Miniaturista

Miniaturista Jessie Burton




Resenhas - Miniaturista


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Lana 27/08/2023

Miniaturista
Esse foi um daqueles livros que simplesmente não me surpreendeu em nada.
Não achei o livro ruim, porém não tinha nada de extraordinário nele.
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Lit.em Pauta 30/05/2016

Literatura em Pauta: seu primeiro portal de críticas e notícias literárias!

"Miniaturista, escrito por Jessie Burton e publicado no Brasil pela editora Intrínseca, é um romance histórico disfarçado de livro de suspense: seu verdadeiro objetivo não é explorar o mistério a cerca do personagem título, mas apresentar e criticar o estilo de vida dos holandeses no início do século XVII."

Prestigie o site, lendo a crítica completa em:

site: http://literaturaempauta.com.br/Livro-detail/miniaturista-livro-critica/
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Nayonara 03/11/2020

Terminei o livro há alguns dias mas ainda não consigo definir se gostei ou não, teve seus momentos muito bons mas em outros a narrativa foi um tanto confusa, senti que algumas pontas ficaram soltas na história e que ela poderia ter sido melhor desenvolvida
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Michelle França 08/11/2016

Que livro ... Amei
Não sei como algumas pessoas podem nao ter gostado desse livro ! Ele simplesmente é a melhor novela que ja li! Leitura lenta que segura a atenção, detalhando cada acontecimento de forma minusciosa. Os segredos, as revelações ocorrem na hora exata. Os personagens são despidos pela autora, ela mostra não só as caracteristicas de cada um mas ela dá alma a cada um deles. Você ama e depois odeia e depois sente dó, perdoa e torce por cada um e o desfecho dessa tão bem descrita novela foi muito satisfatória pra mim. Fugiu completamente dos clichês romantizados, aqui se conta um drama familiar que vc não consegue desgrudar de ler até ter o desfecho. Ponto positivo para o elemento sobrenatural que ronda a protagonista, adorei a forma como expôs o mistério. Você entra na paranóia daquilo e não sabe se é real ou não. Que mais pessoas critiquem livros bons para o preço cair na Amazon kkkk eu agradeço ! Paguei e bem pago só 15 pilas e valeu a pena. Merecido 5 estrelas
patita 03/06/2018minha estante
Concordo plenamente!




Carolina 08/12/2021

Miniaturista
A história começa meio arrastada mas que poucos vai mostrando algumas coisas que podemos nos apegar e tentar entender a todo custo. Quem é o Miniaturista, como ele sabe das coisas? Que segredos os Brandt guardam? Mas no fim, a explicação de quem é o Miniaturista foi tão ruim que terminei o livro e só me toquei quando acabei que seja informação ruim era a explicação. Foi um livro legalzinho mas totalmente esquecido no churrasco, podia ter sido melhor
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Isa PL 14/08/2023

Não era o que eu esperava?
A história em si não é ruim, ela aborda temas interessantes, mas a forma como a autora joga alguns fatos achei meio imprudente. Ela poderia ter explicado melhor algumas coisas e ignorado outras que não eram tão importantes assim pra história. Num geral a temática do livro é meio sem foco, os personagens não tem muito desenvolvimento e você fica o tempo todo esperando respostas que podem ou não aparecer.

O ?suspense? que eu esperava veio na forma dos vários segredos que a nova família de Nella esconde, mas você não sabe deles até que a autora dá uma resposta explicando, então durante a leitura eu não tive o sentimento de querer continuar lendo pra descobrir. Eu só queria terminar mesmo.

No geral é um livro muito rápido de ler, ele é dividido por meses, mas tenho certeza que não leria de novo. Foi uma experiência, se boa ou ruim só o tempo pode dizer.
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_napaulices 02/04/2022

Essa família é muito unida, e também muito ouriçada
Miniaturista se passe no século XVII em Amsterdã e é um livro de suspense.

A personagem principal, Nella, foi jogada em uma situação completamente diferente do que ela imaginava após seu casamento e no final, seu status vira algo ~bem diferente~ para a sociedade na época.

