Resenhas - O Olho do Mundo

Marcelo Caniato 11/01/2017

Ta'veren
Eu decidi comprar esse livro após descobrir que A Roda do Tempo é uma série de fantasia
adorada por George R. R. Martin e que teve seus direitos vendidos recentemente para ser
transformada em série de TV. Junte-se a isso o fato de ser uma saga longa, com 14 livros, cada um com uma média de 800 páginas, e eu, que adoro estórias longas, fiquei animado. Apesar de adorar livros assim, comprei o primeiro livro e não o li imediatamente. Coloquei na estante, sabendo que levaria um bom tempo lendo (sou um leitor lento) e outras leituras ficariam necessariamente adiadas, já que evito ler vários livros ao mesmo tempo. Bem, quando finalmente decidi ler, o primeiro pensamento foi: "por que demorei tanto?"

Robert Jordan conseguiu criar um universo de fantasia extremamente rico, com mitologia própria e uma trama bastante envolvente, ao menos nesse primeiro livro. A estória retrata o clássico conflito entre luz e sombra, porém sob uma ótica um pouco diferente. Em A Roda do Tempo, luz e sombra são igualmente temidas, tendo em vista eventos protagonizados no passado por guerreiros da Luz que trouxeram caos e destruição ao mundo, o que ficou conhecido como a Ruptura do Mundo. As profecias dizem que o Dragão (uma pessoa, não o ser mitológico alado) irá renascer no momento de maior necessidade para combater a Sombra, mas trará junto consigo uma nova Ruptura do Mundo.

A Roda do Tempo simboliza um grande ciclo. As eras, separadas por milênios, se repetem
continuamente enquanto a roda gira, sempre de maneira um pouco diferente e sempre com as lembranças das eras anteriores caindo no esquecimento, o que leva ao surgimento de lendas e estórias que só são conhecidas pelo povo através dos livros e canções sobre os heróis do passado. É nesse contexto que a trama se inicia, em um pequeno vilarejo chamado Dois Rios, onde um rapaz chamado Rand al'Thor espera ansiosamente pelo festival da primavera, em uma época em que o inverno parece durar mais do que deveria. Durante os preparativos, sua vila é atacada por Trollocs, seres bestiais que ninguém acreditava se tratar de mais do que histórias para assustar crianças. Rand e seus amigos se veem obrigados a abandonar o vilarejo e são ajudados por uma Aes Sedai (uma espécie de feiticeira) e seu Guardião. Daí, uma longa jornada se inicia e eu não falarei mais para não dar spoilers.

O livro tem um ritmo bastante lento, de modo que acontecimentos relevantes começam a surgir somente lá pela centésima página, e a jornada de fato toma fôlego a partir da página 180, na segunda parte do livro. Para muitos, isso pode parecer entediante, mas eu particularmente achei incrível. O ritmo do livro (veja bem, é um ritmo lento, não arrastado) cria uma sensação de grandiosidade, como se o caminho que os personagens devem percorrer fosse realmente longo, de modo que ao chegar no final, você já estará sentindo saudade de Dois Rios juntamente com os personagens. Não existem saltos temporais ou coisas que acontecem rápido demais. Tudo transcorre no seu devido tempo, com cenários e personagens muito bem descritos. E apesar de tudo isso, talvez eu tenha ficado um pouco cansado em apenas 2 dos 53 capítulos, já lá na metade do livro. Quase todos os capítulos, quando não apresentam cenas de ação, introduzem alguma novidade sobre o universo ou aprofundam um pouco mais em alguma lenda do passado, fazendo com que você mergulhe cada vez mais nas curiosidades daquele mundo e tente desvendar os mistérios que desde o início se avolumam: o que é o Olho do Mundo, o que o Tenebroso quer, quando que essa ou aquela coisa será revelada etc. etc. etc..

O mais interessante é que todos esses questionamentos (ou quase todos) são respondidos ao final do livro. Coisas que eu pensei que seriam deixadas pros volumes posteriores foram já explicadas nesse livro, o que me faz pensar que Jordan tinha uma imaginação GIGANTESCA para conseguir criar conteúdo suficiente pra mais 13 livros. A trama também tem começo, meio e fim, de modo que se você não gostar do livro ou não quiser seguir em frente com a série, terá uma conclusão decente ao seu dispor.

