O Menino no Alto da Montanha

O Menino no Alto da Montanha John Boyne




Resenhas - O Menino No Alto Da Montanha


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calie 25/01/2021

aquela história fascinante (e deprimente) sobre uma criança facilmente impressionável pelo poder
Esqueça os campos de concentração. Aqui Pierrot bebeu água diretamente da fonte, morando sob o mesmo teto que Hitler. Foi chocante acompanhar a transição do protagonista, de um pequeno garotinho francês inocente para um adolescente alemão cruel. Com o passar dos anos, fica cada vez mais nítido o ódio que ferve dentro de Pierrot enquanto ele começa a dedicar toda a sua vida à "grandeza" da Alemanha, gradualmente aceitando os ensinamentos de Hitler e desejando ansiosamente ter a aceitação, liderança e atenção que só o próprio Hitler poderia fornecer.

É uma história igualmente triste, instigante, enlouquecedora e frustrante, e manteve meu interesse o tempo todo, sem nenhuma parte chata. Gostei bastante de como o autor deixou as lutas do protagonista tão claras. Conforme Pierrot ganhava uma nova identidade, ele lutava para manter suas memórias dos "bons e velhos tempos", e, admito, despedaçamos juntos no final.
Maria.Clara 12/11/2021minha estante
INCRÍVEL! o final eh surpreendente, a historia de uma criança q passa a morar com hitler e depois disso tem uma enorme transformação?


laurenwenclevski 19/12/2021minha estante
exatamente!!!


edinaferreira 04/09/2022minha estante
Fiquei chocada com a transformação dele


RAAA.lAvAAA 12/01/2024minha estante
Como Eu faço para ler o livro?


jnkswing 01/03/2024minha estante
sua resenha me deu uma imensa vontade de ler esse livro. estou curiosa




Karli Souza 01/05/2017

Os seres humanos me assombram
Tenho medo de livros curtos, eu os vejo e tenho a ilusão de que vou ler rápido ou então que não vão ter muita história, mas são eles que mais adquirem o contrário, livros curtos não tem enrolação... são claros e objetivos... a narração é curta, entretanto, muito bem equilibrada, precisa e informativa, e foi o que aconteceu com esse livro.

Já foi comprovado que o John Boyne escreve perfeitamente personagens infantis que são testemunhas inocentes de guerras cruéis, porém dessa vez foi diferente, tivemos um protagonista que testemunhou uma guerra da infância até a fase adulta... conhecemos toda a sua vida em 225 páginas, é inacreditável!

Pierrot... Pierrot, eu o amei, o odiei, senti pena, senti empatia, tive raiva, o perdoei... E por fim não sei mais o que sinto em relação a ele. O que eu realmente sei, é que sofreu, e fez inúmeras pessoas sofrerem também, foi a representação real de pessoas ingratas, alienadas, que deixam o poder subir a cabeça, mas que também são ingênuas e como milhares de pessoas na história, realmente acreditou, realmente acreditou que estavam fazendo o certo. Cometeu inúmeros crimes; pode se sentir culpado, pode querer se perdoar, pode mentir, mas sabe que sempre teve consciência daquilo que estava fazendo...

Esse livro representa o sentimento daqueles que compactuaram com a ação mais cruel da humanidade, a forma como trataram os judeus, que eram simplesmente pessoas inocentes, a forma como trataram o preconceito quer vai muito além de todos os outros, é revoltante perceber que somos capazes de fazer isso, é como o Markus Zusak consagrou em seu best-seller: "Os seres humanos me assombram."

Comecei a leitura achando interessante, depois comecei a ver a semelhança do protagonista com os outros livros do autor, depois percebi sua ingratidão, depois sua perversidade, seu arrependimento, e por fim sua semelhança com o garotinho que era no início do livro, simplesmente um menino solitário que não tinha pra onde ir, um órfão, que amava sua nação e que depois voltou pra ela com uma bagagem de história e foi muito triste ler isso.

