Ideias para adiar o fim do mundo

Ideias para adiar o fim do mundo Ailton Krenak




Resenhas - Ideias para adiar o fim do mundo


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David 31/05/2020

Vamos conhecer um pouco mais a diversidade de pensamentos e as pessoas com os seus modos de vida diferentes dos que conhecemos e levamos?

"O fato de podermos compartilhar esse espaço, de estarmos juntos viajando não significa que somos iguais; significa exatamente que somos capazes de atrair uns aos outros pelas nossas diferenças, que deveriam guiar o nosso roteiro de vida".

Espero que a gente aprenda a respeitar as diferenças e não mais impor a homogeneização do ser humano no sentido modo de vida.
Ana Rojas 31/05/2020minha estante
????????


David 31/05/2020minha estante
?


Lais544 31/05/2020minha estante
Achei interessante!


David 31/05/2020minha estante
Sim Flocky, e 'o amanhã não está à venda' também é uma leitura rápida e interessante!


Ton2eve 01/06/2020minha estante
?? vai pra minha lista.


David 01/06/2020minha estante
Maravilha!


Aline 16/01/2021minha estante
Adorei o trecho que você destacou ?


David 18/01/2021minha estante
=)


JEOA71 20/04/2021minha estante
Precisamos aprender a respeitar, também, as diferentes formas de vida, para só então, respeitarmos o modo de viver de nossos iguais. Krenak foi certeiro na parte em que falou da anciã que conversava com a irmã pedra.




Cassio Kendi 02/04/2021

O livro é curto, sendo uma transcrição de três palestras do autor. Gostei da linguagem direta e de ler sobre a visão de um representante de uma tribo indígena acerca da sociedade em que vivemos.

Apesar do título do livro, não são passadas muitas ideias concretas sobre como adiar o fim do mundo. É mais uma provocação sobre a forma como nos enxergamos enquanto humanidade, e como a exclusão da natureza desta definição de 'nós' e a consequente ideia de que a natureza tem como propósito o mero consumo contribuem para a exaustão dos recursos naturais do planeta.
Leituras da Dani 02/04/2021minha estante
Quero muito ler esse livro, tenho ele há quase 1 ano e, não sei o motivo de não ter lido antes... Através da sua resenha, fiquei com vontade de pegar para ler agora. Adorei a sua explicação, foi super didática e, me deixou com muita vontade de ler! ????


Cassio Kendi 04/04/2021minha estante
Legal, Danielle! É bem curto, acho que vale a pena conhecer!


Leituras da Dani 07/04/2021minha estante
Eu li ele ontem, li bem rápido, devorei, kkkk... É bem curtinho, porém muito interessante. Como vc mencionou, vale a pena mesmo!


Cassio Kendi 10/04/2021minha estante
Sim, também li em uma tacada só! Tem outro dele, acho que é 'O Amanhã não está à venda', que costuma estar de graça no Kindle


Leituras da Dani 11/04/2021minha estante
Eu também li em uma tacada só... Inclusive, logo após ler esse, eu peguei "O Amanhã Não Está À Venda" e, devorei também, e, mais rápido ainda, por ser mais curtinho...


danideias 08/06/2021minha estante
Da pra ler numa sentada. O próximo dele q lerei é "a vida não é útil". E bem interessante para fazer a gnt ressignificar nossa relação com aquilo que "não é humano".


Leituras da Dani 10/06/2021minha estante
Verdade mesmo! Eu li ele de noite, em uma tacada só. Quero muito ler "A Vida é Útil" também! E, concordo plenamente com vc, é muito interessante para fazermos ressignificar, refletir, analisar nossa relação com tudo aquilo que, não demos a devida importância!


Nay Lima 04/01/2022minha estante
Estou lendo e adorando.


Yasmin 25/03/2022minha estante
Concordo




Juliete Marçal 19/07/2020

Somos mesmo uma humanidade? A humanidade que pensamos ser?
Será que ainda conseguimos despertar dessa cegueira coletiva para adiar o fim do mundo?

