Resenhas - Torto arado

Karen155 09/06/2024

Escrita diferenciada
Meu primeiro livro após 2 meses sem ler nada, me surpreendi bastante com a escrita do autor, diferente e instigante. personagens fortes, história forte e um final que me deixou sem palavras.

com certeza vale a leitura ;)

Wilber.Lacerda 09/06/2024

Livro maravilhoso!
Essa história mexeu comigo de diversas maneiras. Sou descendente de quilombolas e vivi por grande parte da minha vida em uma comunidade mais simples. E toda a história me trouxe muitas memórias. Não faz sentido trazer muitos mais detalhes dos livros. Quanto menos souber, melhor. Só leiam.

ya 08/06/2024

Nao tenho palavras
O itamar é um genio. a historia aborda o tema da melhor forma possivel com todos os personagens aprofundados. nao tenho palavras descrever o quao bom e profundo é o livro

Beatricy 08/06/2024

Um dos livros mais maravilhosos que já li
Me emocionei muito nesse livro, e não sei pq, mas por se passar na Bahia e pela história da minha avó que nasceu na fazenda e trabalhou durante sua juventude ?na roça? mexeu bastante comigo.
É uma história sobre duas irmãs que são filhas de trabalhadores rurais quilombolas e tem desafios devido a condição de vida.
Acompanhei a vida das irmãs e pude ver a batalha de mulheres que sofrem com abuso e violência, e pior ainda, a vida de uma pessoa que não tem direito a nada.
Esse livro traz grandes questionamentos e explica muitas situações que permanecem até hoje. Ler esse livro explica muito sobre a vida de muita gente e se muitos estudassem conseguiriam entender que o problema do Brasil começa lá no passado.
Recomendo demais essa leitura

Marisbl 08/06/2024

Bom livro, boa história. Foram reunidos vários "acontecimentos" que costumávamos ler em livros de história do Brasil e utilizados para esta história.

gabsravenclaw 07/06/2024

Real e emocionante
?Resenha de Torto Arado, de Itamar Vieira Junior
?Editora: Todavia, 2019
Avaliação: 4/5 ?

Torto Arado é uma obra emocionante que toca nas feridas da escravidão, da "liberdade disfarçada", em um país que não amparou devidamente os ex-escravizados, os quais, mesmo após sua libertação, tiveram que continuar se submetendo a situações degradantes de trabalho. Livros como esse são muito importantes para fazer pessoas que vivem numa bolha (como eu) entenderem a importância de continuar lutando contra as heranças nefastas que a escravidão deixou para o país.

O romance começa com um acidente que une as duas irmãs (Bibiana e Belonísia) para sempre. Narrado por três vozes (primeiro Bibiana, depois Belonísia e por fim Santa Rita Pescadeira, um dos encantados), o livro busca trazer a cultura afro-brasileira de forma incrível. Lê-lo me fez pesquisar muitas plantas citadas que eu sequer conhecia, e percebi o absurdo disso: de não conhecer a minha própria fauna, de não ler mais sobre a história do meu país. Embora, ultimamente, tenha tentado ler mais da literatura brasileira, sou muito acostumada a ler livros estrangeiros. Outro ponto que gostei é que, além das críticas às condições péssimas de trabalho as quais os ex-escravizados são submetidos, temas como empoderamento feminino também são abordados na trama.

Apesar de ser monótono em alguns momentos, uma coisa que achei interessante é o fato de que o autor não busca idealizações. Esperava uma perspectiva diferente quando comecei a ler, mas gostei da forma como se desenrolou, não é para ser uma história bonitinha, é para mostrar a realidade dos trabalhadores de Água Negra (de outros tantos no sertão do Brasil) da forma como ela é: dura, exaustiva, exploratória, com condições análogas à escravidão.

Com críticas sutis (e outras nem tanto) ao longo do texto acerca das precárias condições passadas pelos personagens, o livro cumpre o que se propõe. Por isso, digo que foi uma experiência incrível poder ler essa obra. 4 estrelinhas ???.

Yasmin 07/06/2024

Seria até injustiça da minha parte dar menos de 5 estrelas para um livro que carrega tanto valor e peso histórico e poético.
Embora seja ficcional, a obra trás a realidade histórica presente de ponta a ponta do Brasil. A realidade que se estente há muito mais de 200 anos e que mancha o passado de nosso país. O livro trás o forte laço fraterno das irmãs Bibiana e Belonísia, mas também trás visibilidade a um povo silenciado e apagado, que tem sua história escondida por baixo dos panos e seus nomes caluniados.
A obra trás a ancestralidade de mulheres fortes e injustiçadas, que depositavam todos seus esforços na sobrevivência própria e de sua família, que tinham que tomar decisões difíceis e sofreram muito até seu último sopro de vida. A ancestralidade de um povo que era um com a natureza, que tinham seus guias e santos, e uma fé muito forte. A religiosidade expressa nesse livro é muito bela.
A importância desse livro é gigante, o autor trabalhou extremamente bem unindo seus conhecimentos a uma escrita fluida e paradoxal, ao mesmo tempo que delicada e bem polida, é tensa e afiada.

Kiki 06/06/2024

Emocionante e sofrido
Torto Arado é uma leitura forte, corajosa e difícil - não por causa da línguagem, mas sim pelas situações que são mostradas, evidenciadas e escancaradas.