O caráter das demais pessoas da história vai se construindo e você vai criando suposições do que pode acontecer. Os detalhes sentimentais na narração são muito ricos.

(Por ultimamente estar acostumada a ler livros mais dramáticos, nem fico mais tão baqueada com o luto por personagens e plot twists)
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Bruna.Menegildo 16/03/2020

Miniaturista - Jessie Burton
Há um tempo atrás em busca de novos livros me deparei com este que de cara já me chamou a atenção pela capa que convenhamos: foi muito bem produzida e tem tudo a ver com a história nele.
A sinopse também me chamou muita atenção por se tratar de um drama suspense em pleno século XVII em Amsterdã. AMO novelas e suspenses históricos.

O drama de Petronella Oortman começa quando recém casada, chega a "sua" nova casa, onde terá que se adaptar ao seu novo modo de vida e as regras da sua tão temida e misteriosa cunhada Marin Brandt. Uma mulher cuja a devoção protestante fala mais alto, além de ser muito reservada e ter gostos peculiares para coleção.
Os criados da casa também tem um papel significativo para a trama. Cornélia sendo a unica companhia de Nella, a ajuda em seus primeiros dias na casa e como conviver com Marin que desde sua chegada não aprova Petronella.
Otto, um criado negro e livre, que cuida dos afazeres mais pesados da casa e aos assuntos particulares de Johannes Brandt.
Seu marido apresenta comportamentos estranhos para Nella ao não a tocar apos o casamento e a tratando com diferença.
Com a chegada do presente exorbitantemente grande, caro e inútil de seu marido, uma réplica de sua casa, também chegavam seus problemas.
Com o contato de um miniaturista da cidade, Nella encomendava os pequenos objetos para decorar sua casa de bonecas, mas com esses pedidos também chegavam mini objetos que predestinariam acontecimentos que somente quem vivia nesta casa saberia.
Um dia Nella toma a decisão de seguir o marido até seu escritório, para descobrir o que tanto o prendia no trabalho e o afastava de seu casamento.
Petronella descobre que seu marido é um Sodomita, como era chamado um homossexual da época. Isso a estarrece e a faz não mais acreditar que possa ter uma vida em segurança em Amsterdã, enquanto o miniaturista misterioso continua a assusta-la com suas previsões em forma de miniatura.

Eu particularmente gostei bastante do enredo até pela metade do livro, após isso já fica bem previsível o que pode acontecer, mas não perde o rebolado.
A leitura realmente me prendeu e eu não achei muita dificuldade na escrita. O final de Marin isso eu não previ hahaha.
Achei o livro bem interessante em termos históricos pra quem não tem noção de como funcionava a sociedade na época na Holanda.
Existe uma adaptação Mini-série de mesmo nome "The Miniaturist"(2017) que condiz muito com o livro, vale a pena dar uma olhada.
Bruna.Menegildo 17/03/2020minha estante
Minha resenha também está no Clube do Gueto: https://clubedogueto.com/miniaturista-jessie-burton/




Aventura de aprender 06/04/2017

Esse livro aparentemente é um suspense de mistério, mas está mais para um romance histórico. Só que mesmo assim os elementos de suspense estão bem presentes e apesar das descrições super detalhadas e do começo ser um pouco lento a leitura é bem agradável. Outra coisa que me chamou bastante atenção é o forte conteúdo religioso no pior sentido da palavra. Seria eufemismo eu dizer que senti vontade de vomitar.

“Quando conhecemos realmente uma pessoa, Nella, quando enxergamos além dos gestos mais amáveis, dos sorrisos, quando vemos a raiva e o medo patético que cada um de nós esconde, então o perdão é tudo. Todos nós precisamos desesperadamente disso. E Marin… Marin não sabe perdoar.”

“— Vocês duas estão fazendo muito barulho — adverte Marin. — Por favor, lembrem que as pessoas estão sempre olhando.”

