Anna Kariênina

Anna Kariênina Leon Tolstói




Resenhas - Anna Karenina


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Sara 29/09/2021

Demorei uns 20 dias para terminar esse calhamaço, mas gostaria de ter demorado mais, para poder aproveitar com mais carinho essa história perfeita. É o tipo de livro que espero esquecer logo para poder ter o prazer da releitura. A capacidade do Tolstói de descrever detalhes minuciosos foge do normal, a densidade dada a cada personagem é perfeita e o ritmo da trama me pegou de jeito. Vou sentir até saudade de ter como companhia os dramas filosóficos de Levine e os ataques de ciúmes da Ana
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Gustavo 24/03/2020

Você está satisfeito com a sua vida?
Anna Kariênina é o meu segundo contato com a obra de Liév Tolstói - o primeiro contato se deu com a novela A morte de Ivan Ilitch. Propus-me a ler Anna Kariênina por dois motivos: (1) para mergulhar mais a fundo na obra de Tolstói, deste autor tão reverenciado e influente, principalmente por conta da marcante primeira impressão que Ivan Ilitch deixou em mim; e (2) por ter me deparado com um princípio homônimo (creio que filosófico ou estatístico) baseado na frase de abertura do romance, o qual me deixou, por óbvio, muito curioso acerca da temática do livro.

Nesse sentido, a trama de Anna Kariênina basicamente gira em torno de problemas familiares e conjugais, muitos dos quais são, antes, consequência de problemas internos dos próprios personagens. Entretanto, eu diria que não existe uma trama propriamente dita, mas apenas um encadeamento natural de eventos; ou pelo menos é esta a aparência que o livro dá, muito pelo mérito da prosa de Tolstói. A narrativa se preocupará, portanto, em acompanhar a vida dos personagens e os reflexos de suas decisões, instigando-nos a curiosidade na medida em que imaginamos como suas vidas se modificarão com cada escolha e situação.

Por falar nos personagens, é interessante como Tolstói preserva-lhes a singularidade em meio a um elenco tão grande. Cada personagem tem suas características, comportamentos e modos de pensar próprios que os distinguem dos demais. O leitor facilmente encontrará personagens com os quais irá simpatizar e outros com os quais nutrirá uma antipatia; mas como tratarei mais adiante, é bem possível que acabe, ao final, mudando a sua opinião acerca de cada um deles.

Muito se fala em dualidade quando se analisa esta obra e, de fato, ela está bastante presente em toda a narrativa, a começar pela memorável frase de abertura: "Todas as famílias felizes se parecem, cada família infeliz é infeliz à sua maneira." Alguns exemplos de dualidade contidos no livro: cidade e campo; homens práticos e homens teóricos; aristocratas e plebeus; casamentos felizes e casamentos infelizes; fidelidade e adultério; amor e ódio. Todos esses elementos dualísticos são representados pelos próprios personagens e o mais interessante é observar, como explicitado acima, a modificação do modo de ser de um personagem de uma ideia para outra, por assim dizer. Tomemos como exemplo Anna. No início ela representa uma mulher autoconfiante, autossuficiente e equilibrada. Entretanto, com o passar do tempo - e em decorrência de suas escolhas -, ela acaba se transformando em uma mulher muito insegura, emocionalmente dependente e psicologicamente desequilibrada. O mesmo se passa com Liévin, mas em sentido contrário. De início ele é muito inseguro, cético e passivo, mas com o desenrolar dos acontecimentos, com as escolhas que faz e com os pensamentos que passa a adotar, Liévin se transforma em um homem muito mais seguro de si, que toma atitudes mais proativas e que passa a ter algo no que acreditar, libertando-se da sua crise existencial que por muito tempo o atemorizava.

Anna e Liévin, por serem os protagonistas desta história, são os que mais sofrem mudanças, mas outros personagens também mudam drasticamente, como Alekséi e Kitty. Contudo, alguns personagens não mudam de forma alguma, mesmo quando a oportunidade afigura-se diante deles. Um exemplo seria o casal Oblónski composto por Stiépan e Dolly. Os dois se defrontam com situações que poderiam mudar por completo as suas vidas, mas eles acabam não abraçando a oportunidade de mudança. Dolly se contenta em preservar a sua vida tal como ela está mesmo depois de descobrir que o seu marido estava tendo um caso com uma de suas empregadas e mesmo depois de contemplar seguir uma vida "libertina" como a de Anna. Stiépan, por sua vez, arrepende-se do adultério (ou melhor, de não ter dissimulado melhor sua resposta quando confrontado sobre isso), mas continua mergulhando em relações extraconjugais; talvez muito em razão da condescendência de Dolly, mas isso é objeto de outra análise (o que eu já complemento argumentando que sua condescendência é produto da reflexão que ela teve com base nas impressões da vida de Anna após o adultério, ao que Dolly julgou ser uma vida muito infeliz; e que para ela, Dolly, bastava ocupar-se da criação dos filhos para derivar a sua felicidade).