Uma crítica que eu vi à série foi que muitas coisas acontecem simplesmente porque fulano fez uma besteira ou esqueceu de contar algo pra alguém. Eu vejo isso como algo positivo, torna os personagens mais humanos. No decorrer do livro existe um segredinho que é guardado pelos rapazes que depois toma proporções enormes. Isso mostra a imaturidade dos personagens no início (são todos adolescentes, que sonhavam com histórias de heróis) e fico feliz de ver que eles não têm um crescimento abrupto. Até o final do livro, eles mantêm basicamente a mesma essência, obviamente um pouco mudados pelos acontecimentos, mas ainda longe do que se espera deles (afinal, ainda tem 13 livros pela frente).

Outro ponto muito falado por aí, e isso é nítido durante a leitura, são as referências a
Tolkien. De fato, são inúmeras as referências: a parte inicial dos Dois Rios se assemelha
muito ao Condado em O Senhor dos Aneis (isso admitido pelo próprio Jordan). Há também os Myrddral, seres que são descritos no livro de forma que não tem como você não imaginar algo próximo de um Nazgûl (embora existam diferenças entre os dois). Rand sendo acompanhado pelos seus amigos em sua jornada, a travessia pelos Caminhos (que se assemelha muito à travessia pelas Minas de Moria, inclusive com a presença de um mal ancestral no seu interior), um personagem corrompido que guarda semelhanças com Gollum... enfim, nada disso tira o mérito de Jordan, pois mesmo nos pontos em que as duas obras se assemelham, O Olho do Mundo consegue se destacar com seu brilho próprio, não introduzindo tão somente cópias baratas de coisas e acontecimentos de O Senhor dos Aneis. Além disso, é praticamente impossível criar algo totalmente original. Em termos de fantasia, Tolkien estará presente de alguma maneira em qualquer obra do gênero. Se formos comparar, eu diria que A Roda do Tempo é um meio termo entre O Senhor dos Aneis e As Crônicas de Gelo e Fogo. Embora seja bem mais "fantástico" do
que os livros de Martin, com a presença de magia comendo solta e seres das trevas, o foco é bem maior nos humanos do que nas obras de Tolkien. Aqui não há hobbits, elfos, anões, nem nada disso. A esmagadora maioria dos personagens é composta de seres humanos, que vivem, em geral, vidas sem muito contato com o fantástico.

O antagonista principal, Shai'tan, ou Tenebroso, ou Pastor da Noite, ou Pai das Mentiras,
também é comparado algumas vezes com Sauron, mas ele possui uma origem mais "divina" do que o vilão de O Senhor dos Aneis. O Tenebroso representa o oposto do Criador e foi aprisionado pelo mesmo no momento da criação em uma montanha chamada Shayol Ghul. Portanto, ele estaria mais pro capeta do que pra Sauron kkk. Foi ele o responsável indireto pela primeira Ruptura do Mundo, ao macular a parte masculina do Poder Único, que fez com que o Dragão e todos os Aes Sedai homens enlouquecessem e destruíssem tudo ao seu redor. Durante o livro, é retratado o preconceito da população com as Aes Sedai, em função desse e de outros acontecimentos, e como os personagens principais lidam com o fato de precisarem da ajuda de uma Aes Sedai.

Enfim, eu terminei a leitura do livro em êxtase. O livro é um começo tão bom para a saga que fico me perguntando como serão as sequências, afinal Jordan estabeleceu um patamar bastante elevado com este livro, o que nos leva a questionar se ele foi capaz de manter a qualidade nesse mesmo nível durante toda a saga. Eu, com certeza, irei ler os próximos (inclusive, comprei os livros 2, 3 e 4 na Black Friday, por 15 reais cada, quando ainda estava na metade de O Olho do Mundo, de tão bom que estava kkk). Para quem gosta de fantasia, considero recomendadíssimo. Se tornou certamente um dos meus livros favoritos. E não se assuste com o tamanho dos livros ou o número de livros da série. A saga já está finalizada em inglês, e a Intrínseca está publicando um novo volume a cada 6 meses aproximadamente.

Marcos 25/07/2012

"Jordan dominou o mundo que Tolkien começou a revelar" - The New York Times (3canecas.com)
www.3canecas.com


Sou fã da literatura fantástica e este é o meu gênero preferido, e após ler e assistir as obras dos mestres como Martin e suas Crônicas de Gelo e Fogo, Patrick Rothfuss com as Crônicas do Matador do Rei e claro com as maravilhas de J. R. R. Tolkien, comecei a imaginar se encontraria algum outro autor que poderia se comparar a estes. Minha busca terminou após conhecer a série de Robert Jordan, e posso dizer o quanto imaginação de Jordan é incrível.