Petronella (Nella) morava em um vilarejo chamado Assendelft com sua família em boa situação financeira, mas o pai se envolve com jogos e morre deixando a família endividada. Pensando em garantir o futuro da filha, a mãe arranja seu casamento com um comerciante rico chamado Johannes. Eles se casam às pressas e a mudança é marcada para meses depois. Só que, como diz na sinopse, o casamento não se concretiza porque ele nem a toca. Na primeira parte do livro vemos sua frustração que só aumenta quando recebe a tal casa de bonecas pra ter com o que se ocupar.

Entretanto, depois dessa parte um a um os segredos começam a ser desvendados. Não posso falar muito aqui para não dar spoiler, mas tanto Nella quanto nós veremos que nada é o que parece. No meu caso não causou tanto espanto porque como conheço o puritanismo calvinista já esperava por aquele tipo de coisa. Quanto ao segredo do miniaturista vi muitas críticas de que não ficou bem explicado, mas pelo menos pra mim a explicação foi clara e brilhante.

"Ao me mostrar minha própria história, reflete Nella, a miniaturista se tornou autora dela. Gostaria muito de poder recuperá-la."

Como eu já disse, o que me deixou mais chocada foi o comportamento protestante puritano antigo. Conhecemos isso atualmente com o nome de legalismo. Da mesma forma que os fariseus, as pessoas buscam aprovação de Deus e da sociedade através da obediência às leis, muitas vezes extra-bíblicas e pouco (ou nenhum) espaço há para o Amor a Deus e ao próximo. O resultado disso é: todos aparentando bondade e santidade, mas com as vidas podres e caindo por dentro. Pessoas que dizem amar a Deus, mas no fundo apenas têm medo e raiva d’Ele. Até mesmo o pastor demonstra satisfação ao ver os pecados das pessoas sendo revelados. Vizinhos que espionam uns aos outros pra enxergarem nos outros os pecados que tentam esconder em si mesmos. Realmente muito triste...

"Acaso pode sair água doce e água amarga da mesma fonte?"

“— Você coloca essa fantasia de manhã, Pieter Slabbaert — diz Johannes. — E você também, Frans Meermans. E ambos escondem seus pecados e suas fraquezas em uma caixa sob a cama, e esperam que, deslumbrados com suas vestes, nos esqueçamos deles.”

Outro ponto interessante é o desprezo pelo catolicismo que eles chamam pejorativamente de “papistas” e o quanto a religião juntamente com o Estado queriam controlar até mesmo o que as pessoas comiam! Parece que Nella era católica em sua cidade natal porque teve uma hora que ela diz que o sacerdote da infância dela e os pastores de onde estava concordavam em que homossexualismo é uma abominação. E como eu, também ficou muito triste com a falsa religião calvinista que eles seguiam e teve muita piedade deles entendendo que só teriam a oportunidade de redenção através do sofrimento porque é através dele que poderiam conhecer a si mesmos por trás da aparência de falsa santidade e piedade. Jesus poderia libertar, mas jamais toda aquela opressão religiosa que mais fazia piorar tudo!

“— Quando conheci você — começa ela, desesperada para se livrar daquela tristeza —, não se importava com a Bíblia, com Deus, com culpa, pecado nem vergonha.
— Como sabe que eu não me importava?
— Você não ia à igreja, se irritava com as orações de Marin, e comprava muitas coisas. Comia bem, desfrutava os prazeres que podia ter. Era seu próprio deus, arquiteto do seu destino.
Ele sorri, gesticulando para as paredes ao redor.
— E veja só o que construí.”