Os três textos desse pequeno livro foram adaptados de palestras que o autor fez durante a sua trajetória de lutas pelos povos indígenas, e consequentemente, pela natureza. Nesse livro, Ailton Krenak nos convida a olhar o mundo à nossa volta a partir de uma nova perspectiva, muito parecida com a visão (cosmovisão) dos povos originários do Brasil, trazendo ensinamentos, provocações e questionamentos sobre a humanidade que pensamos ser.

"A humanidade está se distanciando do seu lugar."

No primeiro texto, Krenak põe em dúvida a nossa ideia de humanidade, criada na colonização e que nos faz acreditar em uma humanidade homogênea (com um só padrão) que exclui tudo que é "diferente". Esse conceito justificou e ainda justifica todo tipo de violência praticada em nome de um bem maior: o de tornar todos iguais, e isso, segundo ele, interfere também na relação homem-natureza.

"Definitivamente não somos iguais, e é maravilhoso saber que cada um de nós que está aqui é diferente do outro, como constelações."

E no segundo texto, ele aprofunda a ideia de que a desvalorização, anulação, banalização e despersonalização da natureza são um dos grandes motivos de normalizarmos a exploração descontrolada dos recursos naturais. Pois, diferente dos povos indígenas, que consideram um rio como o Rio Doce como um avô, os demais humanos consideram essas características exclusivas deles, o que libera "esses lugares" à se tornarem resíduos da atividade industrial extrativista. Assim, o homem se considera proprietário da natureza, fazendo explorações indevidas e esbarrando no direito indígena.

"Enquanto a humanidade está se distanciando do seu lugar, um monte de corporações espertalhonas vai tomando conta da terra."

Por fim, no terceiro e último texto, o autor nos propõe a "cair" dessa ideia de realidade que criamos para finalmente sonharmos uma nova realidade, que inclua em humanidade tudo aquilo que nos condicionamos a deixar de fora; além de pensarmos sobre nós mesmos, e sobre que presente queremos deixar para os próximos humanos, quando forem lembrar da humanidade de agora.

"Talvez sejamos muito condicionados a uma ideia de ser humano e a um tipo de existência. Se a gente desestabilizar esse padrão, talvez a nossa mente sofra uma espécie de ruptura, como se caíssemos num abismo."

Com seus questionamentos, Krenak nos faz repensar pontos importantes da vivência humana e também nos faz refletir em relação à herança/legado que deixaremos para os que ainda estão por vir.

"O que aprendi ao longo dessas décadas é que todos precisam despertar, porque, se durante um tempo éramos nós indígenas, que estávamos ameaçados de ruptura ou da extinção dos sentidos das nossas vidas, hoje estamos todos diante da iminência de a Terra não suportar a nossa demanda."

Essas pouco mais de 80 páginas não fazem jus ao tamanho da reflexão proposta. Quem ainda não teve a oportunidade de ler esse livro, leia! ;)

"O fim do mundo talvez seja uma breve interrupção de um estado de prazer extasiante que a gente não quer perder."

^^
Deni Cruela 20/07/2020minha estante
Suas resenhas são maravilhosas ?, pretendo conhecer a grandeza desse livro


Juliete Marçal 20/07/2020minha estante
Ahhh Obg! ?
Leia! ;)
Vale muito a pena ler as reflexões e provocações propostas pelo autor!


Roneide.Braga 31/07/2020minha estante
Nossa, fiquei super curiosa!


