Doug Tods 28/03/2011
Tão pequeno, mas com tanto potencial...
Comprei o livro no intuito de matar minha saudade de Percy e seu universo, mas acabou tendo um efeito colateral. Histórias tão pequenas, que só acabaram agravando essa saudade que apodera o meu peito.
O primeiro grande desafio de ler este livro é conseguir identificar em que período da saga Percy Jackson e os olimpianos cada história é contada.
A primeira história, Percy Jackson e a Quadrica Roubada, tenho em mim que se passe após “o Ladrão de Raios” ou possivelmente após “o Mar de Monstros”, a julgar pela relação de Clarisse com Percy. Neste primeiro conto, Percy deve ajudar Clarisse a resgatar a quadrica de Ares, uma espécie de carruagem que pertence ao deus da guerra. O problema é que a quadrica foi roubada por Deimos ( deus do pânico) e Phobos ( deu do temor) que também são filhos de Ares, tipo comportamento de irmãos mais velhos. Eles precisam recuperar a quadrica antes do por do sol, caso contrário, Clarisse ficará bastante encrencada com o pai. Gostei de ver Percy trabalhar em equipe com ela, nessa história Riordan fez um trabalho mais aprofundado da transformação afetiva desses dois personagens. E simplesmente adorei os novos deuses, só que achei a história muito curta!
O segundo conto, Percy Jackson e o Dragão de Bronze, deve se passar após “o Mar de Monstros”, mas se nos dermos falta de Thalia, provavelmente seja após “a Maldição do Titã”, pois depois do terceiro livro da série ela se torna uma caçadora e deixa o acampamento, o que justifica sua ausência. Isso mesmo! Essa história se passa no acampamento meio-sangue, enquanto ocorre uma das caças a bandeira! E minha opinião, este é conto mais divertido dos três, pois nos exibe um jogo onde os garotos se atraem e se opõem pelas garotas... Vou explicar: Percy e Beckendorf estão no mesmo grupo, já Annabeth e Silena estão na equipe oposta, enquanto todos lutam para ganhar o jogo, acabam topando com uma confusão tremenda, e também com um autômato, o dragão de bronze que nos livros da série guarda o velocino de ouro. O final dessa história é completamente hilário!
Após as duas primeiras histórias paralelas, surgem as entrevistas aos personagens. Pensei que seria algo tolo, mas me surpreendi, pois ri e aprovei os depoimentos de Connor e Travis, de Clarisse, de Annabeth, de Grover e de Percy.
Em seguida temos duas representações em desenhos, uma do mapa do acampamento, o que foi algo particularmente bom para mim, pois me situei sobre a localização de cada coisa. A segunda representação foi a mala aberta de Annabeth, mostrando o que ela guarda em seu interior, no meu ver, uma coisa totalmente fútil e desnecessária.
Logo após começa o terceiro conto, Percy Jackson e a Espada de Hades, que evidentemente se passa entre “a Batalha do Labirinto” e “o Último Olimpiano”. Se os outros fãs de Percy me permitem dizer, fiquei um pouco frustrado, pois senti que a trama desta história é incrivelmente mais rica e superior a do livro “a Maldição do Titã”. Percy, Thalia e Nico são os protagonistas de uma mesma trama, o que não chegou a acontecer na série de Percy. Caramba! Os filhos dos três grandes! Os três semideuses da grande profecia! Eles trabalham em equipe para recuperar uma nova arma dos deuses, espada de Hades. Segue basicamente um roteiro semelhante a de “o Ladrão de Raios”, onde a arma de um dos grandes é roubada e algo ruim acontecerá se o ladrão não for descoberto. A magnitude da trama se passa no mundo inferior. Eu amei, sem sombra de duvidas. Tio Rick deveria ter se dedicado mais nessa trama, ter incrementado mais personagens, mais perigo e confusão, para que a série “Percy Jackson e os Olimpianos” tivesse seis livros ao invés de apenas cinco. E confesso que esse seria um dos meus prediletos!
Ah! No meio da terceira história surge um raio-x com ilustração de oito personagens , não contam como pagina, são quase brinde. Mas não sei porque não gosto de ilustrações no meio do livro, me obriga a ver os personagens como está ilustrado, e não como minha mente fértil costuma idealizar. Mas fiquem tranquilos, não vou arrancar essa paginas não!
No final do livro há uns joguinhos estilo “passa-tempo”. Não gostei da iniciativa, pois acaba ridicularizando o livro, rebaixa ele um pouco a revistinha de banca de jornal.
Uma vantagem neste livro é que a capa é dura, e linda. A editora se aplicou dessa vez... Intrínseca, lança os livros de “Heróis do Olimpo” assim? Rsrsrs.
Eu poderia dar 5 estrelas, mas vou dar 4, pois eu gostaria de encontrar um titã sustentando o céu, e uma vaca-sereia mugidora aqui como história pequena do que como o terceiro livro da série. E gostaria de ter o 3º conto como um livro completo. ~ Tô de mal Rick! hehe