Sah Ollie 23/05/2024Ciência ou Sorte?Meu quarto livro da autora esse ano, peguei sem saber que era dela, confesso, e mais uma vez comecei pelo segundo, ô inferno kkkk.
A premissa me chamou atenção, um experimento, uma mulher da ciência e um cara que não acredita na sorte ou destino. Esse livro é bem mais slow que os outros que li dela. Demora pra engatar, mas mesmo assim me prendeu. A dinâmica de Pippa e Cross é boa, o que contribuiu para eu esperar paciente até ser recompensada com os momentos românticos depois de muitas páginas.
A partir daqui pode ter SPOILER...
Pippa foi uma personagem persistente, adorável, mas tbm um tanto teimosa. Mas o que seria do casal sem sua teimosia né? Mas foi um pouco cansativo o quanto ela o persegue para que ele seja o professor dela sobre a arte da tentação. Durou ali até a metade do livro pra ele aceitar. Já o noivo bocó dela, era uma pessoa muito bacana, na vdd. Uma pena que não tivesse o "molho" rs. E tbm ele não se esforçou pra conquista-la, não tem nem como te defender, amigo. Boa sorte aí com a Maggie (um final muito justo pra ele). Jasper/Cross, que é um personagem feito com a velha fórmula do protagonista atormentado pelo passado que não pode amar ou se casar, trouxe várias questões com ele que foram simplesmente esquecidas ou solucionadas com um parágrafo. Todo o rolê da culpa que ele carregava já era o suficiente pra trama funcionar, mas enfiaram a divida do marido da irmã, e a relação precária dos dois para simplesmente esquecer ela no final. O que aconteceu? Ela o perdoou? Nunca mais se viram? E os pais dele? Já Knight é outro personagem com potencial que é pouco explorado e só serve pra ser o motivo da separação do casal, sendo a resolução de sua ameaça dita de modo superficial. Ele tocava o terror, era o grande problema da história... e puft! Só fala depois que ele conseguiu se livrar do casamento arranjado, e o resto fica nas entrelinhas. Cadê o diálogo do cretino com Cross, cadê a ruína dele? Merecemos isso depois de odia-lo durante o livro. Ficou parecendo que a autora tinha limite de caráteres, só pode, pq o que custava uma página pra arrastar a cara do Knight no asfalto? Ou ela não soube tornar convincente a derrota dele num diálogo e preferiu ignorar? Eles tem um passado, que não sei se é falado no primeiro livro, mas se não for, ficou um buraco enorme aqui na história deles pra gente só tentar imaginar como foi. Como percebi ser um padrão até onde li nos livros dessa autora, ela cita mais uma história mitológica, dessa vez, de Orpheu, que se aplica de modo metafórico na trama. Final bem clichezão, interrompendo casamento (ou não casamento) e eu esperava algo melhor que isso viu. Vou precisar agora ler pelo começo, no livro da Penny. Mas espero ver alguma história com Azriel, aquele leitor mau humorado que me lembra o Beast do bastardos. Aliás, tive a impressão que esse universo pertence a esse tbm. Imaginei que o Bordel de Grace ficava ali por perto haha. Mas diferente dos bastardos, esse livro foi muito melhor traduzido. No mais, foi uma leitura legalzinha.