Resenhas - Mitologia dos Orixás

Fred 06/10/2021

O que cabe da mitologia em um único
Livro muito bem escrito, com conteúdo excepcional além de ser lindo e gostoso de ler

Livro perfeito para começar a conhecer não só sobre a mitologia dos orixás, mas também muito sobre a cultura Iorubá além de aprender sobre a cultua Brasileira. Um livro que passa muita credibilidade, pela forma de pesquisa que é apresentado além dos cuidados e fontes.
Apesar de ser um livro relativamente grande, dependendo da cultura de leitura do leitor, 592 páginas, o livro flui muito bem, por contar em pequenos contos, histórias que se somam possibilitando ao leitor interpretar e tirar as próprias conclusões sobre cada conto e principalmente no contexto geral.
Por se tratar de contos separados e que surgiram em lugares e momentos diferentes, é importante se desapegar da continuidade entre as histórias. Hora um personagem é filho de um, no outro conto é filho de outro, o que é compreensível pra uma cultura que se difundiu oralmente por tanto tempo.
Outra coisa muito legal é que os textos são extremamente simples de ler, o que permite que muitos termos e palavras da cultura sejam incluídas nas histórias e que graças ao glossário no final do livro é possível compreender tranquilamente todas essas palavras diferentes.
O livro é dividido de forma que cada capítulo se refere a um conjunto de histórias de um mesmo orixá. Assim, ao fim de cada capítulo é fácil criar uma opinião própria sobre o que aquele orixá representa.
É fantástico como pequenos contos explicam as coisas do mundo e do universo, como toda boa mitologia. Além disso, é fascinante ver entidades de uma religião que não são maniqueístas, que tem personalidades defeituosas, que não precisam ser o tempo todo boas ou o tempo todo ruins. Orixás sentem como os humanos, tem amor, traição, inveja, brigas, ciúmes e qualquer outro sentimento que você já teve. Isso é muito legal pois mostra como podemos idolatrar e até venerar algo que não é perfeito, assim como nós não somos.
Ps: O livro é lindo também!! No começo tem várias fotos dos rituais com o nome do Orixá representado (isso é legal pra quem é mais visual), além de cada início de capítulo ter uma ilustração linda no começo e uma pequena ilustração com uma espécie de símbolo do Orixá no meio de cada capítulo!

Mafê 11/05/2023

É um livro ótimo, mas exige uma base
Eu não mudaria minha nota por nada nesse livro. A proposta e a forma que os itans foram retratados foram todas muito bacanas, mas é importante ter uma noção prévia ou ele pode se tornar confuso, mesmo com as notas do autor no fim do livro.
É muito importante entender as pluralidades das religiões afro-brasileiras e como os orisas podem ser cultuados de formas diferentes (e nenhuma delas está, de fato, errada).
Ainda sim, da pra perceber que o livro foi feito de uma forma muito respeitosa e que o autor desprendeu muito tempo em pesquisa e visita técnica; tive a sensação que ele não apenas queria escrever um livro, mas aprender sobre o que ele estava escrevendo. Achei muito bem feito.

PaulaC 23/04/2023

Essencial
Para quem tem interesse em conhecer mais sobre os itãs, esse livro é essencial.
Recomendo que seja um porta de entrada para se obter mais conhecimento do Candomblé.

Gii 10/04/2024

Sempre fui muito interessada na cultura africana, gostei muito dos itans, todos trazem uma lição que explica situações do cotidiano, as histórias são de fácil entendimento! Muito bom conhecer melhor sobre essa religião.

Rafaela.Cruz 25/03/2024

Adorei.
Uma livro muito bom pra servir de introdução na compreensão do candomblé e saber um pouco mais sobre as histórias dos deuses.

Keidyagarcia_ 26/05/2024

Iansã, Oxum, Iemanjá e Ewá. Foram as minhas prediletas.
Yabás é o nome utilizado para se referir às Orixás femininas e significa ?Mãe Rainha?.
São 6 as principais Yabás: Nanã, Oxum, Iemanjá, Iansã, Ewá e Obá.

Nanã

Ela é a orixá mais velha, ela rege a sabedoria e os pântanos.
Sua saudação é saluba Nanã, que significa ( salve mãe das aguas pantaneiras )
Nanã nos apresenta o arquétipo da anciã, da mãe primordial, resgatando a memória mais ancestral. Domina as águas paradas, pântanos e terras úmidas. Nanã inspira respeito.
Embora considerada a dona da morte, Nanã na verdade é a própria valorização da vida, da amizade e da família, afinal, vida e morte são apenas parte daquilo que é o ?viver?, e Nanã nos guia nesse caminho. Ela é responsável pelos portais da encarnação, desencarnação e reencarnação.
Seus nomes são variados: Nanã Buruku, Nanã Borodo, Nanã Buru, Nanã Boroucou, Boroucou, Anamburucu ou Nanamburucu. São filhos de Nanã os Orixás Iroko, Osanyin, Yewá, Omolu, Obaluaiê e Oxumaré. Suas cores são lilás, branco e anil.