Vejam o trecho de um culto:

“O pastor Pellicorne se posiciona diante do púlpito. É alto, tem mais de cinquenta anos, barba bem feita, o cabelo grisalho, curto e elegante, o colarinho largo e de um branco brilhante. Sua aparência sugere que ele tem um grupo de criados atentos. Pellicorne não perde tempo com introduções: — Hábitos abomináveis! — brada ele, se dirigindo aos cães e às crianças, aos pés que se arrastavam e ao monte de gaivotas do lado de fora. O silêncio cai sobre o recinto, todos os olhos voltados para o pastor, menos os de Otto, que baixa a cabeça, concentrado em seus dedos entrelaçados. Nella olha para Agnes, cujos olhos estão erguidos na direção de Pellicorne, como uma criança fascinada. “Ela é tão estranha”, pensa. Em um minuto tão loquaz e arrogante, no outro tão infantil e empenhada em impressionar. — Em nossa cidade há muitas portas fechadas, e não podemos ver o que há atrás delas — continua Pellicorne, duro e impiedoso. — Mas não pensem que podem esconder seus pecados de Deus. — Os dedos finos apertam a beirada do púlpito. — Ele os descobrirá — sentencia, acima das pessoas. — Não há nada escondido que não vá ser revelado. Os anjos do Senhor olharão pelas janelas e pelo buraco da fechadura de seus corações, e Ele os julgará por seus atos. Nossa cidade foi construída sobre um pântano, nossa terra já sentiu a ira de Deus antes. Triunfamos, trouxemos a água para o nosso lado. Mas não descansem agora… Foi a prudência e a boa vontade para com o próximo que nos ajudaram a triunfar. — Sim — grita um homem na multidão. Um bebê começa a chorar. Dhana solta um ganido e tenta se enfiar debaixo da saia de Nella. — Se não segurarmos firme as rédeas de nossa vergonha — diz Pellicorne —, voltaremos todos ao mar. Sejam honrados em favor de nossa cidade! Olhem dentro de seus corações e pensem em como pecaram contra seu vizinho, ou como seu vizinho é um pecador! Ele faz uma pausa de efeito, ofegante em sua retidão. Nella imagina a congregação abrindo as costelas de todos, olhando a confusão pulsante em seus corações pecadores, espiando cada um dos corações antes de fecharem seus corpos. No canto da igreja, um estorninho bate as asas. “Alguém deveria deixá-lo sair”, pensa ela. — Eles sempre ficam presos — sussurra Cornélia. — Não permitamos que a fúria do Senhor nos machuque outra vez. — Há diversos grunhidos de concordância vindos da congregação e, a essa altura, a voz de Pellicorne está ligeiramente trêmula de emoção. — É a cobiça. A cobiça é o vício que temos que combater… a cobiça é a árvore e o dinheiro é sua raiz profunda! — O dinheiro também comprou esse seu belo colarinho — murmura Cornélia. Nella fica sem ar, tentando não rir. Ela arrisca um olhar para Frans Meermans. Enquanto a atenção da esposa está voltada para o púlpito, ele observa os Brandt. — Não devemos nos enganar achando que dominamos o poder dos mares. — Pellicorne modula sua voz em um sussurro insistente, tranquilizante, antes de tocar na ferida. — Sim, a generosidade de Mamon se mostrou para nós, mas um dia irá afundar a todos. E onde vocês estarão nesse dia fatídico? Onde? Atolados até o pescoço em doces açucarados e tortas de frango gordurosas? Cercados de sedas e colares de diamantes? Cornélia suspira. — Quem dera — comenta. — Quem dera… — Cuidado, cuidado — alerta Pellicorne. — Esta cidade floresce! O dinheiro dela lhes dá asas para voar. Mas ele é um jugo em seus ombros e vocês deveriam perceber o hematoma que cria em volta do pescoço. Marin estreita os olhos com força, como se fosse chorar. Nella torce para que seja apenas um tipo de êxtase espiritual, uma entrega ao poder das sagradas palavras de advertência de Pellicorne. Meermans ainda está olhando. Marin abre os olhos e percebe isso, então seus dedos apertam ainda mais o livro de Salmos. Ela se mexe no assento, o sofrimento estampado no rosto de cera. A garganta de Nella está seca, mas ela não ousa tossir. Pellicorne está chegando ao clímax e os corpos da congregação se aproximam, tornando-se mais compactos, alertas. — Adúlteros. Homens do dinheiro. Sodomitas. Ladrões — grita o pastor. — Tomem cuidado com todos eles, procurem por eles! Avisem seus vizinhos se a nuvem do perigo estiver se aproximando. Não permitam que o mal atravesse a porta de sua casa, pois, uma vez que o vício chega, é difícil acabar com ele. O chão sob nossos pés se desintegrará, a fúria de Deus cairá sobre nossa terra. — Sim — diz o homem na multidão. — Sim! Dhana late, cada vez mais agitada. — Quieta — sussurra Cornélia. — O que vocês podem fazer para expulsá-lo? — brada Pellicorne, voltando à carga total, os braços abertos como o próprio Cristo. — Amor. Amem seus filhos, pois eles são as sementes que farão esta cidade florescer! Maridos, amem suas esposas, e, mulheres, sejam obedientes, por tudo que é bom e sagrado. Mantenham suas casas limpas, e suas almas seguirão o exemplo! Ele termina. Há suspiros de alívio, sons de concordância, um despertar e esticar de pernas. Nella começa a ficar zonza. A luz brilha nas lápides. Sejam obedientes. Maridos, amem suas esposas. Você é a luz do sol que atravessa a janela, sob a qual me posto, aquecido. Minha querida. O bebê chora outra vez, e Nella e Marin olham ao mesmo tempo enquanto a mãe tenta, sem sucesso, silenciá-lo, afastando-se da congregação e saindo pela porta lateral da igreja. Nella segue o olhar de Marin, ambas fitando com inveja o breve quadrado de dourada luz do sol proporcionado pela saída da mulher. Neste intenso novo mundo de Amsterdã, nesta igreja fria da cidade, uma hora de adoração parece um ano.”

