Juliana Pires 13/09/2013Para mim o quinto volume das desventuras dos irmãos Baudelaire, está longe de ser ruim, só que ela segue o mesmo molde dos quatro primeiros, e eu não vejo essa história tomar um rumo, a narrativa é muito boa, principalmente quando o autor conversar com o leitor, mas acaba ficando um pouco cansativo, eu quero mais, quero conhecer os segredos da família Baudeleire, quero descobrir se o Sr. Poe é um pilantra, quero descobrir mais sobre o Conde Olaf, quero saber quem é Beatrice (acabei de ir procurar no Google e acabo de estragar uma surpresa, não façam isso), são muitas coisas que eu quero saber e nesses cinco primeiros volumes não tive respostas.
Os irmãos Baudelaire sofrem demais (como o autor deixa claro, essa não é uma história feliz), sinto uma dó, eles sempre são tratados mal, tem que enfrentar todo o perigo sozinhos, e quando por fim desmascaram o Conde Olaf, ninguém lhes dá atenção, até que seja tarde de mais, e ele consiga escapar. É um contraponto interessante que o autor faz, os adultos na série, são ou muito ingênuos, ou muito tapados, ou malvados mesmo, ao passo que as crianças, até as mais pestinhas, são muito espertas.
Assim como nos volumes anteriores, o Sr. Poe (QUE ÓDIO GIGANTE EU SINTO DELE) precisa encontrar um lugar para os irmãos ficar, assim sendo, eles os envia para a escola preparatória Prufrock. É claro que, seguindo a linha de tratamento padrão, o diretor da escola é um serzinho extremamente arrogante e malvado, e não os trata nem um pouco bem, veja só, nem um quarto adequado ele arranja, manda-os para um barraco, onde vive outros dois órfãos, Duncan e Isadora, mas se algo acontece de bom nessa história, é que eles logo se tornam amigos.
Dessa vez ele demorou a aparecer, dando de certo forma, uma alívio para os Baudelaire, e para os leitores, mas como nada na vida deles é fácil, mesmo sem o Conde Olaf para lhes atormentar, é preciso lidar com o enfadonho sr. Nero, Carmelita Spats, uma garota extremamente desagradável, que faz da vida deles um inferno (maior do que já é) e com regras extremamente absurdas.
Mas até aí tudo bem, apesar de não ser um paraíso, só de se sentirem livres do Conde Olaf, eles podem lidar com as situações esquisitas na escola. Mas aí ele aparece, e ninguém se dá conta disso, a não ser os irmãos, claro. E aí tem outro ponto da história que eu adoro, Violet, Klaus e Sunny, são inteligentes e bem safos, mas eles não são super heróis destemidos, eles sentem medo, sem saber quando o conde vai aparecer, e o que ele vai fazer, e mesmo que de certa forma eles consigam se livrar dele, nunca é sem perder algo, e mais uma vez eles provam isso.
Mesmo esse meu problema com a falta de informação, e as tramas parecidas, eu não vou deixar de ler a série, eu gosto demais da escrita do autor, e agora que eu comecei, não tem como voltar atrás, e eu vou lendo aos poucos, por que pretendo consegui-la somente em trocas no skoob (já tenho 6), essa série é gigante, ao todo são 13 livros, mas isso não me desanima, quero saber como tudo vai acabar, por que os órfãos merecem ser felizes.
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