Eu pretendia apontar aqui quais são os meus personagens favoritos, mas depois de muito refletir cheguei à conclusão de que todos os personagens são igualmente fascinantes para mim, justamente por todo o exposto acima; muito pelo mérito de Tolstói na construção de personagens tão singulares, cativantes e, acima de tudo, humanos. Pois é justamente a humanidade dos personagens de Anna Kariênina o que mais me cativou e também toda esta reflexão acerca da condição humana que a obra me proporcionou:

Na busca pela satisfação, muitos mudam suas vidas por completo. Alguns acabam almejando a satisfação, enquanto outros acabam se distanciando ainda mais dela. Por outro lado, alguns sequer buscam a satisfação, pois já se sentem satisfeitos, seja para o bem ou para o mal, deles próprios ou dos outros.

Qualquer livro que trata de temas tão complexos da condição humana de uma forma tão envolvente, peculiar e relativamente simples é leitura obrigatória na minha opinião; e Anna Kariênina é um desses livros.

Recomendadíssimo a todos os leitores!
Erika 25/03/2020minha estante
AK é incrível! Depois que você entra em contato com Tolstói, quer ler tudo desse senhorzinho!


Ari Phanie 25/03/2020minha estante
Ótimo resenha! Adorei teus pontos de vista.


Gustavo 26/03/2020minha estante
Realmente, Erika! Quero muito ler tudo dele, principalmente os contos. Pelo o que ouvi falar é nos contos que ele mais se destacou.

E obrigado, Ari! Que bom que gostou! Acabei de ler a sua resenha (muito boa, aliás) e gostei de ver os pontos comuns entre nossas impressões e principalmente os aspectos que passaram despercebidos por mim.


Erika 27/03/2020minha estante
Gustavo, já li os dois primeiros volumes dos Contos Completos, na edição da Cosac. Gostei bastante! Mas prefiro os romances! Guerra e Paz, e Ressurreição também são maravilhosos!




Lu Couto 21/05/2020

O poder de uma releitura...
Sempre gostei de reler livros. Alguns releio para revisitar uma história já conhecida e amada. Outros, como foi o caso de Anna Kariênina, releio porque sinto que deixei passar coisas importantes na primeira leitura.
Quando li Anna Kariênina pela primeira vez, senti que tinha nas mãos algo grandioso. Porém minha ansiedade para chegar logo ao final me fez ler com pressa, tomando muitas partes como boas, mas muitas outras como monótonas. O final, que é extremamente impactante e também reflexivo, me fez fechar o livro com aquela sensação de: esse livro foi muito bom, pena que não aproveitei o bastante. E daí surgiu minha vontade de reler a obra, o que veio a se concretizar agora, pouco mais de um ano depois.
Nessa releitura, sorri, me apaixonei, tive raiva, saboreei cada segundo, aproveitei cada parágrafo, refleti, me desafiei a entender coisas que antes não havia entendido (e que agora me tocaram profundamente) e, sobretudo, aprendi. É assim que tenho certeza que as palavras são capazes de fazer mágica e por isso amo tanto os livros.
Sempre tive certo receio de fazer resenhas. Pensava (e ainda penso) que beira o impossível traduzir em palavras todos os inúmeros pensamentos e sentimentos que uma leitura nos proporciona. Mas dessa vez não me contive e senti a necessidade de extrapolar minhas sensações nesse pequeno texto, não coube tudo em mim!
Mas, no fim das contas, isso não é uma resenha. É apenas o conjunto de alguns dos meus sentimentos. E um conselho: façam um favor a vocês mesmos e leiam esse livro (mas leiam com calma Rs).
Fecho com uma das minhas frases favoritas:
? - Penso - respondeu Anna, brincando com a luva que despira -, penso... se há tantas cabeças quantas são as maneiras de pensar, há de haver tantos tipos de amor quantos são os corações. ?
Duda 22/05/2020minha estante
Aiiii, amei!!!!!! Vou ler, pronto!!!


