William 18/03/2012
O Pequeno Principe
Sabe aquela sensação que você tem quando percebe que não deu o valor necessário a alguma coisa? Antes de começar essa resenha tenho que dizer que isso aconteceu com essa obra. A um termo muito famoso em games que descreve o que achei desse livro na primeiar vez: "Overused", seria algo como "muito adorado mas é ruim" para traduzir melhor, há coisas que são Overuseds, Jhonny Depp por exemplo, TODO personagem dele é a mesma coisa, um cara louco mas com carisma. Isso não é um problema já que ele atua bem como esse personagem, o problema é que ele SEMPRE faz a mesma atuação, em "Edward Mãos de Tesoura", "A Fantastica Fabrica de Chocolates", "Alice no País das Maravilhas", "Piratas do Caribe"... E mesmo assim as pessoas ainda acham ele um "ator versátil".
Quando li "O Pequeno Principe" pela primeira vez, com meus 7/8 anos, ouvi tantas maravilhas sobre o livro que fui esperando encontrar algo maravilhoso, e na época não encontrei, por isso o coloque inessa lista pessoal de "Overused", até que tive que que relê-lo e aí sim pude perceber uma coisa: Como ele é profundo e adulto, a primeira vista a história simples pode até parecer infantil, mas se analisada profundamente (como pude fazer agora e não podia na primeira vez) se mostra uma das melhores obras da literatura mundial.
Talvez pelo fato do principe ter algo que encanta todo tipo de publico: A inocência característica das crianças, A paixão pela flor mesmo com espinhos, tipica da adolescencia, e a vontade de descobrir a razão da vida dos adultos, ele se mostra um dos poucos livros que não é indicado apenas para uma unica faixa etária, e pode cativar tanto uma criança como um idoso em suas poucas páginas, contando a história do pequeno habitante do planeta B612 através do seu processo de crescimento.
A história começa pela visão de um aviador que está perdido no deserto e vivia uma vida simples pois deixou seu talento para desenho ser cercado pela monotomia dos adultos, mas que ao encontrar o principe vê a beleza nas coisas simples, e logo passa para o Principe, que após morar num planeta pequeno decidiu sair para compreender as complexas personalidades que podem ser encontradas no mundo. Junto com ele passamos pelo Rei, que é viciado em mandar mas nos ensina que só podemos exigir o que as pessoas podem nos dar, o Vaidoso, que nos mostra que não necessitamos da atenção dos outros mas precisamos reconhecer nossos próprios valores, o Bebado que tenta escapar de uma realidade que ele mesmo cria, o Homem de Negócios que nos mostra que não podemos gastar todo nosso tempo com as coisas importantes da vida, o Geólogo que sabe das coisas nas teoria mas não se arrisca a sair para ver se encontra algo novo, entre outros personagens que tem todos uma coisa em comum: Todos mostram traços que sempre estarão presentes na humanidade, e o principal, sem tomar partido em nenhum deles, o autor apresenta a situação pelo olhar ingênuo do principe e deixa que o leitor tome suas próprias conclusões sobre a situação.
No final, "O Pequeno Principe" se mostra um livro diferente, não pelo fato de poder ser apreciado por todos, ou por ser a história mais contada de todos os tempos, mas sim por ser um livro que não apenas se lê, mas que também se entende, algo muito raro de se ver...