Resenhas - Relatos de Um Gato Viajante

Núbia Cortinhas 29/08/2023

Que história linda
Terminei essa leitura com os olhos inchados de tanto chorar. Que história linda, cativante e emocionante! Favoritado sem dúvida nenhuma!

   Relatos de um Gato Viajante é um livro curto, mas não superficial. A autora tem uma escrita super fluída e construiu personagens super carismáticos. A história que a princípio é leve e divertida te conquista na primeira frase, e, a cada virada de página percebemos a profundidade e a beleza da amizade entre Nana - um gato super espirituoso, que é um dos narradores - e o seu tutor Satoru, jovem de grande coração. Juntos irão cruzar o país para visitar velhos amigos, à bordo de uma van prateada, nos fazendo refletir a cada visita como podemos melhorar os nossos relacionamentos interpessoais, o valor da vida e da amizade, a dor da perda, o amor aos pets, etc. Tudo de uma maneira delicada, singela e muito cativante.

Ana Sá 16/11/2023

Desidratei, mas passo bem!
Eu diria que "Relatos de um gato viajante" (2017), da escritora japonesa Hiro Arikawa, é fofo e triste na mesma medida! Nele, acompanhamos a relação (e a viagem, claro) de Satoru com o gato que ele resgatou das ruas, o Nana. De carro pelo Japão, os dois vão visitando, cidade a cidade, amigos da infância e da adolescência de Satoru, e assim, aos poucos, nos vão sendo reveladas tanto a motivação da viagem quanto a história de vida do protagonista-humano.

Quanto ao protagonista-felino, a maior e melhor surpresa vem do fato de Nana ser uma das vozes narrativas do romance! Pra quem tem ou gosta de gatos, é incrível e delicioso observar como a autora conseguir entrar na cabeça desses animais tão peculiares, dotando Nana de uma personalidade sagaz, muito convincente e coerente. O modo como ele julga os humanos, os espaços, outros animais... "Se um gato conversasse comigo, acho que ele falaria exatamente isso, nesse mesmo tom!", foi o que pensei a cada capítulo.

Minha crítica negativa se restringe a alguns aspectos estéticos da narrativa. Achei o protagonista-humano unidimensional, meio raso, e até "coitadinho" demais... Vejo algo forçado na sua construção, que talvez tenha sido feito para deixar a obra bem dramática mesmo, sabe? Por outro lado, adorei a composição de quase todas as demais personagens, com destaque pra tia de Satoru. Ela e os amigos de Satoru sim, são personagens complexas, interessantes, cativantes!

Ah, e apesar de eu ter adorado todo o conteúdo relacionado ao gato, preciso confessar que também tenho críticas quanto à forma como sua perspectiva é exposta: ao invés de simplesmente expor os pensamentos de Nana, a autora opta por colocá-lo quase que como um palestrinha porta-voz de todos os gatos, então frequentemente ele se expressa por meio de frases como "nós, os gatos, somos assim, assado", pra mim faltou fluidez nessas passagens.

Considerando essas questões pontuais, se eu usasse pra este livro os mesmos critérios que adoto em outros, em termos de nota eu daria 3.5 e não 4.0. Mas acontece que a experiência afetiva supera todos esses pequenos "deslizes"/"desgostos" que eu listei… Fui tomada por uma onda de sentimentos e de emoções, o que vai garantir um bom lugar pra "Relatos de um gato viajante" na minha biblioteca de memórias literárias. Além disso, a narrativa me colocou em contato com elementos culturais e com rituais japoneses que eu desconhecia, foi bem enriquecedor. A descrição das paisagens de diferentes cidades japoneses é outro ponto forte! Nota 4.0 emocionada e com louvor!

Me desidratei de tanto chorar, mas passo bem!