site: https://aventuradeaprender.webs.com/apps/blog/show/44469866-miniaturista
Jenny 04/05/2018minha estante
Esperava mais do desfecho... será que a série que fizeram responde algumas das nossas perguntas? Espero que sim rs! Gostei muito das reviravoltas com o Johannes, Marin e Otto, mas esperava uma explicação melhor das razões que motivaram a Frans Meermans e principalmente a Miniaturista. Que capitulo foi aquele com o tal do Lucas Windelbreke (pai da Petronella miniaturista)?? No momento em que pensei que viria alguma explicação... ele não explica nada. E a bonequinha da Nella com a Agnes? Quais eram as mensagens da miniaturista para os Meermans? Enfim... muita coisa não foi respondida, não pelo menos pra mim que terminei o livro com a sensação de não ter entendido a estória... uma pena. Do mais gostei da escrita e do enredo, não esperava uma estória de amor como muitas aqui se queixaram da ausência de "romance" no livro. Em resumo eu gostei e avaliei com 3 estrelas, mas...


Aventura de aprender 18/11/2018minha estante
O que eu entendi é que a Miniaturista tinha mesmo um dom para ver as coisas. Como eu sou cristã acredito nesse tipo de coisa e já experimentei na minha vida. Não funciona em todos os casos, mas talvez ela era uma enviada de Deus para aquele lugar. Você viu que não era só a Nella que recebia né? Várias mulheres da cidade também. Só que ninguém falava nada.




Jana 16/02/2020

Uma história cheia de mistério
Esse livro é daqueles que prende do início ao fim... Durante essa leitura, tive a impressão de estar relendo O morro dos ventos uivantes, não porque as histórias são parecidas (não são nem um pouco), mas pelo tipo de narrativa, o comportamento dos personagens.
Em geral, achei uma história bem original, a autora sabe segurar o mistério e o faz de forma simples, sem enrolar muito. As vezes achei os personagens um pouco "secos", mas acho que isso se deve a época em que acontece, as pessoas eram mais austeras, né?
No final, acabei sem saber o que dizer, só o que sentir hahaha foram muitas surpresas e o desfecho é um pouco triste, mas valeu a pena por ter sido um livro que não é mais do mesmo.
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Nat 29/08/2021

