Luiz111 19/05/2024
Percy Jackson e o Ladrão de Raios
Percy Jackson e o Ladrão de Raios é um livro maravilhoso, e na minha opinião, não há definição melhor. Com uma escrita envolvente e narração em primeira pessoa, Rick Riordan cria uma história extremamente divertida, com personagens bem desenvolvidos e carismáticos, e um tom de humor presente na trama, executado de maneira muito boa e natural. Esse é um livro que prende o leitor, uma vez que quando você começa a ler, você tem que terminar.
Em resumo, Percy Jackson é um garoto de 12 anos diagnosticado com dislexia e déficit de atenção, que desde pequeno tem experiências estranhas e assustadoras em que monstros mitológicos de repente surgem em sua vida. O Raio-Mestre de Zeus foi roubado do Olimpo, e por Percy ser filho do deus Poseidon, que tem conflitos internos com Zeus, Percy é o principal suspeito do roubo. Para restaurar a paz, ele e seus amigos, Grover e Annabeth, partem em missão ao submundo à procura de Hades, que acreditam ser quem roubou o artefato, com o intuito de iniciar uma guerra entre Zeus e Poseidon.
Além dessa premissa divertida, o livro explora diversas outras áreas, como por exemplo as relações interpessoais de Percy. Em especial, a que ele tem com sua mãe, Sally Jackson, que para mim é uma das personagens mais incríveis do livro. Ela que além de enfrentar os diversos desafios de ser uma mãe solteira, sacrifica a própria liberdade pelo bem de Percy. Pela proteção do filho, ela acaba se casando com Gabe, que além de ser abusivo e tratá-la como lixo, a agredia enquanto Percy não estava por perto. Sally aturou anos de sofrimento com um marido nojento por Percy, o que só enfatiza o quão lutadora e incrível essa mulher é. No final, quando ela se livra de Gabe, mostrando a Percy que não precisava ser salva e que conseguiria retomar a própria liberdade sozinha, o livro se tornou ainda mais lindo.
Achei bem criativo como o autor relacionou grandes acontecimentos da vida real, como as guerras mundiais, aos conflitos dos deuses. Toda a mensagem do livro sobre como os humanos têm medo do desconhecido e se adaptam àquilo que não querem acreditar, é em minha opinião, uma mensagem muito bem feita e muito bem elaborada.
Eu também adorei as migalhas de Percabeth ao decorrer do livro, eles ainda estão bem no comecinho da relação, mas já dá para perceber que eles tem sentimentos conflitantes um pelo outro. Uma cena muito significativa e marcante para mim no livro, é quando Annabeth fala que ficaria ao lado de Percy mesmo que isso significasse ir contra própria mãe, Atena, a quem ela demonstra tanto respeito e veneração. Para mim esse é um momento muito significativo, uma vez que revela o quão forte é a confiança que um sente pelo outro já desde o início.
No geral, o livro apresenta perceptíveis qualidades e acho que é um livro indispensável para quem busca aprender mitologia grega de maneira dinâmica e divertida. A narrativa é repleta de cenas e diálogos marcantes, com um protagonista corajoso e determinado, disposto a enfrentar qualquer um que esteja em seu caminho, mesmo que um adversário seja o próprio deus da guerra. Sei que se avaliado de forma técnica, esse não é um livro 5 estrelas, já que existem capítulos extremamente monótonos e uma objetividade irregular em diversos momentos. Mas para mim isso não importa, o livro é muito bom, e não serão defeitos pequenos como esses que me farão gostar menos da história.