Juliete Marçal 31/07/2020minha estante
Recomendo, Neide! ;)




Fabio Shiva 24/08/2022

“Está em qualquer profecia que o mundo se acaba um dia”
Enquanto eu lia esse pequeno grande livro, ficou reverberando na mente a percepção do quanto o “fim do mundo” é uma ideia atraente e até mesmo irresistível para o ser humano. Creio que em todas as sociedades humanas ao longo da história existiram histórias bem definidas sobre quando e como o nosso mundo chegaria ao seu final. Do Apocalipse ao Ragnarok, da Profecia Maia ao Fim dos Dias, as escatologias diferem apenas nos detalhes, sendo a essência sempre a mesma, como bem resumiu Raul Seixas: “Está em qualquer profecia que o mundo se acaba um dia” (https://youtu.be/YWs_nwV80As).

O que torna o momento que vivemos tão único na história da humanidade é que a perspectiva do fim do mundo não é trazida por mitos ancestrais passados de pai para filho, mas por prognósticos e deduções científicas, feitas a partir de fatos reais que estão ocorrendo no planeta. A eclosão da pandemia do novo coronavírus tirou de cena essas sombrias ameaças – que não deixaram de existir, apenas saíram do noticiário por um tempo. Listo a seguir as primeiras que me vêm à mente.

POSSIBILIDADES DE FIM DO MUNDO:
1) Guerra atômica
2) Aquecimento global
3) Esgotamento e/ou poluição dos recursos naturais
4) Extinção das abelhas
5) Liberação do gás metano que está sob as geleiras do Ártico

Penso que a maioria das listas de “Top 5 de causas para o fim do mundo” terá pelo menos três dos itens que coloquei acima. Notem que essas cinco grandes ameaças à nossa continuidade na Terra estão todas mais ou menos relacionadas entre si e possuem uma característica principal em comum: todas são direta ou indiretamente provocadas pela ação humana no planeta. E é aí que entra o conceito de “antropoceno”, que desempenha um papel central nas reflexões de Ailton Krenak:

“Se já houve outras configurações da Terra, inclusive sem a gente aqui, por que é que nos apegamos tanto a esse retrato com a gente aqui? O Antropoceno tem um sentido incisivo sobre a nossa existência, a nossa experiência comum, a ideia do que é humano. O nosso apego a uma ideia fixa de paisagem da Terra e de humanidade é a marca mais profunda do Antropoceno.”

Krenak tem o dom de questionar as coisas mais óbvias, que damos como tão certas e garantidas que nem pensamos mais a respeito delas. Um de seus questionamentos mais viscerais é sobre o conceito de “humanidade”:

“A ideia de que os brancos europeus podiam sair colonizando o resto do mundo estava sustentada na premissa de que havia uma humanidade esclarecida que precisava ir ao encontro da humanidade obscurecida, trazendo-a para essa luz incrível. Esse chamado para o seio da civilização sempre foi justificado pela noção de que existe um jeito de estar aqui na Terra, uma certa verdade, ou uma concepção de verdade, que guiou muitas das escolhas feitas em diferentes períodos da história.”

“Como justificar que somos uma humanidade se mais de 70% estão totalmente alienados do mínimo exercício do ser? A modernização jogou essa gente do campo e da floresta para viver em favelas e em periferias, para virar mão de obra em centros urbanos. Essas pessoas foram arrancadas de seus coletivos, de seus lugares de origem, e jogadas nesse liquidificador chamado humanidade. Se as pessoas não tiverem vínculos profundos com as referências que dão sustentação a uma identidade, vão ficar loucas neste mundo maluco que compartilhamos.”

“Estar com aquela turma me fez refletir sobre o mito da sustentabilidade, inventado pelas corporações para justificar o assalto que fazem à nossa ideia de natureza. Fomos, durante muito tempo, embalados com a história de que somos a humanidade. Enquanto isso – enquanto seu lobo não vem – fomos nos alienando desse organismo de que somos parte, a Terra, e passamos a pensar que ele é uma coisa e nós, outra: a Terra e a humanidade. Eu não percebo onde tem alguma coisa que não seja natureza. Tudo é natureza. O cosmos é natureza. Tudo em que eu consigo pensar é natureza.”