Me surpreendi com o final do livro de todas as maneiras... porque o autor conseguiu transformar em 20 páginas um livro favoritado, com olhos cheios de lágrimas sobre aquele que o ler, transformou a narrativa em algo que adoro ver, transformou um livro que eu não dava muita coisa em umas das histórias mais realistas que li na minha vida.

Não consigo entender a classificação, infanto-juvenil? Se eu lesse um livro assim na minha infância, teria medo dos adultos. E é pra ter mesmo, porque um adulto medonho conseguiu transformar uma nação e uma criança doce, em algo totalmente ao oposto disso, foi incrível ver o protagonista não sendo um herói, mas simplesmente um ser humano real, que peca, que maltrata e que tem pensamentos bons e ruins, foi uma leitura extremamente realista e estou maravilhada por isso.

Foi extremamente emocionante essa experiência, trouxe umas das maiores morais que um livro poderia passar, o ato de perdoar... a análise do tempo... precisamos sim, estudar e interpretar a história... a civilização cometeu erros tão cruéis, que atualmente estamos perto de cometer de novo, como isso pode acontecer? Já foi comprovado o quanto de destruição causamos, não aprendemos? Não evoluímos? Apenas vamos cometer novamente? Ou pior! Vamos fingir que não sabemos o que está acontecendo? Porque essa seria a pior mentira de todas, sabemos o que está acontecendo, temos plena consciência do que está errado no mundo: preconceitos, guerras, desigualdade, morte, pecado; somos todos iguais nisso, estamos mascarados, ou, colando uma máscara em nossas caras, e rindo todos os dias, acreditando que o mundo não é como é, ele é terrível, sim ele é bom em certa maneira, mas a parte ruim está dominando tudo por trás, e precisamos sair disso, precisamos acordar e conhecer a história, saber o que já fizemos pra não fazer de novo, e ter um mundo bem melhor.

São livros como esse que nos desperta a realidade e nos faz chorar e ficar revoltados, faz perceber que nossa pequena vida tem problemas sim, mas que não se comparam ao que os outros sofreram nesse período, não trago apenas tristezas da leitura, trago felicidades também, por ter tido acesso a uma história tão incrível... que vou lembrar pra sempre, que vou depositar no fundo do meu coração e levá-la pra minha vida, porque ela foi fundamental pra eu entender o que somos: seres humanos que fazem coisas incríveis e horrendas ao mesmo tempo, que amam e odeiam, que são altruístas e egoístas, somos falhos, na qual, obrigatoriamente precisamos melhorar.
Damares Honnef 27/05/2017minha estante
Muito interessante e inteligente tua resenha! Já fiquei com vontade de ler o livro.


Karli Souza 28/05/2017minha estante
Obrigada! fico feliz por ter gostado, leia sim, é muito bom, vale muito a pena.


Marie.Curie 21/08/2017minha estante
Me identifiquei totalmente, muito bem Karli, a melhor análise do livro, e da mensagem do mesmo! Já leu Hanna Arendt? É exatamente isso que ela reconhece no ser humano, a "banalidade do mal", não se nasce bom ou ruim, estamos sujeitos a agir mal como qualquer pessoa, por isso a importância de uma moralidade que nos regule e de tentarmos ser o mais fiel possivel a ela, não obstante, o ponto fraco do nosso protagonista foi em sua inocência infantil terem manipuladas convicções, sua noção de certo e errado, sua identidade. O quão perigoso pode ser esse processo de alienamento... Triste


Karli Souza 25/08/2017minha estante
Fico bastante feliz por terem gostado da resenha, não li Hanna Arendt, infelizmente.