Cada autor tem suas qualidades e particularidades, mas é Jordan com sua série A Roda do Tempo, é quem posso assemelhar a Tolkien. A quantidade de elementos, lugares, criaturas, personagens, facções, exércitos e religião são ricos e com todo um embasamento histórico do próprio mundo por ele criado, e hoje sei porque seus livros despontaram na lista do The New York Times na década de 90 e a critica o considerou a obra mais famosa desde O Senhor dos Anéis.

Jordan sabe descrever seu mundo sem exagero e sem deixar o leitor cansado, além de conduzir bem sua trama com ritmo e não deixando páginas e mais páginas sem nenhum acontecimento. A partir do momento que começamos a ler e até o final do livro, mais o mundo do autor ganha vida e mais os personagens crescem, e quando imaginamos que já vimos o bastante, eis que o autor nos apresenta mais maravilhas, lendas e acontecimentos inesperados.

O Olho do Mundo é o primeiro livro da série A Roda do Tempo, que conta a saga de Rand alThor e seus amigos do Campo de Emond, em uma série de eventos conduzidos pelo Traçado na qual lendas viram realidade, e o mal a espreita em busca de destruir o mundo. Nessa aventura Rand se em volta do mal em pessoa e suas criaturas das sombras, além das Aes Sedai, aquelas que podem controlar o Poder Uno.

Dani 27/03/2018

Um ótimo início para a série
Desde que comecei a ler fantasia eu tinha vontade de iniciar essa série. Afinal, ela está em praticamente todas as listas de melhores fantasias já escritas.
A extensão da série ( 14 livros) e os problemas de publicação da mesma no Brasil, sempre me desestimularam um pouco.
Mas ao ler alguns livros do Brandon Sanderson ( que se tornou um dos meus escritores favoritos) e ao saber que o mesmo foi responsável por finalizar a série após a morte do Robert Jordan, meu interesse foi renovado. E ,após a leitura desse primeiro volume, já estou com altas expectativas para a série.
A construção de mundo e o esquema de magia são fantásticos e fico apenas imaginando o que me aguarda no decorrer dos próximos volumes.
Não foi uma leitura perfeita. Meu principal problema na leitura foi em relação ao ritmo e a similaridade inicial com "o senhor dos anéis". Após um prólogo excelente, os primeiros capítulos são bem arrastados e o fato de serem quase uma cópia da história de Tolkien, diminuiu um pouco meu interesse inicial pela história. Apenas quando os Trollocs aparecem, é que ela começa a ganhar um pouco mais de ritmo ( acho que isso só ocorre lá pela página 100!!!). Após esse momento, eu já estava bem envolvida com a história, e as similaridades com Tolkien deixaram de me incomodar. Comecei a apreciar inclusive os momentos mais lentos e descritivos da narrativa.
Quanto aos personagens, não posso dizer que me apeguei muito a todos eles ainda. Por enquanto, gosto bastante do Perrin e do Lan. Os outros personagens ainda precisam de um pouco mais de desenvolvimento, principalmente as personagens femininas ( enfase na Egwene, que praticamente não teve desenvolvimento nenhum). O arco do Mat também foi bem cansativo e se arrastou demais, considerando que reconhecemos o seu problema logo no inicio. A teimosia dos personagens em aceitarem seus poderes também se arrastou por muito mais tempo que o necessário.
Todos esses "pontos negativos", podem ser facilmente resolvidos nos próximos volumes e acredito que serão.
Ao final, fiquei muito satisfeita com a leitura e sei que não aguentarei esperar muito antes de pegar o próximo volume.

