cami 29/05/2024
É apenas um jogo?
Comecei "Caraval" sem muitas expectativas, pelo fato de eu não ser a leitora mais árdua de fantasia. De fato, no começo o livro é bem arrastado, tanto que comecei a ler em março, parei, e terminei só agora em maio. Mas, de maneira muito sutil, fui imersa na história de uma maneira incrível quando retornei a leitura, e daí para frente não parei mais, só sosseguei quando acabei o livro. Houve cenas em que me senti de fato dentro do jogo, pude sentir a atmosfera descrita pela autora, o medo, a confusão mental... E por falar em confusão mental, esse livro realmente me fez duvidar da minha própria sanidade! Gostei como a autora conseguiu fazer com que nós, leitores, também vivêssemos o que os jogadores estavam sentindo. Alguns podem não gostar, mas achei esse um ponto positivo no livro, a escrita realmente não deixa a desejar (apesar de ser em terceira pessoa, algo que normalmente não gosto tanto). Uma vez entretida, o livro te prende até o final, e, na minha opinião, é no final que está o problema de "Caraval"; entendo que a proposta era sempre se ter em mente de que "é apenas um jogo", mas o final me pareceu um pouco "imaturo" se comparado com o desenvolvimento e clímax desse enredo, como se do nada tudo estivesse maravilhoso. As justificativas rasas e planos que poderiam ser melhor elaborados me incomodaram um pouco, pois acabaram invalidando um pouco toda a aventura vivida anteriormente. Em contrapartida, gostei de como a autora deixou uma questão específica em aberto para ter o link com o próximo livro e despertar um gostinho de quero mais. No geral, gostei bastante da experiência, mas ainda estou me decidindo se leio a continuação...