As coisas transbordam... E depois nós afundamos ou nadamos
Em Miniaturista, Petronella se vê chegando em uma outra realidade, já muito imaginada e esperada pela jovem que vivia no campo e cuja família estava à falência: agora ela é uma mulher casada.
Com grande expectativa, ela se muda para a casa de seu marido, um comerciante rico, e ali encontra coisas que fogem totalmente daquilo que lhe era esperado. No lugar se seu marido encontra a irmã deste, Marin, e dois criados que julga insolente e como peculiar, respectivamente Cornélia e Otto.
Se sentindo um tanto deslocada, as coisas começam a piorar quando Nella começa a montar que tantos segredos estão escondidos na casa. Portas batendo mas madrugadas, sussuros incompreensíveis, uma cunhada estranhamente dominadora e um marido ausente.
Rondada pela estranheza da nova realidade e daqueles que a rodeiam, Nella encontra no seu presente de casamento - uma réplica da casa onde mora - uma afronta e um escape. A aos poucos ela tenta descobrir se com tantos segredos transbordando eles afundarão ou nadarão, encontrarão salvação ou a morte.
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Lorena 17/01/2017

Na Holanda do século XVII, Petronella Oortman casa-se com um rico comerciante de Amsterdã para quitar as dívidas deixadas pelo pai. Com a melhor das expectativas, Nella muda-se do interior da Holanda para Amsterdã, acreditando que o arranjo lhe daria uma vida melhor do que o destino da mãe.
Ao chegar em sua nova casa, Nella conhece sua cunhada Marin, e aos poucos enxerga a mulher intrigante que controla toda a casa de forma opressiva. Ela também conhece Cornelia e Otto, os empregados da casa, que possuem um estilo peculiar. Onde está o marido de Nella? Johannes Brandt, provavelmente, navegando. Omisso de suas obrigações como recém-casado, deixa Nella à deriva dentro de sua nova casa esperando por mais que um cumprimento.
Desta forma, Johannes compra de presente de casamento uma miniatura da casa em que vivem, e a encarrega de mobiliá-la e cuidá-la como bem entender. Logo Petronella encontra um miniaturista e solicita por carta algumas peças específicas para a casa. Curiosamente, o miniaturista começa a enviar peças que não foram solicitadas, perfeitamente elaboradas, que condiziam com os móveis da casa, porém, mais do que tudo isso, previam acontecimentos naquela curiosa casa.
Publicado no Brasil em 2015 pela Editora Intrínseca, a arte da capa do livro é maravilhosa, descreve a casa e seus personagens, a impressão é de qualidade e não deixa a desejar em nenhum aspecto.
O romance de Jessie Burton está mais para drama familiar e mistério, do que propriamente romance. A história é contada por partes, não é um enredo contínuo. Assim o livro acaba tornando-se mais intrigante à medida que a leitura passa.
A tensão dos acontecimentos é muito bem construída. A descrição da época também não deixa a desejar: preconceito, a Igreja controladora, submissão e hipocrisia. O que faltou para muitos leitores foram os mistérios e dúvidas deixados pela metade. As revelações tiveram poucos detalhes, abrindo espaço para o leitor imaginar e tirar sua própria conclusão sobre um enredo tão intrigante.


site: https://bibliofila.wordpress.com/
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Pablo 20/01/2017

O livro que fica na promessa...
O livro se passa na Holanda do final do século XVII e conta a história de Nella, uma jovem do interior que se casa com Johannes, um bem-sucedido mercador de Amsterdã.
Nella pensava que esse casamento lhe traria uma vida de conforto e felicidade, mas ao se mudar para a casa do marido, percebe que seus sonhos estão longe da realidade. Johannes é pouco presente, está sempre viajando a trabalho, e a irmã dele, Marin, controla todo e qualquer aspecto da casa. Oprimida e dominada por incertezas, Nella recebe de presente do marido uma miniatura da casa em que mora. Assim que contrata um Miniaturista para mobiliar a casa que recebeu de presente, Nella impressiona-se ao receber peças que não pediu, mas que além de representar a realidade de sua vida, parecem refletir coisas que ainda estão para acontecer.