Patrick.Borges 03/09/2023

Uma alta fantasia épica
Para quem gosta de alta fantasia clássica, a saga da Roda do Tempo é uma ótima escolha. Estava um pouco receoso devido ao tamanho da saga, mas agora só penso em ler o próximo volume. Nela acompanhamos Rand al'Thor e seus amigos em uma aventura, sob a ameaça do retorno do Tenebroso, que pretende trazer a Sombra para o mundo. Aqui temos todos os estereótipos de uma fantasia clássica, como uma ameaça sombria e uma profecia sobre um herói que salvará o mundo.
Uma coisa que eu adoro em livros de fantasia é lê-los junto com o mapa, marcando onde cada personagem está, o que cada região tem de particularidade, como estão divididas as forças políticas e religiosas, e o mundo da Roda do Tempo está recheado disso. É um mundo com uma lore bem interessante, estou bem curioso para ver os personagens explorarem as demais localidades nos próximos volumes. Falando em personagens, tenho emoções conflitantes em relação a eles. No início não senti muita profundidade com os protagonistas, mas com o desenvolvimento da trama eles ganharam algumas camadas, e depois da metade do livro, não conseguia parar de pensar neles.
Nynaeve, por exemplo, é tão irritante no início e metade do livro, mas no final não conseguia não me importar com ela. Entre os favoritos, posso destacar Moiraine, que é um personagem incrível e poderoso. Apesar de ela ajudar os heróis em toda a aventura, fiquei com um pé atrás em relação aos seus objetivos. O Guardião Lan também me chamou muito a atenção, me passou a vibe de um samurai, e no final a revelação sobre a origem dele me surpreendeu. E por fim, eu adorei Loial, que é um personagem fascinante, trazendo uma visão de mundo única e aprofundando muito sobre a história do mundo.
Apesar de ser uma fantasia muito boa, "O Olho do Mundo" não é um livro perfeito. O ritmo dele me incomodou um pouco, principalmente na metade dele, onde parecia que a história não avançava, e alguns eventos ficavam se repetindo. Nas cenas de ação, as que mais marcaram foram a de Shadar Logoth e na reta final do livro, apesar desta última ser bem corrida. As demais não tiveram um impacto muito grande. O livro tem um ritmo de perseguição, onde as forças malignas sempre estão atrás dos heróis, e isso meio que me cansou, não aguentava mais ler sobre Rand e Mat chegando em uma nova vila e indo até a estalagem para buscar ajuda. Meus momentos favoritos eram quando a perseguição parava, e os personagens aproveitavam para descobrir mais sobre o mundo. Enfim, "O Olho do Mundo" é uma excelente fantasia, estou bem ansioso para ler os próximos 13 volumes.

Lu 30/06/2019

Chato
Já reparou como alguns autores, como Tolkien, Ken Follett, George R.R. Martin e Patrick Rothuss preparam o leitor para ler praticamente qualquer coisa? Mais de 700 páginas? Sem problemas. Ponto de vista de personagens que fazem coisas terríveis? Beleza. Mundos complexos? Idiomas criados pelo próprio autor?

Hell, yeah!!!

Por isso, eu não me sentia intimidada pela Coleção da Roda do Tempo, como não me intimidei com os os dez volumes das Crônicas Saxônicas. Eu precisava de algo que me ajudasse a esperar pelos Ventos do Inverno e seria ótimo ter uns dois meses de leitura boa, consistente e divertida pela frente. Mas não foi bem assim.

A narrativa do Robert Jordan é agradável, embora um tantinho prolixa. É claro que o autor precisa de tempo para poder explicar a mitologia e a cultura dos povos que ele está criando. Só que nada parecia muito importante, então, os nomes iam se perdendo com o passar dos. A mitologia é interessante, mas eu não senti empatia. Não senti vontade de morar na vila onde se passa o acontecimento principal. Isso não chega a ser um problema, já que também não quero viver em Westeros, por exemplo. Ou em Panem. Eu não consegui me conectar ao universo criado pelo autor.

Essa questão seria bastante ruim, pois estamos falando de um livro de fantasia, mas a coisa fica ainda pior quando se trata dos personagens e dos diálogos.

Veja bem, eu adoro protagonistas jovens, até porque eu comecei a ler literatura juvenil depois de adulta. Lyra Beláqcua, Harry Potter e Percy Jackson são alguns dos meus personagens favoritos. Mas eles têm em comum charme e um autor que saiba explorar bem as interações entre o protagonista e os outros personagens. Isso não acontece aqui.

Embora eu nem desgoste totalmente de Rand e Perrin, tenho dificuldade para entender como eles conseguem viajar, comer, dormir e ter sua hospedagem paga por alguém que eles parecem detestar "por causa das histórias". Por mais que eu diga para mim mesma que Moiraine vem de uma gangue de nazistas donas de escravos que afogam gatinhos, sem uma explicação clara do que as feiticeiras fizeram até a página 250, Rand e seus amigos parecem 3 moleques ingratos, preconceituosos e sem educação. Incapazes de separar histórias da realidade. Além disso, como personagens, Lan e Moiraine são beeeeeeem mais interessantes do que o trio de protagonistas.

Somando-se a isso os diálogos bobos e pretensiosos, não sobra muita coisa. Não há motivo para eu continuar lendo, porque, em MINHA opinião, o livro, embora anuncie algo grandioso, épico e inesquecível, entrega muito pouco. Não adianta criar um mundo do zero, se os diálogos e os personagens não são bons. Porque eles são a base de qualquer história, não importa o gênero literário.