“É um abuso do que chamam de razão. Enquanto a humanidade está se distanciando do seu lugar, um monte de corporações espertalhonas vai tomando conta da Terra. Nós, a humanidade, vamos viver em ambientes artificiais produzidos pelas mesmas corporações que devoram florestas, montanhas e rios. Eles inventam kits superinteressantes para nos manter nesse local, alienados de tudo, e se possível tomando muito remédio.”

“Recurso natural para quem? Desenvolvimento sustentável para quê? O que é preciso sustentar?
A ideia de nós, os humanos, nos descolarmos da terra, vivendo numa abstração civilizatória, é absurda. Ela suprime a diversidade, nega a pluralidade das formas de vida, de existência e de hábitos. Oferece o mesmo cardápio, o mesmo figurino e, se possível, a mesma língua para todo mundo.”

“Sentimo-nos como se estivéssemos soltos num cosmos vazio de sentido e desresponsabilizados de uma ética que possa ser compartilhada, mas sentimos o peso dessa escolha sobre as nossas vidas. Somos alertados o tempo todo para as consequências dessas escolhas recentes que fizemos. E se pudermos dar atenção a alguma visão que escape a essa cegueira que estamos vivendo no mundo todo, talvez ela possa abrir a nossa mente para alguma cooperação entre os povos, não para salvar os outros, mas para salvar a nós mesmos.”

Outra imagem persistente ao longo da leitura foi a de Krenak como aquele menino do conto de fadas de Hans Christian Andersen, que não tem medo de gritar para todos que “o rei está nu”. E o escândalo é inevitável:

“(…) parece que a única possibilidade para que comunidades humanas continuem a existir é à custa da exaustão de todas as outras partes da vida.”

“Quando nós falamos que o nosso rio é sagrado, as pessoas dizem: ‘Isso é algum folclore deles’; quando dizemos que a montanha está mostrando que vai chover e que esse dia vai ser um dia próspero, um dia bom, eles dizem: ‘Não, uma montanha não fala nada’.
Quando despersonalizamos o rio, a montanha, quando tiramos deles os seus sentidos, considerando que isso é atributo exclusivo dos humanos, nós liberamos esses lugares para que se tornem resíduos da atividade industrial e extrativista.”

“Há muito tempo não existe alguém que pense com a liberdade do que aprendemos a chamar de cientista. Acabaram os cientistas. Toda pessoa que seja capaz de trazer uma inovação nos processos que conhecemos é capturada pela máquina de fazer coisas, da mercadoria. (…) É como se todas as descobertas estivessem condicionadas e nós desconfiássemos das descobertas, como se todas fossem trapaça.”

“O que aprendi ao longo dessas décadas é que todos precisam despertar, porque, se durante um tempo éramos nós, os povos indígenas, que estávamos ameaçados de ruptura ou da extinção dos sentidos das nossas vidas, hoje estamos todos diante da iminência de a Terra não suportar a nossa demanda.”

Essa última fala de Krenak, aliás, é complementada pelo posfácio igualmente brilhante de Eduardo Viveiros de Castro:

“Assim, aqueles povos que fomos ensinados a ver como sobrevivências de nosso passado humano – povos forçados a ‘sobreviver’ no presente em meio às ruínas de seus mundos originários – se mostram inesperadamente como imagens de nosso próprio futuro.”

“Ele falava aqui especificamente do Brasil, então sob a ameaça, depois concretizada, da chegada ao poder de um governo brutalmente ecocida e etnocida. Mas sua inquietação irônica se estende, bem entendido, de todo o chamado ‘mundo civilizado’, hoje sob a dupla e conectada ameaça de um revival fascista e de uma catástrofe ecológica global.”

