Ensaio sobre a lucidez

Ensaio sobre a lucidez José Saramago




Resenhas - Ensaio sobre a Lucidez


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Debs @DeboraMaryn 04/12/2022

De início, mais cansativo que O Ensaio sobre a cegueira, mas incrível em sua crítica. Eu fiquei realmente arrasada com o final. Saramago foi um escritor realmente genial.
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leitorasedentaria 04/12/2022

Bom...
Esse livro é bom e tals mas acho que não entendi mt bem a história por conta de não ter livro o primeiro livro " Ensaio sobre a cegueira"
Uma das coisas que gostei apesar de não ter lido o primeiro livro foi a escrita do autor.
Saramago tem uma escrita única, é uma caraterística dele que não se encontra em mais ninguém e é uma das coisas que me faz amar mais o Saramago.
To indo ler Ensaio sobre a cegueira agora ?
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Vênus_Alice 29/11/2022

Ensaio sobre a lucidez
"Nascemos e nesse momento parece que firmamos um pacto para toda a vida, mas o dia pode chegar em que nos perguntamos Quem assinou isto por mim."

Uma sequência de Ensaio sobre a Cegueira, onde se passa quatro anos e uma eleição está em curso, mas o que os políticos não contavam era com praticamente toda a parcela da população votasse em branco.

Há o grande descontentamento e o terror dos políticos e da polícia de perder o poder.
O que vão fazer?
Abusar do poder enquanto tem, perseguir e achar um culpado.
Sempre alienando a população.

"Talvez antes de ti, o seu corpo já soubesse que vão te matar."
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GioMAS 22/11/2022

Comunista, ateu e jornalista.
A obra de Saramago tem por base suas convicções políticas.

A ficção desenvolve um paralelo com a cegueira branca ocorrida há cerca de quatro anos. O foco da narrativa, ao contrário do livro precedente, é a atuação do Estado para conter uma suposta calamidade pública que, em verdade, nada mais é do que a pura e simples manifestação de um direito assegurado pelo Estado Democrático. O direito de votar em branco.

Nessa pegada, com ares de opressão e tensão social, Saramago crítica a democracia, as instituições e, principalmente, o Estado, enquanto ferramenta de controle, censura e violência.

Há de fato liberdade na democracia representativa?

A intertextualidade, metalinguagem e as metáforas seguem firmes nessa obra. Queria eu conseguir identificar todas as referências.

A construção da figura da heroína de "Ensaio sobre a Cegueira" é consagrada neste livro.
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Ludmila 15/10/2022

Impossível não amar o Saramago! E esse foi um livro extremamente apropriado para a época em que estamos vivendo! Uma dica: se for possível ler o "ensaio sobre a cegueira" antes é muito melhor. Essa história acontece 4 anos após a "cegueira branca" e alguns personagens aparecem aqui tbm.
Maria Luiza 15/10/2022minha estante
"O grande problema do nosso sistema democrático é que permite fazer coisas nada democráticas democraticamente." Esse livro para mim é uma obra prima! O final até hoje aperta o meu coração.




Lucas Lobo 14/10/2022

O voto é secreto ?
José Saramago sabe bem como fazer uma bela crítica social através dos seus livros.

Segunda obra que leio dele e gostei bastante.
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Ramon.Amorim 15/09/2022

Quando nascemos, quando entramos neste mundo, é como se firmássemos um pacto para toda a vida, mas pode acontecer que um dia tenhamos de nos perguntar: "Quem assinou isto por mim"?
Na mesma capital de Ensaio sobre a Cegueira, quatro anos depois de os citadinos terem cegado sem qualquer explicação, um novo fenômeno acomete os moradores. Ensaio sobre a lucidez começa em uma seção eleitoral num domingo em que a população parece recusar ir às urnas. Na manhã chuvosa, poucas pessoas resolvem sair de casa para votar. Apenas às 16 horas, como se um alarme tivesse despertado a população, homens e mulheres vão às seções para escolher seus representantes. O resultado das urnas, contudo, é surpreendente: os votos válidos não chegam a 25%; mais de 70% da população votou em branco.

No domingo seguinte, um novo pleito, mas o resultado é o mesmo: a maioria da população novamente votou em branco. Apesar de todas as artimanhas do governo para desvendar o que julga existir de complô por trás de tamanha rebeldia dos eleitores, não consegue identificar autoria alguma. A população parece mesmo agir de forma coordenada, mas não há reuniões, propaganda, liderança, nada que permita identificar alguma coletividade por trás do que está acontecendo.

Entre iniciativas e contra-iniciativas de parte a parte (governo e o povo), Saramago cria cenas belíssimas envolvendo o que constituiria a "lucidez" política das pessoas. Registro ao menos quatro grandes momentos deste livros que estão, com certeza, entre as melhores cenas que já li de Saramago e que constituem um verdadeiro monumento artístico de crítica ao sistema político.

Na parte final do livro temos o retorno dos personagens de Ensaio sobre a cegueira (o médico, a mulher do médico, a mulher da venda preta e o cego, o primeiro cego e sua esposa) e é quando os acontecimentos dos dois livros se encontram.

