheres do mundo tambem carregam (em fardos diferentes)
Muito chocante ver como não nos enxergamos como responsáveis por nossas vidas e destinos, os discursos culturais nos atravessam tanto que nos sentimos impotentes.
É fundamental nos vermos como capazes de provocar mudança, nao so pra nos mesmas, mas tambem para quem vem depois.
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fabidb 24/03/2024

Lágrimas e mais lágrimas
Esse livro não tem uma lista de gatilhos, mas é importante você saber antes de ler que ele lida com violência sexual e física.

Um Homem Não é Uma Mulher segue principalmente a perspectiva de três mulheres, Isra, Deya (sua filha) e Fareeda (sua sogra) em linhas de tempo diferentes, mas às vezes intercruzadas. Enquanto a primeira e a última são mulheres palestinas que tiveram suas vidas alteradas com a mudança para os Estados Unidos, a segunda já é árabe americana, então tem uma relação diferente com sua cultura. No desenvolvimento do livro nos deparamos com as histórias de outras mulheres, também entre esses espaços geográficos, que vão lançando suas visões em relação a amor, casamento, vida, e principalmente, o que é ser uma mulher. E claro, os hômi pôdi com quem elas se relacionam.

A história de Isra foi a que mais me tocou, em seu desejo e busca pelo amor e aceitação, se deparando tantas vezes com o exato oposto e chegando a conclusão que não importa o lugar, mulheres serão sempre mulheres, e portanto, terão uma vida miserável e sofrida.

Me angustiou perceber que por questões que, apesar de colocadas como culturais, são intimamente enraizadas com uma história de trauma de cada personagem, e que as violências que as mais velhas e os homens subjulgavam as suas mais novas, vinham de um lugar de nunca ter conhecido uma história diferente. Essas pessoas perderam suas terras para outro povo, e precisaram deixar tudo que conheciam para viver num país que, apesar de parecer oferecer liberdade, é hostil a suas práticas culturais. Sem suporte, sem pertencimento, foram ficando amarguradas e cada vez mais agressivas.

No final eu chorei. Queria poder dizer que tudo deu certo e todos viveram felizes para sempre, mas não é essa a realidade das mulheres, não é mesmo? Só resta o consolo de que com as novas gerações as coisas são mutáveis, assim como no livro. Que permaneça assim.
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Artemis 06/03/2024

"- Estamos perdidas mama? - Não habibti,nem um pouco".
Essa foi uma leitura tão densa,não propriamente pela escrita,que é muito fluída e nenhum um pouco rebuscada,a densidade nessa história é inevitável porque as barreiras da ficção não impedem que a narrativa seja tão ligada a realidade,a realidade do sofrimento,da mudança de país,a cultura,a dor,os traumas geracionais e o sofrimento de milhares de mulheres retratadas aqui,todos os personagens carregam uma complexa camada de angústia,perda e raiva,e isso se estende até aqueles que fazem o que é cruel,pois também são excelentemente escritos. O desfecho é lindo e agridoce,ele não ignora os danos e os sofrimentos,mas expande a vida dessas pessoas para caminhos melhores.
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Claudia.M 06/03/2024

Uma mulher no mundo masculino
Mesmo que a nossa cultura latinoamericana seja diferente da cultura árabe, sentimos muito o que Isra e Deya sentem. A depender de onde vivamos, ainda muitas meninas brasileiras são "moeda de troca" de suas famílias, sofrem violência de seus pais, irmãos e maridos e se sentem inferiores e sem valor. Amei a narrativa entre dois tempos, três mulheres. A sensação de suspense me prendeu à leitura desde o início e li quase sem pausar. São muitos livros que tratam o tema da violência contra mulheres e meninas, mas Etaf Rum nos coloca bem próximas a suas personagens femininas, nos estamos dentro de seus pensamentos. Um desejo de acolhê-las, de estar ao lado delas, de erguer a voz com elas. Um discurso de coragem e amor entre mães, filhas, mulheres, meninas.
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Julia.Focante 21/01/2024

Gostei bastante do livro. Tem algumas cenas bem pesadas de violência e algumas partes mais paradas e não gostei muito do finaaall, tava esperando mais kkkk
Recomendo pra quem quer saber mais sobre realidades diferentes
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DêlaMartins 23/11/2023

O livro trata da história de 3 mulheres de origem palestina: Isra, Fareeda e Deya, de diferentes gerações, todas carregando o "fardo" de serem mulheres. A visão cultural desse povo é que como mulheres "não podem trabalhar", não geram renda, só despesas. Elas vivem para servir aos homens e procriar (preferencialmente gerar filhOs), com restrições absurdas. Não são bem-vindas.

