Bernardo 24/09/2010
Esse é mais um clássico 'livro de meio de saga' de Bernard Cornwell. Começa meio lento (provavelmente pra dar tempo do leitor relembrar a linha da história), acelera e termina quando você está mais empolgado! hehe
Mas, como é um livro do Cornwell (e ele escreve absurdamente bem!), você acaba sem ter muito do que reclamar. ;)
Sou obrigado a concordar com um comentário que um amigo, que leu o livro antes de mim, fez enquanto eu estava no meio da leitura: por vezes, parece que o autor não sabe muito bem como vai seguir a história (com exceção, é claro, dos pontos principais da narrativa que, claramente, já estão definidos no início do processo de escrita) e isso faz com que algumas reviravoltas da história pareçam meio súbitas e algumas subtramas acabam se perdendo no decorrer da saga.
Mas não acho que isso chegue a ser um demérito, já que a nossa vida diária também é algo com reviravoltas súbitas e com diversas 'pontas soltas'. Dessa forma, a narrativa fica mais realista (de certa forma) e dinâmica do que se tivesse sido previamente toda estruturada e amarrada.
O único porém, na minha opinião é a repetição exagerada de determinadas expressões ao longo do livro (como "dinamarqueses de lança e espada", "vestido em glória guerreira" ou "o destino é inexorável"). Pode ser que o autor tenha propositalmente usado esse recurso para deixar mais claro a nós, leitores, como era a mente das pessoas daquela época ou para delinear a obsessão de alguns personagens em relação a determinados temas, mas, mesmo assim, por vezes fica um tanto enfadonho.
Enfim, foi-se mais um (bom) capítulo da saga em que o fio da vida de Uhtred de Bebbanburg é cada vez mais entremeado à trama da família de Alfredo (seja nas porções claras ou escuras do 'tecido') pelas 'fiandeiras do destino'. E que venha o próximo! \o/