Lu Couto 22/05/2020minha estante
Acho de verdade que você vai gostar Duda!!




Paulinha 11/08/2023

Um livro de fofoca das boas! Haha
Esse livro é simplesmente incrível, mal tenho palavras para descrever o quanto ele é maravilhoso.
Anna Kariênina tem dois personagens principais, ela mesma e Liévin. Meu personagem favorito de todos disparado é o Liévin, maravilhoso.
Não gostei tanto do núcleo de Anna, embora todos a descrevessem como uma mulher linda, de caráter impecável, não achei nada disso dela. A considero manipuladora, obsessiva, mesquinha e vingativa. O núcleo do Liévin é o melhor, divertido, reflexivo. Liévin é sincero, se não gosta ou não concorda com algo diz logo, não fica de lenga-lenga.
A história é muito atual, é impressionante como é possível vc se identificar com os dramas vividos por cada personagem. Tolstói trata de temas tão modernos, que ainda hoje são delicados, como o fato de uma mulher querer ou não ter filhos, ou um pai/mãe que demora para amar seu próprio filho. As questões religiosas que afligiam o autor são colocadas todas à mesa. Liévin é o próprio Tolstói dentro do livro.
Os personagens são reais, todos tem seus defeitos e qualidades, poderia ser facilmente a história de algum conhecido nosso.
Melhor leitura do ano com certeza. Não é à toa que Anna Kariênina é um clássico, e que clássico.

Obs.: quando chamo o livro de "fofoca" é porque sabemos dos pormenores da vida de todos os personagens e ficamos comentando sobre eles, assim como fazemos com fofoca mesmo. Haha
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tha_altieri 30/10/2023

Parece chato, mas juro que não é!
Li esse livro praticamente por obrigação, para fazer um trabalho escolar quando ainda estava no ensino médio. E mesmo assim me envolvi MUITO com a história, muitos criticam a personalidade da protagonista mas para mim ela é um grande símbolo de liberdade.
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ju azevedo 30/05/2021minha estante
HAHHAHAHA que resenha maravilhosa!!!


Carolina.Gomes 30/05/2021minha estante
Nossa! Eu amo esse livro! Um dos favoritos da vida.


kiki.marino 31/05/2021minha estante
Brilhante resenha




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Julia 15/06/2022

Maravilhoso!! com certeza uma obra prima de Tolstói!
''Há de haver tantas maneiras de amar quanto os corações.''

A complexidade com que Tolstói desenha a Rússia czarista é impressionante. Desde as relações sociais, as questões políticas, religiosas e filosóficas permeadas por um trágico romance e suas consequências, tudo nesse romance é maravilhoso!

Se por um lado temos Anna Kariênina, uma aristocrata que desenvolve um caso extraconjugal com o conde Vrónski, e acaba por sofrer todos os dissabores ao escolher viver esse amor proibido, por outro, não menos importante, temos Liévin, proprietário de terras, que se apaixona por Kitty, e ganha destaque na trama, na sua incessante busca não apenas por amor, mas pelo sentido da vida, que rende diálogos bem interessantes a personagem, principalmente sobre questões existenciais e religiosas.

É difícil descrever a sensação de terminar uma leitura tão rica e profunda, em que as personagens aproximam – se tanto da realidade, que parecem existir com todas as suas imperfeições e ambiguidades. Trata – se de uma obra prima que merece o destaque que tem, um dos melhores romances de todos os tempos com toda certeza!

DANILÃO1505 12/08/2022minha estante
Parabéns, ótimo livro

Livro de Artista

Resenha de Artista!




salvatore5 14/05/2022

"eu sempre amei você, e quando você ama alguém, você ama a pessoa inteira, exatamente como ela é, e não como você gostaria que ela fosse."
bibliotecAria.burr 14/05/2022minha estante
Quero muito ler esse livro!!




Nayany 27/11/2021

"Como num jogo de gato e rato, os braços que se levantavam para dar passagem a Vrónski imediatamente baixavam na frente de Anna."

O peso da escolha de Anna foi mto maior e isso tem nome. Uma personagem bem complexa, ora tinha pena ora tinha raiva e no fim foi impossível não ter empatia por ela.

