Os ratos

Os ratos Dyonelio Machado




Resenhas - Os Ratos


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Gabs 24/03/2020

Angustiante de um jeito bom
Escrito na primeira metade do século Xx, é aquele tipo de leitura na qual você se conecta de tal forma com o personagem enquanto ele perambula pela cidade, que a angústia dele torna-se a sua.
Achei uma leitura instigante e ao mesmo tempo me senti tensa. É o tipo de sensação que eu adoro, pois me transporta à realidade do livro.
Recomendo!

Obs: a pontuação média do livro aqui no skoob quase me fez desistir dele. Não se intimidem, pois eu me surpreendi muito.
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Luciano Otaciano 13/01/2020

Livro muito bom!
Olá queridos leitores e leitoras, preparados para mais uma resenha literária. Venham comigo descobrir minhas impressões à respeito da obra.

Nesse livro de título "Os Ratos", primeiro romance de Dyonélio Machado, recebeu um dos prêmios importantes da literatura brasileira há oitenta anos. Muito legal esse fato, pois a obra é marcante e muitíssimo qualificada para tal premiação. O autor recebeu a notícia do prêmio quando estava preso, num porão de navio, à caminho do carcere no Rio de Janeiro. Era o tempo do Estado Novo, da ditadura de Vargas. Aqui "Os Ratos" mantem o mesmo frescor e força do que quando foi lançado. Frases curtas, sintéticas, tensas, uma psicologia apurada dos personagens e o centro de Porto Alegre como um personagem à parte, um labirinto por onde trafega o desesperado Naziazeno em busca dos cinco mil réis do leiteiro. A primeira de uma série de obras primas como "O Louco do Cati" e também "Desolação", Dyonelio tornou-se injustamente um autor praticamente esquecido, poucos leitores (as) o conhecem, ou já leram algum livro de sua autoria. É realmente um fato lastimável, mas infelizmente é real!
Dyonélio Machado, aquele que, com certa propriedade, é chamado de "o Kafka brasileiro"? "Os Ratos", sua obra-prima, é uma pérola esquecida da literatura brasileira, um clássico "menor" que, se justiça lhe fosse feita, deveria estar lado a lado com Machado de Assis, Lima Barreto, Raul Pompéia, Aluísio Azevedo e companhia nos livros-textos escolares.

Com tons genuinamente kafkianos, "Os Ratos" narra um dia na vida do funcionário público Naziazeno Barbosa, um cidadão comum que acorda com um sério problema: o leiteiro ameaça cortar-lhe o fornecimento de leite caso ele não pague na manhã seguinte os 53 mil réis que lhe deve. Durante todo o dia, Naziazeno, um dos mais marcantes representantes da galeria de personagens desvalidos que povoam a literatura brasileira modernista, perambula pela cidade de Porto Alegre do começo do século XX em busca de algum dinheiro para saldar a dívida. A trama se passa em aproximadamente vinte e quatro horas e descreve em detalhes as perspectivas, angústias, esperanças e desilusões do personagem durante este tempo. Recomendo a leitura! Se você não conhece Dyonélio Machado esse livro é uma excelente porta de entrada, para o leitor (a) aprofundar-se e deleitar-se em sua maravilhosa escrita e também em suas estórias.
Em resumo a obra é mais que indicada. Finalizo por aqui, espero que tenham gostado da resenha e até a próxima!
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Henrique Fendrich 10/09/2019

Um daqueles livros que li sem deixar minhas impressões à época, então registro apenas o sentimento que ele ainda me provoca. De maneira geral, eu estive bem envolvido com a história e gostei da forma como ela foi construída, não se limitando ao seu final.
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Eduarda Graciano do Nascimento 26/03/2019

Um desespero contido
Naziazeno Barbosa é funcionário público e não ganha muito. Ele é a única fonte de sustento de sua casa, onde vive com a esposa e o filho pequeno. Quando o leiteiro, certo dia, bate à sua porta e ameaça cortar o fornecimento do leite, Naziazeno inicia uma jornada pela cidade em busca do dinheiro necessário para quitar a dívida, que é só mais uma entre tantas outras.