PorEssasPáginas 05/10/2016

Resenha: O menino no alto da montanha - Por Essas Páginas
Sabe aquele momento que você está bloqueado? Nada está bom, nenhuma leitura progride, por mais que o livro não seja ruim, o problema é você. Bem, eu estava assim. E o que melhor para sair de uma vibe ruim dessas do que um dos seus autores favoritos? John Boyne nunca desaponta. Esse homem tem o dom de deixar cada história que toca perfeita. E em O menino no alto da montanha, ele conseguiu criar uma obra-prima tão marcante quanto seu livro mais conhecido, O menino do pijama listrado. Perturbador e inesquecível, é impossível não devorar esse livro, mesmo na pior ressaca literária.

A primeira coisa que pensei ao ler a sinopse foi “nada de bom pode resultar disso”. Como, se um garotinho vai parar na mesma que ninguém menos que Adolf Hitler? Você já começa o livro pensando que sim, ele vai doer. E dói.

A maestria do livro, além da narrativa, é claro, reside no fato de que Boyne envolve o leitor com o personagem principal de tal maneira que é impossível não amá-lo. Pierrot é apenas um garotinho órfão, que perdeu o pai muito cedo, um homem martirizado pelas cicatrizes da Primeira Guerra Mundial e que machucou demais a família. A mãe vai logo em seguida, alguns anos depois, vítima de uma doença fatal. Pierrot fica sozinho no mundo. Ele até tinha um melhor amigo, judeu, mas ele era criado apenas pela mãe, que não tinha condições de sustentar duas crianças. Pierrot perde até mesmo seu cachorro, que não tem condições de cuidar, e acaba indo para um orfanato. Um destino ruim, certo? Depois você até lamenta que ele não tenha ficado por lá.

O menino é adotado pela tia, irmã do pai, uma parente sobre a qual a família nunca incluía nas conversas. O motivo? Tia Beatrix é governanta na casa de ninguém menos que Adolf Hitler. Logo de início, Pierrot precisa abdicar do próprio nome, porque era “francês demais” e se torna Pieter. “Um pouco menos francês, um pouco mais alemão”. Não só o nome lhe é roubado, mas, aos poucos, sua identidade. É terrível e penoso assistir àquele menino doce crescer e, influenciado por Hitler, pela Juventude Hitlerista e pela Guerra, tornar-se outra pessoa completamente diferente. E apesar de odiar isso, de odiar suas ações, é impossível para o leitor odiar o personagem. Tudo o que a gente sente é um enorme pesar, uma imensa dor no peito que não passa, nem mesmo quando o livro termina.

Você até pode pensar “essa é mais uma história sobre a Segunda Guerra Mundial”, mas no fundo, não é. É uma história contemporânea, e nossa sociedade quebrada pode muito bem se identificar. É um livro para refletir: uma criança nasce ruim? Difícil acreditar nisso, não? Que um bebê, uma criança, nasça destinada a ser uma pessoa cruel, um bandido, um assassino. Aquele bebê de colo que só faz dormir e chorar? Aquela criança que brinca de pega-pega e pique-esconde? Como um ser como esse pode se tornar um adulto horrível? Um dia todos os tiranos, grandes ou pequenos, foram crianças. Foram inocentes.

Como sempre, John Boyne traz uma obra brilhante, com uma narrativa impecável e envolvente, personagens inesquecíveis e um final inteligente e surpreendente. A edição da Seguinte está muitíssimo confortável, como sempre, com uma ótima revisão e diagramação. A capa segue o padrão dos livros de Boyne que saem pela Companhia das Letras, mas dessa vez ela realmente faz sentido e não é apenas mais uma cópia da famosa capa de O menino do pijama listrado. É um livro curto, com uma linguagem simples e considerada jovem, mas não o subestime; é também um livro duro e cruel, e nenhum leitor sairá ileso dessa leitura.

site: http://poressaspaginas.com/resenha-o-menino-no-alto-da-montanha
Helder 24/10/2016minha estante
Estou adorando a leitura. Não consigo imaginar Pierrot sendo ruim.