Obs.: Não leiam a parte final deste livro em público! Eu inventei de viajar com o gato viajante e mais um pouco a aeromoça era capaz de me oferecer uma água com açúcar! Foi uma mão no livro e a outra no lenço, fiquei com os óculos embaçados e com o nariz escorrendo, uma tragédia particular em praça pública... Façam como os gatos e escolham um lugar bem privado pra essa experiência! hahaha

Cassio Kendi 10/04/2021

Resenha do Mushu
"Olha lá o papai lendo o livro com minha irmã na capa. A mamãe leu esses dias e chorou. Não entendo porque os humanos escolhem fazer coisas que fazem chorar. Eu prefiro fazer coisas que me fazem bem, tipo comer sachê. Vou dormir na perna dele.
(...)
Papai levantou do sofá e foi pro escritório. Ele está apertando uns botões cheios de rabiscos, e sempre que ele faz isso, aparecem outros rabiscos na tela. Fica o dia inteiro apertando esses botões, não sei como não enjoa. Tem dias que eu acompanho, e fico olhando cada rabisco surgir na tela, um do lado do outro. É meio hipnotizante.
(...)
Descobri que a tela é tão mágica quanto os botões. Papai às vezes conversa com umas pessoas pequenininhas, cada uma fica em um quadrado. Dai papai fala 'Tchau' e as pessoinhas desaparecem. Não entendo como elas vivem lá dentro, não parece tão confortável.
(...)
Papai parece que terminou de ler, ele colocou o livro na estante. Tentei pular na estante uma vez, me deram bronca. Papai tá com cara pensativa. Vou aproveitar e pedir sachê, quando papai está com essa cara de bobo é mais fácil ele me dar. ME DÁ SACHÊ, ME DÁ SACHÊÊÊÊÊ!"

Minha resenha
"Achei a leitura bem agradável. Como dono recente de dois gatos, acho que me envolvi mais pela história por ter esta referência comportamental dos dois, ainda mais trabalhando em home office. Talvez se tivesse lido há uns dois anos, quando não tínhamos nenhum, gostaria menos do livro."

Yasmin V. 27/01/2024

Uma jornada linda
"Relatos de um gato viajante" é um livro sobre família, amizade, perdas, recomeços e, claro, sobre felinos e suas manias peculiares hahaha. Mas, ironicamente, enquanto lia, eu pensava no "inimigo" dos gatos: os cachorros. Os meus, pra ser mais específica. Eu não tenho gatos, mas tenho algo em comum com a história: o amor pelos animais.
No enredo, Nana, o gato, amou tanto conhecer novas coisas, lugares e pessoas que não pude deixar de pensar qual foi a última vez que meus cachorros viram algo diferente e divertido pela primeira vez. Não sabemos como funciona a memória e a consciência de um cão (a não ser que algum deles escreva "Relatos de um cão viajante" ? hahaha) mas será que quando partirem, terão boas lembranças do que viveram?

Voltando ao livro, a história é dramática e comovente, mas de forma alguma pesada. Talvez pela escrita simples e direta, talvez por ser contada em grande parte pelo ponto de vista de Nana, que não tem total dimensão dos sofrimentos humanos, ou pela forma delicada que certos assuntos foram abordados. A verdade é que, mesmo diante de tudo, ao terminar a leitura, saímos com o coração quentinho e cheio de esperança.

Acompanhar a jornada de Satoru e Nana, foi incrível. Juntos, conhecemos novos lugares, paisagens e culturas. Mesmo que pareça piegas o que vou dizer (e é mesmo, tenho que concordar), compreendemos que aquele clichê "valorizar as pequenas coisas" deve ser praticado sempre, pois são essas memórias que permanecem e que importam no fim de tudo.

Obrigada Nana, essa linda jornada acabou, e sabemos que não foi triste, de jeito nenhum. ?

Pandora 02/07/2018

Cinco anos após ter sido adotado por Satoru, Nana, um ex-gato de rua é levado por ele numa longa viagem à procura de um novo tutor. Ao longo da jornada, vai descobrindo novas paisagens, conhecendo outros seres e descobrindo detalhes do passado de seu dono.

