spoiler visualizarPri Silvva 04/06/2024
(para meu eu do futuro lembrar da história) Um bom plot twist não salva uma escrita ruim
Li esse livro por causa do Paulo Ratz e foi uma decepção. Do mesmo jeito que um livro fácil de ler não categoriza um livro como bom, um bom plot twist não faz um livro médio ser 5 estrelas.
O livro conta a história de 3 pessoas: uma idosa, uma mulher jovem e uma criança.
O livro vai alternando entre o ponto de vista das 3, sendo que a única história que é contada em primeira pessoa é da idosa - já deixando um spoiler da reviravolta.
A história da idosa, na minha opinião, é a mais viciante, porque ela está em todos os lugares, ela vê todas as outras histórias acontecendo. A história da criança é a mais apelativa, porque a história pressupõe que em algum momento a vida dela e das outras mulheres irão se encontrar. Mas a história MAIS SEM GRAÇA é a da mulher jovem, um romance xoxo, manco e capenga. Um relacionamento esquisito (que só no final do livro o leitor percebe que deveria ser descrito como um relacionamento abusivo pra fazer sentido). A cena do interrogatório da mulher é UMA PIADA!!! É nessa história que o livro começa, com um assassinato de um homem, e é o enredo principal de todo o livro, mas a investigação é chatíssima! Fica evidente que o autor foi colocando um monte de pistas só pra ludibriar o leitor.
O plotwist é MUITO BOM MESMO, eu amei, mas eu percebi que as 3 eram a mesma pessoa nos primeiros capítulos, quando percebi que só uma história era contada em primeira pessoa. Eu só não entendi como as histórias iam se 'separar' no final. Mas ainda assim não salvou todo o livro. A história SE ARRASTA e se a pessoa não tem um mínimo interesse por arte, ela desiste mesmo, porque nada nada nada na história principal (investigação) faz o leitor querer ficar.
Só terminei o livro porque queria saber o final da história da idosa.