Por isso, lamentando bastante, eu vou, sim, largar "O olho do mundo". Cada vez que eu sentir uma pontada de remorso, vou me lembrar das falas do Mat, e tenho certeza de que isso vai me confortar.

Não recomendo.

Andrelfg 30/01/2022

O livro e a série
Eu havia assistido a série primeiro (e cheguei no livro por ela). Existem algumas diferenças bem grandes entre série e livro: o andar da história é um pouco diferente, alguns detalhes sobre os personagens e até alguns desfechos.
A leitura é fácil e prende a gente: uma vez que se começa não dá vontade de parar.
Eu tenho uma queda por sociedades femininas (como as Bene Gesserites, em Duna) e as Aes Sedai já ganharam a minha admiração. Se não fosse a mácula em Saidin, eu queria poder acessar o Poder Único?

Iguinho 14/12/2021

Decepção?! Talvez
Esse livro foi muito cansativo de ler, dava pra tirar umas 200 páginas fácil nesse livro sem comprometer a história. Foi uma alternância entre capítulos bons e fluídos para outros lentos e desnecessários, sem contar o desenrolar repetitivo que teve em várias partes (por exemplo o Rand e o Mat saindo de estalagem em estalagem fugindo das ameaças) ficou umas 150 páginas alternando nessa palhaçada.
Ao decorrer de todo o livro ainda tem os benditos sonhos dos meninos, a maioria deles extremamente detalhados e longos e sem necessidade?? Era sempre o tenebroso repetindo as mesmas coisas que ele falou desde o primeiro sonho.
Quando finalmente cheguei no final, me deparei com uma batalha super confusa que tive q reler o capítulo pra entender que q tava acontecendo, do nada um diabo de uma corda lá. (Quando for ler vai entender )
Enfim, queria ter realmente gostado dessa saga, pq tava amando os capítulos da série da Amazon, mas se eu for continuar lendo as continuações vai ser exclusivamente por conta da curiosidade de saber o que vai acontecer.

HAXI 13/07/2022

Uma série de 14 livros que pelo visto quero ler ?...
Confesso que gostei mais do que esperava, comecei com um pé atrás pq tava um pouco saturado de fantasias que seguem a mesma fórmula, tipo os filmes da Marvel kkk. Fiquei bastante surpreso quando minhas expectativas que não eram tantas assim foram atendidas e um pouco mais, a contrução do mundo é muito bem apresentada, mesma as narrativas sendo um pouco desgastante e as vezes beeeem maçantes você fica curioso para saber mais sobre tudo oque tá lendo, apresentar muita mais que uma breve história, quase tudo escrito aqui tem mais a se explorado, dá pra sentir que é umas daqueles livros que duram vários volumes para mostra todo o potencial, mesmo sendo um pouco desafiador as vezes por ter tantas páginas que as vezes dão num lugar que 5 páginas fariam da mesma forma e por ser uma série tão longa tiver um pouco de receio nos primeiros capítulos se realmente queria começa a Roda do tempo no fim vi que valia o esforço, espero profundamente que a intrínseca traga todos os livros para o Brasil ???? ?

Dempire_sa 04/10/2021

A minha relação com esse livro foi: ao mesmo tempo que tenho interesse no mundo e no desenrolar da trama, eu também não penso em ler a continuação tão cedo ou se vou continuar.
Esse livro é uma grande introdução de um mundo que com certeza é muito maior do que foi apresentado.
Por ter tantas páginas, eu esperava mais informações. As cenas eram descritas excessivamente e isso foi a causa do meu cansaço.
Acho que posso dizer que esse livro me deixou numa ressaca literária, tanto que ao longo fui pegando outros livros para não desanimar de vez.
Pretendo assistir a série que vai sair no PrimeVideo em novembro e vai que me anima pra continuar a saga ????
Se fosse uma trilogia ou poucos livros, mesmo com essa nota eu daria continuidade por causa da minha curiosidade em relação ao universo. Mas como são 14 no total, vou ter que avaliar.

Obs.: sei que a maior comparação feita pelos leitores é a obra de Tolkien. E até por isso que eu imaginava que ia gostar mais, pois tenho muito apego pela Terra-Média.