Que livro fofo! Você já sabe o motivo de Satoru para empreender aquela viagem, mas a narrativa é tão delicada e sensível, que por alguns momentos você até se esquece disso. E ele é um personagem agradabilíssimo, daqueles que você quer abraçar... vamos combinar que isso foi uma grande sacanagem da autora com a gente: a gente se apega! Na página 212 eu chorei feito um bezerro desmamado... isto não acontecia há muuuiiito tempo.

Gosto de livros com mais de um narrador e as partes contadas pelo gato são hilárias, elas quebram a tristeza e o gelo de várias situações difíceis. Também gostei da atmosfera da viagem, da observação da natureza e das atitudes dos personagens, mais formais que as nossas, que causam um certo estranhamento em alguns momentos.

Por fim, quando Satoru diz, sobre encontrar um novo lar para Nana: "Os encontros acabaram não dando certo, mas ter tantas pessoas dispostas a ficar com meu gato de estimação, quando a situação apertou... É uma vida de muita abundância."... fiquei pensando se teria a mesma sorte. Hoje não consigo pensar em ninguém que acolheria meus gêmeos. :(

"Todo mundo acha perfeitamente natural largar os gatos de rua por aí, mas Satoru me socorreu quando eu quebrei a perna. Só isso já teria sido um milagre, mas ainda por cima fui morar com ele! Fui o gato mais feliz do mundo. Por isso, mesmo que Satoru não possa mais cuidar de mim, não estará me tirando nada."

honey 03/01/2024

Aí gente que tristeza do 🤬 #$%!& . uma das coisas mais dolorosas (além de obviamente a morte do satoru) é a forma que o nana enxerga isso, sem contar ele fugindo de casa pra conseguir ver o dono e a cena em que o satoru descansa. lindo e triste

gracireis 27/05/2021

Favoritadíssimo!
De forma muito delicada, divertida e profunda a gente vai embarcar numa jornada com Satoru e Nana pelo Japão, que busca reencontrar os amigos de infância para procurar um novo lar para seu gatinho muitíssimo maravilhoso.

No livro temos capítulos do ponto de vista do Nana que é um gato resgatado pelo Satoru, e na minha opinião essas são as melhores partes. Essa história me surpreendeu demais, não esperava me sentir tão tocada por um gatinho, mesmo sendo gateira, foi uma baita surpresa positiva. O livro é escrito e construído de um jeito incrível, quando você percebe já está apegado aos personagens e curioso demais para descobrir os segredos que vão sendo revelados aos poucos.

Ao final foi impossível controlar as lágrimas pois a forma como o luto foi abordado no livro acabou me tocando como nenhum outro livro até hoje tocou. Recomendo muito a leitura dessa história sensível e absurdamente linda!

Helena749 03/01/2022

docemente devastador.
eu gostaria que houvessem adjetivos melhores para descrever esse livro, mas o mais próximo disso que encontro são estes. sensível. doce. triste. chorei um oceano, e estava ciente de que eu choraria muito, pois tenho uma ligação muito forte com gatos, mas até mesmo soluçando de chorar eu permaneci maravilhada e encantada durante toda a leitura com a forma que ele foi escrito, a narração feita pelo gato, a beleza do amor que pode existir em um gesto de ronronar e um carinho na cabeça, um capítulo de uma vida sendo acompanhada por um pequeno animal ao lado e a preenchendo com significado, um gato que pode nos ensinar tantas coisas sobre a nossa vida, um ser humano que para este gatinho foi como um lar.

Ana 04/01/2024

Comecei rindo e terminei chorando
Eu encontrei esse livro por acaso, ele apareceu na página principal do Skoob e o título chamou a minha atenção. Como uma pessoa que ama gatos, fiquei curiosa para ler um livro narrado por um felino. Na verdade, o livro é narrado tanto do ponto de vista do gato como de seu tutor, e mostra desde quando ele foi resgatado até a construção do relacionamento entre eles. Não vou dar muitos detalhes sobre o enredo (spoiler), mas posso dizer que é cativante, envolvente e emocionante, eu comecei esse livro rindo e terminei chorando MUITO, nem lembro quando foi a última vez que chorei desse jeito com um livro.