E Liévin com seus conflitos internos, o rumo dos capítulos eram totalmente inesperados.Poderia começar falando sobre a agricultura, entrava um pouco sobre política, escalava sobre as condições que os Mujiques viviam e 10 linhas depois entrava em uma crise existencial.

O interessante dessa obra é que ela vai moldar de acordo o leitor. Tolstói expõe contextos e pontos de vistas e vc vai julgar/interpretar de acordo com suas convicções.

Inesquecível!
Caio 27/11/2021minha estante
Caramba. Parece ser incrível.


Raquel 28/11/2021minha estante
Preciso ler logo este livro?




Rafael.Augusto 09/07/2023

Tolstói tem um entendimento complexo da essência humana! Na primeira leitura desse livro, eu achei que não teria graça porque havia ouvido um spoiler, mesmo assim foi um dos livros mais fantásticos e impressionantes da vida. Nessa releitura não foi diferente, pelo contrário, pude ter um novo panorama de acordo com meu eu atual. Super recomendo Anna Kariênina! Para mim, é um daqueles livros que temos que não podemos passar uma existência sem conhecer.
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Amy 03/01/2022

Foi meu primeiro contato com o Tostói e a escrita é surpreendentemente fluida e gostosa. Apesar de ter lido há um tempo sempre me pego pensando nesse livro. A princípio, não tinha gostado tanto porque a Anna é uma personagem detestável. Eu sentia muita raiva dela, de seu egoísmo, imaturidade e atitudes (especialmente como mãe). Porém, o livro em si me agradou muito. É um grande novelão, passa voando e mostra um lado diferente da sociedade russa que estamos acostumados a ver
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Tita de la Garza 27/06/2011

Todos os dramas são um drama de família!
Todas as famílias felizes se parecem, mas cada família infeliz é infeliz a sua maneira.

A frase que abre o livro resume com perfeição a obra. Anna Karienina é um livro sobre famílias felizes e infelizes. As causas da infelicidade podem ser muitas: traições, brigas, falta de dinheiro, doença, ciúme, superficialidade de sentimentos, necessidade de manter aparências... É fácil fazer uma família infeliz. Já a felicidade exige empenho, e podemos acompanhar como personagens apaixonantes precisam aprender sobre o mundo e, principalmente, sobre si mesmos, para encontrar a felicidade e a harmonia.

A família feliz do livro nos mostra que alcançar esse estágio exige uma jornada. Se eles tivessem começado a sua família no ínicio da história, provavelmente teriam fracassado. Eles tiveram que amadurecer primeiro, saber o que queriam pra si e o quanto podiam doar pro outro, e só então estavam prontos para essa nova fase da vida.

*** SPOILERS E OPINIÕES PESSOAIS ***

Não gosto quando comparam Anna Karenina a Madame Bovary, Dom Casmurro e O Primo Basílio. Embora os quatro livros falem sobre traição feminina, Anna, Emma, Capitu e Luísa são diferentes.
Emma Bovary trai por tédio, Luísa, porque quer saber o que perdeu, e Capitu, bom, jamais saberemos. Anna é a única que se entrega ao verdadeiro amor. A única que larga tudo para vivê-lo também.

E Anna e Vronsky pagam um preço alto por esse amor. Pagam o preço do isolamento, do preconceito, da hipocrisia. A sociedade que aceita abertamente as traições do irmão de Anna, não perdoa uma mulher que se entrega à paixão.

E a sociedade hipócrita é tão poderosa que por fim, consegue quebrar um amor verdadeiro. Excluída da sociedade e impedida de ver o filho, Anna se torna reclusa, depressiva e ciumenta. Vronsky sente falta da vida que tinha antes, e mais falta ainda da mulher por quem se apaixonou um dia, e que já não existe.

O fim é trágico, é claro. Uma mulher transgressora não pode ser feliz. Mas não pode porque zomba da lei dos homens e deus ou porque os que não tem a mesma coragem estarão prontos para apedrejar e destruir? E ainda, se Anna tivesse resistido a Vronsky, teria tido um final feliz? Uma mulher presa a um casamento falido, sufocando o amor que sentia, dançando a dança das aparências como uma marionete sem vida, seria menos trágico ou mais trágico? Talvez a tragédia de Anna não fosse ter uma atitude transgressora, mas antes, um coração transgressor, que acabaria por lhe trazer a infelicidade independentemente de suas ações.