O enredo é esse mesmo, minha gente, completamente simples e muito realista. Ainda que você não se identifique com os personagens, o livro faz refletir sobre o quão atual é essa história e quantos Naziazenos existem e passam por nós todos os dias.
Dyonélio Machado constrói uma narrativa tão básica, que parece incrível o fato de o leitor ficar tenso como se estivesse assistindo a um filme de suspense. E eu juro que é assim que você se sente, pois é muito difícil não ser dominado pela curiosidade quanto ao desfecho.
É um tanto desesperador, mas também muito agradável acompanhar a trama que se passa em apenas 24 horas e é regada de descrições de locais e personagens tão bem construídos e de reflexões e lembranças tão belamente narradas.

Eu recomendo demais a leitura desse clássico nacional que num primeiro momento parece simples, mas que é extremamente reflexivo no melhor estilo “tapa na cara”.

site: https://cafeidilico.com/blog/2019/03/resenha-do-livro-os-ratos-dyonelio-machado.html
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Adilson Simonis 24/01/2019

Quando o leiteiro não aceita mais desculpas para a dívida, a roleta mesmo com capital inicial inesperado não colabora, vemos umas ruelas de uma Porto Alegre do início do século XX, e suas gentes, trazendo a velha ideia de procurar alguma salvação. Quem sabe os trocados para o entregador do leite. Dyonelio Machado, Editora Planeta, primeira edição 1935, 207 páginas com posfácio, apresenta ratos reais e imaginários. Sem querer contar o final do livro, saibam que os mil-réis irão aparecer, de uma forma ou de outra.
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Cristiano.Vituri 08/02/2018

Os Agiotas
Sensacional, maravilhoso, mas fatidicamente realístico e infelizmente atualíssimo.
A saga de Naziazeno, no microcosmo de Porto Alegre, que na verdade pode ser o périplo de vários trabalhadores oprimidos pelo mundo todo, o que eleva o livro a algo supra regional.

Dyonelio traz a tona um Naziazeno que vem a tona em várias formas, lembrei de O Jogador de Dostoievski (a cena da roleta, é agonizantemente descrita, um primor, um sonho-pesadelo), mas me lembrou também, Pedro Páramo do Rulfo, na sua tocada, narrativa apreensiva, de quem não tem saída e solução para os problemas cotidianos e por fim, me rememorei Josef K. de o Castelo, que onde quer que vá, nunca é "recebido", uma dificuldade e uma inocência permeiam a vida e a saga de Naziazeno, que é partilhada com o livro de Kafka.

Brilhante
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Isabela 16/05/2024

Esse livro me deu uma enorme dor de cabeça TODA vez que eu lia, ele trabalha muito o lado psicológico e parece que vc vai enlouquecendo junto do personagem( provavelmente de maneira muito proposital).
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Luciano 01/06/2020

Conheci o livro por acaso. Estava jogado numa pilha de livros para doação que temos no prédio onde moro. Pesquisei rapidamente sobre a história, achei atrativa, peguei pra ler.

Dois dias depois, devolvo o livro à pilha com um sentimento de tranquilidade incrível.

A trama inteira é extremamente envolvente, estressante, angustiante. A resolução parece nunca chegar, uma tensão se apoderou de mim em cada página e, olha, como é bom ler com tantas emoções assim!

Recomendo a todos.
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Valnikson 16/01/2017

1001 Livros Brasileiros Para Ler Antes de Morrer: Os Ratos
O gaúcho Dyonelio Machado, formado em Medicina, adentrou ao meio intelectual através da militância comunista, começando a exercer a verve de escritor no suporte periódico. A especialização em psicanálise trouxe certa complexidade à sua ficção, principalmente no tocante ao engenho interior dos personagens. No marcante romance Os Ratos, percebemos esse cuidado da composição psicológica unida a um atento retrato da classe média brasileira atormentada pelos dissabores cotidianos no início do século XX. (Leia mais no link)

site: https://1001livrosbrasileirosparalerantesdemorrer.wordpress.com/2017/01/14/81-os-ratos/
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Marcelo.Patuta 29/09/2016