Mesmo diante de tantos pavorosos desafios, contudo, não devemos e nem podemos desanimar. Quando a realidade se apresenta escassa de sentidos para a vida, devemos buscar esperança e inspiração no sonho:

“Para algumas pessoas, a ideia de sonhar é abdicar da realidade, é renunciar ao sentido prático da vida. Porém, também podemos encontrar quem não veria sentido na vida se não fosse informado por sonhos, nos quais pode buscar os cantos, a cura, a inspiração e mesmo a resolução de questões práticas que não consegue discernir, cujas escolhas não consegue fazer fora do sonho, mas que ali estão abertas como possibilidades.”

“Um outro lugar que a gente pode habitar além dessa terra dura: o lugar do sonho. Não o sonho comumente referenciado de quando se está cochilando ou que a gente banaliza (…). O sonho como experiência de pessoas iniciadas numa tradição para sonhar. Assim como quem vai para uma escola aprender uma prática, um conteúdo, uma meditação, uma dança, pode ser iniciado nessa instituição para seguir, avançar num lugar do sonho.”

“E está cheio de pequenas constelações de gente espalhada pelo mundo que dança, canta, faz chover. O tipo de humanidade zumbi que estamos sendo convocados a integrar não tolera tanto prazer, tanta fruição da vida. Então, pregam o fim do mundo como uma possibilidade de fazer a gente desistir dos nossos próprios sonhos. E a minha provocação sobre adiar o fim do mundo é exatamente sempre poder contar mais uma história. Se pudermos fazer isso, estaremos adiando o fim.”

https://comunidaderesenhasliterarias.blogspot.com/2022/08/esta-em-qualquer-profecia-que-o-mundo.html



site: https://www.facebook.com/sincronicidio
DANILÃO1505 24/08/2022minha estante
Parabéns, ótimo livro

Livro de Artista

Resenha de Artista!


Fabio Shiva 25/08/2022minha estante
Valeu!


Marlene Koch 18/09/2022minha estante
Interessante que as religiões pregam que Deus criou o mundo mas não pregam que os homens tem que preservar esse mundo. Estou do lado de adiar ou evitar o fim do mundo só que a balança do lado contrário pesa milhões de toneladas a mais.


Rosa Santana 18/01/2023minha estante
Que resenha brilhante! Assim como o livro, aliás! Estou encantada com ambos! Obrigada por sua escrita!




Lets 17/08/2021

Para te fazer refletir
Confesso que no início não estava dando muito para esse livro. Meu professor orientador de projeto me indicou a leitura e pensei que seria mais um livro acadêmico qualquer, MAS NÃO FOI NADA DISSO!
Esse livro fez a minha visão de mundo dar um 360° e ampliar de forma incrível, é uma leitura super rápida que em uma sentada você termina, mas que vale super a pena. O livro te mostra pontos de vista que vão te fazer questionar suas decisões no dia a dia e sobre como as coisas a sua volta influenciam nas suas escolhas.
Super recomendo 10/10
Aline Maia 17/08/2021minha estante
Me interessei, já peguei o ebook até ?


Thais645 17/08/2021minha estante
Parece interessante, mas seguindo as bases matemáticas (ou só de olhar para um transferidor) quando você dá uma guinada de 360 graus, você volta exatamente ao mesmo lugar onde estava?. Talvez uma guinada de 180 graus seja o que sempre queremos dizer.


Lets 17/08/2021minha estante
Sim, eu falei 360 graus no sentido de, me fez enxergarem todas as outras coisas que estavam a minha volta e que eu não estava vendo, mas voltei pro meu caminho tendo consciência do que estava ao meu redor


Thais645 17/08/2021minha estante
Entendi. Pra mim também sempre fez mais sentido, sob essa perspectiva e campo de visão. E eu usava porque acho que pode fazer sentido, dependendo do contexto, mas já usei essa expressão uma vez com um amigo e ele me lembrou de uma fofoca/treta envolvendo a Adriane Galisteu, anos atrás, porque certa vez ela usou essa expressão numa entrevista e foi mega massacrada pela imprensa, no google mesmo a gente pode ver várias artigos que saíram na época a respeito, desde então nunca mais esqueci disso.