Abusos de todo tipo contra as esposas e filhas, casamentos arranjados para meninas adolescentes, servidão e anulação total da mulher estão presentes no livro. O medo que elas sentem apesar de toda infelicidade, aliado à total falta de coragem para reagir é bastante triste. O pior é que praticamente tudo acontece a partir de 1990, no Brooklyn, NY, EUA, quando Isra aos 16 anos se casa com Adam e migra para a "América" para viver com a família do marido e passa a "trabalhar" para sua sogra, Fareeda. O marido trabalha o tempo todo, é ausente e infeliz. Para dificultar mais sua vida, ela tem 4 filhAs, uma delas, Deya.

Gostei bastante, apesar de me chocar com tudo que li. Mesmo com mudanças e reações de algumas mulheres, fica claro que o processo é longo, que levará muito tempo para que essas "servas" consigam a liberdade que tanto almejam. Fica claro também que a comunidade palestina não se vê como estadounidense e tenta seguir como árabe. Os "ocidentais" tampouco enxergam esse povo.

O assunto me interessa e a narrativa é fluida, mas não consegui dar 5* principalmente por conta de uma personagem que fica sem um final claro e, em várias passagens parece que está recitando um livro de auto-ajuda.
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Ale Lima 13/09/2023

Quem dera fosse distopia
Quando me deparo com histórias fortes que refletem a realidade cultural dos tempos, sou tomada por diversos sentimentos, uns bons, outros nem tanto. Falar sobre o papel da mulher seja em que época ou realidade for, sempre incomoda e me faz refletir. Esse livro narra a história de uma família de origem muçulmana que foge da Palestina e seus conflitos para os EUA, mas que sofre com o choque cultural desses dois mundos. Apesar dos gatinhos, vale a pena a leitura.
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Thais.Carvalho 04/09/2023

Uma história forte e impactante!
Quantas mulheres no mundo sofrem por uma cultura permeada pelo machismo? Senti muita angústia lendo a trajetória da Isra, seu desejo em ser aceita, agradar, receber amor e ser acredita de todas as formas, até não saber ao certo quem ela era.
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julia 21/07/2023

Acho que vou ter que me sentar com este livro um pouco. Uma mulher não é um homem é muito acessível, apesar de seu assunto pesado e estou feliz que exista e tantas pessoas o tenham lido. Houve algumas coisas ao longo do caminho que não funcionaram muito bem para mim, pessoalmente, mas estou feliz por ter tido a chance de ler esta história.
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Thayna Cursino 10/07/2023

Essa leitura me pegou muito, a maior parte do tempo eu estava angustiada com tudo o que estava acontecendo e me coloquei no lugar dessas mulheres, e só de pensar que a violência, o machismo e apagamento da mulher ainda ocorre, me deixava desolada. No começo da leitura, eu pensei que a história da Isra e do Adam seria diferente do que era o habitual da época e cultura onde eles estavam inseridos, mas eu me enganei, a mãe de Isra mesmo disse ‘’não importa o quanto se afaste da Palestina, mulheres sempre serão mulheres. ’’ Apesar de toda angustia que senti, é um livro muito importante que te mostra o ponto de vista de 3 gerações de mulheres Palestinas, que apesar das diferenças entre si, ainda são mulheres. O único ponto que me desagradou no livro foi o da Sarah, achei um pouco irresponsável ela encorajar a Deya a enfrentar os avós, pois ela sabia tudo que havia acontecido embaixo do teto onde elas moravam e poderia estar colocando a Deya em risco, e algumas falas da Sarah me deu uma vibe meio coach, mas de resto, é um livro maravilhoso.
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Fabi 04/06/2023

Primeiro romance de Etaf Rum, uma filha de imigrantes palestinos que mora nos Estados Unidos, é quase um documentário.
Fala-se de mulheres fortes, do machismo e violência doméstica suportados pela cultura e religião, e de como a educação e os livros são libertadores.
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xuxules 29/04/2023

Me fez refletir muito
Me fez refletir muito sobre como ate as maldades das pessoas, tem uma construção. A realidade conservadora e violenta, foi moldando mais pessoas conservadoras e violentas. A coragem das mulheres em romper esse padrão é admirável! Até as mulheres que reproduzem o machismo e conservadorismo, dá pra entender e se solidarizar. Enfim, gostei muito! Ótima leitura. Ganhei o livro da minha amiga que mais conhece meu gosto literário ??
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Daniel Moraes (Irmãos Livreiros) 05/04/2023

Uma mulher não é um homem, por Etaf Rum
"Uma mulher não é um homem", escrito por Etaf Rum, editado por Larissa Caldin, cujo projeto gráfico é feito pelo Project Nine e publicado pela Primavera Editorial, é um livro que dá voz aos gritos reprimidos de uma família Palestina, desfragmentada nos Estados Unidos.

A obra gira em torno de três mulheres de uma mesma família: Isra, Deya e Fareeda, cujas vozes foram silenciadas por uma cultura, onde ser mulher é sinônimo de submissão: casar, procriar, cuidar dos afazeres domésticos, servir o homem e ponto final.

