isa gusmão 11/05/2021redefiniu meu conceito de horrível1.5 estrelas. bom, o que eu não gostei desse livro? mais fácil eu dizer o que eu gostei: quando acabou.
começou ruim e no final parecia que tava no começo. a luta que foi conseguir terminar esse livro não tem palavras. vou fazer uma lista (não exaustiva) de tudo que não gostei
a mitologia é mal construída - se você lê quatro livros de uma série e não entende nada de como o sistema de magia/poderes funciona, a culpa é da autora. libba bray criava poderes e novas regras pro funcionamento da mitologia criada a torto e a direito, sem qualquer concordância.
é um livro essencialmente preguiçoso. mal desenvolvido, não consegue engatar nenhuma linha de enredo e 2/3 da história são personagens tentando chegar em um lugar específico que nem é importante pra história. os eventos são completamente tediosos e não contribuem para o desenvolvimento do plot final, e não seguem uma linha coerente de desenvolvimento.
os personagens intragáveis também pioram o livro. é possível ter uma série com cerca de dez povs e não gostar de nenhum? libba bray prova que sim. durante quatro livros, NENHUM personagem teve arco de crescimento. eles são inteiramente planos, sem profundidade ou mudança. especialmente evie, que é insuportável desde o primeiro livro e não muda em nada até o final do quarto livro.
burros fazendo burrices. esse livro me ofendeu enquanto leitora. a autora realmente achou que eu ia engolir esse plot fraco baseado na falta de comunicação entre os núcleos de personagens e na tomada de decisões burras e inacreditáveis? o memphis procurado como maior criminoso do país manda cartas com o endereço de retorno... isaiah tendo os mesmos conflitos internos desde o primeiro livro que só resultam em burrada... evie sendo avisada para não ir atrás da mabel e indo atrás da mabel...
militância vazia. eu prefiria assistir um jogral do movimento zoada. a autora pega pautas super relevantes e transforma em um monólogo de lacração social justice warrior. ok, libba bray, a gente entendeu que tu é desconstruidona poeta anti-establishment revoltada online. questionamentos rasos realizados por qualquer pessoa no ensino fundamental são transmitidos no livro como se fossem grandes realizações morais e sociais. não são.
tudo é conveniente. as grandes crises se resolvem em cinco linhas por alguma grande conveniência que fez miraculosamente tudo dar certo. todos os problemas obstrutores do andamento da história se desvelam em um piscar de olhos sem nenhuma razão. as linhas de enredo só servem porque a preguiçosa da autora não quis trabalhar a própria história. o que foi a tentativa de estupro da evie pelo jericho no livro passado que só serviu pra desfazer o triângulo amoroso? e a PTSD do sam que de uma página pra outra desapareceu? e eles demoraram semanas na estrada pra bountiful, mas quando mudam a destinação pra gideon todos eles pegam um trem e chegam em 1 dia...
as relações românticas. além do instalove horrível e dos casais sem química, ainda tivemos que lidar com evie noiva do sam falando pro jericho que em um universo paralelo eles tariam juntos e com filhos. lixo humano. o jericho todo transtornado pela evie por três livros e depois esquece a paixão com o primeiro rabo de saia aleatório que aparece. ling e alma sem nenhuma química, e não vou nem falar da problemática da sarah beth olson pcd e adolescente dando em cima do isaiah que tem dez anos de idade. bizarro.
enfim, a autora, provavelmente uma poeta frustrada que se sente a rainha da militância, escreveu um livro ruim, com uma prosa vazia e enfadonha, que me fez preterir a leitura pra ir fazer simulado da oab. daí da pra tirar o nível de ruindade. meu recado é: fujam dessa série!!!