Maria - Blog Pétalas de Liberdade 09/02/2017Resenha para o blog Pétalas de Liberdade (acesse para ver fotos do livro) Vocês já imaginaram uma cidade movida a livros? Pois é num lugar assim que o garoto Benjamim mora: a Cidade dos Livros. Lá, toda a economia gira em torno dos livros, o que as pessoas mais fazem é ler, e inclusive há campeonatos sobre livros!
“Chover ali era sempre uma terrível tragédia. Imagine tinta, papel e água. Misture tudo. Pronto! Lá se vai um amigo, Nesses dias nem se pode andar de livros abertos.” (página 10)
E numa cidade tão letrada, Benjamim guarda um segredo: ele não sabe ler! Isso não o impede de sair todos os dias e ir de porta em porta, pedindo doações de livros. Ele é um apanhador de livros, e guarda as obras que consegue em seu porão, passando muito tempo admirando-as e imaginando as aventuras que aquelas páginas escondem. Quando não está no porão, ou com sua madrasta e nem recolhendo livros, o garoto está com sua turminha de amigos: Ariane, Clarice, André e Nicolas.
Em certa ocasião, a cidade estava muito animada para receber a visita do famoso Encantador de Livros. Ele era uma espécie de mágico, que fazia coisas incríveis e que maravilhavam os olhos de quem o via. Porém, o prefeito da cidade (e grande vilão da história) parecia estar tramando alguma coisa para essa visita e deixou muitos habitantes irados com a proposta de banir os livros de fantasia, os livros bobos, como ele dizia, que impediam o progresso e a modernização da cidade.
Agora, Benjamim e seus amigos precisavam encontrar uma forma de salvar a Cidade dos Livros, e para isso tinham de fugir da supervisão da madrasta do garoto, escapar do prefeito e de seus seguranças, além de descobrir qual o papel do Encantador de Livros nessa história toda.
“No porão tinha mais de quatro mil livros. Há alguns dias Benjamim tinha apenas algumas centenas. Algo estranho acontecia ali. O que seria?” (página 100)
“O encantador de livros” é uma leitura rápida, por seu pequeno número de páginas, seus capítulos curtos e sua linguagem simples. A trama remete a obras como O mágico de Oz e Alice no País das Maravilhas. Acredito ser um livro mais voltado para o público infanto-juvenil, acho que para os leitores mais novinhos pode ser uma leitura fantástica e encantadora, com toda a magia envolta na história, mas como eu já sou adulta e estava com expectativas enormes por causa dessa capa linda e por ser maluca por livros, acabei não sendo totalmente convencida pelo ritmo da narrativa e por alguns acontecimentos e explicações. Como diz o Antoine de Saint-Exupéry em “O pequeno príncipe”: os adultos “têm sempre necessidade de explicações”.
Preciso mencionar que achei maravilhosa a forma como o autor justificou a existência da Cidade dos Livros, onde os habitantes poderiam trabalhar nas cidades próximas e com economias diferentes, havia escolas e professores, comércio, cafés e lanchonetes onde se podia desfrutar de comidas deliciosas enquanto se lia, uma “fábrica de livros” empregaria a população... uma cidade assim realmente poderia existir!
A edição da Ler tem uma capa linda demais! Só por ela já vale a pena ter o livro! As páginas são amareladas e lisas. As margens, o espaçamento e a fonte tem um tamanho bom, e há detalhes no início e no final de cada capítulo. A revisão está bem feita.
“A fantasia nos revela a verdade que muitos adoram esconder.” (página 29)
Por hoje é só, espero que vocês tenham gostado da resenha. Fica a sugestão para quem procura um livro de leitura rápida, com uma história cheia de fantasia e magia, e para quem curte infanto-juvenis. Ah, acho que quem gostou de livros como "Lavínia e a Árvore dos Tempos", do Lucinei Campos, também vai gostar desse. Levanta a mão quem gostaria de morar na Cidade dos Livros \o/ !
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