Quando o exército palestino invadiu suas casas, expulsando-os de sua casa, a família de Isra, ainda adolescente, se mudou para os Estados Unidos, a fim de seguir a vida em um lugar melhor do que o país em que viviam.

Embora vivem à margem da sociedade, à mercê da precariedade, a família sente-se melhor, mais protegidos nos Estados Unidos, ante seu país nativo, a Palestina.

E nesta família, Isra, a adolescente rejeitada pelo fato de ter nascida mulher, sempre foi um fardo, um peso, logo, como costume palestinos, ainda com dezesseis anos, teve que se casar com o americano Adam, filho de Fareeda, mulher que conhece todos os infortúnios da vida por conta do fato de ser mulher que vive em outro país.

Como adolescente, Isra acredita no amor verdadeiro, daqueles vividos em romances americanos. Todavia, nada do que acreditou a vida inteira, o sonho americano, o casamento com o príncipe encantado, nada se tornou real. Tudo desmoronou em sua jovem vida de adolescente. O romance perfeito se tornou em um terror.

"Adam a pegou pelos quadris, imobilizando seu corpo, que resistia. Ela manteve fechados enquanto ele a forçava a abrir as pernas e cerrou os dentes quando ele se enfiou dentro dela. Isra sentiu algo escorrendo pela coxa, e sabia que deveria ser sangue. Ela tentou ignorar a sensação de queimação que sentia entre as pernas, como se o punho de alguém a estivesse atravessando com um soco, e tentou esquecer que estava em um quarto estranho com um homem desconhecido, que a abria a força".

Deya, a filha mais velha de Isra, questiona todos os dias com sua avó Fareeda o porquê de não estudar na faculdade, onde as demais garotas americanas estavam estudando. E sua vó, Fareeda sempre dizia:

"Uma mulher não é um homem. Mulher tem que de dar um filho homem ao marido, cuidar da casa e fazer a comida para o esposo quando ele chegar em casa. Você não pode se comparar com seus irmãos. Você não é um homem".

Por fim, a obra apresenta a visão de Fareeda, avó de Deya e sogra de Isra. Ela, árabe palestina que cuidava de todos os afazeres da casa, fiel à cultura do seu país, teve que fugir por conta da guerra contra Israel, criar seus filhos em um país que nem a língua dominava, além de suportar o desprezo do marido. Contudo, Fareeda guardava segredos que serão revelados a medida que avança a narrativa.

Em suma, são tantos pontos que poderiam ser abordados, porém, todos direcionam para a indiferença das mulheres – na visão da cultura palestiniana –, apenas pelo fato se serem mulheres. E elas não têm o direito de opinar, questionar, agir. Apenas ser submissa ao marido arranjado para servi-lo.

"Uma mulher não é um homem", é um livro que escancara a visão curta e fria da cultura árabe pouco explorada pela literatura. Etaf Rum vai além e expõe temas que precisam serem discutidos: opressão, abusos, omissão e exploração de mulheres palestinianas jogadas às margens da sociedade. Tudo por conta da cultura que as oprime.

Um livro que deve ser lido por todos, seja homem ou mulher, apenas leia. Altamente recomendado.


Confira a resenha completa no blog Irmãos Livreiros

site: bit.ly/iLPost0104
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@retratodaleitora 28/11/2022

Intenso e necessário
"Ela não sabia o que a vida reservava a ela e não tinha nada que pudesse fazer a respeito. Ela tremeu de horror ao dar-se conta desse fato. Mas esses sentimentos são temporários, Isra disse a si mesma. Ela obviamente teria mais controle sobre a própria vida no futuro. Em breve estaria nos Estados Unidos, a terra da liberdade, onde talvez pudesse ser amada como sempre sonhou e ter uma vida melhor que a de sua mãe. Isra sorriu com a possibilidade. Talvez algum dia, se Alá a desse filhas, elas poderiam ter uma vida ainda melhor que a dela."?
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Nesse livro sensacional somos apresentados a Isra, uma jovem palestina que aos 16 anos é obrigada a se casar com um homem que mora nos EUA, lugar que ela acredita que a voz das mulheres, tão rechaçadas em seu país, podem ser ouvidas.?
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É um livro onde a cultura árabe é muito forte, e conhecemos três gerações de mulheres imigrantes, e todas as amarras da sociedade, todo machismo, todo patriarcado e toda violência contra mulheres.?
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É um livro muito forte, muito sensível e também muito cru. É impossível não se emocionar com as histórias de Isra, Fareeda e Deya. São pontos de vista muito diferentes e únicos.?
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Quero deixar aqui minha recomendação de leitura. Foi um livro extraordinário e quero que mais pessoas tenham conhecimento sobre ele.?
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Leiam! ?
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