Stér 21/05/2024
Enfim, conhecendo a Sarah J. Maas e tendo meu primeiro contato com os Feéricos
[Isso pode conter alguns pequenos spoilers]
Devo confessar que já levei tantos spoilers dessa série que não sei como não desisti de ler. Sou uma pessoa que detesta profundamente todo e qualquer tipo de spoiler, mas como já existia uma vontade grande de ler, desde que foi lançado, então, enfim, aconteceu. Mas, também, devo dizer que sim, os spoilers macularam parte da minha experiência, infelizmente.
Foi um pouco difícil me conectar com a história, pois, até um pouco mais da metade do livro não havia acontecido nada de muito "empolgante". Sei que a autora é famosa por escrever um monte de “coisas” e só depois quando essas “coisas” irem se desenvolvendo é que você então começa a ligar os pontos, mas senti falta de algo para dar um "up" em meio a 300 páginas de "banho maria" que você fica.
Sobre Prithyan, achei muito legal essa divisão das Cortes e como cada uma tem uma característica elementar ou algo relativo. Quanto as criaturas que são apresentadas nesse primeiro livro, gostei bastante da ideia do Boggi e o Suriel. Sou apaixonada por criaturas diferentes, ou mesmo que seja algo já criado, vindo de alguma mitologia, gosto de ver como os autores os inserem na história e como ali, naquele universo, ele será trabalho. E, falando sobre isso, sei que essa é uma releitura de "A Bela e a Fera", e achei muito interessante como a Sarah construiu a sua ideia de a Bela e a Fera. É muito legal ver os traços similares ao conto original e o que ela transformou para se tornar Corte de Espinhos e Rosas.
Amei a parte de ação do livro, quando a Feyre, enfim, chega a Sob a Montanha. Eu realmente fiquei empolgada com todas as provas, mas achei a Amarantha relativamente "fraca". Achei que para uma personagem de centenas de anos, que passou por guerras sangrentas, era general de num sei lá das quantas, pintou e bordou no mundo como secretária do demo, adquiriu um poder absurdo, escravizou geral, etc; deixou muito a desejar. Se olharmos pela ideia de "tinha tanto poder e a essa altura do campeonato achava que ninguém ia bater de frente, tornando-se tão arrogante ao ponto de baixar a guarda e por consequência acontecer o inesperado: a queda". Tudo bem, compreensivo. Mas... ainda assim, acho que Amarantha poderia ter sido um pouco mais, visto a imagem de terror pintada e as barbáries descritas, ao longo de todo o livro, sobre ela.
Acredito que de todos os personagens apresentados nesse primeiro livro, o Lucien foi quem mais me cativou com o seu "jeitinho libertino" e "babá de humana" (convenhamos que o Tamlin imputou esse papel ao pobre. rs)
Em suma, para um primeiro livro, que geralmente sempre é apenas uma introdução para algo maior, achei que foi bom.