Nassab 26/06/2017
Uma história de terror espacial
Johan Harstad é um escritor nascido na Noruega em 1979. Seus primeiros trabalhos são de 2001 com uma série de contos chamados Herfra blir du bare eldre ('From here on in you only get older').
Em 2005 escreve sua primeira novela: Buzz Aldrin, hvor ble det av deg i alt mylderet? ('Buzz Aldrin, What Happened to You in All the Confusion?'), que foi adaptada para uma série na TV norueguesa.
Em 2008 publica 172 horas na Lua, uma história de terror espacial. Os direitos do romance foram vendidos para vários países, inclusive o Brasil.
A trama se passa na Terra e na Lua, para onde a NASA decide enviar uma missão para explorar um mineral raro, usado na indústria de computadores e nanotecnologia. Essa é a explicação oficial.
A história é dividida em três partes: antes, durante e após a missão.
Antes da missão: a NASA resolve enviar quatro astronautas para uma missão de 172 horas na lua. Para obter espaço na mídia e verbas, decidem sortear três adolescentes, entre 14 e 18 anos, para acompanhar a missão. Milhões se inscrevem. Finalmente, os três escolhidos são:
Mia, uma garota norueguesa que tem uma banda com amigas de escola. A princípio ela achou a ideia ridícula, mas sua mãe a inscreveu sem que ela soubesse. Quando foi escolhida, recusou-se a ir, mas suas amigas acharam que poderia ser uma ótima promoção para a banda.
Antoine, um jovem francês desiludido por ter levado um solene fora da namorada, que já está com outro. Aceita para mostrar seu valor à ex.
Midori, uma garota japonesa consumista. Fica feliz com a chance de ficar famosa e ir embora do Japão para os Estados Unidos.
Na primeira parte, vamos conhecendo um pouco dos adolescentes. Essa parte é um pouco chatinha. O que salva é o fato de que os três, de alguma forma, passam por alguma situação paranormal nos dias anteriores à viagem para Houston. Já começa a dar um pouco de medo e cria o clima para a segunda parte.
A segunda parte é a missão propriamente dita. Durante a viagem o autor nos passa alguma coisa sobre o passado dos astronautas. Tudo corre bem, dentro do esperado.
Chegando à base lunar DARLAH 2 (aí eu me perguntava: e a DARLAH 1?) o terror começa.
Então fica claro que a missão tinha outra finalidade.
Não posso contar muita coisa porque estragaria o suspense.
Na terceira parte, o terror continua, em outro nível.
Conclusão: não é nenhuma Asimov, mas prende a atenção. Vale a pena porque é um livro com poucas páginas e que segura o leitor.