spoiler visualizarYuny 07/07/2022
A sacudidora de palavras
Esse livro foi uma montanha de emoções, eu comecei adorando o começo mas tive dificuldade com a escrita, depois tudo ficou melhor e mais fluido, me apeguei a muitos personagens e adorei a narradora dona morte.
Eu queria ter um exemplar de cada livro da Liesel, queria que ela tivesse ficado com o Rudy, queria que ela tivesse tido mais tempo com os pais e tudo mais.
Hans e Rosa, adoro vocês.
Max, te guardo no meu coração.
Rudy, te amo demais.
Adoro os Steiner.
Até Frau Holtzapfe pegou minha simpatia.
Adorei ainda mais em cada leitura e como cada livro mudou a vida de Liesel.
É um livro magnífico que retrata bem a situação da segunda guerra mundial, como as palavras tem força tanto para o bem como para o mal.
"? Max ? disse Liesel. O rapaz se virou e fechou os olhos por um instante, enquanto a menina prosseguia. ? ?Era uma vez um
homenzinho estranho? ? fez ela. Seus braços pendiam, mas suas mãos eram punhos cerrados junto ao corpo. ? ?Mas havia também uma sacudidora de palavras.?
"? É você mesmo, Max?
Um dia alemão muito brilhante, com sua multidão atenta.
Ele deixou seus lábios beijarem a palma da menina.
? Sim, Liesel, sou eu."
"Observei por um instante o conteúdo de sua
alma, e vi um menino pintado de preto, gritando o nome de Jesse Owens ao cruzar uma fita de chegada imaginária. Vi-o afundado até os quadris em água gelada, perseguindo um livro, e vi um garoto deitado
na cama, imaginando que gosto teria um beijo de sua gloriosa vizinha do lado. Ele mexe comigo, esse garoto. Sempre. É sua única desvantagem. Ele pisoteia meu coração. Ele me faz chorar." Rudy
"Essa foi despachada pelo sopro de um acordeão, pelo estranho sabor do champanhe no verão e pela arte de cumprir promessas. Ele deitou em meus braços e descansou. Houve um pulmão comichando por um último cigarro, e uma imensa atração magnética pelo porão, pela
menina que era sua filha e estava escrevendo um livro lá embaixo, um
livro que um dia ele esperava ler." Hans
"Se me visse, tenho certeza de que ela me chamaria de Saukerl, embora eu não a levasse a mal. Depois de ler A Menina que Roubava Livros descobri que era assim que ela chamava todo o mundo. Saukerl. Saumensch. Especialmente as pessoas a quem amava. Seu cabelo elástico estava
solto. Roçava o travesseiro, e seu corpo de guarda-roupa se levantara com o pulsar de seu coração. Não se deixe enganar, a mulher tinha coração. Um coração maior do que as pessoas suporiam. Havia muita coisa armazenada nele, em quilômetros de prateleiras altas e ocultas. Lembre-se de que ela foi a mulher com o instrumento preso ao corpo pelas alças, na longa noite enluarada. Foi a que alimentou um judeu, sem uma única pergunta, na primeira noite de um homem em Molching. E foi a que esticou o braço, bem no fundo de um colchão, para entregar um caderno de desenho a uma adolescente." Rosa
"Inclinou-se, olhou para seu rosto sem vida, e então beijou a boca de seu melhor amigo, Rudy Steiner, com suavidade e verdade. Ele tinha um gosto poeirento e adocicado. Um gosto de arrependimento à sombra do arvoredo e na penumbra da coleção de ternos do anarquista. Liesel beijou-o demoradamente, suavemente, e quando se afastou, tocou-lhe a boca com os dedos. Suas mãos estavam trêmulas, seus lábios eram carnudos, e ela se inclinou mais uma vez, agora perdendo o controle e fazendo um erro de cálculo. Os dentes dos dois se
chocaram no mundo demolido da rua Himmel."
"Nesse dia, na escada, Alex Steiner estava serrado em dois.
Liesel lhe contou que havia beijado a boca de Rudy. Aquilo a embaraçava, mas pareceu-lhe que ele gostaria de saber. Houve
lágrimas de madeira e um sorriso de carvalho. Na visão de Liesel, o céu que vi estava cinzento e brilhante. Uma tarde prateada."
"Por fim, em outubro de 1945, um homem de olhos alagadiços, plumas de cabelo e rosto escanhoado entrou na loja. Aproximou-se do
balcão.
? Há alguém aqui com o nome de Liesel Meminger?
? Sim, ela está lá nos fundos ? disse Alex. Ficou esperançoso, mas queria ter certeza. ? Posso perguntar quem a está procurando?
Liesel saiu.
Os dois se abraçaram e choraram e desabaram no chão."
"Tudo o que pude fazer foi virar-me para Liesel Meminger e lhe dizer a única verdade que realmente sei. Eu a disse à menina que roubava livros e a digo a você agora."