Sobre as partes positivas, posso dizer que a ambientação é incrível. Dá pra perceber que a autora fez uma grande pesquisa para que todo o cenário em que a história se passa fosse absolutamente realista. Crença e comportamento da população, vestimentas, moedas. Cada mínimo detalhe do cenário foi ricamente detalhado.

Infelizmente, esse nível de detalhes não é de suma relevância para a história contada. Isso deveria ser apenas a cereja no topo do bolo. Mas não adianta haver uma ótima e linda cereja, se o conteúdo do bolo não é muito bom.
Não que o livro seja ruim, mas o tempo todo a autora faz parecer que a história é maior, melhor e mais complexa do que realmente é.
Cria mistérios e mais mistérios, e muitos deles não dão em absolutamente nada. O principal deles, o Miniaturista que dá nome ao livro, é completamente descartável para a história. É usado única e exclusivamente como analogia para os estados de espírito da protagonista.
O maior problema do livro está justamente na farsa que a autora traz em não ser simplória. Ela finge estar lidando com uma história grandiosa e complexa, e com seus enfeites e malabarismos, atrapalha uma história que poderia ter sido muito mais divertida de se acompanhar.





site: https://www.instagram.com/opablogimenez/
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Laisciancio 15/02/2019

Instigante e surpreendente!
Se você ler esse livro apenas com a expectativa de entender o mistério por trás das miniaturas, poderá se decepcionar. Porém, se você ler esse livro permitindo que ele te passe mensagens que vão além desse mistério, sem dúvidas irá gostar.
É um livro que embora se passe na Holanda do século 17, aborda de forma leve temas muito atuais, como: racismo, homofobia e feminismo. Também mostra a fragilidade humana, a hipocrisia social e como pequenos momentos podem afetar nossa vida para sempre.
É um livro que me prendeu do começo ao fim e me fez sentir parte da Holanda daquela época. A narrativa te faz enxergar os personagens de formas diferentes ao começar a leitura e ao terminar ela. Gostei muito do livro e recomendo que leiam sem expectativas e sem se prender somente à trama das miniaturas.
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laisrenata03 14/05/2024

Miniaturista
Esse livro de suspense da capa bonita nos traz a história de Petronella Oortman de 18 anos, que casou-se com Johannes Brandt, um homem de 40 anos de idade, e aqui a gente já percebe que esse casamento foi arranjado.

O livro conta a história de uma menina/mulher sonhadora, que desejava viver um romance com seu marido que ainda era desconhecido, entretanto, esse marido sempre se manteve afastado...e esse é um dos mistérios do livro.

O outro mistério, e o principal, é a Miniaturista. Petronella ganhou de seu marido uma casa de bonecas, para decorar como quiser. Com isso, ela passou a comprar pequenas miniaturas, e, em dado momento, passou a receber miniaturas que não havia encomendado, e, que contavam histórias de algo prestes a acontecer, e que ninguém teria como saber.

O enredo é bom, e a história flui, entretanto, achei os personagens apáticos, apesar de serem detalhados, você não consegue se apegar a eles, creio que me apeguei mais a pequena Thea, que teve 3 aparições, do que ao restante dos personagens.

A história é legal, o final é aberto, então a história da Miniaturista fica sem resolução, por exemplo, a autora não responde como ela tinha tantas informações.

Apesar de eu não curtir finais abertos, eu gostei do livro, pois pra mim, o final foi bom, "formamos todos uma tapeçaria esperançosa, não há ninguém para tecê-la além de nós mesmos".

Me lembrou a vida, extremamente imperfeita, por diversas vezes triste, mas que está em nós, e cabe a nós vivê-la da melhor forma.

Ps: o livro é trágico, tragédia em cima de tragédia.
Ps2: a energia dele pra mim começou péssima, mas melhorou no final.
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