O dinheiro
Ratos são todos que gravitam em torno de personagem principal. Vida mesquinha...
Recomendo!
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Dani 10/03/2016

Resenha: Os Ratos, Dyonelio Machado
Naziazeno Barbosa trabalha como funcionário público da Divisão de Levantamento de Faturas. É casado e tem um filho pequeno, todo o sustendo da casa depende dele. O trabalho não traz um grande salário, portanto Naziazeno está sempre recorrendo á empréstimos e constantemente se encontra endividado.
Um grande problema surge quando o leiteiro o confronta em sua casa, deixando um ultimato a Naziazeno, apesar de este insistir muito: ou ele paga o que deve no próximo dia, ou ficará sem o abastecimento de leite.
Naziazeno, no entanto, não tem como pagar a dívida. É narrado então, nas 143 páginas, a aventura do personagem em busca do dinheiro, tentando de várias formas consegui-lo. Ele contará com a ajuda de vários conhecidos.
Então, eu estava meio incerta se deveria publicar esta resenha ou não, pois, pelo que andei observando, as pessoas ficam incrivelmente violentas quando alguém fala mal de algum livro clássico, ha. Sabe, eu adoro ler todo tipo de livro, desde auto-ajuda, biografias, até eróticos. Leio clássicos sem problema, muitos deles para a escola, mas não consigo gostar - na verdade, ainda não encontrei o clássico que eu gostasse. Sei que não é birra minha *quando leio algo por obrigação, sempre odeio*, pois este livro mesmo, peguei por vontade própria na biblioteca de minha escola, mas simplesmente não me agradou mais uma vez.
Claro que, ao contrário de outros que li, este sim deixa a curiosidade sobre se o personagem irá ou não conseguir quitar sua dívida, mas a narrativa é bem maçante. Narrado em terceira pessoa, o livro todo se passa em um dia, mas há muitos devaneios, trazendo, como mencionado na sinopse, algumas reflexões sobre a sociedade capitalista, o que é até bom, porém o autor inseriu muitas passagens um pouco dispensáveis do cotidiano durante a estória. Isso me fez perder o interesse, ter preguiça de continuar.
Enfim, é uma boa leitura para refletir certos assuntos sociais, enquanto aguarda o desfecho da estória de Naziazeno, mas não me agradou e não leria de novo.

site: http://danielabyrinth.blogspot.com.br/2015/03/resenha-os-ratos-dyonelio-machado.html
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Ana Beatriz 14/06/2015

Os Ratos
Uma história do século XX, um enredo bem desenvolvido,um tema muito interessante abordado, personagens desenvolvidos mas não foi uma história que me prendeu.

site: ultragirlandstuffblr.tumblr.com
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DIÓGENES ARAÚJO 09/01/2014

Tédio Padrão Fifa
Seria um bom livro, caso o autor fosse um bom escritor.
Uma ótima história, mas uma péssima narrativa.
O tipo de livro que chama o sono.
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Amanda Alexandr 16/11/2013

Dyonélio mostra bem nesta obra como questões de dinheiro são complicadas, como tudo é delicado e sentir vergonha é fácil. Também mostra com às vezes nos sentimos pequenos e medíocres perto de indivíduos mais emprreendedres, mais desenrolados, que ganham dinheiro tão fácil, e tem uma relação tão amiga com este que parecem quase "ladrões".

Mas outras coisas me incomodam. O livro é muito prolixo, e as 200 páginas poderiam ser 70 facilmente, sem prejuízo do tom da obra, em mãos de outro autor, além do uso de expressões idiomáticas regionais complicou um pouco (o que não é propriamente um defeito, mas dificultou a leitura para mim).

O final pode parecer anticlimático para alguns, mas o interessante é notar que o maior problema, o problema oculto, escondido durante a trama nunca se resolve, a despeito do que um leitura superficial possa sugerir.
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