Luciana 10/02/2020

Muito interessante, fala de coisas simples e que acabamos esquecendo devido ao rumo que a sociedade está caminhando.
Keka_ 10/02/2020minha estante
É tipo um autoajuda?


Luciana 10/02/2020minha estante
Olha tem horas que parece, é mais uma palestra que não tem profundidade suficiente para se tornar um livro. Muitas coisas soltas. De qualquer forma vale como reflexão é bem curtinho


Keka_ 10/02/2020minha estante
Ah sim! Muito obrigada pela indicação ?


Luciana 10/02/2020minha estante
De nada ?




Nayandra 13/06/2020

Diferentes, mas juntos! Somos constelações...
Escolhi a obra pelo título! Afinal, quem não tá precisando de umas "ideias para adiar o fim do mundo" em plena pandemia? Rsrs... e qual foi minha surpresa, quando encontrei na obra não só essas ideias, como a possibilidade de resgatar a conexão com a Mãe Terra e repensar minha própria humanidade! Krenak fez isso! Foi mto além do que se propôs, convidando-nos a refletir sobre o Antropoceno, o mito da sustentabilidade, as armadilhas do processo civilizatório, o desrespeito à diversidade e a necessidade de sonhar e contar histórias! Pois como diz o autor: "Nosso tempo é especialista em criar ausências: do sentido de viver em sociedade, do próprio sentido da experiência de vida [...] o tipo de humanidade zumbi que estamos sendo convocados a integrar não tolera tanto prazer, tanta fruição de vida. Então, pregam o fim do mundo como uma possibilidade de fazer a gente desistir dos nossos próprios sonhos. E a minha provocação sobre adiar o fim do mundo é exatamente sempre poder contar mais uma história." (KRENAK, 2019, p. 26-27). É ou não é de fazer arrepiar? E o livro segue assim, cheio de trechos potentes, profundos e arrebatadores! Um convite real para sairmos da zona de conforto e fazer parte desse processo coletivo de compreender a vida e nosso existir nesse mundo que "ainda" habitamos! Diferentes, mas juntos! Somos constelações!
Ander 13/06/2020minha estante
??


Nayandra 13/06/2020minha estante
????


Ander 13/06/2020minha estante
??




LariLeitão 05/06/2021

Para que eu quero descer..:
Vamos evitar esse final que afetará nossos descendentes que certamente amaremos mesmo que não cheguemos a conhecer?
lumybea 05/06/2021minha estante
esse título resume o período de 2019 até hj


LariLeitão 05/06/2021minha estante
Verdade!!! Espero que deixe de ser atual?. ?


lumybea 05/06/2021minha estante
@Lari ??




@ale_raposo 23/04/2021

Simples e sensacional.
Ideias para adiar o fim do mundo,é um compilado da palestra dada pelo autor ao auditório da UnB.
Em um livro tão curto,você encontra palavras simples,claras e contundentes sobre nós,como humanidade.
Krenak nos leva a refletir sobre o quanto estamos nos separando da natureza,o quanto acreditamos que ela seja um outro "ser",quando na verdade,é parte de nós mesmos e que sem ela,não existimos.
Ideias para adiar o fim do mundo,trata principalmente do óbvio: pare de olhar apenas para o seu umbigo! Se mexa,lute,não se deixe manipular e alienar! Os verdadeiros sábios,são nossos povos indígenas,quilombolas,populações ribeirinhas,que protegem a natureza e tentam em vão,nos ensinar lições tão importantes sobre viver em harmonia!
Nós,no auge da nossa "vã filosofia" esquecemos o básico,vibramos com o avanço das cidades,lavouras...consideramos nossos indígenas como primitivos. E assim que você ler esse livro,reflita e me diga: quem são os seres primitivos aqui?
Andressa.Carrion 24/04/2021minha estante
Adorei tua resenha, fiquei com vontade de ler esse!


