O leitor

O leitor Bernhard Schlink




Resenhas - O Leitor


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Gel 29/05/2021

Um livro perfeito.
O leitor, de Bernhard Schlink é uma verdadeira obra prima.
Um romance do pós guerra entre um adolescente e uma mulher de meia idade. Reviravoltas e surpresas que nos impressiona. Após ler esse livro, você não vai ser mais a mesma pessoa.
Com certeza lerei de novo. Em breve!
Repito: OBRA PRIMA!
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Anna Laitano 08/01/2015

Um clássico caso de beleza trágica
Este foi um dos raros casos em que fiz o processo inverso: vi o filme para depois ler o livro. Na verdade, não tive muita escolha; vi o filme no primeiro ano de faculdade, durante uma aula, para uma atividade. Depois, como amei o filme, acabei lendo o livro também, no mesmo ano.

O livro é dividido em três partes: a primeira acompanha as memórias da adolescência de Michael e seu romance com Hanna. A segunda, sete anos mais tarde, narra o julgamento no qual eles se re-encontram. Por fim, a terceira parte traz os acontecimentos que sucederam o veredicto.

Narrado em primeira pessoa, acompanhamos um Micahel maduro lembrando de sua vida. Em geral, a narrativa é linear, mas por vezes ele faz interferências com comparações entre passado e futuro, como o que aconteceu com determinado prédio que costumava ficar em tal lugar, ou o que ele não sabia em determinada época e agora sabe, etc.

Acredito que são, justamente, algumas das observações e pensamentos do narrador que enriquecem a história e a elevam a outro nível. As perguntas que ele vai levantando em sua mente deixam de incomodar apenas o protagonista para fazer morada também na mente do leitor, que é colocado de frente com situações complexas e delicadas da história mundial

Michael começa como um garoto comum, relativamente ingênuo, que acredita se apaixonar por Hanna. A verdade é que na primeira parte ele está fascinado com a descoberta do mundo sexual, e se deixa levar por isso, acreditando que seja amor. Mais tarde, ele já começa a se tornar um homem mais centrado, conforme estudava e crescia. Ainda assim, ele muda novamente após o julgamento, preso a um relacionamento que por um motivo ou por outro (por ter sido seu primeiro "amor" ou por ter resultado em algo tão trágico) acaba o arrastando de volta e interferindo em seu presente e continuando a marcar e determinar sua vida.

Hanna, por sua vez, se mantém a mesma durante a maior parte da história. E ela é uma personagem complicada. Complicada, porque não importa o que seja dito, ela sempre será a mulher que trabalhou para a SS. Porém, ela é uma pessoa alienada, que não consegue entender o certo e o errado por si só. Ela acredita que o certo é cumprir ordens, então é isso o que faz. Sua visão humilde e simplista não consegue entender a calamidade de tudo aquilo. Afinal, para ela, um trabalho é um trabalho — que outra opção ela tinha senão fazer o que lhe era ordenado?

'O leitor' é um livro incrivelmente intenso. Há emoção e complexidade, em níveis éticos, psicológicos e emocionais. Com seus personagens, ele consegue abordar questões da Segunda Guerra e fazer críticas e questionamentos oportunos e diretos, de forma que é impossível o leitor não sentir uma conexão profunda com a história.

O romance entre Michael e Hanna é absurdo, a diferença de idade me incomodou bastante, especialmente na primeira parte, mas nunca foi exatamente um romance. Há diversos níveis no relacionamento de ambos, razões para estarem juntos nas três partes, e em cada uma delas, são um emaranhado de diferentes coisas que os prendem um ao outro.

A terceira parte, especialmente no final é impactante. Não posso discorrer plenamente a respeito sem dar spoilers, mas peço que prestem atenção e tentem analisar todos os ângulos das situações quando chegarem lá (ou que repensem, caso já tenham lido). Há questões de liberdade, culpa, medos, e muito mais que merecem todo o destaque e são, de fato, motivos que tornam o livro tão importante e aclamado mundialmente.