Além de Anna e Vronsky, temos vários outros personagens, cada um com sua trama, seus problemas, seus pensamentos. É como uma novela, onde cada personagem vai aparecendo de vez em quando, vivendo sua própria história, e acabam por criar um panorama abrangente da Rússia czarista. Porém esses personagens poderiam realmente fazer parte de uma novela atual. Seus dramas são atemporais, e o leitor certamente se identificará com alguns deles, pois há todo tipo de problema e todo tipo de pessoa nessa história.

O leitor desatento poderá achar um pouco chato ler sobre as questões agrárias, militares ou outros diálogos filosóficos que aparecem no texto. Mas se tirar alguns minutos pra pensar sobre eles, verá que estes ainda são pertinentes, pois as relações patrão-empregado, a relação do homem com a natureza, as desigualdades sociais, as intervenções militares, continuam sendo debatidas hoje em dia, e cada vez mais.

Há quem defenda que a grande lição do livro é que ninguém pode criar sua felicidade sobre a dor de outrem. Mas acredito que não há uma lição a ser aprendida, ou talvez haja uma infinidade delas. Há toda uma sociedade retratada no livro, e para cada personagem, assim como para cada leitor, há uma lição. Ou não!
Laryssa Costa 16/07/2013minha estante
Eu estava realmente querendo saber a opinião forte de alguém e você me fez querer mais do que antes, ler esse livro. Já assisti o filme, pelo qual eu simplesmente me apaixonei. E eu fiquei tão feliz quando você falou que ela não tem nada a ver com a Emma a Luísa e a Capitu, porque bem, nem se comparam a ela. O amor pelo qual ela tinha pelo Vronsky era da alma, tão profundo que abandonou o que ela tinha certeza (futuro, filho, dama certa da sociedade) por ele. As circunstancias fazem as pessoas mudarem, Anna não fez isso sozinha, Anna estava maravilhosamente bem se não fosse a hipocrisia da sociedade pelo qual ela era rodeada.


Tita de la Garza 19/07/2013minha estante
Que bom que tenha gostado da resenha.
Recomendo que leia o livro o quanto antes!!
Eu matei a leitura em duas semanas, apesar do tamanho do livro, pois o texto é fluido e envolvente.
Está entre os 5 melhores livros que já li na vida, junto com O Morro dos Ventos Uivantes (meu favorito), até batizei meu cachorro de Mitia, por causa do bebê da Kitty :)




Concha Literária 31/10/2020

O maior romance da Literatura
Na verdade, não sei se é o maior, mas se me perguntassem o que acho, responderia que sim. História complexa, profunda, atinge de forma completa todas as esferas que pretende. Anna é sublime. Odiamos e amamos ao mesmo tempo. Cada personagem é tão denso que poderiam ser pessoas reais descritas em todas as suas características, de tantos detalhes que há na obra. Todo tipo de assunto é abordado, e temos um panorama complexo da época. Tolstói é sublime. Leiam (com tempo).
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Dan 12/06/2021

Literalmente perfeito
"Todas as famílias felizes se parecem, cada família infeliz é infeliz à sua maneira."
Com essa frase se inicia o livro mais bem escrito que eu já li, tudo, desde a estrutura da narrativa até a construção dos personagens, é perfeito.
O livro trata de questão conjugal e infidelidade, principalmente (a diferença entre diversos tipos de casais, desde aqueles que são casados há anos até jovens recém casados e como a sociedade trata de forma bem diferente homens e mulheres infiéis) mas trata também dos mais diversos temas, como, filosofia, política, amizade, saúde mental e diversos outros.
Os personagens são os mais bem escritos e reais que eu li até então, todos tem qualidades e defeitos incrivelmente humanos, realmente passeamos entre amar e odiar os personagens em diversos momentos da história.
A escrita em si e a estrutura da narrativa se complementam de uma forma que eu nunca tinha visto, enquanto a escrita tem repetições de palavras em diversos trechos a própria história tem diversos paralelos também, nota-se o quanto essa história foi bem planejada.
E meu último ponto é que eu recomendo a leitura desse livro após a leitura de Guerra e Paz, é bem interessante notar a evolução do Tolstói como escritor e como pessoa também, ele expõe ideias bem mais progressistas nesse livro.
Enfim, o livro é genial mesmo e todo mundo deveria ler.
Daniele 13/06/2021minha estante
preciso leeerr. socorro, muito livro pra pouca pessoa, haja tempo


Dan 14/06/2021minha estante
Nossa sim, uma vida é muito pouco tempo pra ler tudo de bom viu




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