Carolina 11/06/2023

Sou seu único gato, Satoru. E você é meu único companheiro.
"Há cinco anos, um gato de rua foi acolhido por um homem chamado Satoru Miyawaki após um acidente de carro. Ele deu ao gato o nome de Nana. Mas agora, depois de todos esses anos, por algum motivo sem ser revelado, Satoru precisa encontrar um novo lar pra Nana. Para isso eles embarcam numa viagem, e Satoru encontra seus melhores amigos do colégio e faculdade. Durante essa viagem conhecemos histórias e partes importantes da vida de Satoru."

O livro é narrado por várias pessoas, mas o que chama mais atenção é os relatos do próprio Nana. O gato. E vamos conhecendo um pouco mais da relação de amizade entre o gato e seu dono. A história é bela, emocionante, faz com que o leitor acabe se dando conta no quanto é importante observar o mundo com outros olhos, abrir mão de certas trivialidades e encarar novas aventuras.

Explorar a vida de forma mais curiosa. Viver enquanto ela ainda possa ser vivida.

"Vamos ver muitas coisas maravilhosas. Vamos apostar nosso futuro no tanto de coisas maravilhosas que veremos nesta viagem."

leticiagiolo 26/09/2023

Um dos livros MAIS lindos e tristes que eu já li. a escrita é fluida e leve, e abordar temas e subtemas de forma leve, mas com toda aquela melancolia. esse livro me fez rir, me fez chorar e aumento mais ainda minha vontade de ter outro gato. nana foi um dos meus personagens favoritos e o satoru também, a noriko evoluiu e isso me deixou muito feliz, já que todos podemos aprender. sinceramente, um dos melhores livros que já li ?

Sinayzita 09/01/2023

eu estava chorando
Mano,pra quem ama gato,que tem gato,q já perdeu um gatinho,que acha que os animais pensam exatamente como nós (pra mim sim) VAI AMAR,livro tem montanha de sentimentos pq e triste e feliz ao msm tempo,eu amei a história, é bem legal a narrativa,e eu já posso dizer,eu chorei com um gato narrando um livro ?

Aline Teodosio @leituras.da.aline 14/04/2018

E o meu coração de gelo derreteu...
Neste emocionante relato, acompanhamos a obstinação de Nana, um gato perspicaz (como ele mesmo se autodenomina), para permanecer ao lado do seu querido humano Satoro.

O livro, narrado ora pelo olhar do gato, ora pelas memórias do humano, possui uma escrita simples, mas bastante sensível, trazendo leveza e fluidez para a leitura.

Aqui, nos deparamos com os costumes e peculiaridades dos felinos e nos divertimos com o jeito meio astucioso de Nana. Mas não é só isso. A cada relato vemos uma lição de amizade, de solidariedade, de compaixão, de empatia... Satoro é realmente um personagem apaixonante que nos faz enxergar que a beleza da vida pode estar nas pequenas coisas como ver o mar, apreciar as flores que crescem selvagens nas beiras das estradas, maravilhar-se com um arco-íris no caminho, receber o afago carinhoso (e nada interesseiro) de um bichinho ou guardar no coração os sorrisos de todas as pessoas importantes que passaram por nossa vida.

Se é clichê? Sim, pode ser. Se eu previ como seria o desfecho da história? Sim, eu previ. Ainda assim, essa história singela me tocou profundamente. Talvez, porque tenha provocado uma rachadura no pedaço de gelo que meu coração tem se tornado.

Não contem pra ninguém que eu chorei...

Laiany Teixeira 27/08/2018

Nunca um livro conseguiu me fazer chorar
Maravilhoso, primeira vez que chorei lendo um livro.