A edição é simples, de páginas amareladas e fonte confortável. A com imagens do filme é preta e abre um padrão para todas as outras obras do autor, o que me agrada bastante.

A tradução é boa, sem erros que eu possa me recordar. Porém – e aqui devo ressaltar que não sei quanto tem a ver com o fato de o idioma original do livro ser o alemão –, a construção de frases às vezes parecia curta e um pouco truncada. Ainda assim, são em raros momentos e, novamente, enfatizo que não sei se é uma característica própria das construções de frases no idioma original. De qualquer forma, o resultado final é totalmente compreensivo e bastante satisfatório.

Você precisa ler este livro. O filme, de fato, é maravilhoso. Mas você ainda precisa ler este livro. Há algo bastante diferente no tom do livro, e algumas pequenas divergências que também acabam por apoiar os motivos para dar uma chance aos dois. Perfeito para quem gosta de dramas intensos, complexidade ética e psicológica, história mundial, e leituras que geram questionamentos e tópicos para debate. Totalmente recomendado!

site: www.tecendopalavras.com.br
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Léia Viana 02/06/2011

“Não é preciso contar, porque a verdade do que se conta está no modo como se é.”
O romance de Bernhard Schlink é delicado, e, como bem descrito na contracapa do livro: “fala diretamente ao coração”. Ao usar a segunda guerra mundial como pano de fundo, o autor conseguiu deixar a história um pouco mais suave e incomum, das muitas que já li sobre este assunto, ao mostrar a versão masculina do amor.

A narrativa é dividida em três partes: a primeira traz Michael Berg, um jovem que descobre o amor nos braços de uma mulher mais velha do que ele. O que me agradou foi a visão masculina desse sentimento, sem muitas fantasias e delírios, mas cheia de sentimentos e palavras bonitas para descrevê-los. Na segunda parte, o autor narra a vida adulta de Michael e o seu reencontro com Hanna, a mulher responsável por ele ter descoberto o amor. Infelizmente, a circunstância que os leva a se encontrarem não é das mais felizes, enquanto Michael está livre, vivendo sua vida de estudante, Hanna encontra-se presa, acusada por fazer parte do horror nazista. Nesta parte senti falta de um aprofundamento melhor, dos motivos que realmente levaram Hanna a participar dessa guerra insana e inconseqüente.

Na última parte, o desenlace que Bernhard deu a este romance foi mais que previsível, mas mesmo assim não perdeu o seu encanto e é por isso que eu recomendo a sua leitura, que traz um fato histórico triste e marcante na história do mundo, da dificuldade de se perdoar algo tão brutal como foi o nazismo, mesmo naqueles que foram marcantes em nossas vidas.
Gabi Pescarolo 16/06/2011minha estante
É realmente interessante que Schlink tenha mesclado a guerra com uma história de amor, mas, como você, acho que ele poderia ter se aprofundado mais. Linda resenha!




escrivadocaos 23/06/2022

uma história realmente muito diferente de tudo
A história é narrada pelo personagem Michael Berg que conta sua própria trajetória desde sua adolescência até a idade adulta acerca de um envolvimento com uma mulher 21 anos mais velha chamada Hannah. Ele diz: "Durante muito tempo pensei que era uma história muito triste. Não que agora pense que seja alegre. Mas penso que é verdadeira; por isso, a questão de saber se é triste ou alegre não tem nenhuma importância."

Esse trecho captura bem a essência da história que na maioria das vezes permanece neutra e não tece comentários positivos à relação completamente problemática de um jovem de 15 anos com uma mulher de 36. O livro é tenso, denso e possuí muitos gatilhos. O relacionamento muitas vezes se apresenta tóxico, e o menino por não ter noção da vida se vê embrenhando e preso em sentimentos que não consegue decifrar. Esses sentimentos indecifráveis acompanharão Michael pro resto da vida.