O campo político precisa desenvolver estratégias para sua própria sobrevivência. Ensaio sobre a lucidez expõe cruamente o que há de longínquo entre a gente comum e a política, mas também, impiedosamente, como as pessoas, na vida real, estão a anos-luz de alguma inteligência política que se possa chamar minimamente de razoável.
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Bárbara Matsuda 12/09/2022

“Ensaio sobre a Lucidez” de José Saramago:

A capital, em época de eleições, em duas tentativas acabam com o mesmo resultado: Entre os partidos de direita, esquerda e do meio, o que vence é a porcentagem altíssima de votos em branco.
A indignação cívica que seria o motivo mais óbvio, na realidade não se mostra entre os cidadãos; ao contrário, só se percebe apatia e o niilismo geral.

O ministério então entra em Estado de Sítio: Abandonam a capital, deixando-a sem leis, mas não sem vigilância; como modo de punir os “brancosos”, nome para segregar aqueles que votaram em branco.
E mesmo os poucos que votaram nos partidos, se vêm na mesma situação, afinal de contas, é uma democracia. O governo entra em investigação para achar o inimigo invisível de tal movimento que ameaça o sistema e a ordem, fazendo de tudo para torcer os fatos ao seu favor e criar a própria “verdade”.

Saramago é cirúrgico demais. O estilo de escrita, de ritmo próprio, com poucas pausas e diálogos inteligentes, elegantes, sensíveis e humanos que tomam a cabeça do leitor.

“Ensaio sobre a lucidez” tem o mesmo cenário de “Ensaio sobre a cegueira”, os personagens e os eventos vão se interligando, nos mostrando mais uma vez uma lucidez tão clara e evidente, que preferimos continuar cegos.
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Procyon 03/09/2022

O espaço arbitrário saramaguiano
A obra do escritor português José Saramago compõe um bojo de peculiaridades estilísticas, dentre elas estão uma enormidade de temáticas além da apresentação de tramas insólitas, em que a representação alegórica normalmente se traduz numa leitura crítica da sociedade contemporânea e dos impasses que a atingem. Em seu benemérito romance ?Ensaio Sobre a Cegueira? (1995), o autor, a partir do evento epidêmico avassalador, levava a uma profunda reflexão da fragilidade das relações humanas e da institucionalização do poder em tempos modernos. Já em ?Ensaio Sobre a Lucidez? (2004), Saramago problematiza os moldes da democracia participativa indireta. Na obra, retrata-se uma nova epidemia, que se alastra pela sociedade não através de uma cegueira branca, mas do voto em branco, que inunda as sessões eleitorais de uma cidade fictícia, gerando ações autoritárias e violentas por parte do poder público.

Pela própria estrutura paralelística do título, o romance mantém vínculos com a obra anteriormente citada. Dessa forma, Saramago também retoma personagens e situações, revisitando algumas questões sociais abordadas através recursos paralelísticos. Nele, o autor tece severas críticas ao estado democrático contemporâneo, captando novamente uma alegoria da fragilidade dos trâmites democráticos, do sistema político e das instituições.

Saramago parece pontuar que a democracia praticada atualmente pelos governantes funciona mais como um discurso dissimulador do que como uma forma política que atenda aos anseios da população. Assim, busca-se, revelar as bases ideológicas e os interesses políticos existentes detrás de grupos governamentais para os quais a democracia não passa de um subterfúgio. O espaço ficcional do romance fragmenta o enredo em duas partes. Na primeira, a narrativa trata dos macroespaços (como a capital e as demais regiões que a cercam). Na segunda, o narrador enfoca espaços de maneira mais intimista (como a moradia dos investigadores e dos investigados), envolvendo essas relações dialéticas de ordem e subversão por meio do estabelecimento do jogo entre espaços internos e externos.

[Continua nos comentários]
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dani ð 25/08/2022

não é só quando não temos olhos que não sabemos aonde vamos
um livro perfeito, com um final triste porém perfeitamente real. a mensagem está dada: o governo e suas instituições são incapazes de repensar-se enquanto instâncias de representação; são extremamente eficiente em mobilizar a opinião pública e criar bodes expiatórios; e como pode ser mortalmente perigoso se opor a tudo isso

Saramago é foda demais.
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Pedro 16/08/2022

Podia ser melhor
Até aqui, o mais fraco do Saramago que li. O plot ainda que interessante, nunca se desenvolve satisfatoriamente ou de forma a fazer jus aos acontecimentos absolutamente atípicos do começo do livro. Ainda, a inserção de personagens de ensaio sobre a cegueira não me pareceu acertada, tampouco a conexão entre os dois acontecimentos "surreais".
Ficam as reflexões sobre as democracias liberais, processo eleitoral e instituições burguesas.
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Georgia 30/06/2022

Crítica social fod*
Saramago mais uma vez prova que é um gênio da crítica social por meio das suas ficções. Para mim, a questão central do livro é não apenas a fragilidade das instituições políticas, mas da própria democracia e dos direitos humanos, já que tudo isso é colocado em cheque diante do desespero do governo para recuperar o poder, "perdido" pelos votos em branco. Sensacional também o resgate aos personagens de Ensaio sobre a Cegueira. Final triste, mas extremamente realista. Achei também bastante interessante a relação da lambida do cachorro com a cegueira.
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Esle 17/06/2022

A política partidária é realmente necessária?
Mais uma obra fantástica de Saramago, uma análise crítica e aguçada do que ocorreria em uma utópica cidade onde seres conscientes de seus deveres e direitos e da ética de uma sociedade correta fossem a maioria e decidissem viver sem um governo partidário para governá-los.
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Beca 16/06/2022

Como sempre, a crítica de Saramago é original e muito afiada! Demorei um pouquinho para engatar a leitura devido ao tipo de escrita dele mas... Quando finalmente me familiarizei (novamente) tudo fluiu!!
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