Iemanjá

Elá é a Rainha do Mar
Sua saudação é Odoyá ou Odocyabá que significa "Salve a Senhora das águas"
Iemanjá nos traz o equilíbrio da cabeça e é requisitada para a paz. A orixá estimula a solidariedade alinhada ao reconhecimento das prioridades, ou seja, ela ajuda, mas em primeiro lugar, pensa si mesma.
Iemanjá é uma orixá tão popular no Brasil que recebe outros inúmeros apelidos como Inaé, Mucunã, Sereia, Dandalunda, Princesa de Aiocá, ?Oguntê, Marabô, Caiala e Sobá. Oloxum, Ynaê, Janaina e Yemanjá. São rainhas do mar? (Lenda das Sereias, música interpretada por Clara Nunes).
Assim como Oxum, Iemanjá também é uma orixá requisitada para assuntos do amor e é associada à compaixão e ao perdão. Ela é o próprio arquétipo da maternidade e protege todos os seus filhos.
Tanto Oxum quanto Iemanjá são associadas à maternidade, mas enquanto Oxum está na qualidade agregadora, na fusão entre o sêmen e o óvulo, Iemanjá é o próprio processo de criação ( a formação do bebê ).
Sua fertilidade está nas coisas que produzimos em nossas vidas. É Iemanjá quem estimula a criatividade e a geração da vida.
Seu espírito de cooperação também é associado ao amparo materno. Ela rege também as relações familiares e de amizade.
Suas cores são o azul, o branco e o prata.

Oxum

Ela é a Rainha dos Rios e Cachoeiras
Sua saudação é Ora Yê iê, ô! que significa "Olha por nós Mãezinha"
é a rainha das águas doces e senhora da beleza. É uma orixá associada à riqueza espiritual e material.
É Oxum quem surge para manter o equilíbrio das emoções. Também é considerada a Orixá do amor, o que faz com que seja muito requisitada para assuntos de relacionamentos.
Oxum é também conhecida com Osúm. É filha de Iemanjá com Oxalá. Assim como Obá e Iansã, Oxum também foi esposa de Xangô. Suas cores são amarelo, azul ou dourado.
Muitos olham pra Oxum vendo-a com o aspecto frágil, mas ela é a senhora dos feitiços... é Ela quem domina os caldeirões e Oxum vence inimigos através do estômago.
Oxum também tem um aspecto maternal. Seu amor puro e incondicional lhe confere o título de ?Orixá do Amor Divino? e ?Deusa do Perdão?, tudo em nome da harmonia que essa Orixá tanto preza.
Sua fecundidade está nas águas dos rios e nas nascentes que irrigam a terra e proporcionam a fartura das colheitas, e também no ciclo menstrual feminino.

Iansã

Orixá dos Ventos, Raios e Tempestades
sua saudação é Eparrei Oyá, que significa "Salve o raio de Iansã"
Iansã, com seu charme e beleza, movimenta-se como o vento, ora suave, ora arrebatador. É fiel às suas convicções. Ela é uma guerreira que não foge às batalhas.
Iansã é uma aliada aos que se sentem perdidos ou estão buscando alguma direção. É Iansã quem controla os ventos e tempestades e também conduz os espíritos desencarnados. Iansã aponta os caminhos.
Sendo assim, as pessoas que se sentem estagnadas, especialmente em decorrência de problemas emocionais, podem ser auxiliadas pela energia ativa e mobilizadora de Iansã.
Iansã também é chamada de Yansã ou Oyá e suas cores são o amarelo e o vermelho. Na umbanda sua cor é o laranja.

Obá

Orixá Guerreira Mulher
Sua saudação é Akiro Obá Yê, que significa "Eu saúdo o seu conhecimento, Senhora da Terra"
Com espada e escudo na mão, Obá está sempre pronta para lutar.
Obá é uma orixá que representa força, ousadia e sabedoria. Ela não se curva e luta contra toda forma de machismo. É uma orixá que briga pelos direitos das mulheres.
Obá é filha de Iemanjá com Oxalá. Representa as águas doces revoltas como pororocas e quedas d?água. Ao lado de Nanã, Obá controla as enchentes barrentas. A força de seu elemento da natureza traz a representação de uma Orixá que possui grande força física.
Suas cores são o vermelho e o branco, com detalhes em amarelo e às vezes também se utiliza o rosa. Seu escudo e sua espada são de cobre.
Apesar da força e de sua qualidade guerreira, Obá aparece com um semblante triste, representando seus ressentimentos.