Li esse livro sem saber muita coisa, sabia apenas que contava a história de duas irmãs muito unidas em um sertão de seca e trabalhos análogos a escravidão (inclusive, acho que esse resumo nem consegue resumir, de fato, a dimensão dessa obra). Porém, o livro fala MUITO mais que isso: fala sobre amor, luta, ancestralidade, resistência, reivindicação dos seus direitos e respeito por quem lutou no passado e esperança de um futuro melhor e mais seguro.

Itamar tem uma escrita que muitas vezes é poética, mas também muitas vezes é fria e certeira. Quero MUITO ler outras coisas dele, já que Torto Arado super me conquistou, me surpreendeu e me envolveu! Saí apaixonada por Belonisia, Bibiana, Severo, Zeca, Salu, e tantos outros personagens e suas histórias (também odiei muitos!). Virou um dos meus preferidos de 2024, com certeza!

Mari :) 06/06/2024

Leia!!
Gostei muito da história, gostei da religiosidade abordada no livro, gostei de reconhecer lugares mencionados da Bahia, gostei de ver personagens femininas fortes.

Ainda assim, é um livro que traz desconforto por nos confrontar com uma realidade cruel. Um tipo de miséria que não deveria mais existir, mas ainda existe.

Mari 06/06/2024

Algo como nada que havia lido antes
Esse livro me surpreendeu muito. Claro que fiquei sabendo sobre ele por causa da popularidade, por quantos prêmios recebeu. Venho aqui dizer que ele mereceu cada um. A história é incrivelmente envolvente, mas não por quê é cheia de ação, mas sim pelo realismo dos personagens. Você se sente como se conhecesse as pessoas que ele descreve. Eu sou do interior da Bahia, então as descrições que ele deu foram muito familiares para mim.
A escrita é fluída e faz você querer continuar lendo para saber o que vai acontecer. A história é densa, mas não cansativa. Vemos a vida inteira dessas irmãs, na realidade delas vivendo na fazenda de Água Negra.
O livro é dividido em três partes. Uma é descrita na perspectiva de Bibiana, uma de Belonísia e a última vemos o passado de alguns outros personagens, mas também temos capítulos onde um dos encantados é o narrador.
Achei simplesmente incrível. É uma mistura de realidade e ficção perfeita.

Cainã 05/06/2024

Um livro sensacional, me prendeu a atenção do início ao fim, tão bem escrita que você consegue sentir o sofrimento de um povo que só queria condições mínimas para viver.

Natalia Santis 05/06/2024

Mulheres fortes e história cativante.
Me arrependi por demorar tanto pra ler, mas ao mesmo tempo percebi que era necessário pra tamanho sua importância e densidade.

Também fiquei feliz por ler em alguns comentários que virou leitura obrigatório em escolas e vestibular, é um livro sobre o Brasil e nossa história, precisamos mesmo adentrar e entendermos nossas raízes.

Conheci Itamar e espero ver muitos outros trabalhos como esse. ??

pâm 05/06/2024

Releitura, esse livro é grandioso de tantas formas? Continuo sendo uma grande fã de Itamar. Belonísia sem dúvida a melhor personagem.

dundr4d 05/06/2024

Torto Arado é uma história que vai além da ficção
Ao longo da narrativa o autor nos conduz ao cotidiano singular das personagens, dia-a-dia esse cheio de trabalho, esforço, luta, fé e ancestralidade que nos faz refletir sobre as vivências das gerações passadas.

bia0:0 05/06/2024

"Se o ar não se movimenta, não tem vento, se a gente não se movimenta, não tem vida"
Olá, estou de volta. Bom, eu já esperava que esse livro fosse bom, mas não que ele fosse tão incrível quanto foi!!!!
Nesse viés, Torto Arado são sentimentos. Sentimentos de revolta, tristeza, mágoa, solidão, mas também de esperança e de conforto. Com uma escrita excepcional e repleta de lirismo, Itamar desenvolve essa história com maestria e sinceridade. Os personagens são tão reais e tão verdadeiros que é impossível você não ficar imerso na história. A escrita é fluida e, por mais que seja meio pomposa, não é difícil de entender, só é necessário algumas pesquisas de algumas palavras, mas de resto você entende tudo.
Eu nunca li algo tão verdadeiro como esse livro, o que mexeu muito comigo. É tão revoltante vê eles nessa situação, mas também é tão gratificante vê eles se revoltando. Essa obra narra histórias de pessoas que com toda certeza existem ou existiram em algum momento da história do Brasil. É uma narrativa que te faz refletir sobre tudo que você pensa que sabe sobre o racismo no Brasil, mesmo que essa virada de chave só ocorra por "simples" descrições dos acontecimentos rotineiros.
Meu único ponto a "reclamar" do livro(entre muitas aspas) é que acho que a relação das irmãs poderia ter sido melhor desenvolvida. Principalmente pelo que aconteceu, acho que faltou só um tiquinho a mais.
Portanto, não resta dúvidas de que eu recomendo sim esse livro. Você com certeza vai aprender muita coisa com esse livro, arrisco dizer que até mais do que se aprende nas aulas de História do Brasil nos colégios (meu caso). Esse livro deveria ser leitura obrigatória!!!! Todos os personagens estão guardados no meu coração e na minha mente e, com toda certeza, não esquecerei essa história jamais, seja ela ficcional ou não. Até a próxima.