Daia 28/03/2017minha estante
Amei a sua resenha, estou em um momento bem assim, já é o terceiro livro que leio e não consigo me conectar. Depois do que você disse fiquei interessada na história. Espero que consiga me tirar da ressaca literária hahaha Obrigada!




Marcos Pinto 03/01/2017

Tocante
A guerra tem facetas cruéis e terríveis. Contudo, quando corrompe a inocência de crianças, tudo se torna ainda pior. Nessa obra, John Boyne retrata exatamente isso: o corromper de uma alma inocente; mais precisamente, a alma de Pierrot.

O garoto ainda era novo quando sua mãe falece e ele acaba ficando sem ter para onde ir. Até havia a possibilidade de ficar com amigos da família, mas eles eram judeus e os tempos eram difíceis. Após uma breve passagem por um orfanato, Pierrot consegue um novo lar. Ele vai morar com a sua tia Beatrix, em uma casa onde ela era governanta.

Contudo, o casarão no topo da montanha onde ele vai morar era uma das residências de Adolf Hitler. A princípio havia o temor do tirano detestar a criança. Porém, tudo fica ainda pior quando o líder nazista se torna próximo do garoto e começa a lhe ensinar os preceitos de seu regime totalitário. Cada vez mais o jovem Pierrot se afasta da sua inocência e flerta com a dor, o ódio e o preconceito. Haverá perdão para um discípulo de Hitler? Haverá como se recuperar de uma lavagem cerebral?

“Ele é um menino completamente diferente daquele que veio morar aqui. Você também deve ter reparado” (p. 151).

Partindo dessa premissa, Boyne cria uma obra bela, profunda e com forte apelo psicológico. Isso acontece principalmente devido ao excelente desenvolvimento do protagonista, o que nos permite entender como as influências podem moldar a alma de uma criança. Acompanhar a passagem da infância para a adolescência de Pierrot é algo doloroso, mas altamente verossimilhante, o que dá ao livro um aspecto único.

Outro fator que torna a leitura mais interessante é o bom aprofundamento histórico da trama. Para quem gosta de conferir enredos que se passem no período da Segunda Guerra Mundial, esse livro é uma excelente oportunidade. Apesar do foco ser a relação entre Hitler e o garoto, o fundo histórico está sempre presente, alterando, inclusive, a ação dos personagens.

É também possível tirar da referida obra um detalhe que deixará o leitor pensando por dias: a força que o poder tem sobre a mente das pessoas. Em diversos momentos do livro, o leitor é levado a pensar sobre a estrutura do poder e como ele corrompe e destrói, chegando ao ponto de não nos preocuparmos em passar sobre outras pessoas se isso for trazer benefícios reconfortantes.

“Se não for impedido, o Führer vai destruir o país todo. A Europa toda. Ele diz que está iluminando a mente do povo alemão, mas é mentira. Hitler é a própria escuridão” (p. 151).

Além do bom enredo e da trama que convence, o livro também merece destaque pela ótima parte física que possui. A capa é bela e dá uma boa ideia do que vamos encontrar na obra. Além disso, a diagramação, apesar de simples, aliada à boa revisão e tradução, proporciona uma excelente leitura. Ou seja, mais um trabalho com padrão de qualidade da Seguinte.

Em suma, O Menino no Alto da Montanha é uma obra que toca e mexe com o leitor, tanto na parte sentimental quanto no sentido de colocá-lo para pensar. Além disso, possui um excelente embasamento histórico. Sem dúvidas, uma excelente opção para adolescentes e adultos.

site: http://www.desbravadordemundos.com.br/2017/01/resenha-o-menino-no-alto-da-montanha.html
Vivi de Freitas 03/01/2017minha estante
Excelente resenha! Gosto de livros que tenham pano de fundo histórico, principalmente quando envolve Adolf Hitler e suas tiranias, mas a resenha essa resenha é um belo convite.