M. Lima 16/04/2023

Conclusão Livro 1: O Olho do Mundo - A Roda do Tempo
Em "O Olho do Mundo", primeiro livro da saga: "A Roda do Tempo", Finalmente concluí esta leitura após acompanhar a série. Confesso que esperava algo mais parecido com a serie, o que até pouco mais da metade, não foi tão diferente, Porém a partir da segunda parte, os eventos foram pouco ou totalmente diferente, exclusivamente em seu clímax. Não me recordo da Aparição do "Homem Verde" na série, porém sua aparição, atuação e combate/sacrifício foi para mim um tanto quanto maravilhoso. Sem palavras para descrever o final, aquele desejo de "quero mais" está presente aqui em meu interior, em seguida iniciarei o segundo Volume.
Agora sigo nas seguintes expectativas: Quais os passos que o Dragão renascido fará? Egwene e Nynaeve serão treinadas a serem Aes Sedai? o poder Saidin pode ser canalizado sem levar a Loucura? e Perrin, quão impactante o Jovem Lobo será? Para Mat não tenho nenhuma expectativa no momento, espero ser surpreendido, e por fim, qual o próximo passo de Shai'Tan? aliás, ele nao foi totalmente derrotado.

Stefânia 06/01/2019

Tive que ser insistente para finalizar...
Eu ainda tenho dificuldade de compreender pq a leitura desse livro foi tão difícil para mim. A história é boa, tem o seu ineditismo mas são muitos personagens, muitos detalhes, ainda mais quando os grupos se separam. Foi realmente uma leitura sem muito estímulo. Talvez o final tenha seu mérito mas fico feliz de ter conseguido finalizar, mas triste de não ter qualquer interesse em continuar lendo os próximos livros :(

Lidia 26/07/2021

A introdução mais longa que eu já li
A primeira vez que eu ouvi falar de Robert Jordan foi nesse ano... sim, pasmem.
Na minha infinita procura por livros de fantasia adulta que realmente valem a leitura, eu dei de cara com essa série que não é pouca coisa. Vários booktubers gringos recomendando e falando o quanto essa série é incrível e importante, além dos poucos booktubers brasileiros que encontrei fazendo resenhas.
Logo de cara a premissa à lá Tolkien já me chamou a atenção, mesmo com várias críticas à esse fato. E a questão de estar sendo produzida uma séria pela Amazon me animou ainda mais.
Decidi que iria enfrentar pelo menos o primeiro livro (para ver se eu iria curtir mesmo), e que essa experiência teria que ser no livro físico. Imaginem minha decepção quando eu fiquei sabendo que a Intrínseca não está reimprimindo novos exemplares? Foi ai que entendi a falta de resenhas na internet, e o porque essa série não era tão falada aqui no Brasil.
Enfim, depois de vários e-mails expressando meu descontentamento e inúmeras pesquisas na internet por um exemplar usado, encontrei um em um sebo de outro estado.
Eu estava muito ansiosa para a leitura, mas sabia que não deveria elevar as expectativas para que fosse uma leitura mais prazerosa e tranquila.
Comecei a ler nas minhas férias, e logo nos primeiros capítulos já me vi imersa nesse mundo incrível e fantástico que o Jordan criou, a riqueza dos detalhes, da mitologia, da construção de mundo e da forma que ele ambientou tudo em uma coisa só.
Confesso que teve momentos que se arrastaram sim, e que alguns personagens simplesmente não funcionaram comigo, não porque eram construídos pobremente, mas porque eram chatos mesmo.
É um livro complexo, e sim, você tem que consultar o glossário no fim do livro a fim de entender a história e os termos usados, mas sinto que essa introdução foi apenas um gostinho do que a história realmente é.
Fiquei muito em dúvida da nota, e ela já mudou algumas vezes e talvez mude novamente mais para a frente. Não queria dar 5 estrelas logo de cara porque quero entender melhor os próximos volumes e analisar a continuação melhor, se não todos vão acabar com notas baseadas na pura empolgação, o que não seria ruim, mas tenho tentado ser um pouco mais crítica em questão de avaliação, na leitura eu simplesmente esqueço isso, aproveito pra caramba e dou nota 10 para tudo. Acho que ler Tolkien antes me ajudou a ter paciência com uma história detalhista, e me fez apreciar mais o gênero fantástico do que o que eu já apreciava, na sua essência e riqueza de descrições e ambientações extremamente complexas.
Quando terminei a última página e fechei o livro eu queria logo ler o segundo volume (mais uma vez o descontentamento com a Intrínseca: que raiva que vocês não estão reimprimindo, as pessoas estão abusando nos preços em "livros raros" que são publicados no Brasil, não chorem as pitangas quando a literatura fantástica tiver uma baixa, porque ninguém aguentar pagar 700 por um livro publicado aqui), mas me segurei porque quero ler essa história com toda paciência do mundo, absorver a riqueza do mundo construído e imergir na aventura com esse grupo bizarro.
Um parênteses: o prologo no começo me deixou tão confusa quanto o restante das pessoas que leram esse livro, mas eu fiquei tão empolgada e sabe aquela sensação que diz "esse vai ser um dos bons?"
Numa série com 14 livros e 1 prologo sei que vai ter altos e baixos, mas não deixo de ficar empolgada imaginando quando eu chegar no 14º livro e terminar a história que já me conquistou no 1º.