@ale_raposo 24/04/2021minha estante
Ah,que fofa! Obrigada,Andressa! Lê sim,ele é incrível! Bem curtinho,simples...te faz enxergar tudo diferente,sabe?


Andressa.Carrion 24/04/2021minha estante
Shooow boa indicação.




helomtias 12/07/2023

Ideias para adiar o fim do mundo
Muito bom, com a escrita fluída e leve, Ailton Krenak é um homem muito sábio.

No livro, ele aborda sobre como retiramos a natureza no quesito "humanidade", onde contamos com ela (natureza) apenas para consumo e benefício próprio, sem pensar nas consequências dos nossos atos, sem pensar em como isso pode afetar não apenas o planeta, mas pessoas próximas que usam desses recursos expropriados para algo além de mercadoria.

Ele também aborda o fato da palavra "humanidade" se referir a um todo, ou seja, a terra + humanos, e não terra ? humanos.

Um livro maravilhoso, recomendo demais!! ??
Duda 31/08/2023minha estante
Amg q susto te encontrar aq


Duda 31/08/2023minha estante
Vou ler


Duda 31/08/2023minha estante
Achei na biblioteca




14/09/2021

Leiam.
Esse livro é emocionante de várias formas. Muito necessário.

(Primeiro de tudo: esse livro fala muito sobre a questão da Terra e de como a gente transforma tudo em mercadoria. Achei um bom gancho pra falar do movimento agroecológico. Esse movimento luta pelos indígenas, pelos quilombolas, pela reforma agrária e pelo respeito à natureza. Plantar sem veneno não é uma invenção de agora que só é acessível pra quem mora no Leblon. Plantar sem veneno é plantar como sempre se plantou, respeitando a terra, os agricultores, os consumidores e o ecossistema local.)

Krenak escolhe o título "ideias para adiar o fim do mundo" para falar sobre a relação da "humanidade" com o planeta Terra.

No livro, ele nos lembra coisas já há muito tempo esquecidas por boa parte da sociedade: ele fala que tudo é natureza. Nós somos natureza assim como a Terra é natureza. Quando a gente enxerga a Terra como qualquer outra coisa, ela perde o valor. Ela não é mais sagrada. Ela vira mercadoria e nós viramos consumidores. E onde vamos chegar com isso? Estamos no antropoceno. Acho que isso já dá uma ideia da resposta.

Krenak também questiona a tal "humanidade". Diz que ela é, na verdade, fruto de europeus que invadiram outras terras e fizeram o possível para transformá-las no que eles consideram uma boa terra, um lugar próspero onde habita parte da humanidade. Na prática, eles pegam centenas de povos diferentes com culturas diferentes e homogeneízam tudo para que caibam nos moldes da conhecida "humanidade".

É essencial que a gente leia indígenas escrevendo sobre a questão da terra. É essencial que eles tenham voz. A gente precisa escutar eles.

É um livro bem escrito que conversa com o leitor, intera ele do assunto e levanta muitas reflexões. A leitura de mundo feita por Krenak é imperdível. Leiam.
Joao 14/09/2021minha estante
Krenak é maravilhoso! Sempre aborda esse tipo de temática e com um viés que eu me identifico muito. Acho um dos grandes autores da atualidade.


15/09/2021minha estante
Primeira vez que leio ele mas já gostei muito também




Lendo no mato 13/04/2021

Seguimos tentando.
Livro pequeno com um conteúdo gigantesco.
Ailton Krenak é uma voz lúcida em meio ao turbilhão social-politico-economico-ambiental em que vivemos. Esse livro é de 2019, mas com uma atemporalidade imensa nas palavras.

Já estava na estante a um tempo e em dois dias isso foi resolvido. Livro bem importante para qualquer cidadão do Brasil e do mundo.