Marcos Pinto 04/01/2017minha estante
Obrigado, Vivi. Espero que você tenha a oportunidade de conferir a obra e gostar.




Tatinha 13/12/2016

O medo que dá quando o mal corrompe uma alma inocente!
Depois que terminei o livro fiquei pensando ainda por um tempo como é assustador e fácil corromper uma alma inocente. No inicio essa alma é doce e pura demais para saber o que está acontecendo, e quando é tomada pela escuridão, a luz se sente sufocada demais para aparecer e então todo mal é carregado sobre essa alma... se é fraca e se não lhe é dado a oportunidade de redenção ela quebra, mas...se ela pode ser perdoada está quebrada demais para ter a pureza de outrora... então ela já se perdeu!
O mais assustador de uma guerra, e dessa guerra em particular é ver como tantas pessoas , pessoas normais como você e eu, deixaram ou se omitiram ou se convenceram e fizeram parte de algo tão monstruoso como o que aconteceu naquela Alemanha de Hitler. Se eu tivesse um chapéu no momento eu tiraria para John Boyne, porque ele conseguiu mostrar nesse livro com uma beleza de mestre e de uma forma tocante e triste e assustadora a facilidade que é corromper uma alma. Não qualquer alma, uma alma inocente e pura. Percebemos o quanto é assustador, pois qualquer pessoa pode ser corrompida. Como que o mal pode vir de qualquer pessoa, como o homem comum, apenas por não pensar por si próprio, pode causar uma destruição sem precedentes, como aconteceu na Alemanha, quando milhares de pessoas se esqueceram do principio básico da convivência humana, como não é preciso uma pessoa má para fazer o mal, apenas uma pessoa ignorante pode queimar o mundo. O pior, como uma alma e uma mente em formação pode ser distorcida e levada ao vazio, como é perigosa manipular mentes jovens. O perigo que é não se esforçar para ter pensamento próprio, a ameaça que é se deixar levar por uma ideia ou se deixar seduzir por um sonho podre!
Creio que esse livro deveria ser leitura obrigatório é de uma beleza sem precedentes e também muito assustador!
Helder 18/12/2016minha estante
Linda resenha.


Tatinha 18/12/2016minha estante
Obrigada!




Rafa 04/02/2021

Primeiro q consegui ler dps da ressaca que Evelyn causou
Terminei a 3 dias e só parei de chorar agora pra dizer que é um livrão. É isso...
André Pereira 15/02/2021minha estante
de nada




gvnnrs 09/08/2019

ninguém nasce mau
Depois que você começar esse livro, com certeza vai ser dificil de largar.
Só de saber que a história se trata de uma criança que foi morar nada mais nada menos do que na casa de Hitler, você já fica em alerta.
Como sempre John Boyne escreveu e desenrolou tudo muito bem, amei o easter egg na estação de trem, coma família do Bruno, me apertou o coração!
É triste ver como uma criança pode ser moldada de formas horríveis conforme o ambiente em que se é criada, dando enfase numa frase que eu escutei uma vez, que ninguém nasce ruim.
Samynne 22/05/2020minha estante
Adorei a sugestão no grupo do fb e vim pesquisar a resenha: te achei haha




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Alan.Oliveira 15/04/2024minha estante
Com o dedo coçando pra abrir a resenha kkkkk




Fernanda 13/07/2021

Pierrot vive em Paris com os pais. Filho de uma francesa e um ex-soldado alemão, que vivem um casamento conturbado devido ao estresse pós traumático do pai, Pierrot tem como melhor amigo o Anshel, um garotinho judeu surdo, com o qual cria uma maneira única de se comunicar. Em sua inocência, as duas crianças não têm noção de que o movimento que culminou com a Segunda Guerra mundial ganha cada vez mais força.
As circunstâncias levam Pierrot a ficar sozinho no mundo e ele vai parar num orfanato até ser encontrado pela tia paterna, que ainda não conhecia. Ela o leva para o casarão onde trabalha e mora, que não é nada mais, nada menos que uma das casas de Adolph Hitler. O menino muda de nome e é orientado a não comentar sobre seu passado, inclusive a sua amizade com Anshel. O contato inicial com o fuhrer causa temor na criança, mas, com o passar do tempo, a convivência exerce mais influência sobre ele do que deveria.