Yasmin Black 18/01/2021

Um ótimo começo para a saga
Simplesmente amei esse primeiro volume. Acho que foi uma ótima introdução no universo de a roda do tempo. Um universo que, por sinal, é muito rico e criativo. Os perfeitamente são cativantes, cada um com suas próprias características e histórias. Amei!!

Queria Estar Lendo 05/11/2021

Resenha: O Olho do Mundo
O primeiro volume da série A Roda do Tempo, do autor Robert Jordan, finalmente chegou para mim, bem a tempo de me afundar nesse universo antes da estreia da adaptação. O Olho do Mundo é um primeiro livro extremamente cativante, que abre as portas para um mundo de fantasia de roubar o fôlego.

No passado, uma Guerra rompeu o mundo, mas os acontecimentos daquele grande conflito se perderam no tempo, transformando-se em lendas. Sombras estão se reerguendo, no entanto, e podem significar a ascensão de uma das muitas antigas profecias; a que falava sobre um Dragão Renascido, aquele que pode batalhar contra esse mal terrível.

E é no vilarejo de Dois Rios, perto de um festival há muito aguardado, que nossa história começa. Conhecemos Rand, Perrin e Mat, melhores amigos que estão muito confortáveis com a simplicidade e o isolamento daquele lugarzinho. Com a chegada do festival, chega também um menestrel - e dois estranhos, um homem e uma mulher, de aura misteriosa, que trazem consigo falas intensas e olhares mais ainda.

É noite quando esse vilarejo é atacado por criaturas que, até então, pareciam personagens de lendas esquecidas; Rand, Perrin e Mat, junto aos dois estranhos, o menestrel e Egwene, uma garota aventureira do vilarejo, precisam partir. Seu destino está conectado ao da Roda do Tempo e de tudo que rege aquele mundo, porque um deles pode ser o escolhido para selar uma antiga profecia.

O Tenebroso está voltando, e eles têm que correr contra o tempo para pará-lo.

"O girar da Roda do Tempo não tem inícios nem fins. Mas era um início."

O Olho do Mundo é tão grandioso quanto o tamanho da série. São quatorze volumes, e entende-se logo nesse primeiro o motivo para isso; A Roda do Tempo é imensa. Em detalhes, curiosidades, construção de universo, sistema de magia.

Esse primeiro livro é uma jornada, pura e simplesmente. Eu me senti nos meus jogos de RPG favoritos, avançando por territórios desconhecidos, desbravando novos perigos, com uma missão principal para alcançar - distraída por outras dezenas de missões secundárias.

Robert Jordan abre sua série de maneira espetacular. É tudo de uma grandiosidade tão desconcertante, tão apaixonante, que eu simplesmente não conseguia parar de ler. O Olho do Mundo tem tudo que uma alta fantasia precisa para cativar.

É o tipo de história que fãs de O Senhor dos Anéis vão se afundar, porque tem aquela nostalgia que só voltar para a Terra-média poderia causar; personagens carismáticos muito bem construídos - e de personalidades marcantes bem diferentes entre si - uma aventura grandiosa, perigos imensuráveis e crescentes e um inimigo maior se tornando mais e mais instigante a entender e decifrar para (tentar) derrotar.

Eu sou apaixonada por mundos fantásticos, e o que Jordan construiu aqui é de encher a imaginação. Tudo é vivo nas páginas desse livro; as paisagens, as cenas de luta, as viagens, as cidades que visitam e as que deixam para trás, os protagonistas e seus companheiros. A Roda do Tempo me conquistou pela grandiosidade que entregou logo nas suas primeiras 100 páginas. Até o fim do livro, eu já me sentia familiarizada e parte daquele universo.

O leque de personagens principais que compõem essa jornada é fascinante. Rand, Perrin e Mat, garotos saídos de uma realidade rural e pequena, confrontando a enormidade do mundo lá fora com o perigo em seu cangote. Eles estão em constante ameaça, e eu gostei de como continuaram agindo de maneira verossímil às suas personalidades.

Rand, o protagonista de fato, é um pouco descabeçado e saudoso. Apaixonado por Egwene, fiel ao pai e à memória de casa, tudo que ele quer é seguir viagem para garantir que o que ele ama e quem ele ama estará a salvo - mas o preço para isso o apavora, especialmente com a crescente dos horrores em seu caminho.