Mas, a grande reviravolta e parte realmente empolgante do livro é quando, depois de muitos anos, Michael (agora estudante de direito) encontra Hannah num tribunal sendo julgada por crimes de nazismo. É realmente interessante esse julgamento, as questões filosóficas e éticas que são trazidas à tona e também os comentários de Michael sobre os próprios sentimentos.

Ademais, não achei a relação dos dois romantizada, o que seria um problema enorme se fosse. As marcas traumáticas estão presentes a todo instante da jornada do personagem principal.
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Bia 12/06/2022

O Leitor
O Leitor é um livro direto que trabalha muitas questões como da culpa e redenção. Que durante a leitura nos prende em um emaranhado de questionamento e definiçães que não se cabe dentro de poucas palavras. Além de demostrar como se dá didática entre um adolescente e uma mulher madura em relacionamento romântica, ainda os impactos que esse relacionamento pode trazer para um garoto.
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Caroline Vital 27/08/2022

Livro bom. Achei muito curto, senti a necessidade de maior narrativa. Senti falta de uma profundidade em um livro tão sucinto.
Suelen 27/08/2022minha estante
O filme é incrível!


Caroline Vital 27/08/2022minha estante
Sim! Também gosto!




Patty Lima 16/12/2022

Memórias de Michael Berg
Sabe aqueles sonhos que parecem sombras? Dos quais não nos lembramos nitidamente ao acordarmos? Foi assim que me senti nessa leitura. O narrador conta suas lembranças algumas vezes com nitidez, outras de forma confusa. Não sei se é devido à distância temporal dos acontecimentos para a narrativa ou se foi intenção do narrador. O que sei é que a história nos prende ora com emoção ora com raiva. E o desfecho só começa a ser anunciado somente nas páginas finais. Apesar da confusão expressa em algumas partes é uma leitura bem interessante.
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arthur966 21/07/2020

"fugir não é só correr de algum lugar, é chegar também a outro.".
li esse livro achando que era um romance, e a primeira parte dele até se parece bastante com um. mas na verdade ele é muito mais que isso. o autor viveu a época retratada, viveu as dúvidas retratas, viveu a alemanha retratada. por isso não duvidei nem um segundo que tudo era verdade. a história pode não ter acontecido na vida real, mas com certeza ela é verdadeira.
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Ans 14/03/2009

Boa Leitura
Muito bem escrito, esse livo faz você esquecer do mundo. Conta uma história muito triste sobre como uma pessoa é capaz de marcar a vida de outra. Vale a pena ser lido.
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Fer2410 17/05/2024

Melhor leitura do ano até o momento.
Que livro impactante e profundo. Arrebatou-me e arrancou uma lágrima no final.

Vale muito a leitura, além de que o autor escreve de forma fácil. Memorável! Não conseguia largar.
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Lucy Nazaro 11/07/2009

Li, Amei e Recomendo!!!
Um livro simplesmente maravilhoso. Uma história envolvente, nos prende o tempo todo. Você não tem vontade de parar. Sabe aquele livro que quando você termina fica um gostinho de quero mais? É este! Amei e recomendo a leitura.
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Franziska 06/08/2009

para ler e reler
Amei demais. Sou um bocado obcecada com a segunda guerra mundial, então pouco depois de ouvir falar do livro decidi ler. Meu deus, AMEI. Quis socar o Michael, fiquei com uma pena desgraçada por ele não ter falado com a Hanna, mas no final percebemos que não podia ser de outra maneira. Fantástico.
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Cris 26/08/2009

não se vê ninguém,nâo se ouve nada(...)O mundo está morto.subo os degraus e toco a campainha.
"As vezes eu ficava pensando que ela triunfava facilmente sobre mim.Mas,de um modo ou de outro,eu não tinha nenhuma escolha."
o poema que ele escreveu e que você lerá - não poderei transcrevê-lo aqui justamente para não pintar as espectativa dos que ainda não leram o livro - é a resenha deste livro.termine de ler e releia o poema.
tão simples mas tão complexo.rico e belíssimo!um livro pra ser atemporal.
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