Tiago 24/04/2024
Quanto mais velho o barril, melhor o vinho. Será mesmo?
Sendo sincero, foi uma leitura sensacional, com uma reviravolta não tão inesperada, mas surpreendente, e com um enredo super interessante, (A vida da "alta sociedade" do Rio de Janeiro Imperial), só que é o tipo de livro que não dá pra engolir em uma tarde. O livro é pequeno, mas até a metade da história, ele passa beeeeeeem lentamente, o vocabulário é muito requintado e tem muitas expressões antigas, que as vezes confundem o leitor e atrasa um pouco a leitura, que acaba por quebrar o ritmo dessa história envolvente sobre o "amor" entre Lúcia e Paulo.
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Durante o livro a gente tem diversos momentos em que o machismo se encarna em Paulo, um reflexo da sociedade em que estava inserido, e mesmo assim, com toda essa "loucura", Paulo é o único que vê em Lúcia uma alma pura, e mesmo contra a própria vontade acaba sedendo ao solo fértil do amor.
O mesmo acontece com Lúcia que se entrega por completo a paixão. O mais doido disso tudo é que enquanto você lê, você percebe que os dois estão apaixonados, mas não conseguem admitir um ao outro, uma por ter vergonha ou medo de perder o homem que lhe dá prazer de viver, e o outro por ter medo de perder sua honra social, e por causa disso, os dois desfrutam muito pouco desse amor.
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Diria que o livro é bom, mas é cansativo. Recomendo para aqueles que buscam uma história doida de amor, e que queiram entender as características do romantismo, que estão bem presentes na idealização da imagem de Lucíola no livro. É isso