"- Nas guerras, garoto, tolos matam outros tolos por causas tolas."

Perrin foi meu favorito; muito garoto com coração de ouro, ele tem uma virada interessante na história, lá pela metade do livro, que eu não esperava e que definitivamente reserva grandes surpresas no futuro para ele. Mat, o que eu menos gostei, ainda entregou boas cenas; era o mais irritante e burro (todo grupo precisa de um desses) e a quantidade de estupidez não valia pelo pouco carisma. Mas vá lá, dá pra simpatizar com ele às vezes.

Egwene, a garota aventureira do grupo, está ali mais do que por uma aventura. Mas a surpresa em relação a ela é a melhor parte, então vou deixar aqui meu elogio e amor à personagem. Além dela, Nynaeve é outra figura importante no desenrolar da história.

Onde Egwene é gentileza e empatia, Nynaeve é força e teimosia. E vocês sabem que eu amo uma personagem teimosa, então fica aqui outra parte do meu amor para Nyn; por tudo que ela representa, sendo mais velha do que o grupo - como uma irmã cuidadosa, preocupada com seus caçuças - e pela jornada que tem pela frente.

A Roda do Tempo é uma série regida por personagens femininas poderosas, e eu amei amei amei a construção de mundo por isso. As Aes Sedai, que controlam a magia do mundo e são as responsáveis por mantê-lo em equilíbrio, são fodas demais. E é uma delas que guia nosso grupo em direção à salvação.

Moiraine Sedai poderia me esfaquear e eu agradeceria, esse é o tanto que eu me apaixonei por essa personagem. Sábia e cuidadosa, madura e fria; ela é uma personagem principal cativante por carregar tanto mistério, e por entregar as respostas no tempo certo, garantindo suspense e reviravoltas interessantes. Ela, por si só, é um espetáculo.

E, ao lado de uma Aes Sedai, sempre teremos um Guardião; e o Guardião de Moiraine é Lan, um sujeito sério e sucinto, corajoso até o último fio de cabelo. Eu amei a relação intensa entre os dois, de puro companheirismo e fidelidade. Não há romance entre eles, mas uma irmandade silenciosa, uma devoção quase espiritual. Eu amo esses dois mais do que o universo todo!

"Quem sabia o que poderia sair de uma discussão entre uma Aes Sedai e um Guardião?"

As cenas de ação são ótimas, e eu gostei de como, para um livro introdutório, O Olho do Mundo conseguiu equilibrar muito bem momentos monótonos de viagem e apresentação de mundo com adrenalina pura em outros.

O sistema de magia é pura e simplesmente UAU. Toda a questão com o Poder Único, os fios que o seguem e que ligam as controladoras a diferentes elementos, mostra a delicadeza com que cada detalhe desse universo foi criado. E as complexidades por trás desse domínio, as histórias antigas que envolvem guerras centenárias, monstros saídos dos maiores pesadelos, seguidores do Tenebroso e de todo o horror que ele quer usar para varrer o mundo. NOSSA!

Eu sinto que não falei o suficiente sobre esse universo, mas é difícil colocar em palavras o que essa história me causou. É uma fantasia completa, capaz de te transportar para esse mundo cheio de perigos, onde o Tenebroso assombra cada canto e sonho, ansioso por ser libertar.

"- Lide com a vida conforme ela vier. Fuja quando precisar, lute quando for necessário, descanse quando puder."

Eu mal posso esperar pela adaptação, mas mal posso esperar para continuar mergulhando nesses livros. Tô desesperadamente esperando uma promoção pra comprar o 2 porque o 3 já está em casa, mas essa é a minha nova religião e obsessão, e vocês vão ouvir muito de A Roda do Tempo por aqui!

site: https://www.queriaestarlendo.com.br/2021/11/resenha-o-olho-do-mundo-robert-jordan.html

Alessandra 25/12/2021

Não há começo nem fim
É galera 1 mês lendo esse livro não é fácil não. Vou dizer que gostei sim da história. Dos personagens, mas não foi fácil aturar esse livro. Momentos em que nada parecia ter um objetivo não eram raros. Achei que a série não fez jus ao que é a história como um todo, apesar de ter melhorado alguns pontos.
Achei a Nynaeve daqui insuportável, o Mat muito mais burro do que parecia e o Rand um trouxão na maior parte do livro.
O final foi bom, mas aí veio os últimos parágrafos e eu achei um baita corta-clima. Se eu vou ler o próximo? Só o girar da roda pra responder.