Afinal, adiar o fim do mundo é um trabalho constante.
Ana 13/04/2021minha estante
Indicação interessante. Vou adicionar em livros que quero ler. ?


Lendo no mato 14/04/2021minha estante
Ler e ouvir o Ailton Krenak é sempre muito bom. Acho que ele vai no roda viva na tv cultura por agora.




Laurinha 31/03/2021

Só não dou nota máxima porque achei muito curtinho ?
Achei esse livro por acaso e já quero ler os outros do autor, sempre admirei a cultura indígena e sua importância e óbvia, o livro é direto ao ponto, simplesmente essencial!
Giovanna Simões 31/03/2021minha estante
sobre oq amg?


Laurinha 31/03/2021minha estante
Ele foca na relação do ser humano com a natureza, em como a sociedade foi sendo moldada para achar que é "dona" de tudo o que existe por aqui, animais silvestres, recursos... Cada capítulo é uma releitura das palestras que ele já deu pelo mundo, recomendo!




Laiz 04/06/2020

- 88 páginas!!
- traz a perspectiva indígena sobre como é contraproducente pensar no desenvolvimento da humanidade como algo que só pode acontecer destruindo a natureza e se afastando dela
- incrívelllll
Paula Cristina 04/06/2020minha estante
Laiz também achei o livro maravilhoso. Nunca tinha lido um autor indígena e poder enxergar o desenvolvimento da sociedade a partir do olhar dele foi sensacional. Me fez refletir demais e admirar ainda mais o modo de vida indígena.


Laiz 04/06/2020minha estante
nossa, demais!! acho que ele também foi meu primeiro autor indígena e assim que possível vou ler "o amanhã não está a venda"




Lilian.Araujo 29/01/2022

Ailton Krenak é uma das maiores lideranças do movimento indígena no Brasil, é ativista, ambientalista, escritor, mineiro, originário do povo Krenak, na região do Vale do Rio Doce. Foi alfabetizado no Paraná a partir dos 17 anos, e se tornou jornalista.

Discursou de forma emblemática e emocionante na Constituinte de 1987. Suas lutas em prol dos direitos dos povos indígenas deram forte contribuição para que esses direitos ganhassem proteção específica na Constituição Federal de 1988.

As palestras de Ailton estão virando livros. São curtos, pequenos, mas riquíssimos. Ele fala da energia do cosmos, do quanto tudo está interligado, e de como a relação de dominação do homem sobre a natureza é uma relação de destruição não só de recursos, mas de tradições, de ancestralidade e da própria energia vital do mundo, revelando ainda uma relação de destruição das pluralidades e subjetividades humanas. O homem dominador foi e sempre será o colonizador que destrói em nome da homogeneidade, seja na economia ou nos costumes. O que não estamos percebendo é que isso é a nossa própria destruição.

Ailton alerta sobre como os povos originários são guardiões da sacralidade da vida, porque compreendem que somos uma teia. Ironiza a ideia de sustentabilidade como sendo um pretexto do homem para continuar degradando dando desculpas a si mesmo. Fala sobre como o nosso sistema de consumo já está colapsado. Chama a atenção para o fato de que precisamos estar em conexão com a terra e conosco mesmos. Só assim poderemos adiar o fim do mundo: quando passarmos a fruir a vida sem fazer dela mera mercadoria que precisa ter utilidade.

Para entender sobre representatividade e sobre minorias, dê visibilidade a autores que integram as minorias. A contribuição de Ailton é imprescindível nestes tempos que estamos vivenciando, em que há ameaça de relaxamento dos direitos dos povos originários, tão duramente conquistados e nunca garantidos de forma plenamente eficaz. Para saber mais, pesquise sobre o que é o marco temporal e sobre o PL 490/2007, em trâmite na Câmara.
Alê | @alexandrejjr 10/02/2022minha estante
Belíssimo texto, Lilian.


Lilian.Araujo 10/02/2022minha estante
Obrigada, Alê! Ailton é tão necessário!




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