Ewá

Orixá da Vidência
Sua saudação é Ri Rô Ewá, que significa "Doce e branda Ewá"
Ewá significa ?mãezinha do caráter? e ela rege os nevoeiros e as neblinas. É a dona dos horizontes e pode fazer seus inimigos se perderem na névoa, mas ela mesma, que já enganou a morte diversas vezes, não se perde.
Também conhecida como Yewá, é a Orixá do sexto sentido. Rainha do céu e do cosmo, ela domina o lugar que a humanidade não alcança e possui o poder da vidência.
É símbolo de beleza e sensualidade e protege os rios, florestas e o próprio ser humano.
Também é associada à pureza, mas Ewa não tem nada de ingênua, sendo uma guerreira muito astuta e sábia.
Ewá é filha de Oxalá com Nanã. Possui uma serpente, o ?Ofá? (arco e flecha) usado em guerra, o arpão, e a lira como símbolos. Suas cores são coral, rosa e vermelho vivo, sendo os seus colares nas cores vermelho e dourado.
Ela é a orixá das possibilidades e do ocutismo, já que todos os seres que se camuflam tem a proteção de Ewá.

Quando temos contato com as histórias das Orixás, reconhecemos as características ancestrais das Yabás e resgatamos a memória ancestral dos povos africanos. É também uma possibilidade de ampliarmos as referências que temos quanto aos aspectos e a força do feminino.

Cada uma das histórias dessas Orixás se comunicam com nossas vidas. Elas narram passagens que remontam a origem do universo. Evidenciam como as Orixás amparam quem precisa de sua ajuda, ou inspiram nossas atitudes com valores e características que elas trazem para nos auxiliar.

brunasmpaio 15/04/2024

Um livro excelente para quem quer conhecer um pouco mais as histórias dos Orixás (e talvez para quem conheça também). o tamanho talvez assuste de início, mas foi escrito de um modo que torna a leitura fluida.

Leitora Exaltada 06/05/2024

Um ótimo começou
Sou iniciante na umbanda e queria entender o que são os orixás antes de começar a estudar as vertentes da religião. E esse livro foi um ótimo início.

O livro é repleto de contos sobre diversos orixás com linguagem bem simples. O livro voa na sua mão

Achei um ótimo início e me citou pra entender quem é quem e entender suas representatividade

Fernanda 24/02/2023

Mitologia dos Orixás
Livro excelente para quem quer ter uma introdução teórica da origem mitológica dos orixás, mas para melhor aproveitamento, é interessante que se tenha noção mínima de candomblé, o que eu não tinha. Se a intenção é aprender sobre a religião, talvez não seja o livro mais adequado, mas é uma aula de cultura.
Em alguns momentos se torna um pouco cansativo, talvez pela utilização de termos específicos da religião, em iorubá e outras origens africanas.
A dica é ler aos poucos, intercalando com outro livro.

Melissa 12/12/2023

Um compilado muitíssimo interessante e bem organizado. Me ajudou muito nos meus estudos e várias vezes me peguei lendo por curiosidade ou me lembrando do que tinha lido meses depois

Marcus 20/07/2021

Mitologia dos Orixás
Livro leve, fluído, dividido de tal forma que é possível que o leitor possa retornar e reviver a leitura e o sentimento que ela traz. Só deixo a observação de que toda apropriação teórica relacionada a construção das religiões de matriz africana é sempre enriquecedora. Aliás, não sou nenhum crítico de livros, apenas curioso. Além disso, existe seriedade e estudo nesta obra. Só não poderia deixar de reforçar a pluralidade construtiva dessas religiões. A sua difusão tem base na oralidade e, portanto, não se surpreenda com a relação antagônica entre o que está escrito e o que se adota na prática ou é passado pelas Yás e Babas. Acho um assunto inesgotável, uma religião linda, brasileira e que designou quem somos. Recomendo!!

ana janga 10/08/2023

Amo amo, não tem como dar uma nota por conta de ser o que ele é, mas eu julgo pela transcrição dos itã , muito bom adorei muito semelhante do que é passado pelos mais velhos

Ana 15/08/2021

Prandi reuniu com maestria histórias que sobreviveram às centenas de anos. Histórias que falar de África, de espiritualidade mas principalmente fala muito sobre humanidade.

duda :) 19/07/2023

Esse livro realmente me fez entender melhor a religião. apesar de grande, as histórias fluem bem por causa do modo q é escrito. enfim, muito bom!

Lu 10/09/2022

Surpreendente.
Livro extenso, fácil de ler e muito surpreendente.
Existe um glossário para alguns termos pra quem como eu não conhecia muito dessa religião.