Assim como em O menino do pijama listrado, o autor trata o tema com mais delicadeza do que a maioria dos livros similares, podendo ser lido por pré-adolescentes, desde que os responsáveis considerem que tenham maturidade para tal, já os elementos centrais do tema estão presentes: a crueldade, o separatismo e a violência. No entanto, refletem fatos sobre os quais todos deveriam conhecer, para que não se repitam.

site: Estou no Instagram como @viralivros
CPF1964 16/07/2021minha estante
John Boyne e Victor Hugo são os meus autores favoritos. Dei 5 estrelas para este livro.




Helder 27/10/2016

Uma criança "criada" por Hitler
Como é bom quando lemos um livro assim. Simples, criativo, inteligente e muito bonito. Da vontade de convencer o mundo a lê-lo também.
O Menino no Alto da Montanha é um presente escrito por John Boyne e me conquistou logo pela sinopse.
Pierrot, é um bom menino nascido na França após a primeira guerra mundial. Sua vida de criança é tranquila, junto com seu amigo surdo judeu que adora escrever. Porém, ao ficar órfão de seu pai alemão e de sua mãe francesa ele é encontrado por uma tia alemã, que o leva para morar com ela em seu local de trabalho. Só existe um problema em seu trabalho: Ela é governanta. Onde? Na casa de campo de Hitler, conhecida como Ninho da Águia que realmente existe até hoje na Áustria. E assim, de repente, com 7 anos, Pierrot encontra-se morando na casa do Fuhrer. E ali existem perigos difíceis de perceber para uma criança nessa idade.
Logo ao chegar, a tia lhe explica que muitos cuidados devem ser tomados, O primeiro deles é ele mudar de nome. Pieter é uma versão mais alemã de seu nome. Outro ponto problemático que precisa ser cortado são as cartas trocadas com o amigo judeu, que passa a descrever cada vez mais a invasão nazista e perseguição a judeus em Paris.
Ao chegar à casa, Pierrot é um menino que está sempre apto a ajudar e se sente importante sendo útil. Porém, com o tempo nossos olhos começam a perceber um processo de transformação. Em sua ingenuidade, Pierrot vai se transformando em Pieter e passando a ver o Senhor da casa como um exemplo a ser seguido. Tudo em nome da pátria! E aí tudo é valido, e o conceito de certo ou errado passa a ser outro. Vale a pena machucar pessoas em nome de seu país.
John Boyne tem um talento incrível para mostrar o mundo cruel girando ao redor da inocência, mas aqui, diferente de seu livro de maior sucesso, esta inocência vai se deteriorando e sentimos a dor de acompanhar esta triste mutação. Sempre baseado em seu “exemplo de pessoa correta, Hitler”, Pieter vai se tornando um menino egoísta e egocêntrico, achando-se o braço direto de Hitler e acreditando ter direitos diferentes de todos os outros moradores da casa. O menino sempre apto a ajudar passa a acreditar que deve servir somente a Hitler, e deve ser servido por todos, mesmo que para isso precise humilhar pessoas que lhe estenderam a mão.
Neste ponto o autor nos faz pensar em como uma criança pode ser moldada por um adulto. É possível que uma criança tenha princípios ou consiga agir completamente diferente daqueles que as educam? Ok, Boyne pega pesado e coloca Hitler como este “educador”, mas é possível trazer para nossa realidade e nos fazer pensar o cuidado que devemos ter para educar nossos filhos, pois o que fazemos com certeza servirá de exemplo e em muitos casos, até de objetivo de vida destes pequenos. Dia a dia estamos moldando o caráter destas crianças
Outro ponto que deixa a leitura muito interessante é que esta transformação vai acontecendo em paralelo a fatos históricos. Boyne mistura diversos fatos reais com sua estória romanceada e torna tudo extremamente crível. E viajamos junto com ele na imaginação. Como seria ganhar um uniforme do próprio Hitler? Ou presenciar conversas políticas com grandes líderes como o Duque de Windsor, que contrário a seu país, resolveu conhecer Hitler, por quem foi assediado? Ou participar de uma reunião onde se discute a arquitetura dos primeiros campos de concentração?
Para Pieter estes são fatos corriqueiros, e participar de tudo isso, nem que seja só como ouvinte, o tornam um menino extremamente orgulhoso e arrogante. Por mais que nunca tenha ido ao front, ele se sente participando da guerra em uma posição especial, já que está “ao lado” de Hitler.
E ai vem a dúvida: O mal nasce com a gente ou pode ser gerado? É fácil destruir a ética de uma pessoa? Se Hitler conseguiu mexer com a cabeça de um país, o que não seria capaz de fazer com um garoto órfão com necessidade de aprovação.
De acordo com Boyne, algumas pessoas, um dia percebem seus erros e precisam lidar com este peso, e nem sempre existe redenção. E os erros cometidos por Pierrot são enormes e com certeza o marcarão para toda a vida. Que vontade que temos de evitar que ele siga estes caminhos, pois sabemos que não terão volta e que as marcas serão enormes.
Acho ainda, que outros autores teriam escrito um livro mais pesado, mas Boyne consegue nos mostrar a crueldade em pequenos detalhes. Uma mão leve, mas extremamente eficaz.
O final do livro é muito especial e nos traz um pequeno alivio. A história foi contada como devia ser.
Lindo! Para ficar pensando após terminar a leitura.
Recomendo!
Eli Coelho 19/01/2017minha estante
Depois dessa vai entrar na minha booklist




