livrosepixels 09/04/2016172 Horas na Lua: O que dizer?Olá. Terminei de ler o livro agora pouco. Ganhei de Páscoa da minha namorada. Ao primeiro contato com o livro tinha me interessado pela história, e após procurar alguns vídeos falando dele, decidi lê-lo. E então segue a resenha.
RESENHA
Pois bem, a história conta sobre um plano da NASA para ganhar notoriedade (já que nos últimos anos anda em crise) e verba para financiar a mineração de Tântalo setenta e três, um material raro e muito necessário aqui para nós na Terra, e que, supostamente, havia em abundância na Lua. O plano envolvia a ideia de enviar uma nova missão à Lua para fazer as pesquisas. Porém com a baixa popularidade, temia-se que não conseguissem investimento. Até que alguém (que o livro não cita) dá a ideia de enviar três adolescentes juntos, o que chamara a atenção da mídia internacional. Todos concordam com a ideia. E assim segue-o plano. Já logo nessa reunião uma das pessoas comenta que havia motivos para não voltarem a Lua, já que algo havia sido encontrado lá na missão Apollo, porém o diretor disse que não havia risco algum. Além disso ele menciona que os astronautas e os jovens ficaram na base lunar DARLAH 2, uma base construída nos anos 70 e até agora desconhecida de todo mundo. Com o plano aprovado, a Nasa lança um concurso mundial onde apenas três jovens entre 14 e 18 anos seriam escolhidos. Então conhecemos os três personagens da história: Mia, Midore e Antonie.
Mia é uma norueguesa meio rebelde que tem uma banda chamada Rogue Squadron junto com outras meninas. Ela parece ser um pouco hiperativa, e não é do tipo que aceita qualquer discurso. Tem um relacionamento um pouco conturbado com os seus pais, e gostaria de viajar o mundo em turnê com a banda. Seus pais falam para ela se inscrever no concurso de ir para a Lua, mas ela não faz isso. Seus pais então a inscrevem.
Midore é uma japonesa carismática e um pouco reprimida, que sonha em sair do Japão e possivelmente do "sofrimento" que o pais causa. Ela gostaria de ir embora pra Nova York ou qualquer outro lugar longe do Japão. Quando algumas amigas comentam com ela sobre o concurso na Lua, ela logo vê a oportunidade que procurava para ir embora do Japão e nunca mais voltar.
Antonie é um francês que está desiludido, pois há poucas semanas sua namorada Simone terminara o relacionamento com ele. Isso porque ela já tinha outro. Ele estava desanimado, porém quando fica sabendo do concurso, vê a oportunidade de esquecer a ex namorada e começar uma nova fase da vida deles.
Passado alguns meses, Mia, Midore e Antonie são os selecionados entre milhões de jovens para irem a Lua na nova missão. E assim começa a se desenvolver a história, até coisas estranhas começarem a acontecer antes mesmo de irem à Lua.
MINHAS IMPRESSÕES
O livro é divido em três partes: A Terra, O Céu e Depois.
Na primeira parte, temos uma narrativa mais arrastada e um pouco cansativa, pois é a parte introdutória do livro. Achei bacana a forma trabalhada desde a seleção dos jovens até o dia de irem para a Lua. Pouco a pouco vamos conhecendo a mente e anseios de cada personagem na história. Também somos apresentados a alguns outros personagens, como um mendigo, o senhor Himmelfarb e também o capitão da missão, Nadolski.
O que eu achei um pouco desnecessário nessa primeira parte é a aparição, por exemplo, do senhor Himmelfarb, que na minha visão em nada contribuiu para a história, exceto apenas pelo fato de ele escrever um código que mais tarde apareceria também na Lua. Mas fora isso ele é um personagem que se fosse tirado, não interferiria na história.
Também achei um pouco desnecessário a parte do romance perdido do Antonie, que ficava "vigiando" a ex. Fora isso, tudo certo.
Na segunda e terceira parte temos os acontecimentos do livro. Ao meu ver o livro poderia criar um pouco mais de suspense, mas a história é boa e te deixa apreensivo. A forma como foi explorado os personagens durante o momento de tensão foi bem representada. E o final... poxa, que foi aquilo? O que acontece no final é tipo "como assim? Em que parte que eu me perdi que não notei isso antes?". Tudo bem que o propósito do final ficou meio incerto, mas a forma como a história se desenrola é boa.
Tive dois grandes "Uau" na história. Uma foi quando perto do fim da história o sinal WOW (não vou dizer como, nem o que é, quem leu vai entender hehe) se conecta com os eventos estranhos que os três adolescentes testemunharam antes de decolarem para a Lua. Até lá não tinha prestado atenção na importância destes detalhes. O segundo Uau foi quando de fato descobri o que aconteceu no final e em que parte havia acontecido (sim pois você só percebe depois que passa umas 8 páginas daquele ponto).
Resumindo, o livro é bom, não é do tipo "nossa que livro top" mas é bom, de fato, e a história bem desenvolvida. Entretanto fiquei um pouco entendiado algumas vezes com os diálogos e pensamentos dos personagens. Acho que o autor poderia ter trabalhado melhor a descrição e a narrativa. Claro também é a primeira obra publicada com grande alcance, então é considerável. E também porque estou acostumado com a leitura mais detalhada de alguns autores, como Dan Brown, Veronica Roth (a narrativa dela é tão detalhada e complexa que, se fosse enxugar, cada livro da série Divergente daria no máximo 300 páginas hahha), Rick Riordian, etc.
Mesmo assim a quantidade de informações e teorias que o livro nos apresenta faz você ficar se questionando e pensando sobre tudo o que sabe e, até onde o que você sabe é de fato verdade. Merecidas 4 estrelas. É a primeira vez que leio um livro de ficção onde apresenta um suspense dentro da trama.
EDIÇÃO E DIAGRAMAÇÃO
Tenho a mania de avaliar muito bem os livros que seleciono para ler e também as vezes de escolhê-los pela capa. A capa deste livro não é das mais bonitas, porém ao mesmo tempo ela é ótima. Ela cria todo o suspense da história, toda a trama misteriosa dentro do livro. Então a capa cumpre seu objetivo com a história. Nota 4.
A edição está bem feita, e devo dizer que amei as páginas extras do livro, contendo as fotos, diagramas e ilustrações que complementavam a narrativa. Não poderia imaginar a DARLAH 2 sem aquele gráfico. Além disso, cada capítulo (apesar de não ter numeração) tinha uma tarja mostrando uma parte do céu, o que achei muito legal também. Nota 5.