cabanamaligna 21/04/2023

"Haverá perdão, Herta?"
Ouvi dizer que era muito bom, mas honestamente excedeu as minhas expectativas. Começou como uma leitura obrigatória do colégio e com o tempo virou uma forma de lazer
Gostei muito de ver como a personalidade do guri (Pierrot? Pieter? Sla o mlk é binomial) muda ao longo do livro, é algo que realmente reflete como as pessoas mudam em determinadas situações
O jeito que o Pieter mudou ao longo da infância na montanha e como ele acreditava 100% de que estava fazendo a coisa certa foi algo que me impactou de uma maneira muito forte
Consegui imaginar um cenário muito tranquilo também, gostei da vibe do local. O livro é escrito de maneira fluída e de fácil interpretação, o que abre espaço pra focar menos em detalhes gramaticais e mais na conexão com a história
Leonhard1 05/05/2023minha estante
tive mesmo caso que o seu! no início era escolar mas depois me apaixonei pela leitura




Marcelinha 24/05/2024

O menino no alto da montanha
Estou completamente enjoada com essa história. Aprendi com os livros que é possível ficar fascinada sem gostar da coisa... Esse é o momento. Sem palavras...
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Analu 22/10/2016

“O menino no alto da montanha”, John Boyne
O livro de John Boyne (mesmo autor de O Menino do pijama listrado) conta a história de Pierrot, um menino que mora em Paris e tem mãe francesa e pai alemão. Tendo seu pai, um soldado já falecido que lutou a primeira guerra, como um grande ídolo, o menino almejava constantemente se tornar um homem poderoso quando crescesse, e isso é a chave de toda a narrativa, que fala principalmente sobre o desejo de reconhecimento e poder e sobre como as pessoas podem acreditar piamente em alguma coisa sem nem saber exatamente o que elas significam. [...] Continua no link!

site: http://revistapolen.com/o-menino-no-alto-da-montanha-john-boyne/
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